spoiler visualizarPedróviz 27/10/2020
Completo.
Beleza, obra do filósofo inglês Roger Scruton, trata de um modo relativamente acessível um tema que sem dúvida merece muita reflexão. Afinal, como o próprio Roger Scruton diz no prefácio: "A beleza pode ser consoladora, perturbadora, sagrada ou profana; pode revigorar, atrair, inspirar ou arrepiar. Pode afetar-nos de inúmeras maneiras."
Isso pode ser constatado ao longo dos diversos capítulos nos quais o leitor vai tendo um vislumbre dos conceitos apresentados pelo autor.
No começo do livro são apresentadas algumas noções de julgamento no capítulo Julgar a beleza. Seguem-se os capítulos A beleza humana, A beleza natural, A beleza do quotidiano, A beleza artística, Gosto e ordem, Arte e eros, Fuga à beleza e Pensamentos finais.
Roger Scruton, ao longo do livro, tece paralelos entre o belo e o sagrado, mostra a diferença entre o belo e o sublime, entre o erótico e o pornográfico, fala sobre estilo, moda, beleza e desejo. Discorre sobre arte funcional, arte como entretenimento, beleza e verdade e arte e moralidade. Segundo o autor, a forma mais generalizada da degradação da arte é o kitsch (brega), mais do que a degradação da humanidade pela pornografia ou violência gratuita.
Como li pouco a respeito do tema, achei bem completo o livro. Abordou vários aspectos da beleza com a devida profundidade, mas sem se tornar inacessível.
Por tudo isso, merece cinco estrelas e vai para os favoritos.