Lucas 21/06/2018
Ultimo livro, primeira decepção
"Pulp" foi o último trabalho de Bukowski, que veio a falecer algum tempo depois por decorrência de uma pneumonia. Nesse livro, sai de cena os romances autobiográficos (apesar de seu alter ego, Henry Chinaski, fazer uma pequena aparição no início da trama) e entra em cena a narrativa puramente ficcional. Acompanhamos Nick Belane, um detetive que a todo momento se vangloria de ser "O melhor de LA". Por seis dólares a hora, Belane irá encarar os casos mais incomuns: maridos ciumentos, femme fatales e pássaros coloridos.
Apesar da combinação da prosa de Bukowski com o tom do universo noir ter tudo para gerar uma boa história, isso não acontece em Pulp. A verdade é que o livro decepciona - e muito. Diferente das outras obras do Velho Safado, a leitura deste não fluiu muito bem. A narrativa é caótica, há uma série de elementos que só podem ser descritos como desnecessários e a revelação do final não faz muito sentido. Tudo isso só faz com que "Pulp" seja descrito como "um péssimo fim de carreira".