Krisley 20/02/2015
Um ponto muito interessante deste livro é o fato dele ter sido publicado em 1946, tendo sido escrito enquanto o autor vivenciava os acontecimentos. Claro, isso também tem seus lados negativos, principalmente sendo um francês que participou da resistência na ocupação de seu país, e depois escreve sobre seus antigos ocupadores.
O texto é bem claro, explicando e analisando os problemas sociais/econômicos/políticos/religiosos da Alemanha no imediato pós-guerra. Apresenta algumas estatísticas de opiniões populares para perguntas como: “Quem começou a guerra?”,” Os judeus devem retornar à Alemanha?”, “A Alemanha deve se tornar uma democracia?”, número de associados aos principais partidos políticos entre outras estatísticas. As opiniões e análises do autor são bem pertinentes, com algumas exceções, como tentar minimizar a relevância dos inúmeros estupros realizados pelos soviéticos ao chegar em território alemão.
É dividido em quatro partes:
- Primeira – “Como é possóvel ser alemão?” – aborda a ideologia nazista, a juventude alemã e as relações dos alemães com os aliados.
-Segunda- “As forças antifascistas alemãs: única esperança” – mostra a situação dos partidos políticos, da Igreja (e sua relação com o nazismo) e dos sindicatos em cada zona de ocupação.
-Terceira – “Aspectos da Alemanha ocupada” – fala sobre os refugiados, prisioneiros de guerra e deportados, a resistência nazista, as forças separatistas em várias regiões da Alemanha, expurgos e a reforma agrária.
-Quarta- “O que fazer?” – Análises gerais e soluções/recomendações para a ocupação da Alemanha.
Há vários nomes escritos errados (principalmente com letras a mais, ex: “GoebbeLLs”), e separação de sílabas não revisadas (como na pág 285, a palavra “deve” foi separada como “dev-e” na quebra de linha).
Livro muito interessante, com uma abordagem bem diferente das outras publicações sobre o assunto, recomendo.