spoiler visualizarMonblanc.Stella 04/01/2024
O que achei
É um livro de um autor que se auto-declara filósofo aparentemente, então já gera uma sombra negativa. Mas de fato acho que ele pode ter feito algumas reflexões interessantes ao longo da obra, no entanto não vai ser esse o livro que vai tirar o preconceito de quem não gosta da chamada "literatura de auto-ajuda", pelo contrário, as vezes é difícil segurar o desconforto de sentir que foi parado por um famoso coach que vai te dar o link do curso dele na bio, ao ler esse livro; por exemplo, quando ele começa a filosofar sobre usar uma máquina de lavar roupas ou polir um bastão de baseball. Que me leva ao principal ponto de críticas ao estilo da obra, que é o tom muito centralizado na experiência de vida "Estadunidense" que diga-se de passagem é aqui chamado não surpreendentemente de "Americano" e "da América". Outro ponto é que o título da obra não representa bem ela, pois o autor engloba diversos pensamentos de áreas diferentes, sem dar foco a infância como o título pode sugerir. É um livro pequeno não é uma leitura terrível, mas também não é boa, levando em conta que sou uma leitora bem tolerante. Vou listar momentos que achei que o autor se saiu bem :
- Cena da menina que queria ser Sereia (embora aparentemente boba, tem potencial para falar sobre diversidade)
- Sobre o Soldado Russo e sua esposa (achei que foi uma redenção para um escritor dos EUA)
- Como abordou o Natal, sobre aspectos tristes
Outros pontos negativos foram como o autor escreve de maneira confusa sobre sua própria religião? Não fica claro qual é sua perspectiva em muitos momentos, parece haver um sincretismo. Outras cenas que não contribuem para leitura, são as com pressuposto de humor, acredito eu para gerar ideia de humildade ou aproximação do leitor? Evadindo a sensação clássica( de que alguém está se pondo num pedestal para dizer qual a verdade absoluta pela qual você deve viver sua vida) desse gênero (auto-ajuda), que devo considerar falhas grotescas, além de extensas descrições e cenas que dificilmente vão ter sentido para um leitor de outra nacionalidade, o que é esperado quando se lê um livro estrangeiro, mas acho que era necessário que o autor que se propõe ao gênero de "filosofia" tivesse uma linguagem mais universal.