Tatii 27/01/2010
Na inocência que tinha de ver Lennon como o mito, como um símbolo da paz, perdi totalmente o chão ao ler lembranças de Lennon.
Na entrevista completa, feita pelo Wenner para revista Rolling Stones, ficou nítida que o mito que eu tinha em mente, também era gente como a gente, passivo de erros, paranóico, egoísta, manipulador, com medos, envolto literalmente por sexo, drogas e rock’n roll.
A entrevista fora perfeita para acabarmos com o idealismo de uma pessoa, para acabar com ilusões e finalmente, destacar a genialidade de alguém que foi capaz de se expor. Como Lennon mesmo comentou, para fazer sucesso tem que ter coragem de expor-se ao ridículo. E ele o fez e soube apresentar um talento para músicas como poucos.
A leitura toda foi acompanhada com trilha sonora, para uma contextualização das músicas que Lennon citava como preferida, péssima, influenciada por maconha, composta sozinho ou dividida entre ele e McCartney.
Achei fantástica a entrevista que mostrou a visão de um dos Beatles, afinal ninguém melhor para falar da banda do que um deles, e notei uma sinceridade nas respostas, não ausentando seus erros, mostrando seu amor por Yoko, enfim um livro sem máscaras, sobre um personagem genial.