spoiler visualizarLally 08/04/2013
Bálsamo para a alma
Se Find me in the dark deixou seu coração espremido de angústia e dor, ainda mais com aquele final, porque PELO AMOR DE DEUS CLAY, você sentirá que pode respirar ao abrir as primeiras páginas de Light in the Shadows.
Como primeira resenha do livro, vou traduzir a sinopse:
"Como você consegue continuar quando sente que sua vida acabou?
Maggie jamais pensou que veria Clay novamente. Então, ela resolve tocar sua vida depois de seu coração ter sido despedaçado. Seguir em frente e adiante, como Clay gostaria que ela fizesse.
Clay nunca parou de pensar em Maggie. Mesmo após separar bruscamente suas vidas e deixando-a para trás para ter a ajuda que ele desesperadamente precisava. Ele está se curando... lentamente. Mas o seu coração ainda pertence à garota que tentou salvá-lo.
Quando uma inesperada tragédia coloca Maggie e Clay frente a frente novamente, nada é a mesma coisa. Ainda algumas coisas jamais mudaram. Poderia a escuridão que ameaçou consumí-los se transformar em algo diferente e finalmente dá-los o que eles sempre quiseram? E podem duas pessoas que lutaram tanto para estarem juntas, finalmente achar sua felicidade? Ou seus demônios e medos iriam afastá-los de vez?
O curioso do amor é que mesmo quando ele o destrói, ele tem uma forma de consertar o que foi quebrado. E nas sombras, você ainda consegue ver a luz."
(Tradução e adaptação livre por mim)
A primeira coisa que chama atenção é como o título se encaixa e se explica ao longo das páginas. A narrativa alterna entre os pontos de vista da Maggie e do Clay, o que dá uma cadência natural à história, explicando todos os amores e dissabores de um relacionamento com alguém com uma doença mental complicada como o Clay. Aliás, uma estrela inteira é só para o Clay, porque eu literalmente conseguia sentir todo o "struggle", a luta interna, a vontade, foi incrível e de quebrar o coração como ele queria tanto e era motivado ao mesmo tempo que a própria mente dele quem sabotava o seu sucesso.
A Maggie, diferentemente do primeiro livro, está mais madura e mais sábia, com toda a sua limitação de 17 anos endurecida pela experiência avassaladora de ter um relacionamento com uma pessoa com sérios problemas.
Sem entrar em muitos detalhes, o livro está recebendo média de 4.45 de 5 no goodreads e de fato é uma leitura que a angústia é muito menos pronunciada do que no primeiro, mas que está presente para saber se de fato eles conseguirão enfrentar o desafio. E obviamente, eu tinha lágrimas nos olhos ao final.
Tirei uma estrela porque apesar de o livro ser bastante extenso - com uma fonte razoável no iPad ele tinha muitas páginas mesmo - eu achei que justamente o que dava um bom pano para manga para ser desenvolvido foi cortado e aí, final. Quando lerem entenderão.
Como vi em algumas resenhas do Goodreads, provavelmente se deve pelo fato de o livro ser YA e não New Adult, de modo que os universos não se misturam... Mas não sei. A profundidade do abordado aqui não se encaixa em um YA convencional, o que é ótimo, já que é tempo de nossos adolescentes absorverem ficções mais densas e tão cativantes.