Venenos de Deus, Remédios do Diabo

Venenos de Deus, Remédios do Diabo Mia Couto




Resenhas - Venenos de Deus, Remédios do Diabo


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Virginia.Laurindo 16/04/2024

Em alguns momentos, a história parece confusa. A expectativa pelo encontro do médico com Deolinda é o que faz avançar.
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Mari 10/04/2024

"- Tens medo de fazer amor comigo?
- Tenho - respondeu ele.
- Por eu ser preta?
- Tu não és preta.
- Aqui, sou.
- Não, não é por seres preta que eu tenho medo
- Tens medo que eu esteja doente...
- Sei prevenir-me.
- É porque, então?
- Tenho medo de não regressar. Não regressar de ti."

- Nesse livro somos apresentados a um realismo mágico que por vezes nos confundem, mas que no final dá certo (pelo menos para mim).

A primeira vista seu desenrolar é simples, no entanto, quando nos aprofundamos na narrativa vemos que ela é bem duvidosa e aí vem um misto de pressão e curiosidade que achei genial.

Não é uma leitura fácil, mas se você se propor a ler de mente aberta ele flui de uma forma poética e agradável.


Boa leitura!
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sofy 04/02/2024

Só para contar como lido #2
História meio ? no livro inteiro à exceção das últimas (provavelmente?) 50? páginas que me deixaram "on the tips of my toes" plot twist atrás de twist, não era uma coisa era outra, parecia as notícias da CNN em que a pessoa já não sabe se o que está a ver é mesmo verdade ou não (não vou mentir, a minha alma fofoqueira amou, que histórias....) a conclusão é que acabei da mesma maneira que comecei: confusa e sem saber de nada.

o highlight do livro foi definitivamente as quotes e as frases poéticas atiradas de maneira casual durante as conversas todos de línguas sábias portanto. (secalhar, só secalhar, é pelo facto de mia couto ser o autor)

algumas que gostei:

"É o esquecimento e não a morte que nos faz ficar fora da vida."
"Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz."
"Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso."
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João 18/12/2023

? ?os venenos de Deus fechando o verão. amor, morte. tempo e família. uma das coisas que mais me irrita na vida é não ter todas as certezas do mundo. a fatídica inconstância de não saber até quando a vida dura ? e o que fazer nesse meio tempo. o tempo escapa pelo vão dos dedos e lutar contra ele é a tarefa mais exaustiva que resta. certas coisas na vida foram feitas para permanecer em segredo, assim como os personagens do Mia descobrem aos poucos.

? ?"o amor acontece para a gente desacontecer". ?
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@eu_rafaprado 26/06/2023

Diálogos maravilhosos
Um livro para ser apreciado por seus diálogos, Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto, é um escritor e biólogo moçambicano que nessa obra nos apresenta a vida de Bartolomeu Sozinho, um velho mecânico naval moçambicano que agora aposentado do trabalho, enfrenta uma doença terrível. Seu médico é um português chamado Sidónio Rosa que se dedica com afinco em curar o velho mecânico, mesmo a contra gosto da esposa, Munda, que já considera o marido um cadáver ambulante.
? Então, o nosso Bartolomeu está bom?
? Está bom para seguir deitado, de vela e missal?
A Vila Cacimba é uma bagunça, cheia de mistérios e Munda esconde muitos segredos, ou seria, inventa muitas mentiras?
? É verdade que o seu marido saiu sete vezes de casa?
? Eu não conto as saídas. Conto só as vezes que ele voltou?
Gosto da escrita de Mia, de seu realismo magico, e de como ele sabe produzir uma troca entre os personagens que prende e faz rir, diria que se assemelha um pouco com os diálogos de Ariano Suassuna, personagens ricos em espertezas e vivencias.
Um fundo político, que denuncia a exploração no continente africano, diálogos que nos prende, uma narrativa que cria um sentimento de dúvida, até agora fico pensando qual versão da história de Deolinda é a verdadeira, a contada por seu Pai, por Munda ou pelo prefeito Suacelência?
Fiz esse mergulho seguindo a dica da minha amiga literária , foi um prazer visitar essa Vila.
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Guynaciria 14/04/2023

Venenos de Deus, Remédios do diabo / Mia Couto @miacouto / @companhiadasletras / pág. 192

Mia Couto, nos leva a embarcar em uma narrativa cheia de reviravoltas, mentiras e segundas verdades. Afinal de contas, a nossa forma de perceber um episódio o torna real?

Bartolomeu Sozinho, agora um senhor, relembra alguns episódios de sua vida, quando seu avô foi convocado a um navio e acaba acometido de um grave acidente, o que leva seu neto a recomeço, com oportunidade de estudo e viagens internacionais periódicas.

Mas o que causa a inveja de seus conterrâneos, torna-se também o motivo de sua angústia na velhice, já que ele tem situações das quais muito se arrepende, sendo uma delas a mágoa causada em sua mulher.

Sidónio Rosa é um médico português, responsável pelos cuidados paliativos de Bartolomeu, que se encontra em estado terminal. Mas o médico tem alguns segredos que o levaram aquela região, principalmente aquela casa.

Infelizmente não saberemos qual das versões apresentadas e de fato a verdadeira, pois cada personagem nos apresenta uma distinta, podemos, portanto, escolher a que melhor nos convém, podendo a mesma se alterar com o tempo e uma releitura.

 Mia Couto nunca deixa de surpreender. Você já leu algum de seus livros? Me diga qual.

#miacouto #companhiadasletras #memórias #moçambique #amornãorealizado #luto #doençaterminal #perda #arrependimentos
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Patrícia.Bilibio 02/04/2023

De uma autenticidade deslumbrante a escrita de Mia Couto. Venenos de Deus, Remédios do Diabo é destes arroubos literários que nos atordoa o coração no sentido mais poético possível.
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MIRANDA 14/01/2023

Sonhamos no viver ou vivemos no sonho ?
África e Portugal se emaranhando por entre sonhos, amores e aventuras .
Palavra para o livro : Cortinado
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Ana Camps 24/10/2022

Incrível!
Leiturinha boa de férias. Foi a minha primeira leitura do Mia Couto e achei boa pra começar. Adorei o livro!
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Renata.Borges 18/04/2022

A escrita do Mia Couto é uma poesia
Conheci as frases poéticas em uma linguagem nova, mistura de sal e açúcar que pede atenção, pede delicadeza no olhar. Tem belos pensamentos em meio as personagens de vidas simples e construções novas, com linguagem ímpar.
Nesta trama, uma história de amor, busca, falsidade… uma confusão. Um médico português, um velho mecânico naval, uma esposa, uma filha, um amor perdido, um lugarejo africano, são as personagens deste romance que requer bastante atenção.
Muita poesia ao longo do texto!
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mardelivross 11/03/2022

Livro bonito de maisss!
Conta a história de um médico português que vai para Moçambique atrás de um amor, sob o pretexto de curar um vilarejo de uma epidemia.
A história se desenrola de maneira muito curiosa e envolvente, carregada de segredos, sonhos e ilusões.
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Sofia 29/12/2021

O suficiente é para quem não ama. No amor, só existem infinitos.
Sidónio Rosa é um médico que vive em Lisboa e se apaixona pela misteriosa e enigmática Deolinda. Ela mora em uma vila em Moçambique e, depois do seu encontro com o médico, precisa voltar para casa. Usando a desculpa de tratar de uma epidemia no local, o médico se muda para a vila para cuidar de seus habitantes e encontrar o seu grande amor.

Porém, chegando lá ele se depara com um local bem devastado pela doença e o sumiço do seu grande amor. Deolinda não está e o seu pai, Bartolomeu, vira um paciente frequente do médico que acaba fazendo parte do dia a dia e da vida daquela família.

Com o contato frequente e Deolinda longe, Sidónio se dedica a tratar daquele pai e conhecer mais a família e o local em que sua família vive. Ele só não esperava conhecer mais do que imaginava e até coisas que gostaria de não ter conhecido. E assim somos mergulhados em histórias, contos, lendas e mentiras que se passam na Vila Cacimba e envolvem todos os seus personagens.

Com todo plano de fundo político e poético que Mia sempre trás para as suas obras, somos surpreendidos a cada página, ficamos confusos e sem saber no que acreditar, mas o autor nunca deixa nada passar e, aos poucos, vai nos revelando e nos contando tudo que deseja dizer com essa história. Rápida e profunda, uma leitura que vale muito a pena para conhecer mais do que Mia Couto trouxe para o mundo através das suas palavras.
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Nivia.Oliveira 13/03/2021

Ao ler os acontecimentos que envolvem a epidemia que atinge Vila Cacimba em plena campanha eleitoral parece ser o nosso momento atual, mas o livro é de 2008: falta de governo, descrença, negação da ciência, (“o Sr. é Doutor, mas não vou permitir desobediências”), corrupção, querelas partidárias, fura-filas (“O primeiro milho é para os donos dos pardais”)... Desumanos que renegam que “cada velho que morre é uma biblioteca que arde” e desgraças que nos fazem pensar que o problema não é a doença, mas “a residência de maus espíritos, um lugar fatalmente contaminado”. Como será essa cicatriz?
*~*
Mia Couto traz novamente nomes de personagens que são muito simbólicos: Bartolomeu Sozinho (abandonado?); Dona Munda (lavadeira imunda?), Alfredo Suaexcelência (prefeito - autoridade?), Dona Esposinha (empregada?), Deolinda (deu?). Cada um com histórias que destilam venenos mas no fundo buscam remédios para a própria felicidade.
*~*
Percebemos também a relação de Moçambique com Portugal: Moçambique é representado por Bartolomeo Sozinho. Ele está doente e “só melhora quando deixa de ser ele” e vive enclausurado num pequeno quarto deixando espaço para o médico Sidonio Rosa – Um português que promete trazer o remédio. Esse leva presentes para a família da mulher que ele amava (o “espelho” que um dia encantara nossos índios)? Entretanto ele leva sobretudo a esperança para esse povo que carece de tudo. E até o caminho da colonização a bordo do navio Infante D. Henrique possui várias versões para serem utilizadas conforme a conveniência... A profissão deles também revela diferenças de sabedorias: Um mecânico (um técnico/operacional que conserta “coisas”) x um médico (um fake diplomado que conserta “pessoas”) ambos “como se estivessem reparando uma enferrujada engrenagem”.
*~*
O desfecho é surpreendente e Mia sempre poético com frases que queremos recitar a todo momento. Ele não deixa de valorizar a importância da identidade e a pertença ao local onde nascemos.
*~*
A cada leitura desse incrível escritor tenho a certeza de que é preciso “imaginar para querer saber, imaginar para querer evoluir, apaixonar-se para querer buscar”... palavras do autor que jura ter aprendido mais com livros literários do que com os compêndios de biologia!
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