Água funda

Água funda Ruth Guimarães




Resenhas - Água Funda


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AlineCP 27/05/2024

Surpresa boa!
Sou mineira, nascida e criada no sul de MG. Que surpresa boa ter conhecido Ruth Guimarães pelas páginas de Água Funda, lugares tão queridos (e conhecidos) por mim, dialetos com a simplicidade e sabedoria do interior, suas dores e delicias. Me senti em uma conversa num café da tarde, tomando um café preto, comendo um bolo de milho e fofocando com um velho conhecido rs
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luizagross 26/05/2024

Água funda se divide em duas partes, a primeira contando a história de Sinha e a segunda conta a história de Joca. Traz questões de saúde mental, realismo mágico, crenças, vida no interior. Livro ok mas até o final da história da a sensação de as partes não terem relação e ser um pouco confuso.
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Luana 26/05/2024

Uma grata surpresa
Que narrativa surpreendentemente deliciosa de conhecer, através de um narrador desconhecido (eu imagino um senhor de chapéu com um cachimbo contando todas as fofocas acumuladas em 50 anos) apresenta-se o enredo de uma fazenda no interior de minas, contemplando todas as desgraças por trás das historias deste mesmo lugar em momentos históricos diferentes.
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Manuela.Barros 25/05/2024

Uma leitura muito sensível
A autora foi muito perspicaz, precisa e sensível com o estilo no qual escreveu essa obra. A forma como descreve o ambiente no qual a história se passa, a brincadeira que fez com a cronologia dos acontecimentos, as marcas tão gostosas de oralidade no discurso e o emaranhado das vidas que ali corriam.
Li para a Fuvest e foi o meu favorito até agora, tirando Quincas Borba.
Super recomendo.
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stella 20/05/2024

Ruth guimarães foi cirúrgica com esse livro, desde o fato de incluir folclore na história até entrelaçar ele com a história dos personagens e como essa crença pode influenciar uma sociedade/comunidade.
confesso que é um livro confuso, mas a brasilidade dele é prazerosa demais de ler
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Hailita 19/05/2024

Agua funda
Cara li esse livro pra fzr uma prova na escola e o que eu posso dizer é: ele é uma grande fofoca que demora uns 80 anos pra terminar KKKKKKKKK
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Laura2101 19/05/2024

?a atmosfera de Água funda se torna interessante devido ao contraste de uma fatalidade sobrenatural, misteriosa, com o tom habilmente natural. [...]?
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Lau Pinheiro 15/05/2024

Caraca 7° da fuvest!
Ler água funda foi divertido dms! é um livro super descontraído, com tantas reflexões pertinentes. uma semelhança idescritível com a região que se buscou retratar, demonstrando o cuidado da autora. confesso que a marcação de tempo foi algo que me pegou no começo mas já na metade do livro eu peguei o jeito.
o enredo é incrível e ver todas as pontas se ligando no final da história é muito satisfatório. pobre curiango, nem sempre paga quem merece...
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Maria10911 14/05/2024

Água Funda
Li esse livro porque é uma das leituras obrigatórias para o vestibular UFRGS 2025. De início estranhei a forma que o livro é narrado: não sabemos quem é o narrador, as cenas se passam no passado (50 anos antes) e no presente, tudo dito ali é uma lembrança do próprio narrador ou daqueles que vieram antes dele e passaram adiante as histórias. A escrita de Ruth é marcada pela regionalidade de Minas, as vezes confusa para mim, mas nada que atrapalhasse o entendimento. Depois que passei a visualizar o livro como uma "grande fofoca local", consegui fluir na leitura.

Sobre a história: como disse, é uma fofoca local que se inicia com um aviso, mas só iremos entende-lo próximo ao final. Durante o enredo conhecemos várias histórias das pessoas que moravam próximo da Fazenda Olhos D'Água mas o livro se centra nas personagens sinhá Maria Carolina, Joca e Mãe de Ouro e suas histórias se passam com anos de diferença.
Vou buscar pontuar as coisas que mais importam dentro do livro: Sinhá Carolina morava na Fazenda Olhos D'Água e durante o início da sua vida vemos de pano de fundo a escravidão. Seus pais tinham escravos, ela teve escravos. Uma passagem bem evidente é quando ela compra uma escrava, Joana, pra ser sua cozinheira e separa a mulher de seu marido, que também era escravo em uma fazenda vizinha. As diferenças sociais também é um fator interessante de se analisar. Sinhá tinha uma filha, Gertrudes, que se apaixonou pelo filho do capataz. Essa relação nunca foi aceita por sinhá, imagine sua filha se casar com o filho de um de seus empregados? Gertrudes fugiu com a família de seu amado e sinhá ficou sozinha na fazenda. Mal sabia Carolina que o seu preconceito passaria por cima do ego quando ELA se apaixona pelo novo capataz da fazenda, o filho do dono da Fazendo do Limoeiro.

Outro aspecto importante é a crendice popular, presente durante todo o livro: no primeiro momento com a chegada do novo capataz, as pessoas que ali residiam não gostaram do sujeito e diziam que era mal pressagio, o vento assoviava coisas ruins e os cachorros latiam ao ver o homem; e quando é apresentado a história de Joca, ele zomba das pessoas que tem medo da Mãe de Ouro e logo ele acredita estar condenado por ela. O modo como as relações são influenciadas pelas crenças e o folclore local é desafiador, eu diria: você nunca sabe se de uma conversa vai sair briga ou uma piada.

Por último, as mudanças que acontecem no espaço rural durante esses 50 anos são drásticas. As fábricas se alocam no campo, os serviços braçais são feitos por máquinas que necessitam de homens para operá-las, o modo de cultivo e criação de animais também muda e a escravidão é proibida no papel, mas a organização social continua a mesma.

Ruth Guimarães é sensacional e seu livro é único. Espero que gostem e se houver dificuldade para ler lembre-se que tudo é uma grande fofoca (e isso torna muito especial o jeito de ler).
manu368 28/05/2024minha estante
obrigada pela resenha! to lendo pra ufrgs e sua resenha me ajudou a clarear a mente, pois até então a leitura tá sendo beeem confusa pra mim




Helena.tbo 10/05/2024

É um livro bom, mas
É um livro bom, mas eu tive dificuldade na leitura e me perdi facilmente com os personagens, sendo necessário sempre estar conferindo uma análise. De um modo geral foi interessante lê-lo para sair da zona de conforto e conhecer mais sobre os clássicos da literatura brasileira.
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tatioueu 09/05/2024

Esqueci e depois lembrei ?
No início me perdi um pouco com as histórias cruzadas e a falta de linearidade mas saboreei o palavreado sertanejo, muito simples e bonito. Na reta final do livro as histórias fizeram mais sentido mas confesso que, mesmo tendo lido recentemente, é um livro que já não sei mais contar. Talvez a proposta até seja essa, que as palavras passem por nós igual diz o narrador ?a gente passa nessa vida como canoa em água funda. Passa. A água bole um pouco. E depois não fica mais nada?
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Leticia.Melo 03/05/2024

Mais uma surpresa da literatura brasileira. Uma história excelentemente construída sobre a decadência de um sistema e o início de outro dando bastante foco às relações e às pessoas da região. O folclore bem presente na narrativa traz mais elementos da vida no interior e ao mesmo tempo a ligação entre essas pessoas que habitaram a mesma cidade porém em épocas diferentes. Uma narrativa que trouxe surpresas, mas também trilhou um caminho bem demarcado e esperado. Excelente livro!
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Lau 03/05/2024

Como canoa em água funda
Nessa vida, tudo passa. Flutuamos pela água serena do rio, que nunca é o mesmo, e perturbamos a sua superfície apenas um pouco, para depois aquietar novamente e o curso continuar com o ritmo de sempre

"Água funda" é um romance precursor do realismo mágico e talvez por isso, mas não só, me lembra muito "Cem anos de solidão". Não são iguais, nem de longe. Ruth Guimarães tem um estilo próprio e uma linguagem completamente diferentes e intimistas, com uma tranquilidade inquietante - parece paradoxal - que coloca personagens reais demais num mundo que não se sabe se é mais real que místico ou mais místico que real. Ao contrário do Gabo, que é maravilhoso, mas em seu romance tudo é muito fantástico e não sentimos proximidade, em nosso idioma, com a oralidade local

Mas o que me faz mesmo comparar as duas obras é o senso de passagem do tempo, que vai e leva tudo, independentemente de quantas gerações tentem perpetuar uma família, como em "Cem anos", ou uma comunidade, como em "Água funda". Temos alguns personagens tão interessantes e muitas coisas acontecem com eles que mudam os rumos desse microcosmo, mas no fim todos caminham para a mesma tragédia (diz Antonio Candido, numa das críticas). O fim de cada um deles é a solidão. E o tempo, vai passando, torna lenda, deixa pra trás sem dó...

Permeada por um clima de maldição - a "praga" - e narrada por um personagem desconhecido, a leitura acaba se tornando misteriosa e instigante. Fiquei me perguntando como ele (ou ela) consegue saber de tudo se parece gente de carne e osso. Minha hipótese é que o narrador é um gigantesco fofoqueiro. Eu diria, porém, que ele deixa a primeira parte, da Sinhá, mais instigante que a segunda. O Joca é um chato de galocha e, infelizmente, é um dos protagonistas. Só por isso dei 3,5 estrelas

Gostei do livro e já quero conhecer "Os Filhos do medo" da mesma autora. Dá vontade de ir a fundo nos seus estudos sobre o folclore do Vale do Paraíba. Por causa dela, agora tenho medo da Mãe de Ouro haushs
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Mariana 01/05/2024

Confesso que senti dificuldade de compreender o enredo no ínicio da leitura, mas depois dessa fase me encantei. É um livro repleto de composições sintéticas belíssimas e poéticas. Com composição fragmentada dispõe de várias reflexões ( me deu crise existencial rs), faz o retrato de um modo de vida nos anos 20, mostra como algumas pessoas vêem os problemas inexplicáveis como algo feito como castigo de alguma entidade ou é uma praga que caiu sobre eles. Enfim recomendo muito a leitura é de se emocionar.
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Gabriela 27/04/2024

Causos
Uma grande fofoca. Um antigo morador da região contando causos passados a outra pessoa - possivelmente um habitante novo no vilarejo ou mais jovem - e nós, como se convidados para um cafezinho com bolo de fubá, acompanhando tudo com os mais ricos detalhes.

Não existe muita linearidade: a vida acontece o tempo todo, as histórias são intercaladas, relacionadas, misturadas... assim como na realidade. Parece uma estrada cheia de curvas, retornos e desvios.

Os regionalismos da fala - os sotaques e entonações tão bem descritos que quase é possível ouvi-los durante a leitura! -, as crenças fortes e presentes nos mais diversos momentos, bem como o misticismo com que interpretavam os acontecimentos... tudo muito bem escrito e amarrado.
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