Beta 26/08/2021Queria ter gostado mas não foi pra mim.
O velho, nascido em uma família abastada, vive uma vida decadente, medíocre e solitária. Então resolve "se dar de presente" de 90 anos uma virgem de 14. A relação sexual é consumada? Não. Ele prefere a versão idealizada dela (que ele cria enquanto ela dorme) à menina real? Sim. Mas ele ainda toca nela, beija-a, coloca a menina a sua disposição aproveitando que ela tem que sustentar os irmãos.
Ele não "conhece o amor", ele sequer conhece a garota – ela dorme a maior parte do tempo, e ele chega a admitir que a prefere dormindo quando ela finalmente abre a boca.
O livro me causou tanta repulsa que eu sequer consegui ficar envolvida pela leitura ou ter qualquer empatia pelo personagem principal; o nojo foi obscurecendo as questões relacionadas à vida e à velhice que são colocadas ali.
O que salva é a linguagem do autor; isso é inegável. Mas nem todo livro bem escrito é bom.