spoiler visualizarSamuel.Arnoldo 29/09/2022
Praia vazia (mês 9)
O tio de Alfredo disse para ele que há uma ilha muito linda, e movimentada. Só basta uma caminhada em direção á floresta para chegar nela. Alfredo convidou seus amigos para irem até lá, ver essa ilha maravilhosa que seu tio comentou. Depois de muito tempo caminhando, eles acharam que estavam perdidos, e suas águas acabaram, logo de caminhar por mais tempo, eles chegaram na tal ilha. Mas não viam ninguém, e não tinha nada na ilha, eles estranharam. Alfredo foi procurar água, pois já estavam morrendo de sede. Ele avistou uma casa bem pequena, bem distante. Alfredo chamou seus amigos para irem até lá, no meio do caminho, eles viam placas alertando que a água do local estava contaminada. Após muita caminhada chegaram na casa, eles acharam uma jarra cheia de água, e mataram suas sedes.
Alfredo escutou um barulho de pegadas vindo até a casa. Quando ele foi ver o que era, viu um velhinho com um monte de sacolas de compras nas mãos. O velho ergueu a sua bengala brabo, e perguntou o que eles estavam fazendo em sua casa. Alfredo falou, que seu tio tinha dito para ele que nesse local existe uma ilha muito linda, e movimentado, mas chegando aqui a ilha estava vazia, suas águas tinham acabado, e vieram aqui procurar água. O velho foi baixando a sua bengala, e sendo mais gentil com eles. O velho disse que se chama Machado, e convidou eles para entrar, descansar, e almoçar com ele. Como já era quase meio-dia Alfredo aceitou sua proposta, e entrou com seus amigos.
Seu Machado afirmou triste que aquela ilha estava vazia a dez anos, quando uma indústria de bicicletas se instalou perto do local, e poluiu todo o ambiente perto dela.
Todos os comerciantes, habitantes e pescadores da ilha já tinham um pressentimento que isso ia acontecer quando o prefeito disse para eles que uma indústria abrir ao lado da ilha, mas não era para eles se preocuparem, pois a indústria não ia poluir a ilha. Depois de dois meses ocorreu um vazamento da fábrica, poluindo toda a água da ilha, dando um mau cheiro horrível, e as pessoas não podiam mais chegar perto da água. Depois do ocorrido tudo na ilha foi morrendo, as pessoas foram para a cidade, e seu Machado ficou sozinho, pois sua esposa faleceu, e seu filho depois de grande, foi para a cidade para trabalhar sendo biólogo.
Depois de uns anos seu filho foi falar com o prefeito. Ele disse que se preservar a ilha, daria o mesmo de dinheiro que a fábrica, por causa dos pescadores, e turistas que iam na ilha. Mas o prefeito não sr importou com isso, e preferiu ficar com a indústria. Depois que eles almoçaram macarrão que seu Machado preparou.
Seu Machado ficou mais um tempo falando com eles. Depois convidou-os para ele mostrar a praia.
Ia apontando para os restos de tinta que encontrava no chão, para os peixinhos mortos na areia, e para a faixa de tinta vinda na crista das ondas. Seguiram andando até o caminho de Alfredo e seus amigos voltarem para casa onde os meninos passavam as férias. Alfredo deu tchau para o seu Machado, apertando a mão dele e disse q iriam visitar ele novamente.
Quando chegaram na casa que passavam as férias, o tio de Alfredo perguntou se eles tinham se divertido muito com essa ilha. Ele falou que ele e seus amigos iam na ilha todo dia e voltavam só de noite. Alfredo disse que a ilha estava poluída por causa de uma indústria que foi instalada no local, há uns anos atrás. Pai de Alfredo disse que é por isso que devemos votar sempre no melhor prefeito. Levando sempre os assuntos, á política.
O tio indignado com isso, começou a contar história do mundo afora, uma delas foi na Índia, que um petroleiro afundou perto na Índia, e acabou com tudo na praia. Ficaram conversando até anoitecer, mais tarde os meninos entraram para tomar banho, jantaram e foram direto para a cama. Não saia da lembrança de ninguém a figura de seu Machado, essa hora ele deve está com seu lampiãozinho a querosene ligado, sozinho, ouvindo apenas as ondas do mar batendo no rochedo.
Os meninos não conseguiram tirar na cabeça aquela ilha toda poluída, e a tristeza de seu Machado comovia eles. No outro dia eles convenceram o tio, á ir na ilha com eles, chegando lá o tio de Alfredo não conseguia esconder a tristeza em seu rosto, quando viu o lugar naquele estado.
Caminhou até perto da água, que naquele dia estava em um tom amarelo-prateado, e olhou para o mar, cheio de lembranças. Já eram dez da manhã, não havia pássaros no céu e as árvores estavam mais mudas do que de costume. Dezenas de peixes vinham até a areia, batidos pela terrível poluição.
Tio Rubens ficou muito tempo calado como não acreditasse no que via. Para ele os meninos só estavam exagerando o que viram, mas não, era verdade.
Alfredo mostrou a casa lá longe para o tio, disse que do outro lado do monte fica a fábrica, e convidou eles para irem até lá, chegando lá o tio ainda triste comprimentou o seu Machado que observava eles desde que chegaram na ilha. Alfredo disse para o seu Machado que ele trouxe o seu tio para ver o estado da ilha, seu Machado falou para o tio Rubens, que não adianta mais, a ilha vai continuar assim, e estou cansado de falar com a prefeitura. Eu quero ficar no meu cantinho, esperando minha hora chegar. Já estou muito velho para escutar essa falação desses prefeitos, sai um e entra outro, mas parece que não muda nada, é uma luta inútil, disse seu Machado olhando para cada um deles. O que têm que mudar são as cabeças das pessoas. Apesar de tudo fico feliz, porque a natureza sempre tem uma coisa para nós ensinar, até quando ela não têm mais, sempre da jeito, pois pelo menos nos ensina o que é a vida sem ela por pertom E vocês são a prova . Chegando aqui e ela não existia mais. No entanto, sairão consciente do mal que faz ela não existir.
O velho ainda ia falar mais, mas não precisava. Não precisava mesmo.
Gostei muito!! 10/10