Rafael1548 09/05/2024
Ótimo!
Com sarcasmos perspicaz e com pontuações atemporais, a leitura foi extremamente envolvente (salvo quando o autor boladinho reclamou que o povo não lia seus livros na época).
A obra se expõe em 5 textos, que podem se autônomos ou lidos sequenciados, que se monstram:
1) SOBRE A ERUDIÇÃO E OS ERUDITOS: neste texto, Schopenhauer escancara uma das coisas mais hediondas que se poderia esperar: alunos que não aprendem para ganhar conhecimento e se instruir e eruditos que escrevem apenas pelo dinheiro. O resultado disso é a produção de lixo.
2) PENSAR POR SI: o autor crítica o excesso de leitura simultânea que faz com que a pessoa não pense por si só. Você já leu um livro que foi um copilado de citações? Parecido isto.
A solução seria livros pontuais para corroborar com o pensamento prévio do leitor.
O autor chega a dizer que a maioria dos livros são ruins e não deveria nem ter sido escritos.
3) SOBRE A ESCRITA E ESTILO: aqui o autor esbagalha tudo.
Um ponto chave é ser delongado em dizer algo usando de inúmeras palavras que não traz excelência ao discurso, mas só o torna prolixo (o famoso encher linguiça).
Outro ponto abordado é a falsa sensação de progresso que o novo traz. A novidade faz uma firula e logo morre.
4) SOBRE A ESCEITA E OS LIVROS: o combate aqui é contra os livros ruins, que muitas vezes são lidos e incentivados pela maioria e não passa de veneno intelectual.
"Para ler o que é bom uma condição é não ler o que é ruim, pois a vida é curtq, o tempo e a energis são limitados."
5) SOBRE A LINGUAGEM E AS PALAVRAS: a impossibilidade de traduzir com perfeição deveria ser nosso estímulo para conhecer línguas novas.
Schaeffer finaliza, de forma sintética, afirmando que o conhecimento de novos idiomas (principalmente os clássicos) nos faz alimentar o espírito intelectual.
Não é apenas palavras a ser conhecidas, mas definições sendo decifradas e enriquecendo a compreensão do poliglota.