spoiler visualizarvinizambianco 28/04/2024
[01/07] - O Sobrinho do Mago
Depois de adiar por muito tempo, finalmente comecei a ler As Crônicas de Nárnia, e após escutar vários conselhos de como começar, qual a ordem correta, resolvi começar a ler na ordem que está no Volume único, e o primeiro dessa lista é O Sobrinho do Mago.
Esse primeiro capítulo de toda a saga é bastante interessante, revelador e instigante, conta a história de Digorry e Polly, dois amigos improváveis que acabam sendo “obrigados” a viajarem para o bosque entre os mundos, lá eles encontram vários mundos e depois de uma confusão eles encontram Aslam no momento da criação de Nárnia.
Toda a narração do livro é bastante coesa, coerente e consegue em pouco menos de cem páginas passar toda uma #vibe bem gostosinha, os personagens são bem construídos, as menções a livros futuros são colocadas de modo bem orgânico e não forçado, fora que a cena da criação de Nárnia é uma das coisas mais maravilhosas que eu já tive o prazer de ler.
Com um começo instigante, esse primeiro capítulo das crônicas deixa a porta aberta para novas histórias e uma curiosidade enorme para lê-las.
[02/07] - O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa
Depois de um começo bem promissor, o segundo volume da saga de Nárnia nos brinda com a história dos irmãos Pevensie, história essa que já foi brilhantemente adaptada para o cinema em 2005. A história é simples e intrigante, quatro irmãos são mandados para uma casa de campo pela mãe para que estejam seguros durante a segunda guerra mundial, e lá eles encontram uma passagem para a Terra de Nárnia.
A história é contada de maneira que a leitura se torna bem fácil e prazerosa, fora que os personagens são carismáticos, simpáticos e assim fica fácil criar empatia pelos protagonistas, até mesmo os secundários são bem utilizados, e a vilã “Feiticeira Branca” é uma ótima antagonista, toda a sequencia da mesa de pedra é muito comovente e escrita de maneira magnifica.
Em comparação com sua adaptação cinematográfica, fica claro que os roteiristas conseguiram extrair o melhor do livro e ampliar ainda mais toda a mitologia da saga, consegue ser em vários pontos melhor que o livro por toda a exploração da sua rica matéria prima.
O final, apesar de ser triste e por colocar os personagens no lugar de onde saíram, ainda consegue nos deixar curiosos para ler a próxima aventura.
[03/07] - O Cavalo e Seu Menino
No meio do caminho tinha um quase spin-off, chegamos ao terceiro volume das Crônicas de Nárnia, e confesso que fiquei bastante decepcionado com a história por trás desse livro, além de ser bastante difusa e não ter quase relação com os livros anteriores. Esse volume da saga basicamente me pareceu uma grande história perpendicular e fora do que estava sendo apresentado.
O Cavalo e Seu Menino conta a história de um jovem e seu cavalo que escapam de seus “donos” e fogem em busca de Nárnia para que possam ser livre novamente, a história apesar de ser bastante monótona e chata em alguns aspectos ainda assim não chega a ser um grande “flop”, a relação entre os personagens principais é trabalhada de maneira natural e comovente.
[04/07] - Príncipe Caspian
Depois de um terceiro livro um tanto quanto “fraco”, finalmente voltamos a Nárnia com os Penvensie, e o lugar que conhecemos, a história desse livro é bastante simples em comparação com os dois anteriores (O Leão e o Sobrinho), a história do que houve com Nárnia depois que os irmãos passaram por lá é feita de maneira bem delicada e construída de modo que consigamos montar o quebra cabeça, como ponto fraco é importante destacar que a história é bem simples, não há grandes momentos, e os personagens não fazem grandes coisas, fora que a adaptação cinematográfica consegue ser bem mais prazerosa.
[05/07] - A Viagem do Peregrino da Alvorada
Depois de quase dois anos, finalmente retornei a Nárnia, as vezes fico pasmo que passou tudo isso desde que li Príncipe Caspian pois ler o quinto volume foi como continuar algo muito recente. Creio que essa seja a magia de Nárnia.
Esse quinto volume se passa um ano após os acontecimentos do anterior no mundo real e três em anos narnianos, e acompanhamos os dois irmãos Pevensie mais jovens Edmundo e Lucia, que estão passando uma temporada na casa da tia e junto com seu primo “detestável” Eustáquio são dragados pelo mar de Nárnia e se veem a bordo do grande barco O Peregrino da Alvorada, e junto com o próprio (agora Rei) Caspian vão pelos mares a busca de senhores narnianos perdidos.
Apesar de ser curto, assim como os outros livros, em suas mais ou menos 120 páginas é inexplicável como C.S. Lewis consegue escrever de forma “simples” e ao mesmo tempo muito rebuscado, talvez seja por isso que tantos adultos e crianças consigam entender e até mesmo não entender as histórias.
Gostei muito da história, e com certeza foi muito melhor que seu antecessor, os personagens aqui são muito bem trabalhados e as aventuras são orgânicas, e quando chega ao fim queremos muito mais daquilo. Eustáquio é uma ótima adição e as aventuras dele com o “dragão” são ótimas.
Com uma quinta história rica em cenários e em personagens, Nárnia segue sendo algo maior do que as páginas do livro descrevem, é quase como que quando abríssemos o livro sentimos o farfalhar das árvores, a maresia do mar e o bafo quente do grande Aslan, e que privilégio.
06/07 - [sobre príncipes desaparecidos, feiticeiras verdes e paulamas pessimistas]
Depois de um tempinho, vamos do sexto livro das maravilhosas Crônicas de Nárnia, intitulado A Cadeira de Prata, esse sexto volume segue agora Eustáquio e Jill em uma aventura nas terras de Nárnia a procura do príncipe perdido filho de Caspian X.
A história desse talvez seja a mais simples de todas, a narração é bem desenvolvida, mas bem lenta, os protagonistas apesar de serem bem chatinhos conseguem levar a história nas costas, a introdução da Jill é um dos pontos mais positivos da história. É difícil rasgar comentários sobre o livro pois ele é curtinho e existem poucos acontecimentos nele, quase um conto.
Apesar de ser a segunda história mais “fraquinha” das crônicas de C.S. Lewis, a sexta parte ainda consegue entreter e fazer com que revisitar a terra de fantasia de Nárnia seja um deleite, até mesmo em seus momentos mais entediantes.
[07/07] – A Última Batalha
Depois de alguns anos de ter começado o primeiro volume das Crônicas de Nárnia, finalmente cheguei a sua derradeira última crônica e seu iminente fim. Depois de sete livros chegamos ao fim dessa história tão bem criada, tão bem desenvolvida e tão bem encerrada.
O livro se inicia com dois personagens novos que resolvem, com o auxílio de uma pele de leão, fingir que são o grande Aslan, só que esse pequeno ato acaba por desencadear um monte de eventos e consequentemente no “fim de nárnia”.
Creio que os maiores pontos positivos do livro é a narrativa rápida e muito interessante, ao contrário do anterior, os acontecimentos nesses são bem colocados e é muito legal ver os personagens antigos aparecerem. O ponto negativo é a falta de explicação do sumiço de Suzana, uma incógnita quando foi lançado e até os dias de hoje é esquisito pensar que não é desenvolvido isso, uma pena pois ela era uma das minhas favs.
Creio que a maior questão que o C.S. Lewis colocada nesse volume (e nos outros também) é toda a religiosidade e apresentação da representação dos Deuses, ver esse desenrolar é muito interessante, e o modo como ele coloca de forma lúdica para as crianças é ótimo.
Com sete livros complementares e super atuais mesmo hoje em dia, As Crônicas de Narnia encerra sua jornada da mesma maneira que começou, singela e forte, e assim como o rugido do grande leão ressoa pelo espaço tempo por um bom tempo.
PS¹ - A cena do fim de Nárnia, assim como sua criação, são F A N T A S T I C A S
PS² - Meu ranking depois do final ficou: 1) O Sobrinho, 2) O Leão, A Feiticeira e o Guarda Roupas, 3) A Última Batalha, 4) Peregrino da Alvorada, 5) Príncipe Caspian, 6) Cadeira de Prata, 7) O Cavalo e Seu Menino