Desonra

Desonra J. M. Coetzee




Resenhas - Desonra


279 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


cleber.teixeira 09/04/2022

Irretocável
Coetzee me arrebatou na primeira página. Embora Desonra não tenha dois ingredientes que costumam me chamar atenção na literatura, o mágico e o poético, o realismo pungente e a linguagem precisa e sem uma vírgula de sobra fazem desse romance uma obra-prima. A narrativa cinematográfica e surpreendente me manteve tenso do início ao fim. Coetzee parece aperfeiçoar (se é possível) Kafka e Camus. Eu poderia ler Desonra pro resto da vida, mas não teria grana pra tanta terapia. Se você ainda quer ter esperança na humanidade, evite essa leitura.
comentários(0)comente



LairJr 30/03/2022

Um livro bem intenso que acaba despertando muitas reflexões. De um modo geral gostei bastante, mas confesso que vou precisar compreender melhor certas questões abordadas.
comentários(0)comente



fleabookz 27/03/2022

O título original desse livro faz muito sentido, porque é muita desgraça e desonra em todos os momentos. Fiquei tão incomodada e chocada ao mesmo tempo, do início ao fim. É repugnante e ótimo.
O David é uma que admiro por ele ser muito esclarecido com o que quer e o que não quer. Por outro lado tive vontade de enchê-lo de porrada várias vezes, que homem teimoso e asqueroso. A Lucy também eu só queria chacoalhar ela pelos ombros e dizer "acorda mulher, pelo amor de Deus". Ela se coloca numa situação que me deixou extremamente desconfortável e sendo teimosa igual o pai, se recusa a mudar, que ódioooooo.
Definitivamente não é uma leitura fácil e pra qualquer um, mas até que gostei bastante, exceto do final que pra mim me pareceu muito repentino.
comentários(0)comente



DrDiogo 25/03/2022

Melhor leitura do ano ate aqui
Sem duvidas o melhor que li ate agora em 22 (março) gostei do enredo, gostei da escrita rápida. Gostei dos personagens, enfim?.descobri ainda que existe o filme. Irei assisti-lo. 10/10
Carlos Patricio 25/03/2022minha estante
bom mesmo


Carlos Patricio 25/03/2022minha estante
e a capa é linda




Pretti 08/02/2022

Uma constelação de temas para o debate
Já havia lido Desonra em 2017, mas já quase não me lembrava mais da narrativa, então reler foi, em grande parte, ler pela primeira vez. Apesar de contar com um protagonista um tanto desagradável, a história é envolvente e levanta diversas questões importantes, algumas delas talvez nem intencionais (e mais palpáveis devido a outros debates surgidos na atualidade). Uma das coisas nas quais mais pensei ao terminar a leitura foi nos dois pesos e duas medidas em situações que são ligeiramente equivalentes, bem como a incapacidade de o protagonista ide ficar seu lugar na trama que se apresenta. O final, bastante aberto, nos lança radicalmente em uma miríade de reflexões, algumas contemporâneas, outras nem tanto assim. Acho que só isso, só esse estado reflexivo, já compensa a leitura do livro.
comentários(0)comente



Adriani cruz 01/02/2022

O nome original do livro é ?disgrace? que em tradução direta seria desgraça porém ao ser traduzido o título muda para desonra o que na minha opinião não muda o sentido de decadência abordado no livro. O livro conta história de vida de David Lurie, um professor universitário de literatura divorciado que tem uma relação semanalmente com uma garota de programa e após seus encontros serem rompidos, ele tem um caso com uma aluna de 22 anos que apesar de ser narrado em primeira pessoa pelo David parece ser uma relação consensual porém Melanie o acusa de abuso sexual talvez encorajada pelo pai ou pelo namorado. David é expulso da universidade onde trabalha e viaja para passar uns dias na propriedade rural da filha Lucy. Ela planta e vende flores e alguns legumes que cultiva em sua fazenda, e também tem um canil com animais que ela cuida e colocam para adoção. Lucy morava em uma comunidade hippie e após o movimento se encerrar permanece na fazenda com sua parceira e ao rompimento desse relacionamento cuida sozinha da sua propriedade, depois de um tempo Lucy arruma um sócio negro chamado Petrus que mora com sua segunda esposa grávida, Petrus parece ajudar Lucy mas apresenta um caráter duvidoso na visão de David, o professor toma contato com a brutalidade e o ressentimento da África do Sul pós-apartheid e nos mostra essa visão da África nessa época. David e lucy são brancos , Petrus e sua família são negros o autor parece nos mostrar sobre o aparthaid nessa terra rural.

A escrita é seca porém muito fluida, e por muitas vezes sucinta. Sinto varias vezes vontade de saber mais porém nada tinha mais, era isso mesmo e ponto. Deixa vários assuntos no ar a margem da nossa imaginação do nosso subentendimento.
Eu senti raiva, asco, muita irritação. Para mim achei o livro perturbador. Mas amei acho que o autor descreveu muito bem o pós Aparthaid. O livro descreve de uma maneira impar a cultura local
comentários(0)comente



AleixoItalo 01/02/2022

Indigesto. Li em algum lugar que 'Desonra' é um romance de formação às avessas e essa é de fato sua melhor definição.

Na trama o professor David Lurie, convicto de suas virtudes, cai em desgraça após se envolver com uma aluna, e uma vez refugiado no coração da África, é assolado por um mundo voraz que abala todas suas convicções.

Narrado pelo ponto de vista de Lurie, o livro remete um pouco ao universo masculino deturpado de Philip Roth, mas a obra de Coetzee é muito mais interpessoal. Diante de forças incontroláveis, humilhação (desonra), estruturas sociais que ignoram completamente sua história, e do choque de consciência entre os sentimentos com relação à aluna Melanie e à filha Lucy, vemos a transformação de todo um corpo de personagens pelos olhos de Lurie, que tenta consumir essa nova realidade intragável.

O livro retrata a África do Sul pós Apartheid, mas confesso que é difícil enxergar esse panorama histórico, o livro tem um aspecto mais filosófico. O que se vê é a jornada de uma pessoa estabelecida num estilo de vida tipicamente ocidental, lançada num mundo... diferente... selvagem, onde as estruturas de poder tem códigos éticos e morais próprios.

"Ética" e "Lei" os grandes temas debatidos nas entrelinhas do livro. Temas que o autor separa muito bem e cita nas pouquíssimas entrevistas que dá, ditam o tom de 'Desonra'. O grande debate é até que ponto os direitos e os deveres andam juntos e qual liberdade é menos importante: a dos animais à vida, as mulheres ao próprio corpo, os homens ao desejo, o status social?

Sem lições de moral ou acontecimentos atenuantes, o debate é puramente interior. Entre estupros, humilhações (violações a palavra que melhor se aplica aqui e não significa nada em específico), David Lurie segue seu desenvolvimento. Não um típico jovem com toda uma vida pela frente, mas um velho incapaz de moldar o mundo e preso aos absurdos que a vida lhe impôs.
comentários(0)comente



Fer . 31/01/2022

Muito fazemos e deixamos de fazer em nome da honra. Mas existe um preço pelas escolhas que fazemos, sejam elas pela honra, ou pela desonra. As escolhas deste professor, diga-se de passagem que se envolve com uma aluna, o levam a se aproximar da filha, que faz escolhas muito diversas das dele. Mas ambos têm algo em comum: agem em nome da honra, da sua honra.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mai 22/01/2022

Foram muitas as leituras que pude fazer ao acompanhar a desgraça envolvendo a vida do professor Lourie, os eventos na fazenda em meio à África profunda e a catarse final que encerra o enredo.
Dialogamos com uma estrutura machista; com relações de poder, corrupções e imoralidades. Com a desfaçatez com que muitos agem. Nos damos conta de quanto ainda precisamos fazer para desencapsular as meninas amedrontadas que a sociedade patriarcal insiste em cultivar, e nós mesmos nos equivocamos em alimentar.
Vemos também uma queda de braço entre uma África do Sul urbana e outra ainda profunda, com raizes bem sedimentadas em estruturas morais ultrapassadas e alienantes.
Acompanhar a tragédia envolvendo Lucy nos enoja e sensibiliza, ao mesmo tempo em que ver sua tentativa de superação nos enternece, fazendo-nos acreditar em um futuro possível.
Não há aqui coitadismos, antes sim estratégias de resistência que está para além do que a observação ligeira é capaz de notar.
Quanto ao protagonista, apreendo que a única coisa na vida que não muda é a impermanência, coisa que ele insiste em não aceitar.
comentários(0)comente



Maria 17/01/2022

Incrível
O romance é protagonizado por David Lurie, um professor universitário de literatura, distante afetivamente de tudo, que se encontra com uma prostituta para satisfação dos seus desejos. Além disso, assedia suas alunas e acaba tendo um caso com uma delas, Melanie, que o denuncia. David não consegue enxergar que ultrapassou os limites das relações de autoridade e consentimento e é demitido. Com isso, vai visitar Lucy sua filha, que cuida de uma fazenda com auxílio de Petrus, seu antigo empregado e agora sócio.
O autor trata temas de uma sociedade marcada pela segregação racial e pelo ódio, com seus conflitos de costumes e gerações, de gêneros e as relações familiares de uma forma sensacional.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Caio380 12/01/2022

Desgraça
A vida do professor David Lurie passa por uma tormenta. Após se relacionar sexualmente com uma aluna, vê sua vida entrar num ponto de não retorno. Na universidade é acusado formalmente de assédio e abuso. É afastado das suas funções docentes. Vendo seu infortuno aumentar. Com o decorrer dos fatos, Lurie, aceita a própria desgraça. Aceita a própria miséria existencial. Ao sair da cidade, David, busca de refúgio no campo. Na propriedade rural de sua única filha, Lucy. O ex-professor terá a oportunidade de conhecer um contexto social diferente daquele vivido por ele na época em que leciona na Cidade do Cabo. Neste contexto, a vida de Lurie ganha novas experiências e um contorno dramático. Com a presença da filha, Lurie, conhece a realidade brutal da África do Sul pós-apartheid. Uma realidade criada por Coetzee com a intenção de mostrar as tensões sociais latentes na sociedade sul-africana, que impõem um cenário de “guerra civil permanente” entre brancos e negros. Vítima e algoz da história, David Lurie cai totalmente em desgraça ao perceber sua inutilidade intelectual, histórica e política frente a realidade que o condiciona socialmente ao status da desonra.

site: https://socioabsurdo.medium.com/desonra-j-m-coetzee-41a44f5d9c2b
comentários(0)comente



Elispector 31/12/2021

Leitura dificil
Leitura do #café literário da Jana.
Situações incômodas. Acompanhar o debate com os demais leitores foi enriquecedor.
comentários(0)comente



279 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR