O Riso

O Riso Henri Bergson




Resenhas - O Riso


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Ribeiro 22/03/2022

Interessante
Livro interessante, que aborda os diferentes conceitos de riso, comicidade, cômico e apresenta exemplos práticos a partir de peças teatrais que abordam essa temática.
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miguelogin 03/06/2021

Extremamente ensaístico
Bergson busca entender o cômico a partir das formas que provocam o riso, e porquê. O livro alça seu ápice quando discute sobre o papel da arte e donde extrai suas forças motoras. O cômico portanto seria propriamente humano e que diz respeito a organização da sociedade. No geral, a escrita aforista e pouco objetiva, principalmente no miolo do livro, me incomodou bastante.
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asaquebrada 22/05/2020

Excelente livro para pesquisar sobre a comicidade. Muito necessário para os artistas que querem ou que fazem comédia. Em alguns pontos achei ultrapassado, mas não perde a relevância.
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Joana 31/05/2015

Bastante interessante, mas não muito fácil de ser lido.
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Maurino 01/05/2012

O sonho coletivo.
Onde encontrar os secretos liames entre a espirituosidade intelectual de Woody Allen, a ironia de Charles Dickens, os trocadilhos do Casseta&Planeta, as blagues de Karl Kraus, os cacoetes de Mr. Bean, a sátira burlesca de François Rabelais, os constrangedores lapsus linguae quotidianos e as hilariantes comédias de Monty Python? Na zombeteira vingança da vontade sobre a representação, da qual nos fala Schopenhauer? Ou no Witz freudiano - tal qual o sonho, relacionado à expressão do inconsciente? Diferentemente de Freud, para o qual essa expressão (produtora de prazer e relacionada aos desejos recalcados) deveria ser socialmente aceitável, Henri Bergson vê no riso, fenômeno de cumplicidade grupal, uma amarga função de correção social. No teatro da vida, o homem tornado espetáculo do homem resulta de um insensível (pois o riso, inimigo da emoção, se dirige à inteligência pura) trote social. Por que? Ora, a comicidade, oriunda da rigidez mecânica - seja do caráter, do espírito ou do corpo - que embota a maleabilidade vital, é uma forma de punição, em prol da hexis (tão cara ao sábio aristotélico). A excentricidade, a imperfeição ou a imposição do corpo sobre o espírito exigem, portanto, correção imediata! Isso porque, por trás da harmonia superficial da alma a matéria resiste, repete, obstina-se, careteia, para enfim degenerar em inércia e automatismo a graciosa e incessante renovabilidade vital. De certa forma, o risível tem sim um caráter inconsciente, pois requer um certo esquecimento de si; é quando nós deixamos de ser nós mesmos, como que por uma “distração da vida”. Assim como um anel de Giges ao contrário, o cômico é invisível para si mesmo na mesma medida em que é visível para todos os outros. Em suma, o absurdo cômico é algo como um sonho coletivo. Muito bom esse "O riso: ensaio sobre a significação da comicidade"!
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jota 27/04/2012

Ridendo castigat mores
O homem é o único animal que ri. Principalmente dos outros, mas também de si próprio. Rindo castigamos os costumes; rir subentende algo mais profundo do que a risada simplesmente. Isso você encontra aqui. Mas em nenhum momento neste livro aparece a conhecida expressão “Quem ri por último ri melhor.” – talvez porque isso não seja exatamente verdadeiro. Ou é?

Bem, o livro de Bergson tem como subtítulo Ensaio Sobre o Significação da Comicidade, quer dizer, ele não analisa toda forma de riso, mas apenas aquele riso provocado por situações cômicas produzidas. Ou seja, "o que haveria de comum entre uma careta de palhaço, um jogo de palavras, um quiproquó de vaudeville, uma cena de comédia fina?"

No capítulo I são tratados os seguintes tópicos: Da comicidade em geral; A comicidade das formas e a comicidade dos movimentos; Força de expansão da comicidade. Esta foi a parte mais complicada para acompanhar. Sim, pois as ideias de Bergson não podem ser apreendidas com leitura dinâmica como faço com muitos livros. E algumas vezes foi necessário reler uma frase ou parágrafo inteiro para entender o pleno significado do que ali estava escrito.

Pois Bergson não é um historiador do riso simplesmente (aliás, isso começou com Aristóteles), mas um pensador bastante complexo. E uma coisa [aparentemente] banal como o riso despertado por uma situação cômica teatral, p.e., aos olhos de um pensador ganha níveis de complexidade que jamais nos passariam pela cabeça (a minha, pelo menos) sonhar.

Bem, no capítulo II ele examina A Comicidade de Situação e a Comicidade de Palavras. Nessa análise, entremeada de exemplos curiosos ou engraçados, Bergson usa basicamente situações ou textos de comédias francesas do século XIX e antes, das quais apenas as de Moliere ouvi falar (o livro foi escrito em 1889, portanto não há nada sobre cinema aqui). Um homem extremamente alto (ou gordo) ao lado de outro homem extremamente baixo (ou magro), p.e., é uma situação que tende a provocar o riso, não precisa de palavras.

Como exemplos de comicidade de palavras Bergson nos oferece os seguintes diálogos extraídos da peça de Theodore Barriere, Les Faux Bonshommes.

Mãe e filho conversam:
“Meu filho, a Bolsa é um jogo perigoso. Você ganha num dia e perde no dia seguinte”
“Então só vou jogar dia sim, dia não."

E depois o edificante colóquio entre dois financistas:
“ Você acha justo isso que estamos fazendo? Afinal, coitados dos acionistas, estamos tirando dinheiro do bolso deles...”
“E de onde você quer que a gente tire?”

Naquele tempo ou agora, isso provoca riso e reflexão, não?

A Comicidade de Caráter é o assunto do capítulo III. Bergson mostra que todos os defeitos [humanos] podem tornar-se risíveis e o mesmo pode ocorrer, a rigor, com certas qualidades (o hábito de limpeza é extremamente saudável, mas se tender para a compulsão pode virar defeito e provocar o riso dos familiares ou amigos).

E Bergson conclui que o riso tende a corrigir a sociedade, quer dizer, as impertinências dos indivíduos. Nas suas palavras: “A essas impertinências a sociedade replica com o riso, que é uma impertinência maior ainda. O riso, portanto, nada teria de benevolente. Ao contrário, pagaria o mal com o mal.”

Ao rirmos da ignorância dos parlamentares que não sabem um mínimo de Geografia, p.e. (há uma série de coisas que eles não sabem, principalmente zelar bem pelo dinheiro público), quando sabatinados pelo CQC da Band (que produziu aquelas situações e as perguntas que fazem na tevê), estamos “castigando” os [maus] costumes políticos, por tabela, os maus políticos que elegemos (sim, também somos culpados pela podridão federal, estadual e municipal reinantes no país). Pagamos o mal com o mal (até mesmo o que fazemos a nós mesmos votando sem reflexão, não é, Tiririca?).

Bem, é isso. Mas poderia ser outra coisa, sei lá. Importa que o pequeno e fino livro de Bergson é ótimo, embora não tenha sido muito fácil lê-lo e digeri-lo. Mas talvez você tire tudo de letra, sabe como é.

Lido entre 18 e 25.04.2012
Thiago 01/04/2015minha estante
Obrigado pelas informações, achei-as instrutivas. Pretendo ler esse livro assim que possível.


Carlos Patricio 22/03/2016minha estante
incrível resenha!




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