Nina 27/05/2024
Um belo livro de várias maneiras
Em 2024 me propus um desafio literário para sair um pouco do meu conforto, e um dos tópicos era uma leitura que provavelmente eu não faria, pedi a uma colega uma dica “me indique um livro bom, mas que não tenha a ver com meu gosto” e logo de cara ela me indicou “A elegância do Ouriço” e eis a minha melhor leitura até agora.
No começo, a leitura não foi tão fácil, Reneé (uma das personagens principais) é culta demais para o meu paladar literário e me senti perdida, mas ao longo das páginas a leitura fluiu, e que delícia! Esse é um livro elegante e belo, de várias maneiras.
Preferi me concentrar na descrição que senti ao lê-lo do que no resumo da obra em si, pois se chegaram até aqui, já sabem pelo menos um pouquinho. Eu fui tocada de várias maneiras pela história, não há grandes acontecimentos, mas as reflexões em si, são preciosas.
Estava lendo em paralelo com “Bem-vindos à livraria Hyunam-dong” e por coincidência há uma citação referente a Elegância do Ouriço, deixo-a com vocês, é isso que senti:
“Uma pessoa, no fim das contas, é como uma ilha. Sozinha e solitária.
Não acho que isso seja necessariamente ruim. A solidão nos liberta e traz profundidade à nossa vida. Nos romances que eu gosto, os personagens são como ilhas isoladas. Nos romances que eu amo, os personagens são como ilhas isoladas, até seus destinos finalmente se cruzarem. O tipo de história que faz você pensar: "Ué, você estava af?" Então uma voz responde: "Sim, sempre estive aqui." Aí você se pega imaginando: "Eu estava meio triste por estar sozinho, mas agora me sinto menos triste por sua causa." É incrível poder se sentir assim. Este romance me proporcionou essa alegria.