Isabella Pina 02/05/2011Gírias demais... História de menosSinceramente, eu não gostei muito do livro. Isso é muito estranho para mim, pois, vocês já devem ter notado, não sou daquelas que detestam muitos livros (na verdade, normalmente tenho três estágios: "adorei", "gostei" e "morno"). Mas esse livro não me conquistou, simples assim. Mas vamos à resenha, que explicarei os motivos.
Tudo começa com a volta às aulas, e a 8ª série C, que é um grupinho bem unido, volta com tudo, todos prometendo que irão prestar mais atenção, se dedicar mais - bando de gente mentirosa, nunca vi, cumprir que é bom, ninguém cumpre.
Júlio é um garoto meio problemático, bem popular, que sempre está fazendo exercícios físicos e adora andar na sua moto. Seu amigo, João Paulo, ou simplesmente Jopa, é um daqueles "conselheiros", então é um pouco certinho demais, sabe, aquele tipo de personagem perfeito, "sai com a turma, mas é um santo...". Sua amiga (ou namorada, whatever), Márcia, é a mais pobre do grupo, mas não liga para isso e segue a mesma linha de Jopa - talvez por isso fiquem juntos. É bem próxima de Júlio, pois, antes de o mesmo "ascender" a uma classe mais alta, eram vizinhos, então se conhecem desde pequenos. Há também Gabriela, ou Gaby, que é bem rica (pelo que entendi), tem várias amigas mas nos estudos, quase sempre se dá mal. Tem também as duas melhores amigas, Martha e Mariela, inseparáveis, como todo livro de adolescente aparentemente deve ter. Há outros personagens, mas que não estou me lembrando agora - não são tão importantes, quero dizer, não mudam a história.
Tudo começa quando Júlio briga mais uma vez com seus pais - há muito, muito atrito entre eles - e pede conselhos a Jopa, que o aconselha a tomar um remédio chamado "plá" (bate-papo, conversa). E, num dia desses, ele - que compete com sua moto em rachas e tal - precisa de grana pra pagar o mecânico, mas seus pais, cansados de ter de arcar com esses altos custos, não dão. Ele então, com a ajuda do Lauro, um colega não muito bom da cabeça (não quis dizer que ele tem problemas mentais, mas sim que não é boa companhia), conhece um cara que falsifica assinaturas de cheques e, assim, falsifica o cheque de sua mãe e paga a moto. Logo depois, porém, ele tem uma dor de consciência muito forte e fica na "fossa" (triste, aborrecido), praticamente o livro inteiro. Acaba pedindo conselhos à Márcia, a tal conselheira-mor, né... E se abre com ela, que o aconselha a contar aos pais.
Nesse meio tempo, temos também Gaby, que, afundando nas notas, está proibida de sair de casa - mas até parece que ia obedecer, né - mas acaba saindo, junto com Jopa (que não sabe disso, senão aposto que tinha passado uma bela lição de moral). Não se diverte nem um pouco, volta pra casa mais cedo e também tem uma crise. No final, conta para a mãe, que aceita, e tudo se resolve (não tão rápido assim).
Há, também, Mariela, que faz parte de uma peça organizada por Marina (que é tipo aquela menina que eu não lembro o nome de Quanto toca o sino, da Disney, metida a diretora), que começa a receber cartas românticas anônimas - vou falar sério, essa foi a melhor parte do livro