Sergiomathrj 21/05/2024
Cultura psicopática
Esse livro é realmente interessante!
Ana Beatriz, com destreza e linguagem simples, aborda um tema tão complexo e, para muitos, um tabu: a psicopatia.
A riqueza do livro está em alertar sobre o comportamento geral de um psicopata e como funciona seu raciocínio, sendo puramente racional e desprovido de emoções que não seja a frustração.
Traz exemplos variados de casos noticiados sobre pessoas que apresentaram diversos dos requisitos para serem classificados como psicopatas (ressalvando que não se é feito esse diagnóstico ou afirmação pela autora) e, mais além, de persongens históricos que com posturas psicopáticas dizimaram povos e destruíram milhares de vidas.
A autora traz um alerta a nós, às vítimas e ao povo em coletivo. Ressalta que é um transtorno de nascença e não "cultivado". Principalmente, por mais que sejam minoria, são reais, perversos e transgressores travestidos de pessoas de bem. A índole má é por puro orgulho e ego. As afetividades são, na verdade, sensação de poder. E que perigo ter pessoas assim com poderes.
Infelizmente, não há muito o que fazer no que diz respeito a "tratá-los" (como a psicoterapia, por exemplo).
Num desfecho ilustre, com uma chamada ativa para conscientização, um manual de sobrevivência e o alerta aos tempos modernos, cuja ideologia do individualismo compactua na construção de um amplo espaço para atuação livre de psicopatas e pessoas que copiem comportamento psicopáticos justificando-o com o ditos tais como "os fins justificam os meios", somos convidados a refletir sobre diversos assuntos e aspectos da nossa vida, até mesmo a cautela com nossas vulnerabilidades e características tão humanas como piedade e compaixão.
Indico plenamente a leitura para conhecimento, treinamento da consciência e como um alerta.
Por fim, só elogiar o espetáculo que foi ver um livro com referências bibliográficas.