Resenhas - Marie no Kanaderu Ongaku

Gu Vaz 16/08/2022

Se você pudesse escolher, o que escolheria?
Um mundo cujas nações vivem em paz, onde as emoções não sobrepõem umas às outras, uma deusa que tudo protege. O traço do mangá é lindo e a história bem única, à medida que novas reviravoltas e descobertas vão se desenrolando. É sobre crenças, diferenças, livre-arbítrio, amor e amizade.

Paty.Moreira 19/03/2024

Maravilhoso
Vi a dica desse manga num canal, resolvi adquirir primeiro pela beleza e pra testar ser funcionaria comigo. Esse foi meu primeiro manga. É distopia, já me ganhou pela ambientação o meu fascínio. Não precisei imaginar nada.
Tava tudo lá pra mim contemplar. Aí vem um romance fofo. Me prendi aos personagens. Torci por eles. Me envolvi com a cultura do lugar. Tudo me envolveu de um jeito. Aí veio a bomba. Esse manga tem um final arrebatador. Eu não queria mais nada, estava em choque com a verdade da história. Eu só queria sofre. Até o povo aqui de casa ficou: vc tá bem? Aconteceu alguma coisa. Eu não queria falar eu só queria degustar o que eu havia lido. Mais u. Pra vida. Eu adorei e vc que parou para ler essa resenha. Por favor se vc já leu e sabe de mangas assim, ou melhor me indica por favor. Eu preciso de mais.

Breno.Leme 04/07/2022

Uma história linda com muitas reviravoltas.
Caramba, minha expectativa para esse mangá se cumpriu. Eu confesso que não sou muito bom em identificar erros gramaticais, até porque quando eu começo a ler, acabo entrando na história e se há algum erro, me passou despercebido.

E que história linda, num universo steampunk que aborda muito a questões religiosas e podem ser abordadas no nosso cotídiano (mesmo eu não seguindo uma, eu respeito, pois tem pessoa que parece que vira uma criança birrenta quando alguém fala sobre religião). A relação da PIPI com o KAI, os mistérios do mundo antigo, como e o porquê não conseguem evoluir e sair daquela era tecnológica, que é um misto de antiguidade com evolução futurista. Inclusive quem conhece as obras do Leonardo da Vinci vai notar.

E ao final temos uma palavrinha da autora sobre como ela vê o mundo e a causa que levou ela escrever o mangá. É bem triste, porque eu a entendo, para mim não existiria mais armas em nenhum lugar do mundo, mas a gente sabe que isso nunca vai acontecer. Enfim... uma história linda que dá aquela tristeza no primeiro momento, mas depois da um sentimento quentinho no coração, pois você vê que tudo foi uma obra maior e que teve um propósito digno.

Gabaloshan 07/12/2023

Deus é uma coleira e a humanidade é um cão raivoso
A Música de Marie apresenta uma sociedade steampunk utópica e perfeita, onde as pessoas vivem com um senso de coletividade e sem nenhuma espécie de conflito. Todos adoram uma mesma Deusa chamada Marie, que é uma entidade mecânica.

Porém, com o passar do tempo, percebemos que tem alguma coisa errada, visto que a tecnologia desse mundo só evoluí até certo ponto. Qualquer aparelho feito para voar - entre outras coisas - é automaticamente danificado. Segundo a religião desse povo, Marie foi criada por Deus para trazer a paz ao mundo. Mas a verdade é que Marie era programada para impedir a evolução tecnológica.

Acho um pequeno equívoco, porque que se supõe que a perversidade humana é decorrente do avanço tecnológico e não de um egoísmo e perversidade inerente ao ser humano. Porém esse detalhe não atrapalha em nada a história, é apenas uma observação.

Kai, o personagem principal, é o único que descobre tudo o que está acontecendo, sendo comparável ao personagem Neo, de Matrix. Um belo dia, no entanto, Marie quebra, fazendo com que todos os protótipos e tecnologias experimentais comecem a funcionar. Consequentemente aquele mundo pacífico rapidamente começa a virar um caos. É quando Kai é arrebatado para escolher o destino da humanidade.

As máquinas explicam que elas são criação humana, e que o seu papel é impedir a corrupção e o declínio da humanidade. Isso é genial porque demonstra o quanto o ser humano precisa criar divindades para impor limites morais a si mesmo. O ser humano é incapaz de ser livre, incapaz de fazer a sua própria moral, e por não saber lidar com esse peso é que a existência de um Deus se faz necessária. Em outras palavras, Deus é uma coleira.

É irônico pensar o quanto essa coleira-deus nunca teve uma serventia prática, já que, desde sempre, os sujeitos religiosos e as nações religiosas são perfeitamente capazes de cometer as piores atrocidades. No caso de Marie porém, essa coleira cumpre bem a sua função.

E Kai é encarregado de tomar uma decisão muito importante: fazer Marie voltar a funcionar, criando uma paz artificial, ou dar uma segunda chance para a humanidade, deixando em suas mãos o peso da liberdade.

Gabriel Farias Martins 10/06/2023

A música liberta ou aprisiona?
A música de Marie é um mangá com reflexões riquíssimas sobre o comportamento humano, nosso desenvolvimento industrial e as diferentes formas de possuir fé.
Até que ponto devemos atuar de acordo com nossa natureza e até onde devemos ou não ser livres.

corpse 08/02/2023

kai tá começando a me preocupar. estou muito tristinha pela pipi, ela merece o mundo ?

pipi se vc quiser, a gente casa meu bem. não tem problema algum ?

Ana 31/07/2023

Você trocaria os avanços tecnológicos pela paz mundial?
É praticamente impossível imaginar uma sociedade livre das imposições da moral religiosa. No nosso caso, o cristianismo prega o amor ao próximo como uma máxima que deve ser seguida antes de qualquer coisa - só não antes do amor irracional que devemos sentir por Deus, o Criador. Em "A música de Marie", essa realidade é desnuda de maneira inteligente e lúdica. Vários plots compõem a criação genial de Furuya que coloca em questão as motivações por traz das ações dos indivíduos e, a cada desdobramento da historia, uma nova surpresa para o leitor.
Uma leitura necessária, especialmente nos dias em que vivemos.

Victorwyk 04/08/2023

O mangá é muito bom, a história me prendeu bastante e me fez pensar muito, durante a história surgem vários questionamentos, várias situações aparentam ser estranhas e apenas ao final é entendido.
Marie, uma máquina voadora invisível aos olhos que toca uma música inaudível é capaz de mandar o mundo pleno, porém estagnado tecnologicamente, um preço justo a se pagar.
Após a morte de Kai, Marie o traz de volta, como parte de Deus, aquele que irá decidir o futuro da humanidade, apenas pipi o vê, mas todos percebem que ele realmente está lá, Kai consegue ouvir e ver Marie, sendo uma existência além da humanidade.
A civilização do mangá, mesmo não sendo tão tecnológica, é MT interessante, as tradições diferentes, a forma como as relações humanas são tratadas, a perseguição humana pelo entendimento do mundo, mesmo quando isso é limitado por uma existência que eles sequer conseguem ver.
Tudo no mangá gera questionamentos, as imagens são lindas, a forma como a história passa é muito boa e o final consegue causar um choque impressionante, Kai pensando sobre não virar a chave vê realidades paralelas(ou passadas), atrocidades que acontecem com uma humanidade com os sentimentos descontrolados, ao fim, Kai decidi prender a humanidade em uma gaiola, virando o chave, fazendo a tecnologia estagnar e os conflitos cessarem.
Um final impressionante para uma história muito boa, a descoberta de que Kai não era visto por ninguém mais foi chocante, alguns momentos do mangá era perceptível que algumas pessoas não tratavam como se ele estivesse lá, mas foi uma ótima reviravolta.

Fé=amor, pipi se devotou a construir um jardim com o rosto de Kai, não chegando a se casar, como se fosse um dos seguidores que vão para Tad se devotar a Marie, amando-o tanto Kai a ponto de ser capaz de vê-lo mesmo não sendo mais humano(estando mais próximo de uma máquina-deus), o mesmos acontece com Kai, que tem tanta fé em Marie que passa a sentir desejos carnais por ela e amor, sendo também o único capaz de ver Marie.
Um paralelo bem claro ao sacerdote que ao pôr do sol era capaz de ser Kai, um credor de Marie que também a amava e, por vezes era capaz de ver o espírito de Kai.
Dessa forma é bem perceptível a relação amor-fé na história

I.don't.know 13/10/2023

" Flor emissora de veneno "
Obras steampunk tem todo o meu coração, mas essa em especial tem uma parte maior; o traço é antigo, tornando a experiência mais incrível ainda, e a história é perfeita, devo dizer que não estava esperando esse final e ainda me encontro em choque, espero do fundo do meu coração que ganhe uma adaptação logo ?.

bardo 12/11/2023

É difícil avaliar se esse belíssimo mangá de Usamaru Furuya é uma bela fábula ou um pesadelo macabro, talvez o mais acertado seja dizer que é as duas coisas. Como a sinopse nos explica acompanhamos os passos de Kai sua amiga Pipi e acima de todos temos a presença da enigmática Marie.
Conforme a história se desenrola nos são apresentados outros personagens e a estrutura desse mundo idílico, mas é difícil não se incomodar, algo parece não estar correto e aos poucos vamos entendendo ou achando que entendemos o que ocorre. O leitor atento talvez pesque algumas pistas que a mangaká deixa ao longo da trama, mas provavelmente a resolução pegará o leitor de surpresa.
É admirável como a autora trabalha ambiguidades, como mostra e ao mesmo tempo oculta para só revelar tudo no momento adequado. Vale ainda dizer que talvez uma cena choque o leitor ocidental, o capítulo não se chama sacrilégio à toa.
Quando a natureza de Marie nos é revelada a autora joga o leitor num debate profundo e perturbador, o protagonista tomará uma decisão que incomodará o leitor, ao mesmo tempo a autora impiedosamente nos mostra nosso próprio mundo e ironicamente nos pergunta se teríamos agido diferente.
Conceitos como humanidade, crença, religião, propósito e liberdade são tratados na obra, para além da trama, original e profundamente comovente. A despeito do traço belo e imaginativo é um mangá extremamente denso e duro, não na sua forma mas no que se propõe a discutir. A habilidade da autora em nos fazer nos importar pelo drama dos protagonistas é admirável e quando de fato entendemos é um soco no estômago. Sem dúvidas uma obra que vale e muito a leitura e releitura.

Heitor 14/11/2023

UM SORRISO GENTIL E CRUEL
Seguindo a sequência de obras de Usumaru Fusuya, A canção de marie é outra obra que eu tinha ouviro falar muito bem, e até vi uma curta resenha só até o comecinho da obra pra entender sobre o que se tratava, e que bom que fiz isso pois pude aproveitar todas as surpresas dessa obra.
Uma história que se passa em um mundo surpreendente e interessante, com personagem igualmente profundos, se teria alguma pequena crítica, seria o traço do autor (serve para suicide club também), que por mais que seja detalhista com cenários lindíssimos, seus personagens são um pouco simples.
Não vou me alongar pois quero que tenham as mesmas surpresas que eu, uma obra magnífica que vai te encantar e surpreender!!!

Ana Cristina 14/01/2023

A música de Marie
A história começa como uma fábula sobre uma sociedade pautada na mecânica. O que descobrimos no decorrer da narrativa é uma poderosa mensagem que nos faz refletir sobre o papel da fé nas comunidades humanas.

O enredo apresenta Marie, uma entidade literalmente superior e que literalmente olha pelos humanos, tocando seus corações com uma canção que permite a sociedade uma convivência harmoniosa. O que descobrimos depois é que a mesma força que mantém o equilíbrio impede a evolução da tecnologia e o avanço histórico. O mundo está estagnado.

Quando nosso protagonista descobre que Marie é nada além de uma criação humana e que depende dele decidir se a fé deve ser mantida ou não ele se questiona também o que é melhor para a humanidade: harmonia ou avanço?

Uma história muito fluida, que prende a atenção e proporciona reflexões poderosas.

Emanuel 14/01/2023

Um mundo movido pela limitação
Nesse mundo steampunk no qual a população existe em ilhas completamente diferente uma das outras, o jovem Kai recebe um poder incrível de ouvir sons que ninguém mais pode ouvir. Mas por causa disso, ele fica obcecado com Marie, a deusa mecânica que sobrevoa o mundo e a qual todas as pessoas rezam por ela.

Os avanços tecnológicos tomaram um caminho bem diferente da nossa Terra atual, no qual tudo é movido por engrenagem, vapor e um pouco de eletricidade, coisas que já existiam há milênios sob a superfície de Pírito.

A obra é sobre como a humanidade na verdade funciona por influência da artificialidade, não no sentido de ser escravo de máquinas, mas sim baseado na vontade de poucas pessoas que governam o mundo (interpretado aqui como Marie). A humanidade se sujeita a inúmeras coisas, e que sempre no final das coisas, todo mundo acaba pagando o preço de algo feito por poucos.

No final dá para entender que realmente há um força divina que observa o mundo, mundo este que uma vez já foi como é hoje, apenas foi revertido para um ponto no qual não há mais problemas.

Enfim, um mangá excelente e com vários meandros, certamente filosóficos. O autor foi esplêndido realmente.

Emilly473 20/06/2023

É interessante e surpreende, a história é intrigante de um modo que faz o leitor querer o que vai acontecer e do porque só ele tinha esse poder, o final é bem surpreendente não esperava por isso.

Marcelo Dakí 28/12/2023

Começa lento
E fica lento até o fim, onde tudo acontece de uma vez. Mas ao chegar o final o ritmo da história faz todo o sentido. História legal pra quem gosta de pensar no papel da tecnologia e da religião na história da humanidade.

Confesso que tentei ler duas outras vezes mas não engajava, mas hoje recomecei e li tudo de uma tacada só em menos de 5 horas.