Lívia Osti 18/08/2011
Alerta de Spoilers
Comecei o livro achando que a abordagem de pixeis era original, como realmente foi, porém a autora não soube muito bem como prender a minha atenção.
Zara gosta de fobias (isso foi inovador e extremamente interessante, de verdade), entretanto ela não me cativou, parecia que ela tinha distúrbios de personalidade, as vezes zangada demais, as vezes indiferente, as vezes muito melosa .. faltou algo de heroína nela. Por exemplo, ela tinha muitas fobias, mas é ela quem decide se arriscar para salvar a todos mesmo que isso pudesse significar que ela estaria em perigo. Achei muito contraditório.
Bem, Ela se muda para Maine, uma cidadezinha e descobre que um garoto desapareceu e aquilo atinge a todos de maneiras diferentes. Ela conhece Megan (que eu pensei que seria muito melhor trabalhada, ela parecia que teria uma grande participação quando não foi tão importante assim), depois Ian, ele é fofo e quer sair com a Zara a todo custo, todavia ela já tinha conhecido Nick.
Nick, ai ai, esse é um daqueles garotos que você suspira em algumas partes e limpa o mel em outras. A autora soube criar um romance bom, entretanto a partir de um momento a Zara passa de uma garota independente para uma garota carente.
Ela também tem dois amigos, não sei por que, mas eu adorei o Devyn, mas não engoli a Issie, ela é muito .. frágil, muito delicada, muito infantil .. não deu certo, não houve química.
A avó de Zara é uma avó que você gostaria de ter, não há nada de convencional nela, principalmente em seus comentários e iniciativas. Essa foi a personagem mais elaborada.
Os acontecimentos são muito súbitos, em alguns momentos eu tive a leve impressão que a autora ficou com preguiça de elaborar mais e digitou as pressas, isso não é muito legal. Na página 100 você já sabe a história inteira, então ela acrescenta uns detalhezinhos ao longo da história para prender a sua atenção, o que consegue, e no final ela pensa que solta uma bomba, mas quando eu li fiquei como "ah, legal" e continuei lendo, não foi como aqueles momentos que você perde o ar e fica com os olhos cravados na página tentando entender o que aconteceu. Foi parcialmente óbvio demais.
Resumindo, tem sim continuação, vou dar mais uma chance a Carrie para ela me mostrar que guardou todo o seu talento para os outros dois, porém não é como se eu estivesse desesperada para o próximo como eu fico quando acabo um livro excelente.
Se quiser, tente a sua sorte, leia.
"Então, como, na verdade, você se transforma num lobisomem?"
"A gente nasce assim. Ou pode ser mordido." Ele mexe as sobrancelhas. "Está interessada?"
Eu solto um grito e dou um pulo para trás, batendo a coxa na lateral do sofá e quase caiu no chão. "Não!"
Ele me segura e me impede de cair, envolvendo-me pela cintura com as suas mãos bem grandes [...]