Como Ser Mulher

Como Ser Mulher Caitlin Moran




Resenhas - Como ser mulher


40 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Elen.Godoi 30/07/2018

Dores e amores de ser mulher
Um retrato fiel de todos os perrengues, situações e tentativas de crescimento do que ser mulher significa. Não tem como não se identificar com diversas das situações narradas e dar ótimas risadas com os acontecimentos narrados e vividos pela autora. Um livro que eu gostaria que todas as minhas amigas lessem
comentários(0)comente



Emi 26/05/2018

Seja uma feminista estridente
De forma descontraída, as vezes engraçada, esse livro fala sobre feminismo, sobre viver em um mundo machista, sobre saber que o feminismo não é odiar os homens e principalmente sobre não ter vergonha de se assumir FEMINISTA!
comentários(0)comente



Denise.Pereira 10/05/2018

Como abandonar paradigmas
Nesse livro Caitlin Moran aborda quase todas as grandes questões femininas com exemplos divertidos e traz uma perspectiva feminista dos mesmos assuntos. Gostaria de ter lido esse livro aos 16 anos.
comentários(0)comente



Queria Estar Lendo 09/01/2018

Resenha: Como ser mulher
Como ser Mulher é um livro que narra a trajetória de vida da mulher moderna através de ensaios que usam a vida da autora, Caitlin Moran, como ponto de partida para discussões sobre sexualidade feminina, casamento, aborto, filhos, moda, feminismo, mercado de trabalho, etc. O livro foi cedido para resenha em parceria com a editora Companhia das Letras e traz um olhar "não acadêmico" sobre o feminismo moderno.

Com ensaios que buscam em sua vida particular um ponto de partida para as suas discussões, Caitlin Moran tenta montar um manual para "como ser mulher" nos dias do hoje, começando lá no seu 13º aniversário e seguindo até os dias recentes. São cerca de 16 ensaios nos quais ela expõe seus pensamentos, como uma ativista feminista que não foi formada na academia - embora hoje participe de discussões por lá - com o intuito de mostrar o "olhar da mulher comum" a respeito do assunto, de uma forma mais fácil e compreensível para quem, até então, teve pouco ou nenhum acesso as pautas feministas.

E eu preciso dizer que a premissa e a ideia do livro me conquistou muito rapidamente quando ouvi falar dele. Porque se tem uma coisa que pode acontecer quando a gente está tentando entender o que é o feminismo, é encontrar ele em um formato muito "formal", muito acadêmico, que não conversa tão bem com quem tem pouca instrução ou pouca familiarização com o movimento. Sem contar que eu estava apaixonada pela Caitlin desde Do que é Feita Uma Garota.

Mas quando eu comecei o livro, me senti um pouco inquieta e um tanto quanto incomodada pela orientação do feminismo da Caitlin, que tem uma inclinação mais liberal (e em algumas passagens, radical) do que o meu - eu tendo a ficar com o interseccional mesmo.

Então, ao ler essa resenha, você precisa levar isso em conta: se você se identifica mais com feminismo liberal, é uma leitura que, eu acredito, você vai conseguir se identificar e aproveitar muito mais do que eu.

Além de algumas opiniões que não batem com as minhas em ensaios como Sou Feminista!, Sou Gorda! e Entro na Moda!, por conta de desencontro de ideias mesmo, Como Ser Mulher tem também alguns ensaios que se contradizem - como a opinião dela sobre pornografia, no ensaio Começo a Sangrar! contra a opinião sobre os clubes de strip no ensaio Vou a Um Clube de Striptease!, já que o primeiro toma uma abordagem liberal sobre o assunto e o segundo uma mais radical.

Também teve aqueles ensaios que eu achei completamente desnecessários. Descubro o Machismo! foi um show de horrores na minha opinião, eu literalmente escrevi no fim dele "apenas não!" Acho que não sei nem dizer que abordagem feminista ela tomou aqui, porque 99% do que ela falou não se encaixa nas correntes que eu conheço de jeito nenhum.

Teve também aqueles ensaios que não foram nem bons, nem ruins, e que eu realmente não entendi o que ela quis dizer com eles ou qual a relevância para uma coletânea como essa. Como foi o caso de Não Sei como Chamar Meus Seios - tô até agora tentando entender qual o problema com a palavra "peito" e "vagina", na boa - e Preciso de Um Sutiã! Dispensáveis, realmente.

E, ainda, Modelos de Comportamento e o que Fazer Com Eles me deixou muito perturbada, especialmente porque o título sugeria acabar com essa ideia de "modelos de comportamento a seguir" e na verdade acabou sendo só um ensaio para criticar uma mulher em prol da outra, apontar o dedo e dizer "aquela não é feminista, mas essa aqui é sim, olha que linda!". Sendo que, a época, quem as tratava como "ícones do feminismo" não eram essas mulheres e sim a mídia - quem realmente deveria ter o papel discutido aqui.

Mas nem tudo foi terrível, porque eu consegui salvar alguns ensaios - mesmo fazendo uma anotação ou outra sobre uma piada ou parágrafo desnecessário ou, ao meu ver, equivocado.

Em Começo a Sangrar!, apesar de toda a opinião sobre a pornografia com a qual eu não compactuo, ela levantou pontos muito relevantes sobre o tabu da menstruação e como muitas mulheres chegam nessa fase sem ter noção do que ela é e o que significa, sobre como esse tabu é prejudicial não só para o psicológico, mas para o bem estar físico de muitas mulheres - por achar que menstruação era algo sobre o qual não se falava, Caitlin passou três meses sangrando direto e teve desmaios constantes por conta disso, além de anemia.

Em Estou Apaixonada! ela discorre de uma forma muito lúcida sobre a pressão que as mulheres sofrem para estar em um relacionamento, como se isso fosse o auge das suas vidas e o único objetivo com o qual deveriam se preocupar, o que faz com que muitas vivam relacionamentos abusivos ou sem amor só para não ficarem sozinhas. Sem contar que quando ela falou dos relacionamentos imaginários da adolescência eu total me vi ali.

Me Caso! Foi quase um ensaio complementar a Estou Apaixonada! e, apesar de algumas várias piadas de mal gosto, ela fala sobre não deixar a pressão vencer e fazer as coisas por você mesma. Vou a um Clube de Striptease! também foi lúcido ao tratar das condições desses clubes e das mulheres que trabalham nele, um ensaio que me surpreender bastante, especialmente depois de algumas outras opiniões dela.

Por que Ter Filhos, Por que Não ter Filhos e Aborto foram 3 dos ensaios mais conscientes e maduros, ao meu ver. Embora ela ainda se apoie em algumas piadas de mal gosto, ela foi lúcida, ela não menosprezou a experiência e o desejo de outras mulheres, e falou em grande parte por si mesma. Da sua experiência própria, sem julgamento e sem amarras. Ensaios como eu gostaria que todos os outros tivessem sido.

Por fim, os últimos dois ensaios fecharam o livro me deixando com a sensação de que não era realmente isso que eu queria ter lido. Intervenção é uma grande crítica as cirurgias plásticas, mas não achei um tom de companheirismo, foi quase um manual do que você deve fazer, esquecendo que mulher deve fazer o que quiser, que o feminismo luta pelo direito de termos escolhas e fazermos elas por conta própria.

E o pós-escrito, quando ela reflete sobre todos aqueles ensaios e se agora ela já sabe o que é ser mulher, foi bem problemático. Além de deixar no ar uma opinião "vamos parar de falar de machismo e então ele vai desaparecer" ainda deu a entender que o problema do machismo é que nos poda pequenas liberdades como escolher manter ou não os pelos, usar ou não saltos e roupas apertadas, etc, ignorando que machismo mata e mutila todos os dias. Que é um problema real.

Gostaria de dizer que meu grande problema com Como Ser Mulher não foi unicamente as correntes feministas que Caitlin Moran parece adotar, mas como ela parece não ter consciência de classe e raça dentro do feminismo. Como, apesar de ter nascido e crescido muito pobre, ela parece não ter noção de que quando mais baixa a classe da mulher, mais ela sofre com o machismo. Quando mais negra a pele da mulher, quanto menos heterossexual e/ou cis é a mulher, maior é a desvantagem na qual ela se encontra.

Como ser Mulher, no fim, apresentou um feminismo bastante branco, num conceito geral, e isso foi decepcionante. Porém, não estou marcando ele como uma perda de tempo, uma vez que levantou assuntos importantes, tocou (mesmo sem querer) em discussões sobre assuntos que precisamos prestar mais atenção e também trouxe ensaios muito bacanas.

Dito tudo isso, não posso dizer que não recomendo o livro. Ele tem seus pontos positivos, em especial para quem busca uma linguagem mais fácil para mergulhar o pé pela primeira vez na piscina do feminismo. E se as suas crenças se assemelham as dela, então você vai aproveitar ainda mais. Deixo minha resenha como uma vitrine sobre o que você vai encontrar por lá e confio que você vai saber se é um bom livro para você ou não.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/01/resenha-como-ser-mulher.html
comentários(0)comente



Biahhy 07/08/2017

Diferente e divertido!
Sempre tive curiosidade para ler este livro e finalmente conclui a leitura e pude conhecer esta história e que muitas pessoas recomendam quando perguntam sobre livros sobre feminismo. Gosto demais de livros que abordam o feminismo por que apesar de alguns momentos eu dizer que eu não pareço ser uma feminista, o mais possível e a realidade e que sou.
Por meio da história da sua vida, coisas que passou desde a infância até agora a vida adulta Caitlin Moran fala sobre o feminismo e muitas outras coisas neste livro de uma forma mais leve, descontraída e ao mesmo tempo bem cômica, sobre sexo, amizades, corpo, Auto estima, primeiro amor, transas sem compromisso, casamento, filhos, emprego, abordo, machismo, e claro feminismo. A maneira de como por meio da escrita ela falou de tudo isso e de coisas que muitas vezes dependendo de quem for ler este livro pode considerar muito tabu e até algumas pessoas se horrorizarem, nem todas as coisas eu concordo e vejo da mesma maneira que ela mas está leitura foi interessante e ver algumas coisas por percepções diferentes que antes eu não tinha visto.
comentários(0)comente



Nath @biscoito.esperto 04/05/2017

Um perspectiva de como ser mulher, entre bilhões.
Como Ser Mulher é um livro medianamente famoso, que ganhou certa notoriedade após ser incluído pela Emma Watson no clube do livro dela, Our Shared Shelf. Nossa eterna Hermione sempre inclui livros de temática feminista no seu clube do livro, e eu fiquei muito surpresa ao ver tantas resenhas negativas aqui no skoob sobre esta obra. Será que as brasileiras não se identificam com o feminismo lá de fora? Durante minha leitura eu entendi por que muitas brasileiras poderiam não gostar do livro.

O livro é um mix de autobiografia com ensaios sobre feminismo. A autora, a jornalista britânica Caitlin Moran, conta várias anedotas de sua vida particular, desde sua infância até a vida adulta. Cada capítulo é focado em falar em um assunto que tange a vida das mulheres (cis): ela fala sobre menstruação, gravidez, padrões de beleza, aborto, enfim, vários assuntos que, queiramos ou não, fazem parte das nossas vidas e são tidos como tabus, apesar de serem totalmente naturais.

Eu entendo por que muita gente não se conectou com o livro: a autora fala de sua experiência de mulher branca e cis, que raramente se aplica à vida de mulheres trans e negras/asiáticas/indígenas no Brasil. A autora também foca muito em sua heteronormatividade, e as leitoras LGBT+ possivelmente não se identificariam com grande parte do livro, no qual ela fala de sexo (entre homens e mulheres), maternidade, gravidez indesejada e métodos contraceptivos. Entendo a falta de conexão que muitas leitoras podem sentir, e que eu mesma senti em alguns momentos, mas acho que, se o livro é narrado pela perspectiva de vida e das experiências de uma autora branca, cis, hetero e afins, é disso que ela obviamente vai saber falar com propriedade. Não acho que ela saberia falar sobre como é ser uma mulher trans, ou negra, ou lésbica, ou todas as anteriores. Não é o lugar dela de fala.

Dito isso, eu quero ressaltar que realmente gostei do livro. A autora é extremamente divertida, não tem medo de falar mal de outras mulheres (se homens falam mal de outros homens, por que mulheres não podem fazer o mesmo?), fala honestamente sobre suas escolhas de cuidados corporais (porque as mulheres tem que gastar tanto tempo em dinheiro com depilação, quando pelos são algo completamente normal?), fala sobre o aborto que realizou (por que é tão preocupante que mulheres conheçam suas condições emocionais e financeiras e saibam que não querem ter um filho, interrompendo uma gravidez?), e fala até mesmo de relacionamentos abusivos... e relacionamentos no geral (por que é esperado que mulheres se casem e tenham filhos, mas homens não? Com quem as mulheres devem se casar e ter filhos, então???).

O mais importante desse livro, na minha opinião, é que a autora não é nem um pouco politicamente correta. Isso mesmo. Vejo muita gente que não sabe nada sobre o feminismo dizer que hoje tudo tem que ser politicamente correto, ou as feminazis e a ditatura gay vão reclamar. A autora é polêmica, toca em assuntos que são frágeis mesmo dentro da comunidade feminista, e o livro se beneficiou muito disso. Ela jamais fala de um assunto de forma ofensiva, mas não apoia aquilo que acha errado simplesmetnte para manter as aparências.

Não vou dizer que concordo com absolutamente tudo o que a autora falou em seu livro, mas respeito sua honestidade e almejo ter tanta claridade nas minhas crenças quanto ela.

Recomendo este livros para as mulheres que já são feministas esclarecidas. Recomendo este livro para as mulheres que não conhecem absolutamente nada sobre o feminismo. Recomendo este livro para homens que desejem ler um relato honesto de como é ser mulher, tendo em mente que nem todas as mulheres são assim.

Por último, este livro de forma alguma é um manual, pelo simples fato de que não há jeito certo, ou jeito único, de ser mulher.


site: www.nathlambert.blogspot.com
comentários(0)comente



relamounier 01/08/2016

Um excelente manual de autoaceitação
Devo confessar que quando iniciei a leitura, esperava algo diferente, talvez mais profundo.
Entretanto, trata-se de um bom manual de introdução ao feminismo, extremamente acessível - inclusive para as adolescentes, fase em que aprender a se conhecer e se aceitar é extremamente importante.
O livro é divertido, trata das questões pertinentes ao feminismo sem ser acadêmico ou pedante, parte de situações cotidianas para alguma coisa um pouco mais profunda.
Dessa maneira, apesar de não ser exatamente o que esperava, foi uma leitura divertida, produtiva e fluída.
comentários(0)comente



Adriana Scarpin 23/04/2016

Quarto livro do clube do livro da Emma Watson no Goodreads
Apesar de ter algumas coisas que me incomodaram (a falta de consciência de classe da autora, só pra dizer uma delas) e o fato do livro ter mais serventia ideológica para adolescentes do que para mulheres adultas, é um livro que tem mais pontos positivos do que negativos num âmbito geral.
Em Começo a Sangrar a autora faz um libelo à masturbação feminina e de como a pornografia deveria tratar a mulher.
Fico Peluda! discorre sobre o quanto do ideário da depilação é calcado na indústria pornográfica.
Não sei como chamar meus seios trata das dificuldades linguisticas de nomes para os seios e vagina.
Sou Feminista! destila toda pouca consciência de classe e a falsa simetria da autora.
Preciso de um sutiã discorre sobre as dores e delícias da lingerie.
Sou gorda! trata da forma como o vício em drogas é glamourizado e a compulsão alimentar tranforma as pessoas em escória da escória.
Descubro o machismo! discorre sobre as formas de machismo codificadas até as mais óbvias, mas o discurso de Moran sobre não termos mulheres fenomenais na história é de vomitar. O HORROR.
Estou apaixonada! trata de relacionamento abusivo.
Vou a um clube de striptease! traz a diferenciação entre a stripper comum e a diva burlesca empoderada.
Eu me caso! discorre sobre as futilidades da cerimônia de casamento.
Entro na moda! Discute a crueldade da moda.
Porque ter filhos e porque não tê-los lança mão de ambas perspectivas com muita propriedade.
Modelos de comportamento e o que fazer com eles trata de como os ícones femininos mudaram nos últimos anos, com especial ênfase em Lady Gaga.
Aborto trata de forma racional as intempéries de se fazer um aborto.
Intervenção fala da vida estética das mulheres com mais de 35 anos.
comentários(0)comente



Clô 07/02/2016

Grandes temas
No livro, Caitlin discorre sobre diversos assuntos que são uma pedra no sapato de muitas mulheres. Alguns temas são grandes tabus que ela percorre de forma leve e divertida, instigando sempre o lado feminista de cada mulher. Como Cailtlin reforça com eloquência no seu livro e de forma muito bem dita: "sem o feminismo, você, mulher, que tanto o critica, não teria permissão para debater o seu lugar na sociedade..."
comentários(0)comente



Lau B. 17/01/2016

Descobrir que mulheres são pessoas é libertador. Por mais obvio que pareça, a surpresa é real.
Trata-se de uma reflexão sobre o sentido do feminino e e sobre os papéis atribuídos às mulheres na atualidade, proposta a partir de aspectos biográficos da autora.

A tradução brasileira inclui, na capa e na folha de rosto (embora não apareça na ficha catalográfica) o subtítulo "Um divertido manifestou feminino" - e ao evocar este "feminino" - se distancia do feminismo, não se podendo  afirmar que a autora pretenda propor o livro como um libelo feminista.

O feminino evocado no texto diz respeito às experiências da autora enquanto mulher e nesse sentido, o texto é honesto e humorado.

Traz idiossincrasias que poderão ser vistas, equivocadamente, por alguns como preconceitos, pois aborda uma cultura especifica num recorte específico de tempo e espaço.

É um livro controverso sobre o universo feminino, não é, entretanto, uma leitura para se iniciar no feminismo contemporâneo, pois exige uma visão critica sobre este e muitos outros temas.

Dinâmica textual: Fácil

Minha Nota: 3.0
comentários(0)comente



Rayanne 04/09/2015

Divertido e maravilhoso!
De um jeito leve, engraçado e simplesmente maravilhoso, Caitilin Moran conta um pouco de sua história e de como aprendeu a ser mulher, em todos os aspectos. Ela faz refletir sobre puberdade feminina, machismo, casamento, moda, filhos e todas as “obrigações” que recaem na vida de uma mulher.
comentários(0)comente



Ju 24/08/2015

Caitlin escreveu um livro sobre como ser mulher nesse mundo machista e patriarcal.
Através de narrativas sobre sua infância e adolescência, envolvendo todas situações a que uma menina está exposta, ela mostra como as mulheres são, desde muito cedo, submetidas ao machismo e em como o mundo se fecha para elas pelo simples fato de serem...mulheres.
O livro traz muitas reflexões sobre algumas atitudes que temos, independente se homens ou mulheres, que e que trazemos desde sempre que não são justas com as mulheres.
Quem sabe, após a leitura desse livro, possamos nos esforçar um pouco para tratar a mulher como ela merece...um ser humano.
comentários(0)comente



Taysa 13/08/2015

Tornando-se feminista
Posso afirmar que é livro introdutório. Ele nos apresenta o feminismo através da comédia, da experiência cotidiana e da história de real da própria autora. É uma mulher contando como ela se tornou mulher e como ela se reconheceu feminista.

O movimento feminista surgiu por volta do final do século XIX, mais conhecido por sufrágio feminino, possuindo como pauta principal a busca por direitos políticos, como votar e ser votada, poder trabalhar e ter direito a propriedade e a herança. Com o passar dos tempos, e com os avanços, novas lutas foram travadas com outros propósitos. É importante que se reconheça que a equidade entre homens e mulheres não foram alcançadas na atualidade, como alguns pensam. As mulheres permanecem sendo julgadas pelas roupas que usam, continuam tendo obrigações impostas, ditas como “coisas de mulher”, recebem salários inferiores aos dos homens em mesmas funções, entre outras questões. No dia a dia, sem a percepção aguçada, continuamos sofrendo desnecessariamente por imposições machistas que são camufladas. Por isto este livro vem aproximar o feminismo do “passado” com o feminismo do “presente”.

Este divertido manifesto feminista contém 16 capítulos que retratam situações cotidianas vivenciadas pela autora, e por todas as mulheres. A identificação com diversos relatos é imediata, já que cada capítulo retrata situações vivenciadas por todas as mulheres, como a primeira menstruação, a primeira depilação, o primeiro relacionamento, ter ou não filhos. Durante todo o livro você observará como há imposições, padrões a serem seguidos pelas mulheres, cobranças estas que não existem aos homens. Caitilin Moran, através de uma escrita cômica conta situações que ela vivenciou, situações muitas vezes dramáticas que nos fazem perceber o quanto não estamos imunes ao machismo, como muitas vezes, aceitamos situações lastimáveis, que nos fazem sofrer, tudo por cobranças de uma sociedade machista e patriarcal. Sobre as minhas impressões:

O capítulo preferido é sem dúvida o “Estou Apaixonada”. Neste Caitlin conta sobre um relacionamento amoroso abusivo. Este relacionamento representa em larga escala o lugar social da mulher nesta sociedade. A mulher para “casar” é submissa, é paciente, é sortuda por não viver o pior pesadelo para uma mulher que é: “ficar para titia”. Uma mulher só tem valor se for desejada, se tiver um homem ao lado. Estar sozinha é a pior sentença para uma mulher. Por isto vivemos de maneira a atrair os olhares dos homens, disputamos eles com todas as “outras”, aceitamos situações humilhantes, tudo para não estar só, porque se você não tem ninguém, você é uma imprestável. Lutamos por algo que não queremos, tudo por medo de estar sozinha, um relacionamento fadado ao fracasso é melhor que nada. Caitilin usa uma metafóra do espelho muito significante, no qual o namorado dela tornou-se um espelho quebrado, que refletia a sua imagem distorcida. Ela era a namorada chata, a imprestável, a que falava só merda, etc. Quando um novo espelho, em boas condições, no caso a sua irmã, ela vê que a imagem da pessoa que ela realmente é ou quer ser. Quem nunca passou ou viu alguém passar por isto? Dona Jout Jout que o diga! O seu vídeo mais divulgado foi justamente tratando deste assunto. É compartilhando estas vivências, estes sofrimentos, estas injustiças cotidianas que homens e mulheres poderão reconhecer que o machismo existe, e que a luta feminista é digna de todos e importante para todos!

Avante!

site: https://nafaltadememoriaumblog.wordpress.com/2015/08/13/como-ser-mulher-caitlin-moran/
comentários(0)comente



Renata (@renatac.arruda) 08/08/2015

Uma introdução ao feminismo pop
Escrito em 2010, a proposta dela era tirar a poeira acadêmica e discutir o feminismo de uma forma mais acessível, mais pop, tentando alcançar a mulher não familiarizada com o assunto, a consumidora de revistas femininas que, segundo ela, é quem realmente precisa dele.

Por esse ponto de vista, o livro cumpre o que promete, com Caitlin usando fatos da sua vida para discutir questões femininas como sexo, casamento, aborto, parto, maternidade, velhice, carreira, prostituição, moda, transtornos alimentares, corpo, etc., e o machismo presente em todas elas. O primeiro problema do livro: como ela usa a si mesma como referência, essa "mulher" do título é a mulher branca, cis, héterossexual, ocidental, cristã de classe média (embora ela venha de uma família pobre). O discurso de Caitlin é liberal e usa muito do senso comum sobre a situação feminina em geral, chegando a afirmar que o que o feminismo quer é igualdade (certo) mas colocando o homem como a referência - "queremos ser um dos caras mas com cabelo mais brilhante", ela brinca (o que não é bem assim). Talvez por isso a editora tenha mudado o subtítulo de "Um divertido manifesto feminista" para "feminino", o que faz muito mais sentido. De lá pra cá, muita coisa já foi discutida e vem sendo desconstruída no próprio feminismo, e muito já vem se avançando na própria cultura pop em que ela se insere (inclusive Lady Gaga, quem ela louva como ícone já está meio esquecida). Apesar disso, o livro ainda é válido como introdução para as meninas mais novas ou aquelas que ainda têm preconceitos com a palavra "feminista". Além de ser muito divertido!

Siga @prosaespontanea no Instagram!
https://instagram.com/p/6IyrSfDU-D/
comentários(0)comente



40 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3