O ladrão do tempo

O ladrão do tempo John Boyne




Resenhas - O Ladrão do Tempo


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Autora Nadja Moreno 27/03/2014

O Ladrão do Tempo é um livro povoado!
Incrível o número de pessoas e de vidas que se pode ter com uma vivência de mais de 250 anos. A longevidade é uma preocupação do homem desde sempre, e Boyne consegue retratar bem os pontos positivos e negativos de se viver tanto. Apesar de Matthieu viver de forma intensa e achar-se agraciado por estar vivo há tanto tempo – apesar de não entender como isso veio a acontecer -, ele retrata ao leitor situações conflitantes que são inerentes a uma vida tão longa. São muitas situações pelas quais passamos, e as consequências delas nem sempre podem ser esquecidas.

Ao longo da narrativa vivenciamos fatos e personagens históricos envolvidos de uma forma ou de outra na vida de Matthieu. Gostei muito da forma descontraída e despretensiosa que o autor insere estes personagens, como se fosse absolutamente natural encontrar Chaplin perambulando por uma festa. Outros personagens sem fama histórica me cativaram. Posso dizer com toda tranquilidade que a personagem ficcionista foi a minha predileta. Dei boas risadas com a capacidade que ela tem de criar histórias fantásticas para sua própria vida, acreditando piamente nelas. Identifiquei algumas pessoas reais representados nela: doida, mas muito criativa! Inclusive, falando em criatividade, Boyne foi mega criativo ao citar um certo grande autor, e depois apelidar a ficcionista de Escarlate. Gostei de verdade.
Como é a narrativa de vida de Matthieu, da grande e longa vida de Matthieu, este é um livro de pessoas. Na verdade, é mais uma narrativa que fala das pessoas que conviveram com ele e o que estas lhe causaram do que dele próprio. A impressão é que meu círculo de conhecidos cresceu enormemente após a leitura. Não que Boyne tenha discorrido longamente sobre cada um, mas falava deles em uma facilidade tão grande que logo nas primeiras linhas achava que já conhecia o personagem.

Os mais de 250 anos de vida de Matthieu são contados de forma intercalada, indo e vindo no tempo. Porém em casa capítulo há um título que nos situa no tempo e situação, o que colabora de forma magnífica para que o leitor não se sinta perdido. Nestas idas e vindas vivenciamos junto a Matthieu histórias de amor que deram certo e outras tantas que não deram tão certo assim. Vivi momentos de angústia e de alegria. Vivi momentos de suspense e de indignação. É a história de uma grande vida e certamente eu gostaria de ter conhecido e sentado junto a alguém que tenha vivido tanto para ouvir parte de sua história.

Um detalhe: se algum dia eu tivesse cogitado a possibilidade de batizar um filho com o nome de Tomas, após a leitura de O Ladrão do Tempo esta ideia teria sido demovida definitivamente de meus intuitos. E aposto que o singelo tom de ‘salvação’ - atribuído a um serzinho do gênero feminino - para uma maldição mencionada nas entrelinhas será algo a agradar as feministas de plantão.

Minha nota 4 em 5 deve-se ao fato de, em alguns momentos, o enredo tornar-se um tanto quanto enfadonho, com um excesso de informações e comentários que achei desnecessários. E pelo fato de muitas coisas específicas sobre a vida de Matthieu não terem sido bem esclarecidas, tais como sua fortuna ou o ‘caminho das pedras’ para tanto sucesso.

Porém, apesar deste senão, eu recomendo a leitura destas várias vidas vividas por um só homem.


site: http://escrev-arte.blogspot.com.br/2014/03/resenha-o-ladrao-do-tempo-de-john-boyne.html
- 30/03/2014minha estante
Olá Nadja! Você é a autora desta resenha? Se sim, parabéns! Adorei as suas palavras e me senti mais instigado a ler este livro. Adoro o Boyne e devorei os seus livros anteriores. Obrigado por compartilhar a sua leitura e opinião conosco. abraços!


Autora Nadja Moreno 30/03/2014minha estante
Eu mesma... Obrigada pelas palavras... Adoro ler e comentar o que achei para incentivar a leitura!! :-)


SERGIO 22/05/2014minha estante
Já tenho esse livro, e não vejo a hora de começar a ler, e após ler sua resenha, me motivou mais ainda.


Autora Nadja Moreno 22/05/2014minha estante
Leia sim Zunder. Precisa de tempo, é bem cheio de elementos, mas é um bom livro. Vale a pena. :)


Isa Aguiar 02/12/2014minha estante
Olá Nadja, gostei muito da sua resenha. Justamente por isso queria fazer uma pergunta, o final do livro para mim, ficou um tanto quanto confuso de entender o que aconteceu com Matthieu!? Poderia me ajudar!?




Tauan 01/10/2016

John Boyne é daqueles autores que não passam em branco. Seus romances históricos, completos, divertidos e surpreendentes são garantia de boas horas de leitura. Meu preferido é O Palácio de Inverno, mas O Garoto no Convés está no mesmo nível do badalado O Menino do Pijama Listrado. É daqueles escritores que merecem o dinheiro que ganham com literatura.
Seu romance de estreia, O Ladrão do Tempo, só foi publicado no brasil em 2014, catorze anos depois da publicação original, e já antecipava claramente o potencial do autor.
Matthieu Zéla é um homem de duzentos e cinquenta anos que vive em Londres e nos conta sua longa história de vida. Nascido em Paris, sob a dinastia Bourbon, ele testemunha o assassinato da própria mãe tem de deixar o país levando consigo o irmão caçula.pela rota Calais-Dover, ele chega a Londres.
A pesar de iniciar sua vida profissional como um batedor de carteiras, Matthieu, exerce muitas atividades, em seus dois séculos de vida, acumulando muito dinheiro, experiências e mulheres.
Ao contrário dele, seu irmão morre jovem, deixando um sobrinho por nascer, que também morrerá jovem, deixando um sobrinho neto, que seguirá a tradição de família... e assim por nove gerações de Tomas, Thomas, Thoms e Thomys, todos vivendo e morrendo á sombra do tio Matt.
Matthieu também tem um histórico trágico com as mulheres, tendo se casado dezenove vezes, conhecido centenas de amantes, sem nunca conhecer um amor como o de Dominique, a jovem francesa que faz com ela a viagem de Calais até Dover.
Boyne constrói uma narrativa histórica viva e empolgante, mistura personagens celebres ficcionais, e cria um romance que o representa como grande autor.
Marcela @ler_sim_ler_sempre 01/10/2016minha estante
Ainda quero ler algo desse autor. Estou com O Garoto no convés aqui pra ler mas nao li ainda


Pollyana Camilo 01/10/2016minha estante
Amo os livros do John! Quando ele comentou na minha foto do instagram, quase morri de felicidade!
Sou louca para ler esse e Uma história de solidão!


Tauan 01/10/2016minha estante
Este é um livro excelente. E o Garoto do Convés também.
Pollyana, o que ele disse na sua foto?


Pollyana Camilo 01/10/2016minha estante
O Garoto do Convés é muuuito bom! Tem uma sacada genial com o protagonista do Ladrão do Tempo né?
Então, postei uma foto dos livros que tenho e ele elogiou e agradeceu! @pollyanacamilo13




21/07/2017

Não é explicado em nenhum momento o motivo, mas o personagem principal, Matthieu Zela, é imortal. Apesar de aparentar um senhor bem conservado de 50 anos, ele nasceu no século XVIII e contará momentos específicos – sempre pendendo para o lado amoroso – de seus 256 anos de vida. Tem uma pegada meio Forrest Gump, no sentido de que o personagem principal está sempre presente em acontecimentos históricos marcantes.

O livro é costurado por basicamente três partes principais: a dos 17 primeiros anos de vida de Matthieu com a sua musa Dominique, as histórias específicas de uma determinada época – Revolução Francesa, os Jogos Olímpicos da era moderna, a crise de 1929, a era de ouro de Hollywood, e assim por diante - e a história atual que no caso é 1999, já que o livro é de 2000.

Essas histórias específicas que citei acima são interessantes, mas acabam parecendo mais contos isolados. Da mesma forma que surge do nada, ela desaparece do nada e partimos para a próxima “aventura” de Matthieu. Isso não é ruim necessariamente, mas acaba passando a sensação de que elas foram pensadas em paralelo com o restante da história.

Por sinal, uma delas me divertiu muito. Era uma sobre a filha de um cara envolvido na Grande Exposição de Londres em 1851. A louca era uma espécie de mentirosa compulsiva – o autor prefere chama-la de ficcionista – e dizia um absurdo por dia. Um deles era que estava envolvida amorosamente com o príncipe, que na época tinha somente dez anos. No dia seguinte inventava uma história nova e acaba colocando o próprio Matthieu numa enrascada. Achei hilário, mas percebi que no fim do capítulo ele menciona uma coisa que achei que tivesse relação com a sua imortalidade, mas que não foi nem sequer mencionada mais adiante. Spoiler Alert: Matthieu diz que ela foi a única que conseguiu fazer o que nem Deus tinha conseguido: matá-lo. Seria uma espécie de metáfora? Fiquei sem entender.

No finzinho mesmo, na última página, fica a dica do que o prendeu por tantos e tantos anos aqui na Terra.

É um livro agradável de ler, principalmente pela habilidade do autor em contar histórias.
Thalita Branco 13/08/2017minha estante
Sobre o "spoiler alert", o personagem cita isso por conta de ser mais uma invenção da Alexandra. O artigo diz que ela era viúva de um Mattthieu, e dado o seu histórico, ela inventou que foi casada com ele e depois o matou em sua imaginação.


16/08/2017minha estante
Ahhh Thalita!!
Entendi agora!!!
Obrigada! ;)




tiagoodesouza 12/03/2014

O ladrão do tempo | @blogocapitulo
Ler um livro do John Boyne normalmente significa que o leitor será transportado para algum acontecimento histórico. O ladrão do tempo é o livro de estreia de John Boyne que somente agora, em 2014, foi publicado. É nele que a gente percebe a tendência do autor de usar a História para contar suas histórias.

A história

"(...) Às vezes acho que fui generoso demais com os Thomas. Quem sabe se tivesse sido menos caridoso, menos disposto a erguê-los toda vez que caíam, pelo menos um deles teria passado dos vinte e cinco anos."
Página 106.

Matthieu Zéla tem uma vida super longa. Ele nasceu em 1743 e desde então tem acompanhado a história do mundo se desenrolando ao seu redor. Ele abandonou a França juntamente com seu meio-irmão, Tomas, aos 15 anos quando o padrasto fora condenado pelo terrível crime que cometera. A partir desse acontecimento, a vida dos dois muda completamente. Matthieu para de envelhecer na meia-idade e passa a ver todos os descendentes do meio-irmão, todos com uma variação do nome Tomas, morrerem em torno dos vinte anos.

Estamos no ano de 1999 e Matthieu está cansado de ver seus sobrinhos morrerem. O Tommy atual é um astro de tevê há nove anos e o vício em drogas está acabando com ele. Matthieu tentará de tudo para que Tommy viva um pouco mais que seus antecessores e para que, enfim, o ciclo termine.

Narrativa

"(...) Envelhecer pode ser cruel, mas se você ainda tiver uma boa aparência e certa segurança financeira, há sempre muito para fazer."
Página 318.

A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Matthieu. A história é contada em três linhas de tempo diferentes. A primeira, é Matthieu em 1999, empresário em uma rede de tevê, que assumiu algumas responsabilidades após a morte de um companheiro de trabalho e que ainda está disponível para ajudar o sobrinho sempre que Tommy está em alguma enrascada. Depois, Matthieu nos conta a história de como ele conheceu Dominique, uma de suas várias esposas ao longo da vida, no barco quando saiu da França e começou uma nova vida na Inglaterra através de algumas mentiras e com algum peso na consciência. Por último e não menos importante, o narrador nos apresenta algumas passagens específicas em que ele nos conta sobre como algumas das mortes dos sobrinhos de Matthieu aconteceram e sobre outras perdas.

O ladrão do tempo pode não ser uma leitura fácil para quem não tem o costume ou não conhece a escrita de John Boyne. É uma leitura bastante densa por conta das muitas informações que precisam ser passadas para não gerar dúvidas sobre os acontecimentos históricos nos quais Matthieu está inserido. Eu não sei se todos que ali estão são reais, mas uma das partes que eu mais gostei foi o capítulo sobre a ficcionista que foi a única pessoa no mundo todo capaz de fazer com Matthieu algo que ninguém nunca conseguiu fazer.

O maior mistério do livro é, sim, explicado em torno das cem últimas páginas e eu confesso que tinha minhas suspeitas sobre essa explicação. Eu sempre tenho teorias malucas sobre os livros que eu leio e nem sempre elas se comprovam. Mas desta vez foi praticamente o que eu imaginei. Não me peçam para explicar porque é algo bem maluco.

Concluindo

Por ser o primeiro livro do autor, eu fiquei com a impressão que a escrita seria um pouco menos madura que as dos livros publicados primeiramente por aqui. Mas o livro tem toda a qualidade de O Palácio de Inverno e seus outros livros adultos e a capacidade de nos prender na leitura, como em seus livros juvenis.

"(...) Aproveite tudo o que sua época oferece, estou lhe dizendo. Essa é a essência da vida."
Página 22.

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Nat 06/10/2014minha estante
" O homem que usa a história para contar suas histórias."
Essa é uma ótima definição do autor.




spoiler visualizar
Vanessa 07/01/2022minha estante
Perfeito seu comentário, não tiraria nenhuma palavra. Poderia ler qualquer coisa de John Boyne pra sempre




Livs 20/12/2015

Uma leitura incansável
Incansável e esplendida: é assim que eu defino essa leitura. Esse livro é absolutamente delicioso de se ler, embora tenha 568 páginas a leitura é fluida e a gente não quer que o livro acabe. É uma verdadeira viagem no tempo muito bem detalhada. É dificil escolher qual fase da vida de Matthieu é mais interessante e peculiar e qual é a nossa preferida.
Sou fã do John Boyne e confesso que esse livro não é o meu preferido dele, mas nem por isso deixa de ser sensacional. John tem uma capacidade incrivel de tocar os leitores com palavras fáceis e emoções profundas em historias muito bem elaboradas, e nesse livro não haveria porque ser diferente. Nos leva a uma reflexão sobre valores e sobre a vida em si. As ultimas palavras deixam um gostinho de quero mais e uma tremenda ressaca literária.
Recomendo.
Márcia Naur 15/01/2016minha estante
Qual é o seu preferido dele?




Phablo Galvão 04/11/2015

Uma vida em 256 anos
Segundo livro de 2015 concluído. Pra dizer a verdade, ainda estou tentando absorver as palavras finais do último capítulo. Emocionante. Acho incrível a capacidade que John Boyne tem de comover seus leitores usando as palavras de uma forma tão simples. É bem por isso que é o meu autor contemporâneo preferido, desde que li O Menino do Pijama Listrado. O Ladrão do Tempo é o seu primeiro romance e conta a aventura do francês Matthieu Zéla que parou de envelhecer e tem, nada menos que, 256 anos. A trama também nos leva a visitar os grandes eventos que marcaram o mundo nos últimos dois séculos. É um misto de temas humanos. É o desenrolar da vida e o seu tempo. É o peso do tempo na vida. Depois dessa leitura, não tem como não ficar mais atento aos detalhes da vida e, com isso, ter a consciência que um único momento, por mais simples que seja, tem o poder de mudar toda uma história.
Márcia Naur 15/01/2016minha estante
Gostei muito da sua resenha.




Gleyse 08/02/2015

Frustrante
A sinopse nos dá uma visão de um livro cheio de boas surpresas e momentos históricos importantes através dos 256 anos de vida de Matthieu Zéla. O autor traça uma linha do tempo entre os séculos XVIII, XIX e XX, passando pela França, Inglaterra e Estados Unidos, através de épocas e momentos históricos pelo qual o personagem passa, mesclando capítulos de sua infância e adolescência, (antes de ele se tornar imortal) e do período atual.
Porém o livro de 561 páginas acaba por se tornar enfadonho, contando fatos da vida do personagem e seus sobrinhos que vão morrendo sucessivamente muito jovens e deixando um filho que repete o mesmo destino de seu antecessor.
Nesse período muitos foram os acontecimentos marcantes na história, mas isso acaba por não aparecer na trama, o que me frustrou bastante. Além disso, o autor cita fatos de pouca ou nenhuma relevância. Na verdade, muitos dos acontecimentos e das personalidades famosas da época, citadas no livro eu nunca nem ouvi falar, com exceção de Charlie Chaplin e alguns outros, ainda assim, não foi agradável ler coisas negativas sobre o gênio da sétima arte, que é retratado com um esnobe.
O título do livro me atraiu, bem como a sinopse, mas acredito que o autor perdeu uma ótima oportunidade de explorar os grandes momentos da história pelo qual o personagem passa. Eu gostaria de ter lido mais sobre a primeira e segunda guerra, a revolução industrial, período napoleônico e a guerra entre França e Inglaterra, entre tantos outros acontecimentos que passaram desapercebidos e poderiam ter tornado a leitura bem mais interessante. Afinal, um livro tão denso merecia uma trama que nos prendesse à leitura, o que não aconteceu. Apesar de os personagens serem interessantes, o enredo ficou fraco, sem profundidade e foram poucos os momentos em que eu fiquei instigada a continuar lendo. Foi quase um sacrifício não abandonar o livro.
Desculpe os fãs do autor que já leram vários de seus livros, mas eu sinceramente não gostei da leitura. Talvez por ter sido seu primeiro romance, tenha faltado alguma coisa que escapou.
Eu não li, mas assisti O Menino do Pijama Listrado e achei fantástico, especialmente o final surpreendente e foi o que esperei desse livro, um final arrebatador. Talvez tenha sido improvável, mas tendo em vista a forma como o final do livro foi conduzida, o final só poderia ser aquele.

site: http://territorio6.blogspot.com.br/
Thiago Soares 15/09/2019minha estante
Eu até iria fazer uma resenha e tal, mas você sintetizou exatamente o que iria dizer. Eu abandonei este livro em 2014 e retomei em 2019 (desculpe, mas realmente, eu lia uma página ou capítulo e pensava,,,, não,,, não ta bom isso aqui não) no final, não explicou coisas sobre essa transferência de tempo pro Mathieu, esses parentescos do Thomas etc, ele nunca ter sido identificado, como quando ele viveu 20 anos com uma mulher que não percebeu que ele não envelhecia... coisas assim!




Pheriannath 30/01/2024

O único tempo que foi roubado, foi o meu
Esse livro é a definição da palavra enrolação. Não porque não é uma história interessante ou que te cativa, ou os personagens não sejam bem construídos, e os cenários idilicos bem descritos.

É a maior enrolação do mundo, quando um autor leva quase 600 páginas contando da vida de um homem, e conclui toda essa tragetoria de forma tão pobre. O final foi muito decepcionante. A gente sofrew acompanha, vibra, torce e chora um livro inteiro pro homem terminar apagando uma luz e vendo as marcas do tempo no rosto?

Gente eu esperava uma lição de vida aqui, uma mensagem, uma problemática onde eu pudesse pensar se estou não perdendo tempo, se as minhas ansiedades, que eu sei que no fundo são desnecessárias, e o tempo ao tempo vai me ensinar. Ou que tudo aquilo que a gente vive, só se vive uma vez. Qualquer mensagemzinha legal pra gente parar pra pensar e agir, ao invés de só fazer planos dos nossos sonhos.

Mas não, o livro não me ensinou nada, só me divertiu sobre a vida de um homem, e toda a sua história, relacionada a grandes momentos da história da humanidade. Isso, só isso. Literalmente só isso.
Mais nada.
Nada.
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PorEssasPáginas 03/04/2014

Resenha: O Ladrão do Tempo - Por Essas Páginas
Pois é, eu ainda não conhecia John Boyne. E então comecei justamente pelo primeiro livro de sua carreira, O Ladrão do Tempo, lançado recentemente pela Companhia das Letras, e devo dizer que… como assim eu ainda não tinha lido esse autor?! Bem, agora quero ler todos os outros livros dele. Com uma escrita envolvente, extremamente habilidosa e encantadora, John Boyne me arrebatou. Se o primeiro livro dele foi uma obra-prima como essa… imagina os demais? E lá vou eu respirar fundo porque vai ser difícil escrever essa resenha: sempre é difícil falar do que amamos.

O Ladrão do Tempo é um livro grande: 568 páginas. No entanto, você não sente o passar dessas páginas; o livro flui de maneira tão natural, tão deliciosa, que quando você se dá conta já leu 100, 150 páginas – e isso em em apenas um dia. Portanto, não se assustem pelo tamanho do livro; ele é tão bom que você não vai parar de ler e certamente vai terminá-lo bem depressa.

O livro narra a história de Matthieu Zéla, que começou sua vida na França do século XVIII, deixando o país em um navio com o meio-irmão Thomas, após o trágico assassinato da mãe pelo marido e padrasto de Matthieu. No navio, encontram uma moça misteriosa, Dominique, que se transforma no primeiro e maior amor de Matthieu – mesmo em seus mais de 250 anos de vida. Isso porque, mais ou menos quando alcança a idade de 250 anos, ele começa a perceber que simplesmente não envelhece mais. Isso não é um problema para Zéla, entretanto; ele se recusa a lamentar sua imortalidade, mesmo com a mórbida consciência de que deixa para trás, ao longo dos anos, todas as pessoas que um dia amou ou foram seus amigos. Ainda assim, aproveita sua oportunidade única para observar e ser, ao mesmo tempo, expectador e atuante em vários eventos históricos no passar dos anos.

“Eu não morro. Apenas fico mais e mais e mais velho. (…) Acredito há muito tempo que a aparência é a mais enganosa das características humanas e fico feliz por ser a prova viva da minha teoria.”

Da Revolução Francesa à virada do milênio, esse personagem riquíssimo e muito bem desenvolvido narra de maneira brilhante fatos históricos – ou não – como a Quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, seu encontro com Charles Chaplin, o nascimento da televisão, entre outros. O livro tem três narrativas que caminham lado a lado através das páginas: a história de Matthieu e Dominique, quando o primeiro ainda era um mero garoto, sem saber o longo futuro que o esperava; os anos atuais, nos quais Matthieu enfrenta problemas na emissora onde trabalha e, ao mesmo tempo, tem que lidar – e tentar salvar – seu mais recente sobrinho, Tommy, um ator decadente viciado em drogas; e, por último, os muitos capítulos que narram os acontecimentos entre essas duas épocas. É difícil escolher uma história preferida; é um livro com várias histórias dentro de uma mesma história, e a narração é tão envolvente que assim que você termina um capítulo, lamenta ter que esperar mais outros dois capítulos para continuar aquela narrativa. Essa sensação, no entanto, não se prolonga, pois quando inicia um novo capítulo, John Boyne logo envolve novamente o leitor em uma nova história, com uma habilidade impressionante.

Um fato curioso que permeia todo o livro: os sobrinhos de Matthieu, descendentes de seu meio-irmão, Thomas, geralmente morrem muito jovens, tragicamente, à beira de se tornarem pais. Todos esses sobrinhos têm como nome alguma variação de Thomas: Tom, Tommy, Tomás etc. E Matthieu se sente impelido a cuidar de todos eles de alguma maneira – mesmo que não consiga salvar nenhum (ou talvez ele simplesmente não tenha tentado o bastante).

“Estendi a mão na direção dela e, conforme o fiz, me senti maduro, um adulto, como se o ato de cumprimentá-la selasse minha independência.”

O Ladrão do Tempo é um livro na realidade muito simples, sem nenhuma trama excepcional, mas ainda assim não deixa de ser grandioso – e não apenas no tamanho. A narrativa do autor é habilidosa, envolvente e viciante; é difícil parar de ler o livro, principalmente no meio dos capítulos. Seus personagens são complexos e vibrantes, e o autor transita com maestria pelos fatos históricos, com tamanha confiança e personalidade que faz o leitor realmente acreditar que seu personagem título esteve no centro de todos esses acontecimentos de alguma maneira. A trama, rica e extremamente pessoal, é conduzida com a competência de um escritor que, logo em seu primeiro romance, já demonstra que tem muito a dizer. Obra de extrema qualidade e recomendadíssima. Certamente lerei mais livros de John Boyne.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-o-ladrao-do-tempo
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Guigui 02/05/2014

Envolvente e apaixonante.
Terminei de ler o livro O Ladrão do Tempo, de John Boyne, um livro excelente. Há muitos mistérios, afinal são duzentos e cinquenta anos de histórias vividas pelo personagem, e ele narra cada uma delas de maneira tão envolvente e minuciosa que posso dizer que estive junto dele em todas. Sei que ele se tornou um homem muito rico, mas ficou um mistério de como foi o começo dessa fortuna. Enfim, eu gostei tanto do livro que se eu começar a falar mais vou acabar contando muitas coisas e não vou deixar os leitores sentirem o mesmo prazer que eu de ler e apreciar as histórias desse homem maravilhoso, Matthieu Zela. Simplesmente amei o livro.
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Sheila 10/06/2014

O Ladrão do tempo
Por Sheila: Oi todo mundo! Como estão? Eu estou muito feliz,escrevendo no último dia de feriadão de páscoa e cumprindo com a minha meta de cinco-resenhas-no-feriado! Ok, eu ainda tenho outras nove resenhas para fazer, mas pelo menos agora não me sinto mais DESESPERADA. Como há um defasagem de tempo entre eu colocá-la em rascunho e ser publicada (quem decide isso é a Junny, a administradora e dona do blog) eu não sei de quando falo com vocês mas mesmo assim ... feliz páscoa! (de novo!)

(No fim das contas não consegui terminar essa resenha antes da sexta-feira, logo, 3 dias depois do prazo ...)

Li o livro que vou resenhar para vocês já há um tempinho, mas sofro da maldição como-é-difícil-falar-de-obras-que-nos-cativam, motivo pelo qual demorei para me animar a começar a escrever sobre este livro em particular. Mas vamos lá! Vocês se lembram do John Boyne? Aquele que escreveu “O garoto do pijama listrado”? Pois então, eu descobri que ele já escrevia antes deste livro “estourar”. Ou seja, “O ladrão do tempo” é um livro anterior.

Na trama, vamos conhecer as inúmeras vidas de Matthieu Zéla. Sim inúmeras. Não por que ele tenha de fato vivido inúmeras vidas, mas por que ele não envelhece, o que o faz viver um período muito superior ao de um ser humano normal, e viver um sem fim de experiências.
Eu não morro. Apenas fico mais e mais velho.
Se você me visse hoje, com certeza diria que sou um homem perto dos cinqüenta anos. Meço exatamente um metro e oitenta e quatro – uma estatura perfeitamente aceitável para qualquer homem, você há de concordar comigo (...) tive a sorte de meu cabelo – antes espesso, escuro e abençoado com uma ondulação sutil – ter resistido a tentação de cair todo de uma vez; ele só ficou um pouco mais ralo no alto da cabeça e assumiu um tom grisalho bastante atraente.
Atualmente, ele é um dos donos de uma emissora de televisão, e tem de dar conta da eminente demissão de uma de suas melhores repórteres e com seu sobrinho Tommy, uma celebridade juvenil que vem demonstrando um preocupante envolvimento com uso de entorpecentes.

Bom, na verdade ... não fica tão preocupado assim. Afinal, essa é a sina dos DuMarqué: nenhuma deles nunca consegue ultrapassar os vinte e poucos anos, como se uma maldição tivesse sido lançada sob a família.

Voltando no passado, Matthieu era francês, e vivia com a mãe e o pai em Paris, até que este morreu assassinado. Depois disso, a mãe casou-se novamente com Philippe DuMarqué. Só que ele não era um bom marido nem padrasto. Frequentemente, espancava a mulher e enteado, até o dia em que passou dos limites e matou a esposa. A ultima coisa que Matthieu viu da França, foi o enforcamento do padrasto, indo embora com as roupas do corpo e o meio-irmão Tomas.

Foi no barco que pegou para Dover, que conheceu Dominique Sauvet, uma adolescente como ele – só contava com 15 anos quando empreendeu essa jornada. Só que ela era mais velha. E mais experiente. E, após uma noite passada juntos, passaram a morar e viajar juntos, apesar de nunca mais terem compartilhado da mesma cama após aquela noite.
Naquela noite, porém, tive uma surpresa desagradável. Dominique ordenou que eu dormisse no chão com Tomas (...) Quis perguntar o que havia de errado, porque de repente ela me rejeitava daquela maneira, mas não consegui encontrar as palavras ... eu já pensava em como queria cuidar dela, ficar ao seu lado para sempre, mas hoje não tenho dúvidas de que ela achava que, como eu tinha apenas quinze anos, se quisesse algum futuro neste mundo, provavelmente não conseguiria comigo.
Assim, no restante da narrativa, vamos acompanhar Matthieu com as alegrias e tragédias envolvendo seu primeiro amor, as diversas outras vidas que viveu ao longo de seus mais de duzentos anos, seus inúmeros casamentos e, principalmente, a morte trágica de muitos Tomas e Tommys DuMarqué.

Sua vida atual e a primeira delas, junto com seu meu irmão Tomas e Dominique, vai sendo contada aos poucos, ao longo do livro, recheada por diversas histórias paralelas de sua vida pelo mundo, realizações, mas também algumas tragédias, da construção de grandes museus, à Revolução Francesa e a perda de um dos Tomas para a Guilhotina.

Para mim, foi impossível tirar os olhos das páginas do livro. John Boyle conseguiu construir uma narrativa cativante, com um ritmo absolutamente perfeito, fazendo com que todas as 560 páginas fossem prazerosas e proveitosas.

As reflexões de Matthieu, seus erros e acertos, tornaram a obra – ao menos para mim – cativante! Recomendo!

site: http://www.dear-book.net/2014/06/resenha-o-ladrao-do-tempo-john-boyne.html
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Nandearah 19/08/2014

No início do ano houve um surto e todo mundo estava a ler esse livro. Só ouvia elogios sobre ele, só sabia de pessoas que ficaram fascinadas nas linhas de John Boyne. Eu, como boa atrasada com lançamentos que sou, só tive acesso a ele agora - e por sorte.

O livro narra a história de Matthieu Zéla, um jovem rapaz cujo pai fora assassinado injustamente e a mãe, morta pelo padrasto em um de seus surtos violentos. Não tendo a quem recorrer em sua cidade de origem, Zéla decide ir para outra cidade, juntamente com seu meio-irmão, e ter uma nova vida. Durante sua viagem, o rapaz conhece a que se tornaria o amor de sua vida, Dominique, e convida-a para fazer parte da mudança que ele e seu irmão vivenciariam.

E não só isso. Enquanto o autor narra o que aconteceu com ele no início de sua vida, ele narra várias outras coisas, intercalando o foco da narração: vai de Dominique até o estado do atual Tommy - sim, atual Tommy, já explico - e conta algo que ocorreu entre um e outro (um encontro com Charles Chaplin, por exemplo). Aliás, o que não falta no livro é referência. Zéla cita datas históricas - como outubro de 1929 -, fatos históricos - como Revolução Francesa e Revolução Industrial - e vários, vários ícones que passaram por sua vida - Napoleão e Robespierre, por exemplo. Ou seja, o autor segue a risca o meio no qual insere seu protagonista, fazendo com que nós nos situemos no tempo e tornando a vida de Zéla mais palpável e "verídica".

O único parente vivo de Matthieu, seu meio-irmão Tomas, não passou dos vinte e cinco anos. Nem ele, nem as gerações de Tomas - Thommy, Tom e derivados - que vieram após ele. Zéla, após notar isso, formula uma teoria para o fato de ele não conseguir envelhecer e seus parentes não conseguirem chegar nem à terceira década de existência. Por isso, um de seus intuitos com relação ao atual Tommy é ajudá-lo a envelhecer mais do que todas as outras nove gerações que Zéla teve contato.

É maravilhoso. A narrativa é perfeita, a forma como o livro foi estruturado é perfeita, a linguagem... Tudo colabora para que o leitor tenha esse livro como um dos favoritos - ou, no mínimo, como uma das melhores leituras já feita. Pela ordem de narração ser intercalada, há conexões que você só fará após vários capítulos, conclusões que só notará nas últimas páginas e isso, meus amigos, é outro motivo que, na minha opinião, tornou o livro ainda mais perfeito e amável. Com certeza foi uma das minhas melhores leituras do ano.

Aliás queria dar maior atenção ao seguinte trecho do livro só porque essa foi umas das definições de personagem de mais amei na vida inteira: "Alexandra Jennings, pretensa portadora de uma letra escarlate, única habitante de um mundo que cria pra si mesma todos os dias."

site: http://ternatormenta.blogspot.com.br/
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Renato 24/08/2014

Esse foi o primeiro livro do John Boyne que eu li. Ele conta a historia do Sr Zelá ("Matthieu, por favor"),ele tem 250 anos, porem a sua aparência é em torno de 50 anos, ele não envelhece.

O Livro é dividido em três tempos : o presente (1999), o inicio da vida dele e acontecimentos no decorrer de sua vida, que normalmente incluem pessoas históricas que tiveram alguma importância para o mundo.

Eu sabia que John Boyne gostava de misturar fatos históricos com ficção, porem achei que o livro fosse voltado mais para o tempo atual do Matthieu, não digo que achei historia ruim, pelo contrario, o fato da historia ser dividida em três tempos torna a leitura mais interessante e nos acrescenta um certo conhecimento (Historia sempre foi minha matéria preferida, rs) e é surpreendente o quanto de historia se pode viver em 250 anos e o mais legal é que Matthie adora a vida dele, por mais tempo que ele tenha vivido ele não reclama em momento algum da vida.
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Jp Mathielo 30/09/2014

Leitura de grande conteúdo, super rica !!!
Nos sentimos como se estivéssemos literalmente vivenciando diversos períodos históricos de grande importância nos últimos séculos, tais como a Revolução Francesa, Revolução Industrial, primeiro jogos olímpicos da era moderna, quebra da bolsa de Nova York e crise Americana de 1929... Sempre acompanhado de um personagem muito interessante.
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