Gabi 02/03/2014
Como sempre arrasa!
Natal, tempo de amor, paz e confraternização, o espírito de Natal em todos os corações. Tempo de comemorações com a família e os amigos. Não é bem assim. De acordo com o detetive da policia de Washington D.C., o famoso Alex Cross, existem indivíduos que não se preocupam com esses detalhes em suas próprias vidas e, como se não bastasse, tentam estragar esses momentos na vida dos outros. Para esses indivíduos essa época de fim de ano parece ideal para isso, afinal de contas o mal não tira férias. Por conta disso, Alex Cross tem três missões nesse final de ano conturbado. E cada caso vai se intensificando em complexidade e periculosidade, e Cross parece ser o único que pode dar conta de todos esses casos.
As histórias mais uma vez se passam em Washington D.C., dessa vez além de um bairro classe média alta, a ação se passa principalmente na Union Station, a principal estação ferroviária da cidade, um belo lugar para praticar um atentado terrorista. Washington D.C. como já foi comentado, é uma boa cidade para se viver, parece muito segura, organizada, talvez até demais, Alex Cross mora em um bairro chamado Capitol Hill que fica atrás do Capitólio, um lugar bem arborizado e que parece muito tranquilo. Mas como nos mostra James Patterson em seus livros, a cidade, apesar de suas qualidades, tem muitas das mazelas dos grandes centros urbanos. Em um bairro chamado Georgetown, Cross tem de lidar com um médico que, devido a dificuldades financeiras, sequestra a própria família em casa e ameaça matar a todos e se matar depois, Na Union Station a sexta terrorista mais procurada pelo FBI, Hala Al Dossari, é flagrada pelas câmeras de segurança da estação. Alex Cross conhece muito bem a doutora Hala e sabe do que ela é capaz.
O retorno da personagem Hala Al Dossari havia sido comentado na resenha do livro "Ameaça Mortal". No final do livro ficou evidente que ela poderia reaparecer. Saudita de nascimento, formada médica, se tornou uma terrorista radical, assassina fria, inteligente e além de tudo é bonita. Deu muito trabalho aos agentes na primeira missão e não foi capturada. Traída por alguns membros da organização terrorista Al Ayla, conhecida como "a Família", reverteu a situação a seu favor. Voltou, com sua fé inabalável, para acabar a missão que não havia terminado. E dessa vez com a ajuda de outros "irmãos".
A série do detetive Alex Cross pode ser comparada a série de TV "24 Horas" do agente Jack Bauer, provavelmente conhecida por todos os fãs do gênero. A segunda, quarta e oitava temporada mostram justamente planos de ataques de terroristas islâmicos. Na quarta temporada temos toda uma família, pai, mãe, filho e até primo, todos envolvidos nos preparativos dos ataques. Um negócio de família. Hala em suas missões só não envolve os filhos, somente o marido, que é muito submisso a ela. Parece tragicômico, deixa as crianças com a avó enquanto vai até ali matar alguns infiéis e já volta, se voltar.
A mente desses terroristas em termos de ações funciona na base do olho por olho, dente por dente, eles se consideram uma grande família que vivem um único objetivo, seguir fielmente os preceitos de sua bíblia, eliminando, quando necessário, os opositores desses preceitos, ou os infiéis. Entretanto, a família real, de sangue, ainda é muito importante, para quem assistiu a segunda temporada da série "24 Horas" vai perceber isso, há uma situação muito parecida no livro e na série.
Parece que os árabes, ou muçulmanos tem sido ultimamente o inimigo recorrente dos americanos, inimigo é o que não falta, mas sempre tem o mais importante. Não se sabe exatamente porque o inimigo é inimigo, o que fica evidente é que sempre tem que haver uma precaução em se tratando de certos povos ou países. Isso para os Estados Unidos se tornou uma neurose. O fato de ainda ser uma grande potência e ter que manter uma hegemonia mundial o faz parecer como um império tentando abocanhar vários pedaços de regiões no planeta, sob vários aspectos, e manter seu domínio. Por isso vemos que muitos países e facções árabes se referem a eles como o "Grande Satã". É difícil explicar a origem de todo esse ódio, mas de modo geral o que parece é que o Estados Unidos é um país que não esta disposto a ajudar nenhum outro país ou povo, e quando o faz é porque há algum grande interesse por trás da ajuda, sendo um dos mais importantes o acesso a campos de petróleo, além da manutenção de sua hegemonia ideológica. Vemos isso principalmente desde a Segunda Guerra Mundial quando o principal inimigo era o nazismo personificado pelos alemães, depois veio o comunismo com os russos, depois os chineses, ditaduras africanas, países do leste europeu, árabes, etc.
Podemos até não concordar com a política externa americana ou de alguns países que se consideram potências, todos eles de uma forma ou de outra tem algum interesse econômico ou político em certos países ou regiões, mas terem sua população ameaçada por ataques terroristas onde sempre, muitos inocentes morrem, é algo que deve ser combatido e se possível prevenido. O que dá motivo para muitas e muitas histórias envolvendo detetives como Alex Cross. Histórias de ritmo ágil, muita ação e suspense. E por fim, as páginas que continuam virando sozinhas.
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