Do sentimento trágico da vida

Do sentimento trágico da vida Miguel de Unamuno




Resenhas - Do sentimento trágico da vida


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Kaique.Nunes 25/03/2019

Apontado como um dos precursores do existencialismo (fortemente influenciado por kierkegaard), Unamuno começa seu livro com uma crítica às abstrações da filosofia; é preciso voltar ao "homem de carne e osso, que nasce, sofre e morre", o homem que é antes um ser de sentimento, de afeto, do que o "ser racional" dos filósofos. É uma sinuosa viagem pelas mais fundamentais angústias do Homem.

Na origem de todo conhecimento está a vontade de viver, o instinto de conservação. Não conhecemos as coisas apenas pelo prazer de conhecê-las, mas sim porque o conhecimento é necessário à vida. Este desejo de imortalidade, imortalidade pessoal, do corpo e da alma, é o que nos move. Sabemos, entretanto, que vamos morrer.

A Razão frustra o anseio de imortalidade que temos. Unamuno repete: "A Razão é inimiga da vida". E continua com entusiasmo: "A inteligência tende à morte... a mente busca o morto, pois o vivo lhe escapa... É um trágico combate, é o fundo da tragédia, o combate da vida contra a razão". Cada uma das suas páginas está impregnada pela dor concreta de uma consciência sem paz, dividida entre a ânsia do absoluto e a evidência da morte. É precisamente esta tensão que provoca a famosa afirmação de Unamuno: “E se é o nada que nos está reservado, façamos com que isso seja uma injustiça”.
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