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Resenhas - Amor sem crise


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Saritha 03/09/2019

Estava buscando palavras para fazer essa resenha pois, por motivos pessoais, não consegui me doar tanto quanto gosto, mas lembrei logo no início de Mario Quintana: "O amor é isso. Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço".

O livro é muito gostoso de ler, parece que estamos assistindo uma palestra com Valcapelli. O autor aborda o tema AMOR e todos os sentimentos extras que o rodeiam como paixão, neurose, apego, ciúmes, inveja, ilusão.

O que chamou muito minha atenção, foi que o autor cita bastante "infância" e "crianças". É nessa fase que se forma a personalidade da pessoa e, consequentemente, os sentimentos que carregará pela vida. O autor frisa que o amor deve estar presente desde sempre na vida das crianças.

Conheço algumas pessoas que tentam justificar sua forma de agir com os outros, por não terem lhe ensinado a ser de outra forma. Nesse ponto, temos que aprender que não podemos cobrar de ninguém atitudes e demonstrações de afeto. As pessoas têm seu jeito próprio de ser, e cabe a nós aceitar ou, se afastar. Se não concordamos com algo que alguém faça, é mais um motivo para fazermos diferente, o problema é que normalmente só enxergamos o "problema" dos outros.

Quando o autor cita a parte do amor materno lembrei da minha sogra (amor-apego = uma forma de amor-doença). Durante muito tempo do meu relacionamento tinha que lembrar ao meu marido que eu não era e nunca seria como sua mãe. Percebi com o tempo que essa é uma característica de família: achar que fazer tudo pelos filhos, a superproteção e entregar tudo nas mãos, é uma forma de amor. Na verdade, esse tipo de atitude, esse apego, nada mais é que uma forma de demonstrar carência. É a formação emocional que não foi trabalhada na infância.

Quando o autor cita o sexo, lembrei da minha experiência. Quando eu tinha uns 7 anos, meu pai comprou para mim e meu irmão uma coleção que era dividida em 4 livros: menina, menino, pai e mãe, família. De uma forma bem leve explicava a diferença do corpo masculino e feminino, do corpo adulto e infantil, da formação da família, bem como amor e sexo. Em minha casa, sexo nunca foi tabu, algo que Valcapelli cita como um grande reflexo na vida adulta. Como os adultos vão se comportar em relação ao sexo, se na infância esse assunto era proibido?

Concordo com o autor em muitas partes citadas, como por exemplo, que o amor mais importante é o amor próprio. Nisso se baseia todos os outros amores da vida: amor pelos filhos, pelos parentes, pelos amigos, etc. Somos movidos por esse sentimento, e é muito confundido por paixão. Daí vem o que eu, particularmente discordo no citado: "Estudiosos do comportamento humano consideram a paixão uma doença. Trata-se de uma explosão emocional que invade o universo psíquico, causando desordem de conduta". Para mim, amor e paixão devem andar de mãos dadas; o excesso de ambos é que causa desordem.

A lição que fica com essa leitura é que devemos amar mais as pessoas, ressaltando que amar alguém jamais deve estar atrelado a deixar de se amar ou se menosprezar. Se alguém tenta te anular, seja em qual relacionamento for (namorados, casados, familiares, amizade) essa pessoa não te ama e o pior, não te respeita.

Recomendo esse livro principalmente para quem tem filhos pequenos ou que pretenda ter, aos educadores e cuidadores de crianças. Como mencionei, o autor cita que é nessa fase que devemos começar a falar sobre o amor.

Frases destacadas:

☆ A maior lição da vida a dois está no fato de aprender a se relacionar com o outro, respeitando a individualidade alheia, e não buscar alguém ideal para amar.

☆ Problemas não existem, o que existe são pessoas que se posicionam de maneira problemática frente às experiências cotidianas.

☆ Decepção não é causada pelo outro, mas sim pelo que você projetou nele, por aquilo que você esperava dele. Desiludir é sair da ilusão e enxergar a verdade.
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Morgana 04/02/2019

O escritor de forma bastante inteligente cria um manual de instruções de como agir dentro de uma relação e traz explicações de como nossos traumas do passado refletem nos relacionamentos atuais e futuros.
Vai desde a vida familiar a afetiva, e do quão difícil é reconhecer que a maioria dos nossos fracassos emocionais são derivados dos nossos defeitos!
Mudar é preciso em todos os setores, e com sua escrita, Valcapelli, nos faz repensar sobre as nossas atitudes diante das situações.
Medo de amar e de sofrer é um grande empecilho ao aprendizado na arte de sermos íntimos e nos mostra como a metafísica pode auxiliar na construção dos nossos relacionamentos, compreendendo a lei do destino e garantindo grandes chances de sucesso.
Muito gratificante a leitura!
Indico para todas as pessoas que de alguma forma de sentem inseguros dentro de uma relação e tem muito medo de se entregar.
Ninguém disse que seria fácil, mas com certeza é recompensador amar alguém!
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