Halo: Silentium

Halo: Silentium Greg Bear




Resenhas - Halo: Silentium


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Pedro 27/08/2023

Valeu a pena
Não dava muito para essa trilogia, mas ela valeu a pena, a trama prende desde o primeiro livro.
O terceiro, segue o fio que foi construído, o autor te carrega junto com ele, além de provocar a sensação no leitor de querer saber o que acontece na próxima página, sem contar os diferentes temas que ele aborda, uma experiência fascinante.
Assim como falei no primeiro, a trilogia não exige conhecimento dos jogos, o torna uma leitura para qualquer fã de FC ou de uma boa história, mas acredito que saber sobre esses jogos deve ser mais enriquecer, permitir captar mais detalhes.
Saio feliz após esses três livros, uma pena os outros livros do autor não serem disponíveis para nós, eu buscaria mais obras dele.
Obrigado por ler até aqui, abraços.
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Orlando 20/04/2015

HALO: SILENTIUM, O FIM DO IMPÉRIO FORERUNNER
Todo império tem seu maior momento de glória há apenas alguns poucos passos antes de sua derrocada e desaparecimento… Assim é a história dos Forerunners, a raça criadora dos poderosos Halos, armas de destruição em escalas astronômicas, capazes de erradicar toda a vida em dezenas de milhões de anos-luz ao seu redor, exceto a vida preservada do lado de dentro dos gigantescos anéis…

Magistralmente escrita por Greg Bear, a Saga dos Forerunners se encerra em Halo: Silentium, reunindo o melhor dos dois primeiros livros (Cryptum e Primordium), só que no resultado da soma, acaba saindo acima de ambos, claro, respeitando-se o fato de que foi necessário cada detalhe que estes dois livros antecessores construíram para que Silentium pudesse ser a obra de fôlego que é e, acima de tudo, o fim digno que esta saga merece. A propósito: cuidado, se você não leu os dois primeiros livros, o texto a seguir faz referências aos acontecimentos de ambos (Cryptum e Primordium).

O paradeiro do Didata (aqui chamado de Ur-Didata, prefixo para “original”) continua indeterminado, sua esposa, a Bibliotecária segue a todo custo com seus planos de salvar o máximo possível de raças e espécimes dentro do raio de ação dos Forerunners, pois o Flood avança pelas vias do subespaço, outrora tecnologia dos antigos Precursores, cujo teórico último remanescente foi executado no Halo perdido conhecido como Instalação 07 (em Primordium), última localização dos humanos Chakas e Elevação, resgatados por Bornstellar, agora chamado de IsoDidata, após receber a marca evolutiva do Ur-Didata em Cryptum.

Greg Bear exercitou ao máximo sua escrita e suas ideias no vasto campo proporcionado pelo megaverso da franquia Halo, o que aparentemente poderia ser uma amarra ao autor, ao contrário, se mostrou terreno fértil para expandir conceitos, aprofundar personagens e dar-lhes tanto uma origem quanto um final digno do porte e da importância de seus papéis na cronologia da franquia como um todo. Silentium é uma obra de fôlego, dessas que se encadeiam capítulo a capítulo, instigando seu leitor e acompanhar cada passo dos personagens da trama, todos apenas observadores do inevitável fim que se aproxima. Todos tão espetadores quanto eu ou você…

Panorama geral – Cryptum e Primordium
Cryptum
Ao começar lá atrás, em Cryptum, uma narrativa em primeira pessoa, toda focada no jovem forerunner Bornstellar, Bear deu um tom intimista ao seu material introdutório. Seu personagem principal buscava aventuras, desrespeitava as leis de seu povo, desafiava a rígida hierarquia de castas seguida por todos de sua espécie… buscou aventuras tão longe até chegar ao último repouso do poderoso guerreiro-servidor que derrotou os humanos há milhares de anos atrás: O Didata em sua Cryptum… Ao se deslocar para o planeta Erde-Tyrene, futuramente nosso planeta Terra, Bornstellar manipulou e foi manipulado por forças antigas cujos movimentos antecedem até mesmo a milenar guerra entre humanos e forerunners.

Ao libertar o guerreiro guerreiro Prometeu, ao lado dos humanos Chakas e Elevação, Bornstellar apenas seguia os desígnios da esposa do Didata, a Bibliotecária, cujas ações e planejamentos remontam aos milhares de anos passados, quando o Didata foi punido e exilado de suas funções e obrigações para com o império Forerunner. Vagando entre mundos a procura de respostas, o inusitado quarteto de personagens, dois humanos e dois forerunners, acaba sendo separado após sua captura no sistema planetária da raça conhecida como San’Shyuum, onde um teste com um dos Halos era dirigido pelo poderoso Mestre Construtor, antigo rival ideológico do Didata no conselho.

Seguido a isso, há o retorno de Bornstellar para sua família, a capital do império é atacada pelos Halos sob domínio de de uma ancila renegada conhecida como Mendicant Bias, cuja hierarquia Metarch lhe permite o controle quase total das defesas da cidade capital. Na mesma situação, o Mestre Construtor foi deposto de seu posto no comando do conselho por seus crimes contra o Manto Sagrado, que, nada mais é do que o modo como os Forerunners se reportam a tudo que existe, vive, pensa e se estende pelo tempo e o espaço, ou seja, crimes contra a vida em escalas gigantescas, haja vista o poder incomensurável dos anéis criados para conter o avanço da praga do Flood e que, em seu uso, acabam eliminando toda forma de vida orgânica.

Primordium
Já em seu segundo livro, Bear muda todo o foco de sua narrativa, dando voz ao humano Chakas, perdido junto com Elevação no interior de um Halo desgarrado e em rota desconhecida. Mais uma vez a voz intimista é o que delineia uma narrativa gigantesca sobre galáxias, civilizações antigas e extintas, cuja única lembrança são suas construções abandonadas e perdidas por toda vastidão do universo. Mais uma vez a voz da história dos últimos dias do grande império Forerunner reside no olhar daqueles que não querem fazer parte dessa história: primeiro Bornstellar, um pária entre seu próprio povo, um rebelde entre sua casta e depois pelas palavras de Chakas, um simples humano, a raça derrotada pelos forerunners milhões e milhões de aos antes de nosso mundo ser o que é.

Entretanto Chakas carrega em seu corpo as marcas de um antigo e respeitado guerreiro humano que milhares de anos antes confrontou o Didata e cujas memórias impressas em Chakas podem conter o segredo para combater o Flood, haja vista que, nesses milhares de anos remotos, foram os humanos os primeiros a derrotar o Flood. Esse antigo “espírito” é Fortencho, o lorde dos almirantes das derrotadas esquadras humanas, talvez a grande resposta que a Bibliotecária busca para deter o Flood em seu avanço final contra o império.

Ao lado de Chakas e Elevação, também detentor de um antigo “espírito”, se juntam os humanos Vinevra e seu avô, Gamelpar, em busca de respostas e acima de tudo, de sua sobrevivência dentro de um anel gigantesco perdido na vastidão do universo e se autorreparando constantemente devido aos inúmeros danos sofridos no ataque à cidade-capital.

Silentium
halo silentiumEntão chegamos até Silentium, quando a rede dos Jurídicos, aqueles que analisam e sentenciam a história dos forerunners, envia os Catálogos para coletar depoimentos diverso e formar o que pode ser o último registro do império. O Domínio, a rede de conhecimento vivo a qual os forerunners tem acesso a toda a informação, história, registros e conhecimentos de sua raça está ameaçada e inconstante, quase nada dele pode ser acessado por muito tempo, nem o que se acessa pode ser considerado confiável, ainda assim é preciso que os Catálogos cheguem até a Bibliotecária, ao IsoDidata e, se possível, ao Ur-Didata, desaparecido desde o incidente que o separou de Bornstellar e dos dois humanos.

O que se segue é justamente pontuado pelos relatos destes personagens, sobretudo o Ur-Didata e sua esposa, ambos sempre presentes e ao mesmo tempo distantes da ação direta da trama apresentada por Bear que, ao dar voz justamente aos dois maiores personagens de sua saga, acaba por, se é possível usar o termo, humanizá-los, dando-lhes sentimentos e atitudes cheias de nuances como medo, amor, dúvida e mentiras…

É nisso que se ergue a trama da saga dos forerunners, um amontoado de mentiras que se tornou mais e mais complexo dentro dos jogos de poder entre a classe dos Construtores e a dos Guerreiros-servidores, sobretudo nas questões referentes ao Ur-Didata, cujas ações acabaram por levá-lo à Cryptum aberta por Bornstellar em Erde-Tyrene, cerca de 4 anos antes.

Além dos muitos desdobramentos de cada depoimento, o leitor vai acompanhando o devastador avanço das esquadras dominadas pelo Flood, cujos saltos pelas vias do subespaço acabaram por tornar caótico o fluxo das naves e cruzadores de batalha nas fronteiras finais do agora minguado império dos forerunners, cuja força de defesa se resumem ao Halo Omega e as duas Arcas, sendo a menor de paradeiro desconhecido.

A ancila metarch Ofensive Bias, designada para controlar as operações da maior das duas arcas traça estratégias ao lado do IsoDidata enquanto todos aguardam o retorno do Ur-Didata de seu paradeiro desconhecido para assumir o controle das operações e estratégias de resistência contra a ofensiva final do Flood. Agora sob comando da ancila mertarch renegada Mendicant Bias, responsável pelo ataque dos Halos contra a capital dos Forerunners, o poder do Flood é tão devastador que até as inteligências artificiais forerunners podem ser corrompidas pelo “pensamento” coletivo dos Graveminds, grandes massas disformes compostas por diversos seres absorvidos pelo enxame Flood por toda a galáxia e que funcionam também como um conjunto de inteligência artificial e centro de comando.

Mais uma vez, vale frisar sempre, talvez o fã da saga Halo nos games que venha atrás da ação frenética dos mesmos, possa estranhar e por que não, se desapontar, com a narrativa de Silentium que, mesmo em seus momentos de grandes batalhas, não é um livro de ação e combates desenfreados, muito pelo contrário, a obra erguida por Bear em seus três livros é um registro histórico, cuja maneira de se materializar é o da história oral. Fator este que abrilhante o material, dando tons de pessoalidade e subjetividade aos acontecimentos gigantescos em torno do acontecimento maior que é a extinção forerunner diante da necessidade de ativar os Halos para impedir o Flood de consumir toda a galáxia… é na visão do indivíduo que percebemoss as coisas ao seu redor e que relatam suas impressões, medos, posturas e decisões…

E como foram difíceis as decisões que Bear deu a Bornstellar sobre acionar ou não os Halos, ao Didata de seguir ou não com seu mundo bélico, à Bibliotecária de aprisionar ou não, uma vez mais, seu marido em uma Cryptum… e por fim, ao Catálogo em registrar cada uma dessas escolhas solitárias na aurora de um grande império…

Talvez algumas questões aparentem ter ficado em aberto neste último livro, entretanto vale lembrar que muitas delas possuem desdobramentos diretos nos games e em alguns casos na animação Halo Legendes. Apesar de ser uma saga perfeitamente compreensível em si mesma, não seria de bom tom ignorar as ligações externas que os livros possuem com o macroverso de Halo, portanto, Silentium faz o link definitivo necessário para que a narrativa literária pareie com a narrativa dos games, sendo por tanto o livro com maior número de referências aos games e suas situações e personagens. Mas que fique claro, isso em hipótese alguma desabona a obra para os não-iniciados nos games.

Narrativamente bem construído, com aprofundamentos tanto em conceitos quanto em personagens, Silentium é um puro-sangue da Sci-fi Hard, tem reflexões filosóficas, tem abordagens políticas, conspirações, conflitos de ordem ética e moral, como todo bom Sci-fi deve ter e, ao dividir a ótica dos acontecimentos entre vários dos personagens apresentados ao longo da saga, acaba ganhando um significado plural, ora direcionando o leitor para simpatizar com um personagem para, a seguir, fazê-lo se confrontar com outro cujas motivações estão além dos conceitos de certo-errado, sendo apenas outro ponto de vista diferente, ou tão somente um jogo de interesses conflitantes, onde cada envolvido está disposto a pagar o preço mais alto possível para atingir seus objetivos finais antes da extinção da mais vasta e rica civilização da galáxia.

A pior parte de tudo é ser guiado página a página, estar de certa forma ali no fim de tudo também como testemunha, e saber que ali só há um rumo a ser seguido por cada personagem, pois desde o começo da saga, seja gamer ou não, o leitor já sabe que o império forerunner cai, no entanto não é saber ou não da queda que enriquece a experiência, é saber os modos e escolhas que levaram tão vasto império a ruir sobre si mesmo, quando na verdade, o inimigo era outro…

Mas o fim chegou, que os forerunners sejam lembrados pelo esplendor de sua glória e pelo combate até o limite de tudo em prol de si mesmo, do Manto e da vida, mesmo que essa vida precisasse ser dizimada para, num futuro incerto, renascer de suas cinzas… Que o Manto os julgue de acordo, o resto é silêncio.

FICHA TÉCNICA
"O caos se instaurou de vez nos últimos anos do império Foreunner. O Flood, um horrível parasita, chegou com força total, recebendo inclusive a ajuda de inesperados aliados, e a luta interna no ecúmeno acabou enfraquecendo as defesas do império. Os jurídicos começaram a investigar possíveis crimes do Mestre Construtor e de outros, mas talvez seja tarde demais. Agentes conhecidos coletivamente com o catálogo foram enviados para reunir depoimentos."

Autor: Greg Bear
I.S.B.N.: 9788542201734
Idioma: Português
Tradutor: Júlio Andrade Filho
Páginas: 320
Ano: 2013

site: http://www.pontozero.net.br/?p=6663
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CooltureNews 23/10/2013

Coolture News
Nota do Tradutor: Esse registro em questão é apenas um fragmento das impressões de uma das testemunhas dessa narrativa. Ao que parece, as impressões transcritas aqui pressupõem uma leitura previa das resenhas de Halo: Cryptum e Halo: Primordium. Nossos sensores registram alguns SPOILERS.

FRAGMENTO 0 – Um leitor de Halo

As melhores sagas e trilogias nos mostram que, sim, é necessário apresentar uma narrativa interessante, que te impulsione adiante; mas também é importante finalizar essa história de uma maneira à altura de tudo o que você leu até então. Nesse sentido, Halo: Silentium faz um excelente trabalho. Ainda mais levando em conta que ele finaliza uma trilogia enquanto abre as possibilidades que são exploradas na série de games Halo.

Fazendo parte da trilogia d’“A Saga dos Forerunners”, é impossível não comparar com os livros anteriores. O lado bom dessa comparação, é que se você já leu algum dos livros anteriores, verá que o desfecho da série consegue superar os seus predecessores em diversos aspectos. No caso, ele mantém um equilíbrio muito bom, pois não só apresenta novas indagações a respeito dos personagens visto nos livros anteriores, mas também amarra diversas pontas que tinham ficado soltas anteriormente. Além disso, a narrativa ainda deixa espaço para interpretações em relação ao que é visto na série de games.

Me refiro bastante à série de games Halo, pois esse é, certamente, o livro que mais faz sentido para aqueles que já tiveram a experiência de controlar Master Chief. Em Silentium, você finalmente descobre o que acontece com todos os Forerunners, além de alguns locais, personagens e acontecimentos encontrados durante a série de jogos. Agora, esse livro só pode ser apreciado por aqueles que jogaram ou pretendem jogar? De forma alguma. Certamente que algumas referências não farão muito sentido, mas a história desse livro é interessante por si só e sobrevive perfeitamente sem o contato com os jogos.

É difícil falar muito do enredo de Silentium, pois ele pressupõem, obviamente, a leitura dos dois livros anteriores. De qualquer forma, a trama continua cronologicamente de onde o segundo livro parou, com apenas alguns detalhes bastante interessantes: o que você está lendo durante o livro todo são alguns registros. Assim sendo, o livro deixa muito a impressão de que tudo o que você está acompanhando está sendo passado por “cartas”, que na verdade são os registros das memórias de um os personagens que acompanha toda a trama.

Aliás, esse é uma das mais interessantes características de Silentium. Nesse livro você finalmente acompanha a história a partir do ponto de vida dos personagens mais interessantes da trilogia. O Didata, a Bibliotecária e o Mestre Construtor, que anteriormente não apareciam muito, mas que possuíam forte influência sobre todos os acontecimentos do universo do livro, agora aparecem mais ativamente e somos apresentados à alguns de seus dilemas interiores. Isso consequentemente acrescenta diversas camadas à essas personagens já admiradas.

Halo: Silentium finaliza uma excepcional obra de ficção científica de maneira magistralmente apoteótica. O final é de embasbacar, de arrepiar. O silêncio que se segue após você virar a última página é deveras marcante e as últimas palavras lidas ficarão ecoando no gigantesco espaço sideral que você habitou junto com as personagens dessa épica trilogia.

site: www.coolturenews.com.br
Orlando 26/03/2015minha estante
excelente texto... estou lendo Silentium ainda, mas já fica essa sensação de "vazio" em relação a tudo por conta desse estilo de registro que Bear dá ao texto da trilogia... já meio que sabemos que tudo vai acabar de um jeito ou de outro, mas conhecer o processo pelo qual tudoo acaba nos impele a seguir adiante para o inevitável fim


Wender Monteiro 28/02/2020minha estante
Começei a ler esse, sem ter lido os anteriores, no inicio foi estranho pra mim, mas depois os fragmentos foram criando Uma sensaçao marcante... Confeço que comprei esse livro quando o vi, porque lembrei do meu irmão jogar Halo 5 Guardian, e queria ver se o livro iria falar mais a fundo da Cortana, mas é algo muito maior do que esperava, quero ler todos Agora...




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