O Começo do Adeus

O Começo do Adeus Anne Tyler




Resenhas - O Começo do Adeus


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Bruna.Mateus 27/09/2012

Meia boca.
Aaron é um cara de boa índole e cheio de vontade de viver e principalmente ter uma esposa que se enquadre com o seu gosto: sem instinto mãe protetora. Bom pelo menos era isso que ele achava que queria antes de se casar com Dorothy.

Dorothy é uma mulher independente, mas BEM independente. Doutora na area médica, acaba conhecendo Aaron por conta de trabalhos que tiveram de fazer juntos.

Aaron é funcionário na editora de sua família, dessas editoras em que o autor é que banca o livro e eles ‘só’ o vendem, ou algo assim. Seus tipos de livros são a grande maioria estilo auto-ajuda, e é por conta de um livro em desenvolvimento que Aaron conhece Dorothy e investe nessa mulher determinada.

Dorothy é daquelas que ama o trabalho e acaba por deixar a ‘vida’ de lado, e num dia de discussão básica de matrimônio, um acidente acaba lhe tirando a vida. A árvore da casa cai em cima do solário onde ela estava, e Aaron se torna O viúvo.

O livro é bom, razoavelmente bom. Porém na minha opinião a autora se perdeu na mensagem que ela queria transmitir, ela consegue transmitir a mensagem em si, mas o desenrolar da história é que acabou penando um pouco a minha leitura. A cada capitulo nada de novo acontecia… a história não saia muito do lugar.

Apesar desse desenrolar, o final ficou bom e deu para deixar o livro ficar com duas estrelinhas lá no skoob. A escrita da autora é boa, mas realmente pecou no desenrolar dessa fase ruim do Aaron.
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Bárbara 30/08/2012

Pela sinopse do livro, já sabemos que O Começo do Adeus conta a história de Aaron, um homem de meia-idade e com deficiência no braço e na perna direita. Sua mulher, Dorothy, morre quando uma árvore invade a sua casa, destruindo não apenas o local, como a vida de Aaron, afinal ele fica desolado e sem saber o que fazer e como se comportar sem a sua amada.

Pela sinopse, também descobrimos que Aaron trabalha em uma Editora que publica livros de autores independentes e que tem uma coletânea de livros chamada "Para Iniciantes", que tem o mesmo conceito da famosa série "For Dummies", famosa nos Estados Unidos e que dá dicas sobre várias coisas para pessoas que não são deste certo tipo de área. Como: Cooking for Dummies e esse tipo de coisa.

O que o livro da Anne Tyler passa é a ideia de que sempre temos que aprender alguma coisa, que sempre vamos nos deparar com algo no qual seremos meros iniciantes por algum tempo, como cozinhar, comprar uma casa, iniciar um negócio, preparar um jantar para amigos, casar... É apenas depois das nossas primeiras experiências que passamos a entender o conceito e a prática de tudo.

Aaron precisa, então, aprender a se despedir. E em todo o livro, o que Tyler nos quis passar foi esse processo de luto, de aceitação, de tristeza e de pesar pelo qual Aaron estava passando. Mostra a reação de seus amigos e de sua família, mostra a reação dele a tudo o que se passa ao seu redor...

Para mim, foi uma leitura normal e que em nada me acrescentou. Bem escrito, porém. Por isso, nota 3. Fácil de ler e eu diria que até gostoso, mesmo que trate sobre um tema que não gostamos bastante.
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tiagoodesouza 04/09/2012

O começo do adeus | @blogocapitulo
Sabe quando a capa dá uma ideia e a história é completamente diferente do que parece? Apesar de bonita, a capa não tem nada a ver com a história. Eu esperava uma história com jovens passando por alguma transição mais complicada na vida. Mas O começo do adeus conta a história de um homem de meia-idade, que trabalha numa editora, e que perdeu a esposa de um modo até bizarro. Enquanto passa pelo luto, Aaron acredita ver a esposa e até que é capaz de conversar com ela. Ele fica se perguntando se isso não é aquela ideia de que as pessoas fazem de fantasmas. Sabem, pessoas que morrem mas deixam algo inacabado na Terra e voltam para terminá-lo.

"- Você se vira. É, acho que sim. E eu não diria um "a" se você tivesse nascido assim. Mas não nasceu. Você não é do jeito como veio ao mundo. Você não é quem deveria ser."
Pág. 17.

A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Aaron. Basicamente, conta como Aaron e Dorothy, que recebeu esse nome em homenagem a Dorothy de O Mágico de Oz, se conheceram, se casaram e tiveram algumas briguinhas. Confesso que eu curti o romance e o relacionamento deles, foge muito do padrão que os autores normalmente mostram. Aaron mesmo tem deficiência no braço e na perna direitas e Dorothy é um médica gordinha. O livro tem uma considerável melhora mais para o final.

A leitura é boa, embora a história não acrescente muitas coisas. A princípio, pode dar a impressão de ser um livro depressivo. Mas é um livro de leitura muito fácil e até divertida; eu me pegava sorrindo das brigas e do comportamento de Aaron com Dorothy. Recomendado para uma leitura "entre leituras".
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Endry 08/10/2012

Quando recebi este livro de parceria da Novo Conceito, fiquei extremamente feliz e empolgada com "O começo do Adeus". A capa é linda, muito expressiva e tem um relevo no título, além de ser dourada a fonte. Quanto ao trabalho gráfico, a Novo Conceito sempre capricha: folhas amareladas, espaçamento e fontes em tamanho bom... Porém, desta vez, tenho uma crítica quanto à capa: ela é linda, isso não se discute, porém não está nem um pouco relacionada com a história. Confesso que isso me entristeceu um pouco, já que eu adorei a capa. Enfim... O livro conta a história de Aaron, que acaba de perder sua mulher Dorothy, e está tentando superar. Ele começa a vê-la em algumas situações... E ele acaba questionando sua vida. Foi bacana o livro, mas eu esperava muito mais. A escrita da autora é bem fluente e a leitura é agradável. Porém, a história não me cativou tanto. Aaron é um tanto depressivo e tem uma história de vida um tanto complicada. A história do casal é simples, e a Dorothy é um tanto fria, não demonstra tanto seus sentimentos pelo Aaron. Ele se apaixonou quase que instantaneamente por Dorothy, uma médica simples e prática. Faltou um pouco mais de descrição na história de vida dela e isso me incomodou um pouco. Só recomendo para quem quer uma leitura leve e rápida.

Mais em: http://sonhos-de-princesa.blogspot.com.br/2012/10/eu-li-o-comeco-do-adeus-anne-tyler.html
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Ana Luiza 03/10/2012

É preciso dizer adeus
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br

Aaron desenvolveu uma deficiência no braço e perna direita durante a infância, o que somado a uma pequena dificuldade na fala, fez com que ele fosse sempre muito mimado pela mãe e pela irmã. Na realidade, Aaron é mimado por muitas pessoas, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos, principalmente após a morte de sua esposa Dorothy, o que o irrita profundamente. Ele odeia depender de outras pessoas, ser considerado incapaz e até mesmo receber qualquer tipo de demasiada atenção, o que faz com ele seja extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado.
Aaron seguia sua vida normalmente, trabalhando na pequena editora da família e sempre tentando escapar de interações sociais desnecessárias. Ao procurar uma médica para ajudar em um dos livros da editora, Aaron conhece Dorothy, uma médica super dedicada ao trabalho e que, como ele, é bem antissocial. O que mais atrai Aaron para Dorothy é o fato dela não o mimar, e assim, em poucos meses eles se casam.
Quando Dorothy é atingida pela árvore que cai sobre a casa deles e falece alguns dias depois, Aaron tenta seguir em frente e superar a dor e a saudade da esposa. Mas, quase um ano depois, Dorothy começa a aparecer nos lugares mais inesperados e Aaron percebe que ele ainda sente muita falta dela e que ainda não superou sua morte.
“Talvez seja um caminho muito, mas muito longo a ser percorrido e, por isso, Dorothy tenha demorado aqueles meses todos para voltar. Ou talvez ela tivesse tentando ficar sem mim, como eu já tinha tentado ficar sem ela – para ‘superar’ minha perda, ‘fechar o ciclo’, ‘seguir em frente’ e todas aquelas frase ridículas que as pessoas usam quando incitam a suportar o insuportável. Mas, no final das contas, ela havia encarado o fato de que simplesmente sentíamos demais falta um do outro. Ela tinha desistido e voltado. Era nisso que eu queria acreditar.” (Pág. 12/13)
Enquanto tenta seguir a vida normalmente, mesmo que esteja vendo a esposa morta, Aaron acaba por voltar ao passado, relembrando muitos momentos com Dorothy, ele acaba descobrindo que não quer que a esposa parta novamente e que poderia ter feito muitas coisas diferentes.
“Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse." (Pág. 162)

O Começo do Adeus é uma história simples, com uma pitada sobrenatural e de romance que traz um tema delicado, mas muito comum a todos: como se dizer “adeus” aos falecidos queridos, como “superar” a morte de pessoas próximas. Todo mundo, em algum momento da vida, vai passar pela mesma situação de Aaron. Não é fácil nos despedir de quem parte (em todos os sentidos), mas é necessário.
Anne Tyler criou uma história pouco complexa, mas que tem seu brilho e beleza. Além de ser fácil de ler, o livro cumpre seu papel de nos fazer refletir sobre um tema difícil, mas de forma leve e, acredite, sem nos fazer soltar uma lágrima.
Os personagens são simples e reais, mas possuem suas singularidades. Apesar de não me identificar com nenhum deles, consegui vê-los em pessoas que conheço. Aaron, como já disse, é extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado. Em alguns momentos tive vontade de xingá-lo pela sua completa falta de tato e sensibilidade, mas em outros momentos, fiquei com pena dele e entendi seu comportamento e sua dor. Dorothy se parece muito com Aaron, mas como o livro é narrado por ele, a vemos apenas pela visão dele, portanto é difícil saber realmente como ela é.
A editora, como sempre, fez um ótimo trabalho. A tradução está bem feita e o único erro que encontrei foi uma frase sem ponto final. A capa ficou bonita, mas não vi muita relação dela com o conteúdo do livro.
O Começo do Adeus é um livro bom de ler e por causa de sua temática, o recomendo a todos. O livro superou as minhas expectativas e fiquei com muita vontade de ler outras obras da autora.

Autora da resenha: La Mademoiselle

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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Hannah Monise 20/11/2012

História de Superação
Uma história simples e, ao mesmo tempo, muito bonita e tocante.

O Começo do Adeus conta a história de Aaron de superação da morte de sua esposa. Aaron nos conta tudo desde quando conheceu Dorothy, passando por momentos de seu casamento e, enfim, o luto e como seguiu em frente com sua vida.

Aaron é um personagem diferente dos que lemos em livros normalmente. Nunca (nunca mesmo, que eu me lembre!) li uma história em que os personagens centrais não fossem magros ou com a beleza, digamos que, um pouco mais “comum”. Dorothy é gordinha e não se veste de modo a valorizar sua beleza e Aaron tem problemas no lado direito do corpo que o fazem andar arrastando a perna. É claro que isso não muda o livro como um todo, estamos falando apenas de aparência, porém isso não deixa de dar um toque especial ao livro.

Com narração em primeira pessoa e um protagonista um tanto quanto diferente, este livro prende o leitor às páginas apenas pela curiosidade de saber como ele irá superar tudo. Digo “apenas” porque não vi algo de mais e grandioso na história, a vida do personagem vai se levando com calma, sem grandes acontecimentos e algo que desperte muita emoção durante a leitura.

A capa e o título do livro me despertaram uma expectativa que não foi totalmente atendida. Primeiro que o título diz sim um pouco do que se trata, mas eu não senti que a autora conseguiu passar uma mensagem completa com a história. Já a capa retrata quase nada, o protagonista tem algo com livros, pois trabalha numa editora, mas por ser uma capa mais “feminina” passa uma coisa bem diferente a quem se atrai por ela, porque sim, a capa é realmente linda.

Esta é uma leitura sobre superação e que mostra que, com o passar dos dias, as coisas difíceis vão ficando mais fáceis de serem levadas.

“Ela era única entre as mulheres. Não havia ninguém como ela. Meu Deus, ela deixou um enorme vazio! Eu me senti como se tivesse sido apagado, como se tivesse sido rasgado em dois.” (Página 19)
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Fabiane Ribeiro 11/09/2012

Resenha - O Começo do Adeus
O romance de Anne Tyler vai muito pouco além do que já dito em sua contracapa.
A não ser pela questão de que os livros da editora desempenham papel fundamental na vida de Aaron, porque não é bem assim.
E isso não chega a ser uma crítica. Afinal de contas, se você gostou da sinopse, provavelmente vai gostar do livro.
Eu, particularmente, achei a sinopse intrigante e pensei que as aparições de Dorothy seriam interessantes e surpreendentes. E provavelmente esta foi minha maior frustração com a obra. Nada nela é surpreende.
O romance é linear, bem escrito e parado. Trabalhando simplesmente a dor e recomeço que Aaron enfrenta após perder a esposa.
Diálogos e mais diálogos poderiam ser dispensados na trama. Mas ela já tem apenas 208 páginas (que, muitas vezes, parecem 500).
Há quem goste de ver briguinhas de irmãos. A constante implicância e a preocupação exagerada que Nandina tem com a vida do irmão chega a ser engraçada no início. Mas segue exatamente a mesma até o final.

“Dorothy era médica. Eu trabalho como editor na editora de minha família. Sem grandes disparidades, certo? O que Nandina queria dizer era que ela era dedicada demais à profissão. Obcecada demais pelo trabalho. Ela saía de casa cedo para trabalhar, ficava lá até tarde, não me recebia com os chinelos na mão quando eu chegava em casa e mal sabia fritar um ovo. Por mim, tudo bem. Mas não para Nandina, obviamente” (Pág. 12).

O livro é permeado por um tom triste, de perda e superação, mas não chega a arrancar lágrimas; o drama não é tão explorado, embora você saiba que ele está ali, como um coadjuvante da história.
Com uma trama não pretensiosa, Anne Tyler há de agradar a alguns com esse romance, mas, com certeza, ela tem outros títulos que a consagraram como autora best-seller.
O ponto positivo da história é mostrar a superação e a aceitação de tragédias que, muitas vezes, fogem do nosso controle. Os personagens, no geral, são bem construídos, mas um pouco caricatos demais.
O lado negativo irá depender muito do gosto de cada leitor, e creio já ter deixado a minha opinião saliente no início da resenha. Não foi um livro que me agradou, nem que combinou com a fase que estou vivendo. E, na tentativa de lê-lo com imparcialidade, eu diria que ele é raso e previsível. De certo, não agradará a todos, mas pode ser um amigo para aqueles que se vêem de alguma forma representados na dor da perda de Aaron.

Trecho: “Em vez disso, senti cheiro de... Bem, era mais ou menos como álcool isopropílico, um cheiro menos pronunciado, delicado, de álcool flutuando na brisa, misturado a sabonete Ivory. O perfume exato da minha mulher. Então, fiz a curva e a avistei, de pé, na calçada. Ela estava a uns três metros de mim, de frente para nossa casa e olhando para ela, mas, ao ouvir meus passos, virou-se para mim” (Pág. 134).
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naniedias 12/09/2012

O Começo do Adeus, de Anne Tyler
Aaron trabalha em uma editora que publica livros de autores independentes. Não é um trabalho muito recompensador, mas ele até parece gostar. Não é esse o problema de Aaron. Também não é sua deficiência no braço e na perna direitos - com isso ele já se acostumou e sabe lidar muito bem (ao menos é o que ele acha).

O que atormenta Aaron é a morte recente de sua esposa - que ele ainda não conseguiu superar. Mais de uma ano depois da partida de Dorothy, Aaron ainda não conseguiu seguir em frente. É quando ele começa a ver algumas aparições da mulher.
Será que é tudo alucinação? Dorothy teria voltado para ajudá-lo?

Uma cativante história de crescimento e descoberta.


O que eu achei do livro:
Eu não sabia muito bem o que esperar de O Começo do Adeus. Nunca havia lido nada de Anne Tyler, nunca havia ouvido falar da autora. Na minha usual maluquice também decidi que não queria ler a sinopse. Eu gostei da capa, amei o título e só isso já havia sido o suficiente para me instigar a ler essa história. Portanto, comecei a leitura sem a menor ideia do que esperar. Ainda bem que resolvi ler - foi uma surpreendente delícia me deparar com essa história tão linda!

Não, eu não chorei lendo O Começo do Adeus. Me emocionei muito, mas não chorei. Refleti bastante - sobre quem eu sou, como me porto e o que faria caso um ente querido partisse repentinamente. Percebi que não saberia o que fazer. Como todo mundo, eu sei que um dia a vida acaba e que para morrer basta estar vivo. A pessoa mais saudável do mundo pode morrer de forma súbita e inesperada. Todavia, saber disso não faz com que encarar a morte seja algo mais fácil. Porque não é, certo?! O que eu faria se algum parente próximo morresse?! Eu não sei - acho que choraria muito. E, claro, teria que seguir em frente. Fácil falar, mas não é fácil de fazer.

Foi isso o que aconteceu com o protagonista dessa história - Aaron. Em um segundo ele estava casado. Talvez não exatamente em um casamento perfeito, mas ainda assim, ao lado da esposa que ele certamente muito amava. E no segundo seguinte algo acontece - e sua esposa acaba morrendo. Agora ele está sozinho e todo mundo parece ter pena dele - e ele não quer a pena de ninguém, nunca quis. Mas tampouco consegue lidar bem com a perda da esposa. Aaron fica perdido e não sabe o que fazer.

Com uma escrita sedosa, Anne Tyler nos mostra a história desse homem. Um homem imperfeito - cheio de defeitos - que era esposo de uma mulher cheia de defeitos também. Acho que encontrar personagens tão problemáticos assim me fez gostar mais ainda do livro. Geralmente quando lemos uma história sobre o amor são ambos tão bonzinhos, tão maravilhosos... os defeitos existem, mas são suplantados pelas qualidades gritantes. Não é o caso de Aaron e Dorothy (aliás, de nenhum personagens do livro! A autora consegue trabalhar os personagens secundários de maneira incrível).
Quando era criança, Aaron teve uma doença que deixou sequelas visíveis - o braço e a perna direitos não são normais. A mãe sempre foi superprotetora - e a irmã também - e isso deixou marcas inegáveis no garoto, que cresceu um homem ranzinza - vê qualquer gentiliza como um ato de pena e, por isso, as despreza. Com a leitura do livro, é possível perceber que até mesmo o casamento dele sofre com tudo isso. Ele é grosseiro, mandão, frio e distante. Às vezes, mesmo visto sob seu próprio ponto de vista, já que é ele o narrador, Aaron é um babaca, um completo idiota - um homem que é incapaz de compreender as necessedidades dos outros e,sem se dar conta, só tem olhos para si mesmo.

O mais incrível no livro, entretanto, é ver o crescimento de Aaron - a forma como, aos poucos, ele vai se dando conta do que está fazendo. É muito interessante acompanhá-lo quando vai descobrindo e amadurecendo aos poucos. O protagonista aprende a encarar melhor a vida, a aproveitar melhor um relacionamento, a escutar quem está ao seu redor e a enxergar além de seu próprio umbigo.

O título do livro em português é frustrante. Não faz muito sentido. Ok, na verdade até faz, já que é a história de um personagem que precisa dizer adeus. Mas não foi por isso que o título do livro foi escolhido. Em inglês ele faz todo o sentido. Aaron - narrador e protagonista - trabalha em uma editora que publica alguns livros duvidosos, dentre eles a série "Para Iniciantes" (The Beginner's), que seria algo como a famosa série "Para Leigos" (for Dummies, em inglês). E é baseando-se nos títulos publicados pela editora onde Aaron trabalha, que a autora nomeou o seu livro: The Beginner's Goodbye. Seguindo a tradução do livro, o título do livro teria que ser algo como "Adeus Para Iniciantes". Seria mais interessante - mais engraçado até. Por esse e alguns outros lapsos, eu fiquei pensando o quanto a tradução desse livro pode ter deixado a desejar. A revisão, certamente, não ficou muito boa. Imagino que a tradução também não tenha ficado excelente, embora não tenha o original para comparar. O que é uma pena, certamente.
A capa do livro (que é uma adaptação de uma das versões de capas americanas) também não me agradou - nada tem a ver com a história. Mas as outras capas que vi na internet também não têm... Não me pergunte qual seria uma boa capa - mas essa certamente não foi. Esses são os únicos pontos negativos do livro - nenhum ligado a história em si, que é muito boa!

Eu não sei explicar exatamente como Anne Tyler fez dessa história algo tão incrível, marcante e tocante, mesmo sendo tão simples e comum. Mas ela fez e eu amei o que encontrei! Espero poder ler outros livros da autora. Com histórias simples - que parecem cotidianas -, personagens cativantes, muito reais e imperfeitos, além de um enredo envolvente e encantador, O Começo do Adeus é um livro que desperta sentimentos e emoções, além de fazer o leitor refletir bastante sobre suas escolhas e suas atitudes. Muito recomendado.

Nota: 8
Dificuldade de Leitura: 5


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* 14/09/2012

O Começo do Adeus -Anne Tyler [Editotra Novo Conceito]
O começo do adeus nos conta a história de Aaron, um rapaz de meia idade que trabalha na editora de livros independentes da família, casado há anos com Dorothy, uma médica meio excêntrica e viciada em trabalho, na realidade o livro nos conta a dificuldade de Aaron em suportar a dor de perder a mulher de forma abrupta.

Em uma tarde comum, como tantas outras, Aaron e Dorothy tem uma briguinha boba de casal, por um motivo igualmente bobo. E cada um vai para seu canto remoer o que acabou de acontecer, ele vai para o quarto esperando que a mulher fique curiosa e vá atrás dele. E ela vai para o soslaio sentar em sua escrivaninha, mas aquele dia deixaria de ser normal. Um velho carvalho que estava no jardim bem antes de eles comprarem a casa cede e vem abaixo. Derrubando metade da estrutura e matando Dorothy.

Aaron fica arrasado, e as pessoas a sua volta tentando minimizar sua dor na realidade o irritam. Ele tem que aprender a passar pela perda, receber milhares de telefonemas dos amigos, pratos de comida dos vizinhos e a preocupação constante de Nandina sua irmã. Além do problema que a casa do casal se tornou, ou pelo menos o que sobrou dela.

Mas tudo tende a mudar quando Dorothy reaparece...




“Talvez a razão pela qual eu não tivesse perguntado a Dorothy por que ela tinha voltado quando voltou era porque isso faria com que ela se perguntasse a mesma coisa. Se ela tivesse simplesmente voltado aos poucos, vagueando sem perceber, como se retorna a um endereço antigo por força do hábito, então, se eu trouxesse o assunto a tona, ela poderia dizer: “Ah! Mais que coisa! Eu deveria estar indo embora!”.“ Página 11

MINHA OPINIÃO
O começo do Adeus foi o primeiro que eu peguei para ler da leva que a Editora Novo Conceito me enviou esse mês. Não sei ao certo o que me chamou a atenção nele. Talvez por ele ser mais fino que os outros, pensei que o terminaria em tempo hábil. Mas não foi bem assim. Embora ele seja fino a leitura não é rápida, pois o livro pra mim foi entediante.

A trama é bem convidativa. Marido perdeu a esposa/Marido esta sofrendo/A esposa reaparece dos mortos. Bem atraente não? Pra mim sim, e muito. Adoro qualquer coisa relacionada a fantasmas, mas a capa e a sinopse tendem a enganar o leitor. Na realidade não é bem isso, ou nada disso que o livro trás. Dorothy realmente reaparece. Mas no começo pensei que isso iria adiante, que as pessoas ao redor descobririam, ou que tivesse mais diálogos. Enfim, pensei que seu "fantasma" tinha um propósito. O que no começo do livro não é muito bem explicado, ( o leitor fica a deriva, tentando entender a onde a autora vai chegar) e lá pelo final Aaron vai narrando às vezes em que a viu e o que os dois conversara. Aí sim conseguimos entender o porque de seu aparecimento. Eu achei tudo muito chato e mal explicado. Ou nada atraente. Simplesmente não gostei nem um pouco!

Aaron é um homem meio estranho. Aos dois anos de idade ele teve um problema de saúde que o tornou deficiente e ele não tem absolutamente nenhum problema quanto a isso, ou pelo menos acha que não tem. Ele consegue fazer tudo sozinho e faz questão de dispensar a bengala sempre que pode, seu único problema é ter criado aversão a pessoas querendo agrada-lo. Ou mimado, o que todos tendem a fazer quando sua esposa morre. Ele é praticamente incapaz de agradecer alguém por algo legal, ele simplesmente fica investigando os motivos de a pessoa fazer isso. Dorothy também é estranha. Chegamos ha conhecê-la um pouco pelos diálogos dos dois (quando ela reaparece ou quando ele nos conta passagens do passado), ela é excêntrica, viciada em trabalho, uma negação na cozinha, desordeira, enfim esses são alguns de seus defeitos, o que não a torna estranha, e na realidade não sei explicar o porquê de eu achar isso. Ela simplesmente é. Na verdade não são só os dois que são estranhos, mas a relação deles também é. Não sei o que um viu no outro, (tenho a mesma opinião do que os outros personagens kkkk). Enfim não gostei muito de nenhum dos dois personagens principalmente de Dorothy. A irmã de Aaron, Nandina também não me agradou, o único personagem que eu gostei foi Gil, o empreiteiro da obra, que esta concertando a casa de Aaron.

Os únicos pontos positivos do livro pra mim são: O personagem ter uma deficiência acho isso muito legal para o leitor. Aaron dá algumas lições de vida nesse sentido, se mostrando forte independente de suas limitações. Ou seja, ele prova que é igual a mim e a você, embora não possa correr uma maratona. A forma como ele lida com a dor também é um ponto positivo, passo a passo vamos conhecendo a relação que ele tinha com a esposa e vamos o vendo enfrentar seus medos e apreensões.

O final também é um ponto positivo. Aaron termina bem por isso eu gostei. Achei que era o final certo pra ele, mas nem isso fará com que eu dê uma classificação melhor para o livro, pois ele como um todo merece a nota a seguir e a única explicação pra isso é o gosto. Para o meu gosto ele não é bom!




CLASSIFICAÇÃO: 1/5

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Pandora 19/10/2012


Como falar de um livro de Anne Tyler sem cair no labirinto das lembranças? Acho que essa foi a primeira pergunta que me fiz ao terminar de ler “O começo do Adeus” e começar a encarar a tarefa de resenhar esse texto. Mas, como a Irene tá mais para mainha do que para chefinha, me sinto a vontade para sentar e contar das minhas lembranças enquanto conto a respeito de como foi ler Anne Tyler depois de sete anos de saudades.

Sim, a Anne é uma velha conhecida minha. Lá pelas bandas de 2003/2004 eu e Aline fomos presenteadas por nossa amiga Natally com uma coleção de livros. Saca a história da coleção: “A patroa da prima de Natally queria se desfazer de uns livros velhos ainda em bom estado então deu a prima dela. A prima dela não era fã de leitura e deu os livros a Natally. Natally gosta de ler, mas acha que eu e Aline gostamos mais, então nos deu todos em uma sacola daquelas de ir a feira de verduras no fim de semana.”.

Dentre esses livros, todos excelentes, estar “Um jantar no restaurante da Saudade” de Anne Tyler. Aline leu primeiro, em 2005, e no mesmo ano passou para mim, até hoje estou com ele. Ele me trás boas lembranças e me faz pensar que ler junto é uma forma única de construir intimidade.

Anne Tyler faz parte da cumplicidade afetiva e intelectual que existe entre mim e minha melhor amiga/irmã e isso me fez dar saltos triplos, duplos, me remexer muito e derivados quando a Novo Conceito anunciou entre seus lançamentos “O começo do Adeus” porque eu já sabia que era uma coisa ótima que chegaria as livrarias brasileiras.

Anne Tyler não é uma autora que se preocupe em escrever uma narrativa muito fora do comum, ou contar uma história improvável cercada de suspense, aventuras, idas e vindas e derivativos. Na verdade o jeito dela é mais apegado ao real e psicológico, “O jantar no restaurante da saudade” (primeiro livro que li dela) faz parte de uma coleção chamada: “Romance e Psicanálise”, então o começo “O começo do adeus” é uma história com um que de psicológica e quem é freudiano vai se acabar, jogar os pés para cima e curtir muito tudo isso.

Eu que vivo uma eterna saga de amor e ódio com Freud não sei bem como descrever a sensação de ler a história de como Aaron, um sócio de uma editora que publica livros de autores independentes e aquelas séries de livros tipo: “Alguma coisa para iniciantes”, perde a esposa em uma acidente domestico e de repente tem que enfrentar a perda de uma pessoa com a qual planejava compartilhar a vida e continuar a viver.

No meio de seu caminho de enfrentamento da perda Aaron começa a ver a esposa dele em alguns lugares e é nesse momento que nós nos encontramos com ele. Posteriormente a isso o livro segue e nós nos sentimos como um psicanalista escutando Aaron nos contar em tom de segredo e suplica por quais caminhos afetivos andou até começar a ver sua esposa morta ao seu lado.

Ele nos conta da sua infância, de como adquiriu depois de uma doença infantil uma pequena deficiência física, de como a mãe e a irmã dele sempre o mimaram e de como ele sempre detestou esse jeito superprotetor delas, apesar de todo o amor que sentia pelas duas. De como conheceu Dorothy, uma médica de jeito voluntarioso e independente com pele de oliva, cabelos negros e o habito de andar de jaleco com uma bolsa tipo carteiro pendurada de lado. E como em um certo dia de repente a árvore que ficava do lado de sua casa cai e ele se ver viúvo aos 35 anos tendo que recomeçar.

Toda a história de Aaron é muito simples e real, quem de nós não conhece alguém que perdeu um marido, esposa, filho ou filha, mãe ou pai assim de repente e teve que enfrentar o Adeus... E no processo de enfrentar o adeus não teve que rever toda a trajetória de vida e reavaliar prioridades, metas e formas de viver?

Se brincar, você que me ler agora pode ser um Aaron tentando se recuperar de uma perda, não é difícil encontrar ou ser Aaron, porque todos temos que um dia enfrentar perdas, parece mentira, mas todos, cedo ou tarde, vamos enfrentar a difícil tarefa de dizer adeus a alguém que ocupa um lugar central em nossas vidas. #QueMedo

Enfim, em termos de leitura, é fácil ler Tyler, o texto dela flui como a brisa de fim de tarde que sopra em Recife nessa tarde de domingo... Não é difícil ler e compreender seu texto, ela tem aquela simplicidade de escrita que só os bons contadores de história tem, aquela falta de necessidade de palavras complicadas ou caminhos tortuosos na construção do pensamento.

Tortuoso é somente encarar algumas questões a respeito das quais ela me fez pensar enquanto lia seu texto...

Link Postagem Saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-o-comeco-do-adeus-de.html
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Mari 13/11/2012

Ainda não conhecia essa autora, mas quando li uma resenha de um outro livro em um blog, a curiosidade me pegou e resolvi passar na frente de outros livros que estão na lista.
Esse não me chamou tanta atenção pela capa, mas pela história em si, antes de começa a leitura já estava preparada para algo com emoções.
É um romance sábio como já está escrito na sinopse, nos conta história Aaron um homem de meia idade que pede sua esposa e fica desolado, pensando e imaginando que seus dias não serão mais os mesmos, só que ele certas vezes começa a ver Dorothy sua esposa. Mas essas aparições são raras e ele começa a fica nervoso, vai aos lugares que ela costumava aparece mais sem sucesso de encontra-la.
Ele trabalha na editora da família e começa a repara que ela publicou alguns guias para iniciantes, que presumem serem guias para iniciantes durante os caminhos da vida.
Com o tempo ele vai começando a aprende a viver sozinho, sem sua esposa, mas sempre com as lembranças dela, mas consegue percebe as alegrias que estão em sua volta, e percebe que deve continua seguindo seu caminho.
Um livro rápido e sem muitos personagens, leve e melancólico, em minha opinião o livro é isso, mas que nos faz refleti nessa etapa que é impossível fugir, O começo do Adeus, nunca estamos preparados para tal fato que será inevitável, por isso é sempre bom lembra as pessoas que amamos o quanto gostamos dela e o quão é importante para nós.
Como já disse o livro é bem tranquilo, ótimo para ler naqueles dias tranquilos que devemos parar pra refleti sobre algo. Indico esse livro a todos que gostem de um livro rápido e leve, mas que nos fazem refleti.
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jacdeoliveira 10/09/2012

Uma história bonita, mas triste.

Aaron é um homem que não consegue ter perspectiva de vida, ele trabalha na editora independente de sua família e desde os dois anos de idade ele tem um problema na perna e braço direto, mas isso não o impede de nada. Um fato que acontece com ele é que sua mãe e irmã o mimam muito devido a isso, estão sempre ao seu lado, o cercando, o que ao meu ver prejudica Aaron, pois parece que ele não tem liberdade.
Certo dia ele conhece Dorothy, uma médica por quem se apaixona completamente, e logos os 'pombinhos' se casam.
E então, num dia 'triste' um carvalho cai em cima da casa deles e Dorothy acaba morrendo. Com toda a dor seu coração Aaron começa a ter alucinações (ou não), com sua finada esposa, que o acompanha em diversas situações e que no fundo está ajudando Aaron a superar a sua morte e poder finalmente dizer um adeus 'digno' a ele.

Um livro que teria tudo para ser emocionante e lindo, mas que apesar de ter um contexto incrível não me surpreendeu tanto assim.
A autora por mais que tenha uma escrita ótima não conseguiu me tocar com suas palavras, nada foi tão emocionante e tão triste como tinha tudo para ser. Um assunto tão delicado e bonito (e que eu amo) como esse, não confirmou as minhas expectativas e confesso que fiquei um pouco chateada com isso.
O livro ganhou minhas 3 estrelas e apesar de tudo, num apanhado geral o livro é bom, mas não espere muito da história, pelo menos não tanto quanto eu esperava. Depositei todas as minhas expectativas nele e acabei me chateando, mas espero poder lê-lo mais uma vez daqui a algum tempo e aumentar essas minhas estrelinhas.

PLAYLIST: Adele - Someone like you
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Paula 26/09/2012

Simplesmente adorei O Começo do Adeus, 19º romance da autora Anne Tyler. A narrativa é perfeita, em primeira pessoa, e a história é tocante e sensível, pode-se dizer que achei o livro trágico-cômico, com personagens muito singulares e alguns bastante excêntricos.

A história é narrada por Aaron, um homem que está quase na casa dos 40 e Aaron é um personagem único e complexo, que dá a obra uma leveza incrível e ao mesmo tempo nos mostra, de forma bem desajeitada, todo o seu sofrimento.

Aaron está sofrendo com a perda da sua mulher, que morreu em um acidente um tanto "bizarro", mas ele não está se lamentando pelos cantos, pelo contrário, Aaron odeia que as pessoas fiquem perguntando se ele está bem ou se precisa de algo. Sempre foi superprotegido pela mãe e pela irmã, o que faz com que tenha certa dificuldade em aceitar a aproximação de outras pessoas. A narrativa de Aaron chega, por vezes, ser hilária. Sua vida é extremamente comum mas seus pensamentos e devaneios são um tanto extravagantes.

Por ter sido tão superprotegido, casou com Dorothy, uma mulher mais velha que parecia compartilhar com ele a idéia de que ambos deveriam viver suas vidas de forma independente. Mas com a sua morte e, pior, com as aparições de Dorothy após a sua morte, Aaron acaba repensando sua forma de agir. Não que existam mudanças drásticas ou diálogos profundos entre os dois, Dorothy simplesmente aparece e fica lá, ao lado de Aaron.

Ele até cogita a hipótese de Dorothy ter uma missão à cumprir, mas não seria Aaron que precisa aprender a perdoar, especialmente a si mesmo?

Um livro muito bonito e surpreendente, recomendadíssimo!
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Paloma Viricio 26/11/2012

Uma nova vida a partir do Adeus
Por Paloma Viricio

FICHA TÉCNICA

Autores: Anne Tyler
Titulo: O Começo do Adeus
ISBN: 9788581630397
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 208
Formato/Acabamento: 16x23x1,4
Peso: 0.291 kg
Preço Sugerido: R$ 29.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: ROMANCE


NOTAS
Capa: 9,0
Conteúdo: 6,0
Diagramação: 10
Nota geral: 8,33

Visão Geral
Esse livro é muito bom pelo fato de ser magicamente descritivo e te fazer viajar ao lado dos personagens na história. Entretanto deixou um pouco a deseja no quesito emoção. A primeira vista o leitor pode pensar que o livro irá leva-lo para um caminho e ele acaba guiando a outro. Não consegui sentir o amor do casal principal como, por exemplo, senti o amor de Travis e Gabby em A escolha- Nicholas Sparks. Acredito que a autora poderia ter explorado mais a vida dos dois como casal e principalmente a personalidade da figura feminina que ficou meio apagada durante a trama.

Aaron sofre de uma deficiência, trabalha em uma editora e é casado com a médica Dorothy Rosales. Esses dois formam um casal bem típico.... Repleto de brigas, manias individuais, mas apesar de tudo se amam. A médica tinha as manias dela, mas o Aaron é meio irritante. Ele é chato em algumas partes e tem manias bem estranhas. Por causa da deficiência ele sempre quer ser mais que pode e recusa ajuda dos outros por pensar que estão com pena dele. Os dois se conhecem de forma bem singela, namoram e casam-se sem festa nem muito luxo. A vida deles e principalmente do Aaron muda quando uma árvore cai na casa e mata a esposa. Ele sente-se muito sozinho, com saudades eternas dela, fica mais grosseiro do que era antes e frequentemente tem visões da mulher desencarnada.

O final do livro é satisfatório, porém ficou um clima no ar que Aaron nunca deixaria de amar Dorothy mesmo ela tendo falecido. Ele tenta refazer a vida e seguir em frente, mas tudo é pesado e cansativo demais. A história é gostosinha, mas tinha vezes que Aaron me arrastava junto com ele e as manias chatas. A principal mensagem que podemos tirar dessa trama é não jogar fora o tempo que passamos com alguém que amamos. Aaron deixou de fazer muitas coisas, de falar muitos “Eu te amo” para Dorothy e viver momentos agradáveis ao lado dela... Infelizmente só se deu conta disso depois que ela morreu. Esse livro é ficção, mas vejo muitas pessoas fazendo o mesmo na vida real e descobrindo que depois é tarde demais. Com todos os prós e contras o livro vale muito a pena ser lido.


Designer e diagramação
A capa do livro está muito linda e passa uma grande sensação de tranquilidade, mas não vi onde a mulher da mesma se encaixa na história. Não consigo ver ela como um personagem central... Vejo apenas como uma espectadora da trama contada, porque não se encaixa no perfil de ninguém dali. As folhas amarelas tranquilizam bastante a visão. Só acho que os capítulos ficaram grandes demais... Poderiam ter sido menores. O kit do livro é muito fofinho e um dos melhores que a Novo Conceito fez. Ele é composto por Caixa do livro, marcador, livro e um porta cartão com bloquinho, mini marcadores e caneta embutidos.

Sobre a autora
Anne Tyler nasceu em Minneapolis, Minnesota, em 1941 e cresceu em Raleigh, Carolina do Norte. Este é seu 17º romance. Um deles ganhou o prêmio Pulitzer em 1988. Membro da Academia Americana de Artes e Instituto, ela mora em Batimore, Maryland.


O trabalho Uma nova vida a partir do Adeus de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.
Confira mais em: http://palomaviricio.blogspot.com.br
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Renata 15/09/2012

O Começo do Adeus é diferente de tudo que eu já li sobre pessoas e suas perdas! A história contada por Anne Tyler retrata a desde a perda, passando pela vivência do luto até a hipótese de um recomeço!


Nesse livro conhecemos de imediato Aaron Woolcott, um homem de meia idade (se é que uma pessoa com supostamente 36 anos possa ser considerado de meia idade, se formos levar isso em consideração eu estou quase lá :/) que tem uma deficiência na perna e no braço esquerdo o que o faz utilizar uma bengala e o obriga a conviver com a piedade das pessoas e que perdeu a esposa em um trágico acidente dentro de sua própria casa e que agora aparece pala ele esporadicamente e com quem ele conversa como se ela ainda estivesse entre os vivos.
"Eu morreria se ela fosse embora. Já tinha passado por aquilo uma vez. Não achava que pudesse fazer isso de novo."(p.11).
A Dr.ª Dorothy Rosales, mais velha do que Aaron sete anos, famosa radiologista e workaholic assumida, sempre trabalhou demais, estava sempre com seu jaleco branco e sua bolsa marrom estilo carteiro como o próprio Aaron faz questão de enfatizar. Morreu em um dia comum quando uma árvore de seu quintal tombou atingindo o solário onde ela estava depois de ter tido uma boba discussão com o marido!

Aaron nos conta a seu relacionamento desde o começo, como ele e Dorothy se conheceram, como começaram a se relacionar, como ele gostava da forma que ela o tratava, o sofrimento com a rejeição de seus pais que se posicionaram contra o casamento dele com uma mulher mais velha e até como sua irmã Nandina não gostava nem um pouco de Doroty!
"Ela era única entre as mulheres. Não havia ninguém como ela. Meu Deus, ela deixou um enorme vazio! Eu me senti como se tivesse sido apagado, como se tivesse sido rasgado em dois." (p.19).
A história é contada de forma bem leve e com uma profundidade muito sutil! Quando comecei a ler, estranhei um pouco a narrativa, uma vez que a Anne começa a nos contar a história do meio e depois vai retomando todo o começo até chegar a um desfecho, mas esse estranhamento passou logo que fui me familiarizando com os personagens. Digo familiarizando do real e fiel sentido da palavra, pois os personagens são tão humanos que parecem realmente que os conheço.

Aaron é um cara chato, muito rabugento que não gosta que as pessoas cuidem dele ou demonstrem a menor preocupação porque acha que só fazem isso por causa de sua deficiência, mas nem por isso deixa de ser encantador, enfrentou a perda da esposa com muita dignidade e sem se fazer de vítima da situação. Já a Dorothy é carrancuda, rigorosa com seu trabalho, porém não gosta de se abrir muito, pois pelas experiências anteriores que teve sempre teve que ser médica em tempo integral, achava que as pessoas só se aproximavam dela pra ter um diagnóstico sem precisar pagar uma consulta. Isso fez com ela se tornasse uma pessoa muito fechada!
"Tomei gosto por me alimentar esses pequenos defeitos e não apenas por refletir sobre a razão de me irritarem tanto. Eu desejava que eles ainda me irritassem, para que eu pudesse parar de sentir saudades dela!" (p.59)
O Começo do Adeus me lembrou muito a introspecção e o sofrimento que traz a perda de um ente querido e a forma com que lidamos com isso. Penso que, todos nós gostaríamos de dizer algo que não foi dito, antes que a pessoa se vá, e é pra isso que Dorothy “volta”, para se resolver com Aaron.

O livro me conquistou, a narrativa é limpa, fluida e muito gostosa, a temática foi abordada de uma forma bem simples, mas muito profunda e que precisa ser lida nas entrelinhas. Indico muito O Começo do Adeus é um livro simples e profundo!

Beijo♥♥♥

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