Anna Clara 23/05/2024
Não tinha nem como esse livro ser ruim, quando se trata da amizade dos dois gênios da literatura fantástica/cristã
Incrível como a amizade foi para os dois um incentivo, um encorajamento para criação, continuação e término de suas grandes obras!
Lewis incentivava Tolkien ouvindo suas histórias por horas, com atenção e até se emocionava com a narrativa do amigo. Além disso, foi Lewis que encorajou Tolkien a terminar " O Senhor dos Anéis" , Tolkien confessa que não teria prosseguido sem o apoio de Lewis. Por outro lado, Tolkien foi o responsável, vamos dizer, por Lewis escrever o que escreveu de literatura Cristã, foi por Tolkien que Lewis se converteu ao cristianismo, e daí se derivaram suas grandes obras: As crônicas de Nárnia, a trilogia cósmica, cristianismo puro e simples, etc. Veja bem, o personagem "Ransom", personagem principal da trilogia cósmica de Lewis, é inspirado em Tolkien, "Ransom" significa resgate, bem específico não é?
Os dois amigos além de se ajudarem, tinham muita coisa em comum, como desgosto pelo modernismo e pelas máquinas, o amor pelos contos de fadas e a idéia de que eles nos ajudam a ver a realidade com mais clareza e beleza, a idéia da subcriacão ( criar um segundo mundo com seu próprio idioma, personagens, geografia, como a Terra Média)... , o amor é claro, pelo mesmo e único Deus, pelo eterno, também pela imaginação....são muitas coisas em comum. Ouve divergências é claro, mas o dom da amizade os salvou se assim posso dizer, acho que não teríamos um Senhor dos Anéis, ou Nárnia, se a Providência Divina não tivesse feito os caminhos deles se cruzarem!
Como Lewis mesmo disse, quem pode merecer isso ( o dom da amizade)?
Enfim, o livro é maravilhoso, trás diversos aspectos que eu não conhecia sobre a vida dos dois, trás transcrições de falas de Lewis, Tolkien e de outros amigos em comum ( Os queridos Inklings) , trás inúmeras referências... não é chato, é muito bom de ler!
Se eu já admirava os dois, agora admiro muito mais!