Luiz111 24/05/2024
Percy Jackson e O Mar de Monstros
Foi incrível como este livro conseguiu me prender logo nas primeiras páginas, me trazendo uma sensação de conforto tão grande. A nostalgia que ele me trouxe foi realmente muito boa, tive a impressão de estar lendo um "filler" em meio a uma história maior, mas executado de uma maneira tão incrível que agrada a qualquer leitor. Esse também foi um livro que me fez relembrar a minha infância, de quando eu ainda era menino e tinha contato com boas histórias infanto-juvenis, daquelas que faziam qualquer criança ficar pensando nelas o dia inteiro.
O segundo livro da série literária conta a história de Percy um ano após os eventos do último livro. O Acampamento Meio-Sangue está enfrentando problemas: a árvore de Thalia, que antes protegia o acampamento de ataques de monstros, foi envenenada. Agora, o acampamento já não é um lugar tão seguro para os jovens semideuses. A única maneira de salvar o acampamento é usando o Velocino de Ouro, que tem o poder de curar a árvore de Thalia e restaurar a proteção do acampamento. No entanto, ele está sendo guardado por um poderoso Ciclope que aprisionou Grover em sua ilha. Percy e seus aliados agora estão indo atrás do Velocino, dispostos a enfrentar o Ciclope e salvar o acampamento.
O livro já é bom desde o início. Toda a cena inicial no ginásio da nova escola de Percy foi tão bem elaborada que me fez querer ler o livro todo de uma vez. A aventura e a história desse livro conseguiram ser ainda mais dinâmicas e divertidas que a do primeiro livro. Gostei também de como a Clarisse foi trabalhada nesse livro, por algum motivo eu acho a personagem muito legal e eu iria gostar muito se ela mantesse algum tipo de amizade com Percy.
Gostei muito de cada força antagonista apresentada neste livro, como Circe, filha de Hécate, que faz Percy sentir-se imperfeito e questionar a própria aparência, transformando-o em um porquinho da Índia por acreditar que homens são porcos. E o Ciclope Polifemo, que faz Percy se sensibilizar com ele, uma vez que seu novo irmão, também ciclope, Tyson, o acompanha em toda a jornada. Ter contato direto com essa dinâmica foi muito interessante.
Este também foi um livro que explorou bastante a relação entre Percy e Annabeth. Aqui, tiveram interações mais duradouras e ficaram ainda mais próximos, sendo Annabeth uma das poucas personagens entre os campistas que demonstrou apoio a Percy durante todo o livro. Mas algo que realmente me incomodou neste livro foi que Annabeth não teve seus conflitos pessoais tão bem aproveitados. Sinto que a personagem fica muito presa a uma zona de conforto que o autor só irá expandir nas próximas continuações, mas não posso negar que é um problema grande o bastante para atrapalhar o livro.
A dinâmica de Percy com seu novo irmão me agradou muito. O modo como um protege o outro durante todo o livro é tão amável... sem contar o belo amadurecimento que este livro trouxe a Percy, que a princípio negava Tyson como irmão, mas que com o decorrer da trama começa a assumi-lo como irmão sem nenhum tipo de vergonha. De modo geral, me diverti muito com a história e foi um livro bem gostoso de se ler, me deixou com altas expectativas para as continuações.