aquariusmood 15/09/2022
Bom, mas envelheceu mal.
Quando li o livro pela primeira vez, há nove anos atrás, me lembro de ter amado muito a história, já que ela continha tudo o que eu como adolescente procurava num livro: romance, um cara bonito e o sobrenatural. Mas confesso que relendo o livro novamente, me surpreendi com a quantidade de falas preconceituosas a cada 10 páginas e isso prejudicou a minha vontade de querer continuar a ler até o final. Embora eu entenda que a 15 anos atrás, quando o livro foi escrito, não se falava sobre gordofobia, distúrbio alimentar, misoginia e homossexualidade, chega a ser engraçado o fato de que a história contém diversos elementos que são contrários a ideia de sociedade que temos hoje, como por exemplo, a divindade adorada é uma deusa, com fundamentos matriarcais, sororidade e poder feminino, e mesmo assim, a personalidade da personagem principal basicamente consiste em se achar melhor que todas as garotas só porque ela não gosta ficar se agarrando na frente dos outros ou porque ela não é " burra o suficiente pra aceitar fazer sexo oral em um cara", fora as mil vezes que ela chama a própria irmã de 🤬 #$%!& só porque a menina é uma líder de torcida popular - ou seja, Zoey é a própria pick me girl das trevas (mais uma relíquia dos anos 2000). Apesar disso, eu ainda acho o universo da história muito bom e eu amo como ela conciliou o mundo vampiríco com os detalhes do folclore cherokee.