Literatura 12/07/2013
A arte suprema não é ter sucesso, é saber parar
O livro Napoleão de André Mauris (Globo Livros, 144 páginas) casou muito com o meu interesse desde o primeiro instante. Fiquei muito, deveras ansiosa, por essa leitura, visto que sou uma apaixonada por história. Apesar das minúcias, sobre a vida de Napoleão, trazidas no livro, fiquei um pouco chateada com a leitura. A verdade é que criei muita expectativa e levei um balde de água fria.
Considerei alguns trechos melosos e exagerados, a forma como o autor retrata a família de Napoleão, quase me deu náuseas. Muita bajulação! Não nego o fato de Napoleão ter sido um grande homem. Mas também penso, quantas milhares de pessoas morreram por um ideal? Ele foi um homem dotado de uma grande inteligência, fato inquestionável, mas um obsessivo pelo sucesso e a vitória.
“O verdadeiro perigo para ele seria uma derrota, ou uma conspiração de generais. Um militar que triunfa tem mais a temer de seus iguais que de um chefe civil. Todo general vencedor se perguntaria: ‘Por que não eu?’ Assim sendo, Napoleão sempre age de forma a dar a seus generais a impressão de que podia acabar com eles a qualquer momento. Tratava-os bruscamente, até mesmo com grosseria. Em contrapartida, Bonaparte assegura a devoção da tropa. Visita os bivaques, belisca a orelha dos bravos, usa um redingote cinza muito simples e um pequeno chapéu preto. A afeição dos soldados o protegerá por muito tempo contra as traições dos chefes”.
Napoleão era um estrangeiro na própria pátria mãe. Nasceu na Córsega, mas a ilha foi tomada pela França. E suas batalhas começam na própria França, o que gerou um número gigantesco de inimigos. Mas ele era muito habilidoso, só pra constar: aos 16 anos, ele já era oficial e cuidador da família, visto que seu pai morrera aos 39 anos de câncer e sua família não estava em condições financeiras muito animadoras.
Veja resenha completa no site:
site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/07/resenha-napoleao-arte-suprema-nao-e-ter.html