JCarlos 06/03/2022
Uma visão intimista do feminino e o patriarcado bíblico
Narrado em primeira pessoa, a história retrata as memórias de Dinah envolvendo toda uma visão feminina construída através de conversas e lições aprendidas com suas mães, esposas de Jacó, patriarca da Bíblia, ouvidas na tenda vermelha, onde se reuniam.
Há um ponto de virada na trama a partir de quando se apaixona e essa união não é aceita, engravida e alimenta a consciência da ausência de equidade entre homem e mulher.
?Porque é que ninguém me tinha dito que o meu corpo se tornaria um campo de batalha, um sacrifício, um teste? Porque é que eu não sabia que dar à luz é o pináculo onde as mulheres descobrem a coragem de se tornarem mães??
A narrativa possui um forte teor intimista dada a transgressão da feminilidade pelo patriarcado instituído e historiado nos textos bíblicos.
?Durante muito tempo andamos perdidas uma das outras. O meu nome nada significa para vós. A minha memória é pó.?
?O meu coração é concha de água pura, assim a sirvo, transbordante.?