Queria Estar Lendo 17/05/2015
Resenha: Isla and the Happily Ever After
Acho que se tornou tradição eu não saber reagir aos livros da Stephanie Perkins. Anna e o Beijo Francês me derrubou as emoções; Lola e o Garoto da Casa ao Lado - que vai ter resenha em breve aqui - deixou meu emocional pisoteado - da melhor maneira possível, claro; e eis que Isla e o Felizes para Sempre chega para acabar a trilogia e acabar comigo também. Porque ô livro BOM!
Pois bem, gente, estamos de volta a história da Isla. De volta, sim, porque a encontramos brevemente em Anna e o Beijo Francês - conhecemos sua aparência, sua crush no Josh e a impressão que Anna tem dela. Agora, estamos dentro da cabeça da Isla, vivenciando, junto com ela, o seu último ano na escola da França. Um ano que guarda mudanças absurdamente especiais para a querida Isla.
"Não que o Josh vá se apaixonar por mim.
Mas eu não queria arruinar qualquer chance.
Mesmo que eu não tenha uma chance.
Mas no caso de eu ter.
Mesmo eu não. tendo."
Tem tantas coisas que eu queria comentar sobre esse livro, mas ainda não sei por onde começar!
A protagonista é a coisa mais fofa e querida. Diferente da Anna, toda determinação e graciosidade, ou da Lola, que é toda criativa e excêntrica e multifaces, Isla é bem... Na dela. Tem uma irmã pequena, Hattie, que ingressou a escola naquele ano, e uma irmã mais velha, Gen, e, dentre as três, sempre foi a mais contida. Spoilando um pouco a personalidade da Isla, ela não se vê como alguém que vale a pena aceitar riscos. Ela não tem auto-estima suficiente para se aventurar, apesar de gostar de ler livros de aventura. Ela é a melhor aluna da classe porque não tem amigos suficiente para sair por ai e se divertir; seu único e melhor amigo é Kurt, um garoto fechado por causa da sua condição - que eu não vou contar, pra manter um pouco de suspense - que compartilha desse lado contido da garota.
"Nós temos a mesma pele pálida e o cabelo vermelho brilhante, mas Gen é ambiciosa, Hattie é a do contra, e eu... Sou a quieta. A que nunca causa problemas."
Eis que, logo no começo do livro, o ano já apresenta uma surpresa para Isla: um pouco drogada por anestesias, ela acaba fazendo o que sempre sonhou e se aproxima e dialoga com o garoto por quem tem uma paixonite enorme - Josh. Agora que está sozinho no colégio, porque St. Clair, Anna e os outros já se formaram, Josh encontra em Isla uma companhia agradável e, entre eles, começa a faiscar alguma coisa a mais.
"Josh está bem atrás de mim, e quando eu viro minha cabeça para responder, seu sorriso é torto - inquestionavelmente paquerador - e eu não consigo mais lembrar do meu nome ou meu do meu país ou mesmo do meu lugar no universo."
Ai a fofura começa e nunca mais acaba e você só fica rolando no chão enquanto faz sons de baleia morrendo.
Já disse e repito que me apaixonei perdidamente pela maneira agradável e sentimental com que a Stephanie narra romances, e tenho uma inveja braba de como ela faz parecer tão fácil! As palavras fluem na narrativa de maneira tão perfeita, se encaixam em frases tão adoráveis, e tudo o que você, leitor ou leitora, pode fazer é morder o travesseiro e chorar. Porque o livro é incrível, os personagens são incríveis, a ambientação e a narrativa, é tudo incrível!
"Josh é uma bela, bagunçada e apaixonada obra de arte, e eu... Sou uma tela em branco."
A caminhada da Isla até o seu 'felizes para sempre' foi uma coisa muito bem trabalhada. Houve altos e baixos, como todo bom livro de romance deve ter, e houve crises bem construídas. Toda a história da Isla e da sua confiança baixa em si mesma, os problemas de Josh com a escola e com a instabilidade em casa, a amizade da Isla e do Kurt sofrendo alguns abalos... São coisas que a gente encontra na vida real, coisas que se encaixam perfeitamente com pessoas que poderiam ser reais.
"Josh olha para seus tênis, e depois de volta para mim, e então de volta para baixo. - Você sabe que eu gosto de você, certo?"
O romance da Isla e do Josh é algo que saiu de um conto de fadas, sim, mas a Stephanie torna ele tão... verdadeiro, tão possível, que não tem como você não se apaixonar perdidamente pelo amor que os dois cultivam.
Eu adorei como a autora construiu esse amor entre eles, começando da crush que ambos criam - sendo a da Isla muito mais duradoura e engraçadinha, porque ela vem babando no Josh há anos - até o verdadeiro amor que eles descobrem juntos. O amor que vivencia as partes boas e ruins, que enfrenta problemas, que causa confusões na vida de ambos, que os força a se separar por semanas, meses, que os faz vivenciar o que só os casais mais unidos conseguiriam vivenciar juntos. Eu adorei profundamente a interação entre os dois; nada soou forçado, nada foi "meloso" demais. Estava tudo ali, na medida certa, para a gente amar e chorar.
"- Eu quero dizer que você nunca precisa se preocupar sobre eu te abandonar, porque eu estou apaixonada por você desde o primeiro ano.Minha confissão o deixa extasiado.- Não tem história. - digo. - Eu te vi um dia, e eu só soube."
AH, E AS PARTICIPAÇÕES DOS OUTROS PERSONAGENS! Quando Anna, St. Clair, Lola e Cricket apareceram eu quase morri! Anna e o St. Clair, especialmente, por algo MUITO adorável e causador de ataques cardíacos que vai fazer você morrer de chorar lá no final. Sério, eu amo tanto a Stephanie Perkins que eu poderia fazer um altar pra ela.
Comprei o livro em inglês mesmo porque a Novo Conceito nunca chegou a publicá-lo por aqui - e também porque OLHA ESSA CAPA! OLHA ESSA EDIÇÃO! Coisa mais linda de meus deuses, gente, sério. Se quiserem treinar um pouquinho o inglês, vão na fé com o livro da Perkins. A narrativa dela é bem simples e fofa e tem pouquíssimos momentos em que você vai se sentir perdido; primeiro livro em que eu não procurei nenhuma palavra no dicionário.
"- Eu estou tão apaixonada por você, Joshua Wasserstein. Claro que vou te esperar."
A editora Intrínseca detém agora os direitos de publicação, então logo, logo, Isla e o Felizes para Sempre vai chegar traduzido para alegrar a sua vida! Super recomendo a trilogia da Perkins, e recomendarei para sempre qualquer coisa que essa mulher vier a escrever, porque ela agora faz parte da trindade de autores de romance que eu quero ser quando crescer.
Agora licença que eu vou lá morrer porque preciso de mais livros dessa mulher.