Hotel

Hotel Arthur Hailey
Arthur Hailey




Resenhas - Hotel


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Luiz Pereira Júnior 26/07/2023

Para passar o tempo...
“Hotel”, de Arthur Hailey, é o típico romance adulto dos anos 1970/1980: muita ação; personagens de diversas classes sociais, mas bastante esquematizados; várias narrativas entrelaçadas; um cenário escolhido a dedo para propiciar essas reviravoltas de enredo; páginas inteiras à base de longos diálogos (mas sem nenhum filosofismo); enfim, uma literatura de entretenimento, sem mais nem menos.

Por falar em cenário escolhido a dedo, escrever uma história que se passa em um hotel não é nenhum exemplo de originalidade literária: “Grande Hotel”, de Vicki Baum; “O caso do Hotel Bertram”, de Agatha Christie; “O Hotel New Hampshire” (um dos meus favoritos), de John Irving, mas, para mim, o melhor ainda é “O Iluminado”, de Stephen King.

Resumo da ópera: em um hotel, em um curto período de tempo, diversos personagens se entrecruzam. Um velhinho que tem um ataque cardíaco, mas que no final se revela o salvador da pátria (é tão chavão que nem chega a ser spoiler); o velho dono de hotel, apoquentado pelas dívidas, mas ainda preso às suas próprias e antiquadas convenções; um novo gerente que tem um pecado em seu passado, mas que é uma boa pessoa e busca salvar o hotel com novas ideias e conceitos; um empresário ultrarreligioso e ultraganancioso que tenta comprar o hotel para transformá-lo em mais um de sua cadeia hoteleira; um ladrão de hotel que usa de truques para roubar os hóspedes do hotel; funcionários desonestos em diferentes níveis; uma aristocrata e seu marido submisso que cometem um crime (não é spoiler, já está bem explícito nas primeiras páginas); o acidente final que une vários dos personagens secundários mais importantes (claramente uma invenção por demais esquematizada do escritor)... Enfim, uma literatura de entretenimento, sem mais nem menos (mas eu já disse isso).

O que mais gostei foi a subtrama do dr. Ingram, um dentista de altíssimo gabarito, que tem sua hospedagem recusada pelo hotel por ser negro. Nesse ponto, eis algo que aprecio nas narrativas da década de 1970/80: a vida como ela é. Dr. Ingram abandona a convenção, mas nada acontece, apesar dos protestos inflamados de um dos gestores da convenção. Não se engane com minha opinião. Acredito que a revolta que o leitor tem ao ver tamanha injustiça tenha muito mais impacto e gera muito mais reflexão do que certas obras que fazem a inclusão de uma maneira, a meu ver, equivocada.

Vale a pena? Claro. “Hotel” é facilmente encontrado em sebos por um preço bem baixo. Se você não gostar, não terá arrombado seu orçamento e terá algumas horas de um entretenimento sem maiores contra-indicações...
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sonia 23/01/2012

sem novidades
outro blablabla sensacionalista, desta vez sobre um tema mais proximo ao comum dos mortais - afinal, todo mundo já se hospedou em um hotel alguma vez na vida.
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