Jotta Cavalcanti 21/09/2022O primeiro a gente nunca esqueceConfie em Mim foi o primeiro livro que tinha lido na vida. Desde então, me apaixonei pelo mundo dos livros. No principio, somente queria ler os livros do autor, Harlan Coben, pois foi o seu livro que me fez gostar de ler livros. Com o decorrer do tempo senti a necessidade de entrar em outros mundos da literatura, nisso me afastei dos livros do Harlan Coben e até mesmo do gênero romance policial.
Entremeado das leituras (terror, filosofia, ficção, história, economia e mais) e das experiências que vinha agregando, me vinha a mente sempre o livro Confie em Mim, e em 2016, o reli pela primeira vez, aonde tinha me dado uma clareza do que antes não tinha se tornado sobre determinados assuntos pois a primeira vez que havia lido, o meu foco era todo no personagem Adam, que parecia ali carregar uma vida parecida com a minha... yeah, o livro havia funcionado como uma terapia aonde tive que tomar sérias decisões de como seria a minha vida dali em diante.
Porém, ao traçar a meta em 2020 sobre reler todos os livros cujo pouco claro ficava em minha mente e de como eles funcionaram para o meu desenvolvimento, sendo bom ou ruim, até 2025, em 2022 optei, novamente, por o colocar na meta de releituras, e é impressionante como a sua visão muda em relação a algo que antes foi tão "intimo" de você.
Logo nas primeiras páginas conseguimos perceber uma discursão fingida dos supostos assassinos da Marienne , mãe de uma menina chamada Yasmim, que sofreu bullying de um professor e que havia indo a um bar, beber, para esquecer seus problemas (rsrs) e nessa discursão, há um tema da qual não consigo deixar passar despercebido por causa, talvez, do entendimento que aderimos ao decorrer dos anos sobre deveras assuntos e que gostariamos de partilhar(?) ao qual seria sobre o 'evolucionismo e criacionismo andarem juntos', sem contar as berrações e falta de conhecer bíblico dos dois personagens. Mas em uma interpretação mais profunda vemos que todo o livro dentres diálogos e narrativas, traz a opinião pessoal do autor, como por exemplo: já na página 15, em uma narração reflexiva que se passa do pai, Mike, sobre o filho, Adam. Mike analisa os momentos que estava vivendo junto com filho e se pergunta sobre os sinais que supostamente seu filho havia se afastado e logo em seguida da questão, vem a narração onde, claramente vemos no "não fazer como tantos pais impositivos..." exibe-se a opinião/visão do autor em relação aos comportamentos dos pais através de seu personagem principal - e isso ajuda no implementando de ideias no leitor. O que pode ser bom ou ruim.
Mas a mensagem principal do livro passada ainda é atual e nos faz refletir muito sobre a questão... Enquanto ao Harlan Coben, vejo um grande autor com uma carreira extensiva e que sabe o que faz quando se senta na frente de seu laptop para escrever um livro.
Pois bem, o primeiro a gente nunca esquece! Como foi bom reler!