Queria Estar Lendo 28/02/2015
Resenha: O Caminho para Woodbury
Ei, estou de volta! A série de livros de The Walking Dead está apenas começando e aqui vem um dos apontados como "mais fraquinho" mas que, para mim, não deixou nada a desejar. Venham comigo para Woodbury!
Não, não venham, aquele lugar é um inferno. Eu preferia cair de braços abertos de um penhasco alto do que ficar naquela cidade, na moral. É legal, mas não é.
Pois bem, haverá spoilers do primeiro volume aqui porque óbvio, mas o spoiler mor do fim dele não será citado em nenhuma das resenhas de TWD, pode sossegar! O Caminho para Woodbury começa nos apresentando a novos personagens; Lilly Caul, a amedrontada sobrevivente que está vivendo com muitos outros num acampamento móvel, Josh, um grandalhão preocupado muito amoroso - por quem a Lilly talvez tenha sentimentos amorosos. Talvez porque ela é uma indecisa do caramba - Bob, um ex-médico do Exército que afoga seus traumas e mágoas na bebida, Megan, a ex-melhor amiga de Lilly, toda radical e drogas e faço-qualquer-coisa-para-continuar-viva, e Scott, namorado da Megan. Esse é o nosso grupo de sobreviventes; e, tirando o Josh, todos podiam pegar fogo e morrer, para mim.
Meu problema com a Lilly só começou a partir do terceiro livro, devo deixar claro, mas odeio tanto ela agora que não vou conseguir falar bem da personagem em momento algum. Anyways, temos Bob, o médico sempre bêbado que tem tantos traumas do passado que levou todos eles ali para aquele apocalipse, e isso acaba afetando sua convivência com o grupo. Não que ele seja insuportável, ele é só muito problemático, e uma pessoa assim no fim do mundo não é lá de grande ajuda. Megan é bem real, mas muito chata. Ela e o Scott só estão ali para criar intriga de vez em quando e concordar com o grupo de vez em sempre - apesar de que a cena mais maneira do livro envolva eles drogados pela maconha na garupa da caminhonete lidando com um zumbi. Josh, por fim, o meu querido, que é a alma corajosa e altruísta do grupo; não, ele não é um herói de armadura brilhante. Ele só é muito foda em tudo que faz. Também está cheio de medos e receios, mas sabe colocar isso de lado quando alguma crise se aproxima.
A Lilly talvez seja a personagem mais real dali. Ela tem ataques de pânico de vez em quando e perde o controle sobre suas próprias ações - ela só quer sobreviver, e muitas vezes não sabe como fazer isso. As I said, eu gostava dela nesse livro; toda essa realidade e esses medos e a sensação de "eu não sei lutar, mas quero proteger os outros, MAS NÃO SEI LUTAR" que ela tem me fizeram sentir afeição pela guria. Dai veio o livro 3 e estragou tudo.
Enfim, se eu odiei tanto todos os personagens - exceto o Josh - porque diabos o livro é tão bom? Porque é real. Os medos são reais, as atitudes dos personagens são muito reais, as filha da putices, tudo, TUDO é muito real. É isso que eu adoro no universo de The Walking Dead; você encontra mães, pais, filhos, primas, desconhecidos se tornando família, familiares se tornando desconhecidos. É isso que acontece quando tem uma crise, quando a sobrevivência é a questão primordial do ser humano, e o Jay narra de maneira maravilhosa.
"- Vocês acham que isso aqui é a merda de uma democracia?!"
Ai vem o Governador. Ah, o Governador, aquele cão infernal. Como eu queria ter a oportunidade de jogar a Lucille na cara dele (procure Negan e Lucille no Google caso não entenda a referência). O Governador ficou maluco no fim do outro livro, MALUCO. Perdeu a cabeça totalmente, explodiu os parafusos todos, virou um psicopata descontrolado.
E, caso você esteja pensando - mas ei, o Governador da série nem é tão ruim - pense novamente, porque o Governador dos livros é o diabo das HQ's. Então faça as contas das crueldades e venha amar Philip Blake que TWD resolveu retratar nas telinhas, porque ele é um ANJINHO perto da criatura que manda em Woodbury nesses livros.
Repito: vá na fé nessa leitura. Não tem como se arrepender!
Link original da resenha: http://migre.me/oO4Hl