spoiler visualizarVictorwyk 04/08/2023
O mangá é muito bom, a história me prendeu bastante e me fez pensar muito, durante a história surgem vários questionamentos, várias situações aparentam ser estranhas e apenas ao final é entendido.
Marie, uma máquina voadora invisível aos olhos que toca uma música inaudível é capaz de mandar o mundo pleno, porém estagnado tecnologicamente, um preço justo a se pagar.
Após a morte de Kai, Marie o traz de volta, como parte de Deus, aquele que irá decidir o futuro da humanidade, apenas pipi o vê, mas todos percebem que ele realmente está lá, Kai consegue ouvir e ver Marie, sendo uma existência além da humanidade.
A civilização do mangá, mesmo não sendo tão tecnológica, é MT interessante, as tradições diferentes, a forma como as relações humanas são tratadas, a perseguição humana pelo entendimento do mundo, mesmo quando isso é limitado por uma existência que eles sequer conseguem ver.
Tudo no mangá gera questionamentos, as imagens são lindas, a forma como a história passa é muito boa e o final consegue causar um choque impressionante, Kai pensando sobre não virar a chave vê realidades paralelas(ou passadas), atrocidades que acontecem com uma humanidade com os sentimentos descontrolados, ao fim, Kai decidi prender a humanidade em uma gaiola, virando o chave, fazendo a tecnologia estagnar e os conflitos cessarem.
Um final impressionante para uma história muito boa, a descoberta de que Kai não era visto por ninguém mais foi chocante, alguns momentos do mangá era perceptível que algumas pessoas não tratavam como se ele estivesse lá, mas foi uma ótima reviravolta.
Fé=amor, pipi se devotou a construir um jardim com o rosto de Kai, não chegando a se casar, como se fosse um dos seguidores que vão para Tad se devotar a Marie, amando-o tanto Kai a ponto de ser capaz de vê-lo mesmo não sendo mais humano(estando mais próximo de uma máquina-deus), o mesmos acontece com Kai, que tem tanta fé em Marie que passa a sentir desejos carnais por ela e amor, sendo também o único capaz de ver Marie.
Um paralelo bem claro ao sacerdote que ao pôr do sol era capaz de ser Kai, um credor de Marie que também a amava e, por vezes era capaz de ver o espírito de Kai.
Dessa forma é bem perceptível a relação amor-fé na história