Tiago sem H - @brigadaparalela 09/08/2014Kratos é um guerreiro espartano que devido a um acordo feito com Ares, o Deus da Guerra, recebe dele as armas necessárias para se tornar o guerreiro perfeito. Porém, ao ser enganado pelo deus, Kratos assassina sua própria família. A partir desse momento, ele renega o deus e durante dez anos é atormentado por pesadelos desse assassinato. O guerreiro procura Athena que promete fazer com que ele se esqueça desses tormentos, desde que ele cumpra uma missão: matar Ares. Para tal missão, o fantasma de Esparta precisa encontra uma lendária caixa que é a chave para a morte do Deus da Guerra.
Lá em meados de 2008 no meu saudoso Playstation 2 eu descobri a série de Kratos. Um gênero de jogabilidade que eu nunca havia experimentado, somado a mitologia grega, resultou em horas e horas desvendando cada parte do game. Quando fiquei sabendo que ele havia sido baseado em um livro, adquiri o mesmo e a decepção foi imensa.
God of War (o livro) apresenta um enredo semelhante do jogo, durante a leitura fui lembrando das fases, com poucas modificações. Porém, a leitura é muito enfadosa. Com pouquíssimos diálogos, a história toda é tecida em torno de praticamente um personagem (Kratos), por meio de textos corridos que cansam o leitor, mesmo sendo um livro rápido de ser lido.
O início da história é extremamente lento - o protagonista é deixado em mais de um capítulo com a mesma ameaça. Já o final do livro é muito corrido, sendo que o grande desafio de Kratos é resolvido quase que em meio capítulo.
Os combates, que faziam todo o diferencial no jogo, aqui deixam muito a desejar. Por se preocupar em ter um alto grau de descrição das batalhas, os adjetivos são repetidos muitas e muitas vezes, o que causa grande confusão por parte do leitor. A construção de personagem no enredo do livro também é muito fraca, quem jogou o game, terá que fazer uma ponte entre as duas mídias para poder ter um pouco de carisma com o protagonista.
Quem jogou o game, consegue entender muito melhor certas cenas e se familiarizar com elas, principalmente as cenas finais que no livro são totalmente confusas e frustantes. Normalmente, estamos acostumados a dizer que o livro é melhor que o filme, nesse caso, o game é incomparavelmente melhor do que o livro.
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