A Casa do Céu

A Casa do Céu Amanda Lindhout...




Resenhas - A Casa do Céu


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Bianca.Vemdrame 05/07/2020

Chocante!!
Li A Casa do Céu por ter sido recomendado por uma das minhas instagramers de viagem preferida, e não me arrependi!! O livro é desconcertante, em algumas passagens pesado, pois é difícil imaginar o que Amanda passou no cativeiro, e a autora consegue nos fazer sentir um
Pouco de tudo o que Amanda passou. Sem dúvida, já é um dos meus livros preferidos!! Nos faz dar valorpara às coisas corriqueiras que temos acesso no nosso dia dia, valorizar nossa liberdade e entender como o mundo ainda pode ser cruel e perigoso com uma mulher viajando sozinha.Admiro a força de Amanda, sua vontade de viver e esperança. Recomendo á todos, mas principalmente às mulheres e viajantes!!!
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Rodolfo Vilar 08/12/2020

Emocionante
Sim, eu lembro, foi durante um passeio qualquer que adentrei um sebo onde havia pilhas e pilhas de livros com um grande cartaz que dizia "promoção", destacado em letras grandes e chamativas. Eu gosto de fuçar nessas pilhas quando encontro, às vezes nada me chama atenção, apenas permaneço na atividade porque títulos, autores e coisas podem emergir a minha mente e guardo na memória o momento da descoberta, do empilhamento, como se folhear livros desconhecidos me revelasse algo, um mistério. Mas também acontece que magneticamente um livro pode parar em minhas mãos e por mágica aquilo me atrair como numa suplica de "leia-me". Foi assim com a "A casa do céu" de Amanda Lindhout. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, porque ativou na minha memória uma lembrança que já tinha visto ela em algum lugar, se não nessa vida, em outra, risos. E por um impulso, também acionado pela leitura da sinopse, eu pensei "será esse!". Foram dez reais pagos e o coitado ficou preso na minha estante por mais de um ano, onde somente agora foi que o li. Me perdoem.
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Nesses últimos tempos andei fuçando muito a minha estante, tanto no intuito de separar livros para doação (livros que não pertecem mais ao meu mundo), como também livros que precisavam serem movimentados, em empréstimos ou realmente serem lidos (quem sabe depois não possa surgir um post sobre essa temática). E foi nessa movimentação que decidi que o livro da Amanda seria lido. Tinha que ser agora, pra já, sentando a bunda e vendo o que a leitura poderia me proporcionar. E SOCORRO... a leitura me hipnotizou.
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Em 2013, Amanda Lindhout, junto com a jornalista Sara Corbett, decide contar a sua história. Amanda desde pequena, fuçando as revistas da National Geographic, sempre teve o sonho de viajar o mundo. E era um sonho tão poderoso que ela fez de tudo na vida pra conseguir isso, onde trabalhou corajosamente em lanchonetes, bares e boates ganhando trocados para fazer sua poupança e conseguir realizar seu sonho. O empreendimento é sucesso, tanto que a experiência do trabalho e seu esforço fazem com que ela consiga essa realização, onde começa a viagem por lugares que antes só tinha em sonhos. Amanda conhece a Europa, a Ásia, a África, A América latina e tantos outros locais, mas o seu sonho é como a droga que aos poucos precisa ser alimentada e só se expande e aqueles lugares ganham mais vida, mais território e agora o seu objetivo é ganhar o mundo. Com sua ambição Amanda estuda, se aprimora e se tranforma numa fotógrafa/jornalista, onde com todos os temores vai parar na Somália, o epicentro da guerra, um dos lugares mais perigosos para se estar. E é nessa aventura que, junto com seu amigo Nigel, ela é capturada por extremistas e mantida como refém por exatos 15 meses.
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Isso mesmo. FORAM 15 MESES presa como refém por um grupo de jovens somalianos que tinham como objetivo pedir dinheiro em troca de suas vidas para financiar a guerra pela conquista santa. Durante toda a metade do resto do livro acompanhamos Amanda nos relatando todos os detalhes sobre tudo aquilo que sofreu: fome, agressão, estupro, a perda de sua cultura e estando quase num estado sublime de flagelação mental e física. É um livro que nos prende, que nos captura desde a primeira página e fica impossível largar sem querer saber como tudo irá terminar. O mais terrível? Saber que é uma história real. Após a leitura é como se déssemos mais importância a vida, as pessoas que nos rodeiam e aos pequenos detalhes, coisas que até mesmo a pandemia atual já nos causou.
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Deixo aqui a minha indicação de um livro que não dava nada pela leitura, que me pareceu ser simples, mas que ao final me transformou e com certeza irá me acompanhar por toda a vida, além é claro, de uma viagem pelo mundo, onde podemos conhecer outras culturas sem sair de casa.
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mayrafs 15/02/2020

A CASA DO CÉU
Um livro que modificou-me profundamente. Esse livro realmente me marcou, e quando eu penso que é baseado em um acontecimento real, que a autora do livro passou por tudo isso, é inacreditável. Daqueles livros que te fazem rever a vida e tudo mais. Depois da leitura deste livro sempre me pego pensando "não posso reclamar de tal situação porque há coisas piores acontecendo com outras pessoas no mundo nesse exato momento; sou grata por tudo que tenho".
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Cris Lasaitis 23/06/2014

Seus problemas são muito pequenos
Terminei de ler e, como não ouvi muitas indicações, faço questão de recomendar, esse é um livro que merece ser lido.

A Casa do Céu traz o relato de sobrevivência dramático da Amanda Lindhout, uma jornalista freelancer que, lá pelos idos de 2008, na tentativa de alavancar a carreira, viajou por conta própria para a Somália e terminou sendo vítima de um sequestro de 460 dias por parte de um grupo jihadista, em condições aterrorizantes e degradantes.
Um dos trecho que chama a atenção no relato é a parte em que, no cativeiro, ela estuda o alcorão e descobre que um muçulmano não pode matar outro muçulmano, logo ela decide se converter ao islã como estratégia de sobrevivência, ou para ser melhor tratada por seus captores. Isso tanto não funciona que ela passa a sofrer abusos sexuais por parte de um miliciano. Quando um dos líderes vem visitá-la, ela suplica: "vocês não podem deixar que façam isso comigo, sou sua irmã de fé!", e ele tranquilamente pega o alcorão e indica o trecho que diz claramente que é lícito que um homem se sirva das mulheres cativas - "Entenda, o que está acontecendo é permissível. Não é proibido. Conforme-se."

É uma leitura emocionalmente pesada e efetiva enquanto choque de realidade. É desses livros que te fazem perceber que seus problemas são muito pequenos.
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Nath @biscoito.esperto 28/01/2014

Confesso que não li muitas biografias na minha vida. E confesso, também, que me apaixonei por todas as biografias que li. Não foi diferente com A Casa do Céu. Achei o livro surpreendente e interessante desde a primeira página.

A Casa do Céu conta a história real de Amanda Lindhout, uma garota que lia a revista National Geographic quando criança na esperança de esquecer a casa violenta em que vivia. Amanda cresceu com o sonho de viajar para longe, para qualquer lugar, para todos eles. E foi com esse sonho que ela aceitou o emprego como garçonete num restaurante com clientes mais ricos. Amanda ganhava gorjetas gordas – fora um bom salário – e conseguiu juntar bastante dinheiro para fazer sua primeira viajem para a América Latina. E depois ela viajou para muitos outros lugares, como Índia, China, Afeganistão, Síria, e outros países da África.

A cada país em que Amanda passava, a cada novo lugar que ela visitava, a cada paisagem que ela descrevia, minha vontade de sair de casa e pegar o primeiro vôo para qualquer um desses lugares exóticos só aumentava. Eu sentia a brisa do oceano, sentia as árvore, via as roupas exóticas, podia sentir o cheiro das comidas apimentadas, podia tocar o asfalto de países que eu nunca sonhara em conhecer. Amanda me fez viajar mentalmente para mil lugares com esse livro, lugares que eu pretendo – e vou – visitar fisicamente um dia.

Uma das coisas que mais admiro em Amanda é seu espírito aventureiro, sua vontade de conhecer coisas, lugares, pessoas. Amanda não se deixava limitar. Amanda, assim como eu, não acredita que a vida se limita a aquilo que você pode ver e tocar. A vida é muito maior e, assim como Amanda, eu quero ver e tocar tudo.

Amanda começou a sentir que visitar países pacíficos que todo mundo visitava estava ficando sem graça. Amanda decidiu que queria viajar para lugares mais remotos, países em guerra, países pobres. E foi visitando países como Afeganistão e Iraque, que Amanda começou sua jornada como jornalista freelancer. Junto de Nigel, um antigo amante, Amanda tirava fotos, escrevia pequenas reportagens e recebia uma quantia interessante para continuar seu serviço. Foi então que Amanda decidiu ir para a Somália, o país mais perigoso do mundo, tirar fotos da maior zona de guerra, pobreza e desigualdade do mundo.

Amanda achou que tudo estava indo bem em sua pesquisa quando foi repentinamente seqüestrada por um grupo de somalianos. Ser branco na Somália era o mesmo que ser um diamante, e o preço por ela era alto. O grupo de somalianos tentou repetidamente “devolver” Amanda e Nigel às suas famílias por uma quantia grande de dinheiro, mas suas famílias não podiam pagar por tudo aquilo.

Foi assim que Amanda e Nigel ficaram por 15 meses em cativeiro, sofrendo como prisioneiros, se sujeitando às maiores humilhações e desnecessária violência, apenas esperando que um dia estariam livres para voltar para casa.

A Casa do Céu não é um livro triste. Não é um livro de tragédia. Para mim, o livro é sobre ter um espírito livre, é sobre acreditar na liberdade mais que tudo. O livro é sobre perdoar, sobre entender, sobre aceitar e seguir em frente. A Casa do Céu é sobre acreditar que existe um bom final para tudo, um bom final para todos. Este livro me ensinou muitas coisas, me lembrou de mais outras, e me fez aceitar o mais importante: nós não podemos tomar o mundo em nossas costas, não podemos querer consertar tudo sozinhos. Mas nós podemos concertar muitas coisas juntos. Nós somos livres para fazermos o que queremos, nossas barreiras são todas mentais.

Assim como Amanda, quero ser considerada uma heroína.


site: www.nathlambert.blogspot.com
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cris.leal 06/07/2017

Valente e angustiante livro de memórias...
Quando criança, a canadense Amanda Lindhout escapava do lar violento em que vivia, folheando as páginas da revista National Geografic e imaginando-se em lugares exóticos do mundo. Aos 19 anos, começou a trabalhar como garçonete e economizar o dinheiro das gorjetas para viajar pelo mundo. Quando o dinheiro acabava, retornava ao Canadá para juntar mais. Assim, ela viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh, Índia, Sudão, Síria e Paquistão. Também foi a países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, onde iniciou uma carreira como repórter de televisão.

Em agosto de 2008, num misto de ingenuidade, curiosidade e imprudência, ela viajou para a Somália, um país que vive em guerra civil há mais de 20 anos. A região possui um governo inexperiente e impotente para conter a violência promovida por facções de militantes islâmicos. Amanda chegou ao país junto com o fotógrafo e ex-namorado Nigel Brennan, sem seguro de vida e sem identificação formal de jornalista, mas com uma vã confiança de que ficaria bem.

Quatro dias após o desembarque em Mogadíscio, capital da Somália, Amanda e Nigel foram sequestrados por uma milícia islâmica de orientação radical, e mantidos como reféns por 15 meses. No cativeiro eles eram vigiados por soldados adolescentes extremamente imaturos e cruéis. Amanda, por ser mulher, sofreu mais: foi espancada, torturada e estuprada.

No entanto, a fé, a coragem e a esperança de Amanda salvaram sua vida, pois não deixaram que ela esmorecesse nem mesmo quando todas as boas razões para continuar vivendo haviam desaparecido. Quando o sofrimento era grande demais, sua mente lhe permitia ser transportada para a linda, ampla, iluminada e reconfortante casa do céu. E, assim, aconchegada aos seus, ela sobrevivia.

Recomendo a leitura e desejo do fundo do meu coração que Amanda tenha, até o fim de seus dias, uma vida repleta de paz e alegria para que possa superar todo o abuso, todo o preconceito e toda a desumanidade que sofreu.

site: http://www.newsdacris.com.br/2014/03/eu-li-casa-do-ceu.html
NaV 30/09/2018minha estante
Resenha linda. Pude relembrar parte do turbilhão de sentimentos que tive com essa leitura.




Ju 27/05/2020

Uma lição sobre fé e perdão
O livro mais forte e mais lindo que ja li. Uma lição sobre cultura, religião, extremismo... Mas, principalmente fé e perdão
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Dany 15/01/2015

De tirar o fôlego
Esta não é exatamente uma resenha, mas apenas minha impressão do livro. Essa leitura foi de tirar o fôlego. Em muitos momentos fechei o livro e fiquei pensando: como ela foi capaz de suportar tudo isso? Tive bastante receio de ficar com uma sensação ruim depois de ler o livro, tanta foi a violência pela qual Amanda passou. Mas a autora foi tão resiliente, de uma superação tão profunda, que terminei a leitura pacificada. Que iluminado ser é Amanda Lindhout!
Déia 11/05/2015minha estante
Tive a mesma atitude que vc. Por várias vezes fechei o livro e pensei: "mas como assim?" Ainda bem que continuei a leitura pq ao final do livro estava sem chão, mas grata por cada detalhe de minha vida!!




Dani 26/04/2014

A Casa do Céu, Amanda Lindhout e Sara Corbett
Quando ganhei este livro, sabia o que iria encontrar em suas páginas, mas não sabia o quanto seria emocionante a ponto de deixar o leitor sem palavras.
A Casa do Céu é uma obra onde a Canadense Amanda Lindhout narra suas aventuras e sua jornada por países. No início, ela nos conta um pouco sobre sua infância, a violência que presenciava em casa, sua paixão por livros de viagens e sobre outros países e como surgiu a vontade de viajar para qualquer lugar. Logo, quando conheceu um rapaz que lhe interessou, Nigel, um fotógrafo, Amanda descobriu que também gostava de fotografar e que conseguira um ótimo companheiro de viagem. Depois de alguns beijos e explorações de outras terras, Amanda e Nigel precisaram se separar, Nigel voltando ao seu país e Amanda, depois de conseguir economizar mais dinheiro, continuou sua jornada sozinha. Começou a investir em fotografias, fotografando para revistas e jornais tudo que achara interessante em outros países, como a Índia. Amanda também nos mostra como seguiu a carreira de repórter, enquanto descobria o mundo, nos levando a conhecer cada cultura por qual passou.
Algum tempo depois, Amanda e Nigel voltam a se encontrar, sob a ideia de viver mais uma experiência em outro país juntos : a Somalia. Lá, apenas alguns dias após chegarem, são sequestrados por um grupo de jovens muçulmanos que querem dinheiro em troca dos reféns.

"É impossível saber o que vai acontecer, até que a coisa aconteça." - A Casa do Céu, pág. 115

Acompanhamos então os 460 dias de Amanda e Nigel em cativeiro, sofrendo diversos tipos de abusos, violência, tudo isso sob a justificativa de estarem certos, devido ao islã.
Amanda conta, de uma forma emocionante, como foi conviver com os sequestradores, como faziam para viver e no que pensava enquanto estava sofrendo por causa disso. Sua única forma de comunicação com o mundo exterior eram os telefonemas para sua mãe onde se era exigido pelos somalianos que pagassem a quantia estimada por sua liberdade e a de Nigel.
Aos poucos, Amanda perdia a fé que sairia algum dia desta situação e retornaria á vida a qual gostava, mas me comoveu o fato de, mesmo sofrendo tanto pelos sequestradores somalianos, ela não deixava de ter compaixão e entendia que aquelas eram atitudes que resultavam do ambiente da Somália, construídos por guerra em nome da religião islã.
A Casa do Céu é uma leitura rica, com muitas informações que não sabíamos - que a mídia não mostra - de diversos países e nos leva a refletir muito sobre isto. Entendemos também, o significado de o título do livro e sua capa, vou deixar a curiosidade para quem irá ler a obra.

site: http://danielabyrinth.blogspot.com.br/2014/08/resenha-casa-do-ceu.html
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Angelica Massoca 01/02/2021

Angustiante, mas envolvente!
O livro conta a história de Amanda Lindhout, jornalista canadense que foi sequestrada na Somália e passou 460 em cativeiro.
É pesado, trata de assuntos que podem acionar gatilhos, mas é incrível, além de muito bem escrito, com uma história que nos envolve do início ao fim.
Recomendo!
Na página @5motivospraleitura no instagram eu falo um pouco sobre ele!
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Luciana.Paiva 08/03/2019

A casa do céu
Como as atitudes impensadas e os atos inconsequentes, podem colocar alguém em absolutas situações de risco e com chances enormes de tudo dar errado. Qual o valor de uma vida, qual o valor real que as coisas simples devem ter! Um relato tenso e desesperado que nos faz ficar de olhos bem abertos e o coração suspenso.
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Beatriz 25/07/2014

Emocionante não de uma maneira boa...
Não existe um único sentimento que descreva como me senti enquanto lia "A Casa do Céu". Amanda Lindhout, uma canadense aventureira - metida a jornalista freelancer - que sobreviveu a mais de 460 dias de cativeiro em terras somalianas, resolveu relatar seus dias e suas experiências vivenciadas antes e durante o sequestro ao longo de 448 páginas (1ª ed. 2013, Novo Conceito).
O livro, ao mesmo tempo em que é assustador, pertubador e realista, é particularmente inspirador; uma característica estranha, se pensar no enredo. A verdade é que a primeira parte do livro - o antes do sequestro - aumentou mais ainda a minha vontade de se lançar ao mundo em busca de lugares novos, exóticos e distantes com diferentes companhias. Mas, inspirador mesmo é a esperança que a Amanda mantém durante todo o tempo e as formas que ela encontra de se manter completamente sã.
Por mais que eu tenha ressaltado o "inspirador", não se esqueça das outras características caso essa resenha o/a faça buscar e se entreter com o livro; durante a leitura cheguei a questionar se era mesmo um relato e não somente uma história inventada. Contive-me e não busquei sobre a autora enquanto lia (o que estou a fazer agora) - não queria estragar o fim.
Ao decorrer da narrativa, conhecemos a precária situação somaliana, a guerra que ocorria (e que ainda ocorre) entre as milícias e o governo e a presente fé na religião muçulmana. Amanda, aliás, chega a se converter para tentar amenizar sua situação como "aquela que sua mão direita possui".
"A Casa do Céu" é um daqueles livros que você não sabe se quer parar de ler por não aquentar o sofrimento, ou se quer chegar logo ao fim.
Uma dica: chega até o fim.
Uma confissão: terminei o livro sem acreditar que eu não havia chorado.
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Arca Literária 23/03/2014

A Casa do Céu
Olá queridos leitores. Vou começar a dizer que não foi fácil resenhar este livro. Fiquei uns dias pensando na historia dele e na forma em que ele me atingiu.
Poderia apenas dar-lhes uma revisão da historia, porem não seria bem o apropriado, e sim tenho que lhes dizer exatamente como a história ocorreu a meu ver. Alerto, não considero este um livro difícil ou carregado; mas uma história verdadeira, a historia de uma pessoa, um ser-humano, que passou por dificuldades que nunca passamos. Então, vamos à resenha.

O livro A Casa do Céu conta a historia de Amanda Lindhout, iniciando a historia de como sua infância foi, o que já não foi fácil. E para suportar ela viaja nas revistas da National Geographic, que eram seu refugio. Já adulta, ela decide por si mesma passar pela experiência de um viajante, onde conhece lugares e costumes, e enfrentara alguns percalços, apesar dos quais, nunca desiste.

Muitas vezes, nós leitores gostamos mais da ficção do que a vida, e por isso nos entregamos muito às leituras, mas este livro em si, é cheio de verdades, verdades das quais muitas vezes tentamos fugir. A verdadeira historia de um sofrimento onde não lhe cabe sentimentos fantasiosos e sim, sentimentos verdadeiros.

Amanda nos conta como foi sua vida, nos mostrando a realidade de um mundo que somente vemos na televisão.
Amanda em uma de suas viagens, como fotógrafa freelance, vai parar no meio de uma guerra no Paquistão, onde ela é sequestrada e mantida em cativeiro, aproximadamente por 17 meses. O que dá um ano e meio em prisão.
Mostra sua luta e decisões que teve que ser tomar para sua sobrevivência. O que posso dize é que não será agradável.
A leitura é direta, sem meias palavras. Mas o turbilhão de sentimentos que é causado é o que nos deixa impactados, pensativos e até um tanto melancólicos. Se você gosta da verdade nua e crua, uma leitura que lhe levará para a vastidão de sofrimento, então está na leitura certa.

Quando iniciei a leitura, achei que seria um tanto sofrida. Nem sinopse eu tinha lido, então não sabia o que esperar. Imaginei que seria uma historia um tanto lenta. Sim, o início pra mim foi assim, mas quando fui adentrando nas viagens da Amanda, comecei a focar e a entender melhor. Quando cheguei à cena onde fui transportada para junto dela no sequestro, não consegui em nenhum momento me desligar ou deixar o livro. Li até a última pagina, naquela angustia do que iria acontecer, como aconteceria e o que estava me aguardando. E por fim, acabei tendo uma ressaca, onde não consegui pegar um livro sequer, pois a historia de Amanda estava ali, impregnada em minha cabeça, me fazendo pensar em como a vida dela foi e analisando junto a minha vida. Sim, meus queridos leitores, vocês chegarão a comparar a vida dela com sua. Pensará em como você é ingrato em sempre estar reclamando e reclamando.
Após uns dias consegui finalmente estar aqui lhes dizendo sobre a leitura deste livro e de como ela me ensinou a dar mais valor a que tenho, além de dar coragem de enfrentar os percalços que surgem que, se comparando aos da Amanda, não são nada.
Esta leitura vai surpreender, lhe ensinar coisas que você nunca ousou apreciar. Esta, mais do que recomendado a vocês leitores.
Única coisa que não me agradou foi a capa do livro. Não direi exatamente porque, mas não gostei da capa. Mas... não será por causa da capa que a historia não valerá a pena. Hoje aprendi a não julgar um livro pela capa.

Nesta resenha não soltarei quotes, pois achei que seriam spoiller por ser uma historia verídica. Mas espero que tenham gostado mesmo assim.


site: http://www.sanguecomamor.com.br
Ana 05/04/2014minha estante
Poxa, pois a capa eu achei maravilhosa! Mas gosto cada um tem um mesmo. Ótima resenha!




Sheila 02/08/2014

Resenha: "A casa do Céu" (Amanda Lindhout & Sara Corbett)
Por Sheila: Oi pessoas! Trago a vocês hoje a resenha de um livro que me emocionou muito. Confesso que não é uma leitura à qual eu esteja habituada – me identifico muito mais com os livros de fantasia. No que sou, muitas vezes incompreendida por meus pares! Sou psicóloga, e as pessoas com quem convivo (principalmente profissionalmente) esperam que meu nível de leitura seja mais "cult".

Mas, principalmente, por que costumo pensar que a realidade com a qual entro em contato em minha profissão – atuo na área da assistência social – já me coloca frente a frente com situações-limite demais, para que em meus momentos de lazer eu continue tendo de lidar com situações dramáticas, com tanto sofrimento. Prefiro me perder entre páginas que falam de reinos distantes, lutas entre o bem e o mal, onde o primeiro, finalmente, triunfe absoluto!

Deixando de lado meus preâmbulos, a primeira parte do relato de Amanda é muito interessante, até mesmo leve; até lá pela página 150 (o livro de 444 páginas) ela irá nos relatar sua infância, as vezes difícil, passada em Sylvan Lake no Canadá. Com um padrasto relativamente jovem para sua mãe, o que acaba expondo ela e os dois irmãos a constantes brigas e crises de ciúme.
À noite, Russell abria uma garrafa enorme de uísque ... Minha mãe sentava-se ao seu lado no sofá, em frente à TV, colocando os pés sobre o colo dele (...)
- Você acha esse cara bonito, não é, Lori?
Era uma imagem que todos nós reconhecíamos.
- Aposto que acha – prosseguia Russell, lentamente, com os olhos fixos na minha mãe. – Aposto que você tem vontade de estar com um cara desses.
Uma pausa. Em um instante, o rosto do homem na TV parecia se derreter e se reconstruir em algo mais agressivo e jocoso.
- Certo, Lori? É nisso que você está pensando?
Minha mãe respondia de maneira gentil. Ele já havia lhe quebrado alguns ossos antes. Machucara-a com força o suficiente para deixa-la no hospital durante dias.
A realidade difícil parecia fazer com que Amanda buscasse lá fora, no vasto mundo sem fim, um refúgio: contra as brigas constantes da mãe e o padrasto, o pai que descobriu-se homossexual, e a dificuldade financeira em que sua família vivia, em que as vezes lhes faltava, a ela e os irmãos, o mais básico.

Mesmo assim, Amanda olha o mundo por uma perspectiva otimista. E possui um entusiasmo que parece transbordar pelas páginas do livro, principalmente nos momentos em que relata suas viagens, seu entusiasmo com os lugares onde foi, o que conheceu. Mas, acima de tudo, sua coragem em lançar-se ao desconhecido com um guia, um pouco de dinheiro e muita confiança.
Nós dois nos sentamos sobre a borda rochosa da chapada, com os pés pendurados sobre o abismo, sem dizer nada. Mais abaixo, as nuvens espiralavam em tufos e pompons, formando uma cerca estranhamente branca que nos isolava de tudo o que havia abaixo. Era como se estivéssemos sentados na beirada do caldeirão de uma bruxa, ou na proa de um enorme navio no centro de um oceano sobrenatural. Eu vira este lugar na revista, e agora nós estávamos aqui, perdidos nele. Era a afirmação de uma pequena verdade. E era tudo de que eu precisava para continuar a viver.
Só que esta parte “feliz” das viagens de Amanda não me convenceram. Por que eu sabia que ela seria sequestrada. Eu sabia que ela passaria por situações de tensão e de perigo inimagináveis. E eu a via descrever situações em que se colocava cada vez mais em perigo. Mesmo sabendo o que aconteceria, eu me vi sofrendo com ela durante a narrativa, tentando lhe avisar, como seu eu pudesse dizer-lhe “não, Amanda, não faça isso. Não vá para a Somália. Acredite nesse frio na barriga que você está sentindo e volte já para casa!”

Além disso, fui enganada pela capa e o nome do livro, bem como pelo prólogo de Amanda, onde ela explica que “Demos nomes às casas onde nos puseram”. Essa frase me fez pensar que, talvez, não tivesse sido assim tão ruim. E não foi. Foi pior.

“A Casa do Céu” é um relato emocionante e, ao mesmo tempo, aterrador dos meses em que Amanda Lindhout passou em cativeiro na Somália. Sua escrita, que nada mais é que o relato de seus pensamentos e sentimentos enquanto esteve em cativeiro – na verdade os mecanismos dos quais lançou mão para se defender da realidade terrível a que estava submetida, e tentar sobreviver com sanidade a todo esse pavor – cativam e, ao mesmo tempo, impactam.

Ao percorrer as páginas desta história repleta de crueldade, não há como não identificar-se de maneira profunda com a dor sentida pela autora, mas também admirá-la por sua coragem e perseverança no árduo trabalho de não enlouquecer e preservar o otimismo e a perseverança.

É um livro que recomendo, mas com ressalvas. Não pela obra em si ou pela escrita, mas por que é preciso estar-se preparado, por ser uma leitura um tanto quanto pesada. Aos que se aventurarem, tenho certeza de que não se arrependerão, é um livro belíssimo. Abraços à todos e tod@s e até a próxima.


site: http://www.dear-book.net/2014/08/resenha-casa-do-ceu-amanda-lindhout.html
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