O Começo do Adeus

O Começo do Adeus Anne Tyler




Resenhas - O Começo do Adeus


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stsluciano 20/10/2012

Uma leitura gratificante
Olhando para trás e relembrando minha leitura, não sei se “O Começo do Adeus” é o livro da minha vida, ou mesmo o melhor que já li. O que sinto é que nunca fui tão grato a um autor por ter escrito um livro. Nunca me senti tão recompensado ao fechá-lo.

Como diz a sinopse, e em minha opinião ela entrega mais do que deveria, Aaron é casado com Dorothy, não são necessariamente felizes do tipo casal de comercial de margarina, mas vivem relativamente bem. Porém ela morre em um acidente e ele se vê sozinho, repensando suas ações e seu relacionamento com ela, enquanto questiona se um dia conseguirá ter uma vida normal.

Um dos pontos principais que me fazem gostar ou não de um livro é minha afinidade e identificação com o personagem principal: se ela existe já é meio caminho andado. É claro que Palahniuk escreve muito bem, mas ter Tyler Durden e Tender Branson em seu rol de personagens facilita muito que nos identificamos com ele. E o que dizer de Frodo Bolseiro e sua missão de ser o portador do anel? E da doce e perspicaz Miss Marple? É bem mais fácil – ou simples – gostar de um livro se você já gosta de seus personagens.

Até “O Começo do Adeus”, acreditava que para se gostar de um livro eu deveria, necessária e obrigatoriamente, gostar de seu personagem principal. Anne Tyler veio e derrubou este achismo. É como dizem, vivendo e aprendendo.

Aaron, o personagem principal e narrador, me incomodou desde as primeiras linhas. O início um pouco nebuloso ajuda, a autora leva um tempo para nos explicar com exatidão o que está acontecendo, e o choque de encontrar um tom fantasioso em um livro que você espera ser mais ligado ao mundo real te deixa um tanto desconcertado. Um marido que vê e discute a relação com a esposa morta não é algo que se imagine, pensei que seria um livro nos moldes de Maugham ou mesmo Serena, de McEwan, mas talvez esta falsa “esperança” do que encontrar se deva por nunca ter lido nada da autora.

E como foi bom conhecê-la! Em um texto sem firulas, com um andamento simples, seguimos Aaron contando os acontecimentos que o levaram a conversar com a esposa falecida, e as questões que estas conversas levantam são bastante pertinentes e refletem nas relações que temos aqui no mundo real: por que discutir tanto, reclamar tanto, e não ceder quando é tão mais fácil concordar? Em termos qualitativos, o quanto elas, as relações, nos satisfazem? Não é tão difícil assim conversar, conviver, mas temos – e tenho – uma tendência a complicar o que é tão fácil que não sei como ainda usamos palavras como comunidade e sociedade.

Tyler questiona isso, mas não de um jeito sério, que te jogue obrigatoriamente contra a parede. Em muitas passagens seu texto me pareceu flexível de uma maneira que ainda não havia nenhum outro chegado até mim: acredito que sua narrativa tem o poder de impressionar em diferentes níveis ao mesmo tempo que se mantém a verdade contida nelas – que, lembrem-se, é a verdade da autora, seus personagens e ambiente, para aquela situação. Estas passagens vão te tocar, mas depende muito de como o leitor vai processá-la, e mesmo que todo livro cause de uma forma ou outra sentimentos equivalentes, no tom despreocupado em que a autora narra a odisseia da vida ele adquire um significado especial. Em algumas delas você tem a impressão de que a autora está dizendo pra você: ok, esta é minha história, você pode acreditar que Aaron está falando com a esposa, ou pode achar que ele é maluco, a escolha e sua….o livro vai prosseguir de qualquer maneira.

Voltando a Aaron, não posso dizer que mantive com ele uma relação de amor e ódio. Talvez de ódio e compreensão. Sendo portador de necessidades especiais, foi superprotegido pelos pais e pela irmã mais velha Nandine. Em minha visão de filho, superproteção é incômoda e sufocante, mas parece que os pais não pensam assim. Desta forma, para não se deixar parecer um inválido que necessita de cuidados constantes, Aaron rejeita toda e qualquer ajuda que possa, segundo ele próprio, diminuí-lo, e o modo como esta insegurança se apodera dele e o faz um ranzinza de marca maior me deixou enervado. Não gostei dele durante grande parte do livro, até acho que ele tem alguma razão, pois é completamente independente, mas não custava nada sorrir em retribuição a cada cinco parágrafos e agradecer algumas gentilezas.

O que faz de sua relação com a irmã, Nandine, algo frio, e é visível que a incomoda. Se colocando em seu lugar, não deve ser fácil ver o irmão passar por uma situação difícil mas não receber dele nenhuma brecha, nenhum sinal que indique que ele quer que ela se aproxime. Como ajudar alguém que, mesmo precisando de ajuda, não dá mostras de que a receberá bem? Nandine opta por, algumas vezes, ser intrometida e dar sua opinião onde não é chamada, mas é claro que isso só trás mais conflitos.

O final completamente redondo me fez sorrir, mas o caminho para que isso aconteça é espinhoso, e acompanhar Aaron em sua jornada para aprender a sobreviver é dura e emocionante. Outro ponto digno de nota é que a autora não investe no sentimentalismo barato. Nos momentos nos quais você sente um aperto no peito, isso se dá por você perceber o que está acontecendo, e não por a autora te entregar tudo de bandeja. Isto mostra uma maturidade ímpar e um respeito por seu público que raramente se vê.

Excepcionalmente bem escrito, emocionante, surreal. Certamente é um dos melhores lançamentos do ano, e Tyler já ganhou um lugar como uma de minhas autoras favoritas.

*Resenha originalmente publicada em http://www.pontolivro.com
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Pandora 19/10/2012


Como falar de um livro de Anne Tyler sem cair no labirinto das lembranças? Acho que essa foi a primeira pergunta que me fiz ao terminar de ler “O começo do Adeus” e começar a encarar a tarefa de resenhar esse texto. Mas, como a Irene tá mais para mainha do que para chefinha, me sinto a vontade para sentar e contar das minhas lembranças enquanto conto a respeito de como foi ler Anne Tyler depois de sete anos de saudades.

Sim, a Anne é uma velha conhecida minha. Lá pelas bandas de 2003/2004 eu e Aline fomos presenteadas por nossa amiga Natally com uma coleção de livros. Saca a história da coleção: “A patroa da prima de Natally queria se desfazer de uns livros velhos ainda em bom estado então deu a prima dela. A prima dela não era fã de leitura e deu os livros a Natally. Natally gosta de ler, mas acha que eu e Aline gostamos mais, então nos deu todos em uma sacola daquelas de ir a feira de verduras no fim de semana.”.

Dentre esses livros, todos excelentes, estar “Um jantar no restaurante da Saudade” de Anne Tyler. Aline leu primeiro, em 2005, e no mesmo ano passou para mim, até hoje estou com ele. Ele me trás boas lembranças e me faz pensar que ler junto é uma forma única de construir intimidade.

Anne Tyler faz parte da cumplicidade afetiva e intelectual que existe entre mim e minha melhor amiga/irmã e isso me fez dar saltos triplos, duplos, me remexer muito e derivados quando a Novo Conceito anunciou entre seus lançamentos “O começo do Adeus” porque eu já sabia que era uma coisa ótima que chegaria as livrarias brasileiras.

Anne Tyler não é uma autora que se preocupe em escrever uma narrativa muito fora do comum, ou contar uma história improvável cercada de suspense, aventuras, idas e vindas e derivativos. Na verdade o jeito dela é mais apegado ao real e psicológico, “O jantar no restaurante da saudade” (primeiro livro que li dela) faz parte de uma coleção chamada: “Romance e Psicanálise”, então o começo “O começo do adeus” é uma história com um que de psicológica e quem é freudiano vai se acabar, jogar os pés para cima e curtir muito tudo isso.

Eu que vivo uma eterna saga de amor e ódio com Freud não sei bem como descrever a sensação de ler a história de como Aaron, um sócio de uma editora que publica livros de autores independentes e aquelas séries de livros tipo: “Alguma coisa para iniciantes”, perde a esposa em uma acidente domestico e de repente tem que enfrentar a perda de uma pessoa com a qual planejava compartilhar a vida e continuar a viver.

No meio de seu caminho de enfrentamento da perda Aaron começa a ver a esposa dele em alguns lugares e é nesse momento que nós nos encontramos com ele. Posteriormente a isso o livro segue e nós nos sentimos como um psicanalista escutando Aaron nos contar em tom de segredo e suplica por quais caminhos afetivos andou até começar a ver sua esposa morta ao seu lado.

Ele nos conta da sua infância, de como adquiriu depois de uma doença infantil uma pequena deficiência física, de como a mãe e a irmã dele sempre o mimaram e de como ele sempre detestou esse jeito superprotetor delas, apesar de todo o amor que sentia pelas duas. De como conheceu Dorothy, uma médica de jeito voluntarioso e independente com pele de oliva, cabelos negros e o habito de andar de jaleco com uma bolsa tipo carteiro pendurada de lado. E como em um certo dia de repente a árvore que ficava do lado de sua casa cai e ele se ver viúvo aos 35 anos tendo que recomeçar.

Toda a história de Aaron é muito simples e real, quem de nós não conhece alguém que perdeu um marido, esposa, filho ou filha, mãe ou pai assim de repente e teve que enfrentar o Adeus... E no processo de enfrentar o adeus não teve que rever toda a trajetória de vida e reavaliar prioridades, metas e formas de viver?

Se brincar, você que me ler agora pode ser um Aaron tentando se recuperar de uma perda, não é difícil encontrar ou ser Aaron, porque todos temos que um dia enfrentar perdas, parece mentira, mas todos, cedo ou tarde, vamos enfrentar a difícil tarefa de dizer adeus a alguém que ocupa um lugar central em nossas vidas. #QueMedo

Enfim, em termos de leitura, é fácil ler Tyler, o texto dela flui como a brisa de fim de tarde que sopra em Recife nessa tarde de domingo... Não é difícil ler e compreender seu texto, ela tem aquela simplicidade de escrita que só os bons contadores de história tem, aquela falta de necessidade de palavras complicadas ou caminhos tortuosos na construção do pensamento.

Tortuoso é somente encarar algumas questões a respeito das quais ela me fez pensar enquanto lia seu texto...

Link Postagem Saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-o-comeco-do-adeus-de.html
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Saleitura 19/10/2012

O Começo do Adeus por Pandora
Como falar de um livro de Anne Tyler sem cair no labirinto das lembranças? Acho que essa foi a primeira pergunta que me fiz ao terminar de ler “O começo do Adeus” e começar a encarar a tarefa de resenhar esse texto. Mas, como a Irene tá mais para mainha do que para chefinha, me sinto a vontade para sentar e contar das minhas lembranças enquanto conto a respeito de como foi ler Anne Tyler depois de sete anos de saudades.

Sim, a Anne é uma velha conhecida minha. Lá pelas bandas de 2003/2004 eu e Aline fomos presenteadas por nossa amiga Natally com uma coleção de livros. Saca a história da coleção: “A patroa da prima de Natally queria se desfazer de uns livros velhos ainda em bom estado então deu a prima dela. A prima dela não era fã de leitura e deu os livros a Natally. Natally gosta de ler, mas acha que eu e Aline gostamos mais, então nos deu todos em uma sacola daquelas de ir a feira de verduras no fim de semana.”.

Dentre esses livros, todos excelentes, estar “Um jantar no restaurante da Saudade” de Anne Tyler. Aline leu primeiro, em 2005, e no mesmo ano passou para mim, até hoje estou com ele. Ele me trás boas lembranças e me faz pensar que ler junto é uma forma única de construir intimidade.

Anne Tyler faz parte da cumplicidade afetiva e intelectual que existe entre mim e minha melhor amiga/irmã e isso me fez dar saltos triplos, duplos, me remexer muito e derivados quando a Novo Conceito anunciou entre seus lançamentos “O começo do Adeus” porque eu já sabia que era uma coisa ótima que chegaria as livrarias brasileiras.

Anne Tyler não é uma autora que se preocupe em escrever uma narrativa muito fora do comum, ou contar uma história improvável cercada de suspense, aventuras, idas e vindas e derivativos. Na verdade o jeito dela é mais apegado ao real e psicológico, “O jantar no restaurante da saudade” (primeiro livro que li dela) faz parte de uma coleção chamada: “Romance e Psicanálise”, então o começo “O começo do adeus” é uma história com um que de psicológica e quem é freudiano vai se acabar, jogar os pés para cima e curtir muito tudo isso.

Eu que vivo uma eterna saga de amor e ódio com Freud não sei bem como descrever a sensação de ler a história de como Aaron, um sócio de uma editora que publica livros de autores independentes e aquelas séries de livros tipo: “Alguma coisa para iniciantes”, perde a esposa em uma acidente domestico e de repente tem que enfrentar a perda de uma pessoa com a qual planejava compartilhar a vida e continuar a viver.

No meio de seu caminho de enfrentamento da perda Aaron começa a ver a esposa dele em alguns lugares e é nesse momento que nós nos encontramos com ele. Posteriormente a isso o livro segue e nós nos sentimos como um psicanalista escutando Aaron nos contar em tom de segredo e suplica por quais caminhos afetivos andou até começar a ver sua esposa morta ao seu lado.

Ele nos conta da sua infância, de como adquiriu depois de uma doença infantil uma pequena deficiência física, de como a mãe e a irmã dele sempre o mimaram e de como ele sempre detestou esse jeito superprotetor delas, apesar de todo o amor que sentia pelas duas. De como conheceu Dorothy, uma médica de jeito voluntarioso e independente com pele de oliva, cabelos negros e o habito de andar de jaleco com uma bolsa tipo carteiro pendurada de lado. E como em um certo dia de repente a árvore que ficava do lado de sua casa cai e ele se ver viúvo aos 35 anos tendo que recomeçar.

Toda a história de Aaron é muito simples e real, quem de nós não conhece alguém que perdeu um marido, esposa, filho ou filha, mãe ou pai assim de repente e teve que enfrentar o Adeus... E no processo de enfrentar o adeus não teve que rever toda a trajetória de vida e reavaliar prioridades, metas e formas de viver?

Se brincar, você que me ler agora pode ser um Aaron tentando se recuperar de uma perda, não é difícil encontrar ou ser Aaron, porque todos temos que um dia enfrentar perdas, parece mentira, mas todos, cedo ou tarde, vamos enfrentar a difícil tarefa de dizer adeus a alguém que ocupa um lugar central em nossas vidas. #QueMedo

Enfim, em termos de leitura, é fácil ler Tyler, o texto dela flui como a brisa de fim de tarde que sopra em Recife nessa tarde de domingo... Não é difícil ler e compreender seu texto, ela tem aquela simplicidade de escrita que só os bons contadores de história tem, aquela falta de necessidade de palavras complicadas ou caminhos tortuosos na construção do pensamento.

Tortuoso é somente encarar algumas questões a respeito das quais ela me fez pensar enquanto lia seu texto...

Resenha feita por Pandora

Link Postagem Saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-o-comeco-do-adeus-de.html
Debby 14/12/2012minha estante
Oi Pandora

Enquanto lia a sua resenha meus pensamentos voltaram para todas as saudades que começaram com esse tipo adeus que vem direto de Deus.
E não é muito difícil para quem lê se colocar de alguma forma no lugar do personagem rindo com suas alegrias, sofrendo com suas dores.

Adorei sua resenha , como tudo que escreves e espero ganhar esse kit e depois comentarmos o que achamos.
Bjs
Debby :)


Rayme 14/12/2012minha estante
nunca li nenhum livro dela, e até então achava que este era seu unico livro, ou até mesmo o unico lançado no brasil! :O
parece ser um livro muito lindo *--*


Hortência 15/12/2012minha estante
Nunca li nada da Anne Tyler, mas pelo entusiasmo que você fala fico me perguntando: por que nunca ouvi falar nela?
Tem tanto livro bom, que já foi publicado aqui no Brasil mas não tem tanta visibilidade assim neh? Grande pecado!
Acho que O começo do adeus é aquele livro que depois da leitura ficamos pensando e se acontecesse comigo? Como seria me reação? Como seria o recomeço?
Aiaiai deve ser uma ótima leitura!
Obrigada Pandora por compartilhar conosco!
bjs


Gabi 16/12/2012minha estante
Nunca ouvi falar de Anne Tyler, mas o seu comentário me deixou com vontade de ler todos os seus livros.


Maristela 19/12/2012minha estante
Parece que esse livro conseguiu o equilíbrio perfeito sem cair no melodrama. Quero muito ler. Gostei da resenha


Fran 19/12/2012minha estante
Este livro é realmente encantador, nunca tive a oportunidade de ler outras obras desta autora, mas pelo que vi, esta muito bem recomendada.




Psychobooks 15/10/2012

Finalmente cheguei no Brasil! A viagem foi incrível, obrigada a todos pelo carinho ao longo dessas 4 semanas, mas bora lá falar um pouco sobre O Começo do Adeus.

Esse foi o primeiro livro da autora que li, já tinha ouvido falar muito bem sobre ela e estava bem curiosa com a leitura. Eu já comentei sobre a capa em uma Caixa de Correio, mas para quem não viu, eu não consegui fazer nenhuma relação da capa com o enredo e fiquei um pouco decepcionada, já que a capa do livro é linda!

Aaron é um homem de 36 anos, que desde criança sofre de uma deficiência física leve em seu braço e perna direitos, trabalha com editor na editora independente da família e é casado com Dorothy, uma médica que não é ligada muito nos afazeres domésticos e paparicos para com o marido, mas os dois são muito felizes e apaixonados. Depois de uma discussão boba do casal, uma tragédia acontece, a árvore do quintal cai sobre a casa e acaba matando Dorothy.

A dor da perda é tão grande, que Aaron não sabe como agir, está perdido, não quer aceitar a ajuda das pessoas ao seu redor, que na verdade, acabam o irritando com suas falsas condolescências e excesso de cuidado. Mas então, um dia, Dorothy volta. Aaron com medo de perdê-la mais uma vez ao perguntar o porquê das aparições, torce para que tudo se resolva da melhor forma possível e ele possa seguir em frente.

O enredo vai se desenvolver de forma não linear, alternando presente e passado, sob o ponto de vista do Aaron, mostrando como é difícil superar a perda repentina da pessoa amada. A narrativa é fluida, rápida, mas é importante refletir sobre o que se passa nas entrelinhas.

A construção do personagem principal foi na medida certa, feito de forma lenta, sem pressa, passando por todas as etapas da perda. Mas pouco se sabe sobre os personagens secundários, o que deixou as ligações entre eles rasa. Como eu gosto de tramas intrincadas, bem relacionadas, com personagens surpreendentes e grandes reviravoltas, O Começo do Adeus foi uma leitura boa, mas não me fez suspirar.

Recomendo a leitura para quem gosta de livros um tanto melancólicos, com poucos personagens, não é meu tema preferido, ainda assim, gostei da leitura que foi rápida e simples.

“Talvez a razão pela qual eu não tivesse perguntado a Dorothy por que ela tinha voltado quando voltou era porque isso faria com que ela se perguntasse a mesma coisa. Se ela tivesse simplesmente voltado aos poucos, vagueando sem perceber, como se retorna a um endereço antigo por força do hábito, então, se eu trouxesse o assunto a tona, ela poderia dizer: “Ah! Mais que coisa! Eu deveria estar indo embora!”
Página 11

http://www.psychobooks.com.br/2012/09/sorteio-o-comeco-do-adeus.html
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gleicepcouto 14/10/2012

A possibilidade do recomeço
http://murmuriospessoais.com/?p=4417

***

O Começo do Adeus (Novo Conceito) é o 19º livro da escritora norte-americana Anne Tyler. A autora, que já recebeu um prêmio Pulitzer em 1988, é membro da Academia Americana de Artes e Letras.

Nesse livro, conhecemos Aaron, um homem de 36 anos, que acabou de perder de modo trágico a esposa. Apesar de possuir uma deficiência no braço e perna direita, ele levava uma vida normal, ao lado de Dorothy, que era médica, e no seu trabalho como editor de uma editora independente da família.

Com a morte de sua amada, claro, que vem o luto e a dificuldade de reiniciar um novo momento em sua vida. Tudo fica mais estranho ainda quando Dorothy começa a aparecer para ele na rua, supermercado e outros lugares. Mas Aaron não se assusta com isso, ao contrário, quer vê-la sempre, conversar com ela, resolver certos assuntos pendentes. Mas até que ponto isso realmente está acontecendo? Não seria somente imaginação de Aaron?

Esse livro pega a sua atenção logo de cara. Como assim o protagonista consegue ver e papear com a sua esposa já falecida? Essa dúvida fica martelando em sua cabeça até o final do livro. Afinal, ele realmente a via? Ela era um fantasma, uma ilusão de sua mente?

Anne Tyler conduz muito bem esse suspense, mas não faz dele o ponto principal da história. Contraditoriamente, através da morte e da dor da perda, a autora busca falar de vida. E de modo bem simples e cotidiano, mas com toques muito (muito) sutis de fantasia.

O luto de Aaron é genuíno. Dolorido, mas sem afetação. Aliás, o protagonista é muito bem desenvolvido, muito real, com seus defeitos e qualidades. O que mais gostei porém é que, apesar de ter uma deficiência, em qualquer momento nós os vemos com limitações. Adorei o modo com a autora abordou esse detalhe de Aaron e o tratou realmente como detalhe, e não como fator principal de sua personalidade.

Os outros personagens também são interessantes, com destaque para sua irmã, Nandina. Uma irmã mais velha em todos os sentidos: um pouco invasiva, mas, no fundo, querendo apenas ajudar.

A narrativa de Anne é muito gostosinha, sem firulas. Sensível na medida certa. O livro não te arranca lágrimas, mas acho que esse não era o objetivo de Anne, e sim, apenas entreter o leitor, mas com uma história que o fizesse refletir por instantes.

O Começo do Adeus é aquele tipo de livro com uma história bacaninha, com uma mensagem bacaninha, personagens bacaninhas. Entenderam? Talvez o problema seja esse: ele não sai do bacaninha. Fiquei esperando por algo a mais, mas ele não veio...

Gostei da relação contraditória que a autora fez entre o trabalho de Aaron e a sua vida. Ele ajuda a publicar diversos guias para iniciantes pela editora da família, mas nenhum ensina como lidar com a dor da morte da companheira. Ele acaba por perceber a inutilidade de tais títulos.

E a grande verdade é essa: não aprendemos a viver ou a dizer adeus com qualquer tipo de livro ou manual. Apenas conseguimos isso no nosso dia a dia, encarando os desafios e medos. Em suma, vivendo.
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Endry 08/10/2012

Quando recebi este livro de parceria da Novo Conceito, fiquei extremamente feliz e empolgada com "O começo do Adeus". A capa é linda, muito expressiva e tem um relevo no título, além de ser dourada a fonte. Quanto ao trabalho gráfico, a Novo Conceito sempre capricha: folhas amareladas, espaçamento e fontes em tamanho bom... Porém, desta vez, tenho uma crítica quanto à capa: ela é linda, isso não se discute, porém não está nem um pouco relacionada com a história. Confesso que isso me entristeceu um pouco, já que eu adorei a capa. Enfim... O livro conta a história de Aaron, que acaba de perder sua mulher Dorothy, e está tentando superar. Ele começa a vê-la em algumas situações... E ele acaba questionando sua vida. Foi bacana o livro, mas eu esperava muito mais. A escrita da autora é bem fluente e a leitura é agradável. Porém, a história não me cativou tanto. Aaron é um tanto depressivo e tem uma história de vida um tanto complicada. A história do casal é simples, e a Dorothy é um tanto fria, não demonstra tanto seus sentimentos pelo Aaron. Ele se apaixonou quase que instantaneamente por Dorothy, uma médica simples e prática. Faltou um pouco mais de descrição na história de vida dela e isso me incomodou um pouco. Só recomendo para quem quer uma leitura leve e rápida.

Mais em: http://sonhos-de-princesa.blogspot.com.br/2012/10/eu-li-o-comeco-do-adeus-anne-tyler.html
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Bookaholic Girl 04/10/2012

Nada em sua vida seguiu de acordo com o planejado... Quando nasceu Aaron era um menininho perfeito, mas uma doença quando tinha poucos anos de vida comprometeu seus movimentos do braço e da perna direita; foi fazer faculdade longe de casa para nunca mais voltar, mas assim que se formou seu pai adoeceu e o chamou para pedir ajuda, desde então toca os negócios da família, uma editora para autores independentes; não era do tipo que fica constantemente pensando em formar uma família, mas ao conhecer Dorothy, uma médica anos mais velha que ele, Aaron viu que havia achado seu par.
Dorothy era ao mesmo tempo perfeita e imperfeita... Mesmo sendo médica, nunca foi o tipo de pessoa que fica em cima de você analisando cada movimento e cada dor, o que Aaron achava ótimo, pois sendo deficiente desde criança, cresceu cercado por uma mãe e uma irmã que o enlouqueciam com tanto cuidado; mas essa “distância” de Dorothy era em relação a tudo, o que chegava a ser incômodo, nunca se preocupando com boa forma, muito pelo contrário, nem com aparências, estava longe de ser uma mulher vaidosa, também não se interessava pelos assuntos da casa, de forma que nunca lhe serviu nem um chá – podia ser uma ótima médica, mas na cozinha era um desastre.
Até que um dia, depois de uma pequena e boba discussão, uma grande árvore que crescia ao lado da casa e sempre preocupou Aaron, despencou sobre o solário, onde Dorothy estava. Definitivamente o tipo de situação que ninguém está preparado para enfrentar, que pegou Aaron de surpresa e trouxe sentimentos que ele nem sabia existir. Mas o maior de todos foi a saudade.

Ao mesmo tempo em que esse livro me pareceu um relato – um tanto confuso – da superação de um homem que acabou de perder a esposa, me pareceu uma forma de Aaron por em cheque tudo que havia vivido com Dorothy nos últimos anos, desde que se casaram. No decorrer das páginas ele analisa o rumo que sua vida tomou e o que gostaria de ter feito, como as coisas deveriam ter sido e até conversas que gostaria de ter tido com Dorothy... Mas agora é tarde demais para isso. Porém ele tem de seguir em frente, certo?

Continua no Blog Bookaholic Girls http://www.bookaholicgirls.com/2012/09/o-comeco-do-adeus.html
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Ana Luiza 03/10/2012

É preciso dizer adeus
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br

Aaron desenvolveu uma deficiência no braço e perna direita durante a infância, o que somado a uma pequena dificuldade na fala, fez com que ele fosse sempre muito mimado pela mãe e pela irmã. Na realidade, Aaron é mimado por muitas pessoas, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos, principalmente após a morte de sua esposa Dorothy, o que o irrita profundamente. Ele odeia depender de outras pessoas, ser considerado incapaz e até mesmo receber qualquer tipo de demasiada atenção, o que faz com ele seja extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado.
Aaron seguia sua vida normalmente, trabalhando na pequena editora da família e sempre tentando escapar de interações sociais desnecessárias. Ao procurar uma médica para ajudar em um dos livros da editora, Aaron conhece Dorothy, uma médica super dedicada ao trabalho e que, como ele, é bem antissocial. O que mais atrai Aaron para Dorothy é o fato dela não o mimar, e assim, em poucos meses eles se casam.
Quando Dorothy é atingida pela árvore que cai sobre a casa deles e falece alguns dias depois, Aaron tenta seguir em frente e superar a dor e a saudade da esposa. Mas, quase um ano depois, Dorothy começa a aparecer nos lugares mais inesperados e Aaron percebe que ele ainda sente muita falta dela e que ainda não superou sua morte.
“Talvez seja um caminho muito, mas muito longo a ser percorrido e, por isso, Dorothy tenha demorado aqueles meses todos para voltar. Ou talvez ela tivesse tentando ficar sem mim, como eu já tinha tentado ficar sem ela – para ‘superar’ minha perda, ‘fechar o ciclo’, ‘seguir em frente’ e todas aquelas frase ridículas que as pessoas usam quando incitam a suportar o insuportável. Mas, no final das contas, ela havia encarado o fato de que simplesmente sentíamos demais falta um do outro. Ela tinha desistido e voltado. Era nisso que eu queria acreditar.” (Pág. 12/13)
Enquanto tenta seguir a vida normalmente, mesmo que esteja vendo a esposa morta, Aaron acaba por voltar ao passado, relembrando muitos momentos com Dorothy, ele acaba descobrindo que não quer que a esposa parta novamente e que poderia ter feito muitas coisas diferentes.
“Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse." (Pág. 162)

O Começo do Adeus é uma história simples, com uma pitada sobrenatural e de romance que traz um tema delicado, mas muito comum a todos: como se dizer “adeus” aos falecidos queridos, como “superar” a morte de pessoas próximas. Todo mundo, em algum momento da vida, vai passar pela mesma situação de Aaron. Não é fácil nos despedir de quem parte (em todos os sentidos), mas é necessário.
Anne Tyler criou uma história pouco complexa, mas que tem seu brilho e beleza. Além de ser fácil de ler, o livro cumpre seu papel de nos fazer refletir sobre um tema difícil, mas de forma leve e, acredite, sem nos fazer soltar uma lágrima.
Os personagens são simples e reais, mas possuem suas singularidades. Apesar de não me identificar com nenhum deles, consegui vê-los em pessoas que conheço. Aaron, como já disse, é extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado. Em alguns momentos tive vontade de xingá-lo pela sua completa falta de tato e sensibilidade, mas em outros momentos, fiquei com pena dele e entendi seu comportamento e sua dor. Dorothy se parece muito com Aaron, mas como o livro é narrado por ele, a vemos apenas pela visão dele, portanto é difícil saber realmente como ela é.
A editora, como sempre, fez um ótimo trabalho. A tradução está bem feita e o único erro que encontrei foi uma frase sem ponto final. A capa ficou bonita, mas não vi muita relação dela com o conteúdo do livro.
O Começo do Adeus é um livro bom de ler e por causa de sua temática, o recomendo a todos. O livro superou as minhas expectativas e fiquei com muita vontade de ler outras obras da autora.

Autora da resenha: La Mademoiselle

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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Bruna.Mateus 27/09/2012

Meia boca.
Aaron é um cara de boa índole e cheio de vontade de viver e principalmente ter uma esposa que se enquadre com o seu gosto: sem instinto mãe protetora. Bom pelo menos era isso que ele achava que queria antes de se casar com Dorothy.

Dorothy é uma mulher independente, mas BEM independente. Doutora na area médica, acaba conhecendo Aaron por conta de trabalhos que tiveram de fazer juntos.

Aaron é funcionário na editora de sua família, dessas editoras em que o autor é que banca o livro e eles ‘só’ o vendem, ou algo assim. Seus tipos de livros são a grande maioria estilo auto-ajuda, e é por conta de um livro em desenvolvimento que Aaron conhece Dorothy e investe nessa mulher determinada.

Dorothy é daquelas que ama o trabalho e acaba por deixar a ‘vida’ de lado, e num dia de discussão básica de matrimônio, um acidente acaba lhe tirando a vida. A árvore da casa cai em cima do solário onde ela estava, e Aaron se torna O viúvo.

O livro é bom, razoavelmente bom. Porém na minha opinião a autora se perdeu na mensagem que ela queria transmitir, ela consegue transmitir a mensagem em si, mas o desenrolar da história é que acabou penando um pouco a minha leitura. A cada capitulo nada de novo acontecia… a história não saia muito do lugar.

Apesar desse desenrolar, o final ficou bom e deu para deixar o livro ficar com duas estrelinhas lá no skoob. A escrita da autora é boa, mas realmente pecou no desenrolar dessa fase ruim do Aaron.
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Paula 26/09/2012

Simplesmente adorei O Começo do Adeus, 19º romance da autora Anne Tyler. A narrativa é perfeita, em primeira pessoa, e a história é tocante e sensível, pode-se dizer que achei o livro trágico-cômico, com personagens muito singulares e alguns bastante excêntricos.

A história é narrada por Aaron, um homem que está quase na casa dos 40 e Aaron é um personagem único e complexo, que dá a obra uma leveza incrível e ao mesmo tempo nos mostra, de forma bem desajeitada, todo o seu sofrimento.

Aaron está sofrendo com a perda da sua mulher, que morreu em um acidente um tanto "bizarro", mas ele não está se lamentando pelos cantos, pelo contrário, Aaron odeia que as pessoas fiquem perguntando se ele está bem ou se precisa de algo. Sempre foi superprotegido pela mãe e pela irmã, o que faz com que tenha certa dificuldade em aceitar a aproximação de outras pessoas. A narrativa de Aaron chega, por vezes, ser hilária. Sua vida é extremamente comum mas seus pensamentos e devaneios são um tanto extravagantes.

Por ter sido tão superprotegido, casou com Dorothy, uma mulher mais velha que parecia compartilhar com ele a idéia de que ambos deveriam viver suas vidas de forma independente. Mas com a sua morte e, pior, com as aparições de Dorothy após a sua morte, Aaron acaba repensando sua forma de agir. Não que existam mudanças drásticas ou diálogos profundos entre os dois, Dorothy simplesmente aparece e fica lá, ao lado de Aaron.

Ele até cogita a hipótese de Dorothy ter uma missão à cumprir, mas não seria Aaron que precisa aprender a perdoar, especialmente a si mesmo?

Um livro muito bonito e surpreendente, recomendadíssimo!
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Ana Paula 24/09/2012

“O Começo do Adeus” de Anne Tyler foi um livro muito leve de ler, uma escrita magnífica. Com a narrativa em primeira pessoa, as palavras se conectavam de tal forma que parecia que eu estava ouvindo o Aaron me contar pessoalmente a vida dele e quando me dei conta tinha acabado.
Porém, eu não gostei muito de como as coisas aconteceram. Creio que foi mais pela ideia que eu fiz ao ler a sinopse que foi completamente divergente da que foi apresentada no livro, mesmo assim eu gostei da leitura.
Aaron nos conta a história de sua vida com uma intensidade marcante. Deixa-nos a par de como foi crescer sob os cuidados exagerados da mãe e da irmã Nandina, ambas super-protetoras, devido as suas limitações nos membros do lado direito, e como se sentiu livre quando conheceu sua quieta e rechonchuda Dorothy, uma médica séria e desorganizada, mas que se mostrou o ideal de mulher para Aaron, apesar das diferenças gritantes entre os dois.
Porém, em um dia comum, um acidente acontece e Dorothy morre. Com sua casa e seu coração devastados, Aaron volta a morar um tempo com sua irmã. Tudo o que Aaron pretendia era continuar levando sua vida normalmente mesmo com o coração despedaçado, mas o que Aaron não imaginava era que Dorothy apareceria para ele depois de um tempo.
Porque agora? Era a pergunta que Aaron se fazia constantemente. Porém não buscava realmente uma resposta. Apenas queria sentir o cheiro de Dorothy e sua presença, só mais um pouco, até que a dor passasse.
Mas a consciência é muito traiçoeira, e aos poucos e com os aparecimentos de Dorothy, Aaron finalmente entende certas coisas que, em vida, Dorothy não havia conseguido explicar a ele tão claramente quanto em morte, fazendo com que Aaron consiga superar essa perda.
Com a ajuda de vizinhos, sua irmã, a estimada amiga de infância Peggy, que é secretária na editora, e o querido Gil, o empreiteiro que se tornou um ombro amigo mais do que necessário para Aaron, ele vai conseguindo, verdadeiramente, seguir a sua vida e sabe que, agora, algumas coisas finalmente vão mudar e ele começará a dizer Adeus a tudo que ficou no passado.

“No entanto, não consegui detectar perfume algum. Em vez disso, senti cheiro de... Bem, era mais o menos como álcool isopropílico, um cheiro menos pronunciado, delicado, de álcool flutuando na brisa, misturado a sabonete Ivory. O perfume exato da minha mulher” P. 134.
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Helana O'hara 24/09/2012

O Começo do Adeus
A Sinopse do livro já diz tudo, tudo MESMO sobre o que vamos ler ao virar cada página.
Aaron não é necessariamente um homem de meia-idade. Não consegui ver ele dessa forma, vejo-o como um homem sábio que passou por um acontecimento triste.

O livro começa com Aaron andando na rua, ele supostamente ainda vê Dorothy em alguns cantos e fala com ela normalmente, enquanto ele anda na rua está com ela, as pessoas o cumprimentam, e ele se pergunta por que não cumprimentam Dorothy também, que está ali andando ao seu lado... Depois que percebe que verdadeiramente ela não está ali e está morta.

Quem conta toda a história é Aaron, já no começo do livro o leitor sabe como Dorothy morre, porque Aaron vai morar com sua irmã Nandina e todas suas dificuldades em voltar para casa depois.
A história ainda mostra alguns flashes de Dorothy viva, o ponto de vista de Aaron se ela estive em tal lugar e o que acharia disso ou daquilo.
A vida dele no trabalho, o preconceito que ele acha que as pessoas têm por causa da sua deficiência no braço e na perna (ele não mexe muito bem um braço e uma perna)- sinceramente não senti que as pessoas em volta dele tenham pena, afinal de contas Aaron sabe se virar muito bem sozinho, ou eu que não senti pena.

Anne Tyler escreveu uma história tocante, marcante e profunda. Aaron deu vida a vários sentimentos de quem já perdeu alguém na vida, como é depois, a falta que a pessoa nos faz.
Toda a trajetória de Aaron até ele voltar para casa, dar um rumo a sua vida e deixar realmente Dorothy partir, isso foi incrível da parte da autora.

O começo do Adeus, é um livro fino, muito particular e singular. Cada leitor certamente tem uma opinião diferente do que acontece com Aaron. Como disse é um livro particular e dor de perder cada um tem um modo de lidar com isso.
Aaron tem seu jeito de lidar com ela, como eu tenho o meu e me senti profundamente tocada com a relação dele e a história de Dorothy.

Tire um final de semana para O Começo do Adeus, também. Vale à pena.
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SaraFranAa 23/09/2012

Minha Resenha do Livro O Começo do Adeus da Editora Novo Conceito!
Resenha:
Diferente do que eu esperava esse livro não se trata de espiritismo (não gosto desse tipo de livro).

Aaron Woolcott vê seu mundo desmoronar com a morte de sua esposa: Dorothy. Em um momento o mundo dele era centrado e no momento seguinte sua esposa estava morta… Como sobreviver a isso? Como levantar a cada manhã para descobrir que a pessoa amada não estará mais ao seu lado? É isso o que Anne Tyler nos mostra com a história de Aaron e Dorothy.

O Começo do Adeus nos remete ao passado e presente da vida de Aaron com Dorothy e sem Dorothy: como se conheceram, as conversas… Até a morte dela e Aaron tentando seguir com a sua vida.

Aaron sente que sua vida acabou, o trabalho não o satisfaz. Sua irmã “palpiteira” Nandina fica interferindo em sua vida e seus colegas de trabalho: Irene, Charles e Peggy tentam ajudá-lo, mas apenas complicam a situação, pois não há o que dizer e nem o porquê dizer algo o clássico “lamento sua perda” parece não se encaixar.

Anne Tyler nos mostra que a perda de um ser amado não precisa ser necessariamente o fim. Levamos nossos entes queridos em nossos corações não importa o que digam jamais esquecemos.

Aaron passa a “ver” Dorothy e ele percebe que na verdade eles não tinham um casamento perfeito (não sei se perfeito é a palavra certa, mas me falta outra melhor…).

Pequenas discussões, falhas suas e também de Dorothy o fazem perceber que ela assim como ele não eram perfeitos.

Profissionalmente eram, pode-se dizer, até realizados, mas emocionalmente é uma outra coisa, mas nem por isso há menos amor, naquele momento e naquela hora Aaron e Dorothy eram perfeitos um para o outro mesmo com todas as imperfeições que surgem no decorrer de uma vida a dois o amor que sentiam estava bem declarado.

A vida segue e Aaron começa aos poucos e relutantemente a voltar à vida, tentando viver um dia depois do outro sempre procurando por Dorothy na multidão, mas ele entende que o que quer que seja que precisava ser dito já o foi nas poucas vezes em que ele a viu depois de sua morte: Por que ela o amava assim como ele sempre irá amá-la.

“Aham: Era tudo que conseguia pensar. As pessoas que ainda não haviam sofrido uma perda, para mim, não pareciam totalmente adultas”.

Agora chegou a hora de seguir em frente e tentar fazer o futuro melhor que seu presente.

O Começo do Adeus é um livro reflexivo em minha opinião. Escrito em 1° pessoa nos mostra que a perda de um ente querido não é o fim. Não significa que a pessoa amada não será mais lembrada depois de tudo “dissecado” varias vezes, tendemos a nos apegar as boas lembranças: As boas ocasiões que vivemos com eles e isso não é ruim, é bom, é muito bom, mas é bom lembrar também dos momentos ruins: As brigas, gritos e choros, por que não? Vivemos tudo isso e cada lembrança seja boa ou não é preciosa e devemos sempre guardá-las na mente, mas principalmente em nossos corações.

Desculpem se no final fui muito sentimental, mas o livro merece, e merecia até uma resenha melhor só que não quero chorar, como disse, foi uma leitura muito reflexiva.

Quem quiser conferir a resenha no site:

http://portal.julund.com.br/resenhas/minha-resenha-do-livro-o-comeco-do-adeus-da-editora-novo-conceito
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Luks Esperança 22/09/2012

O Começo do Adeus
Vocês já imaginaram viver sem sua pessoa amada? Nem eu, principalmente quando essa pessoa parece ser a única pessoa que te entende e te aceita como você realmente é.

Confesso a vocês, quando estava lendo O Começo do Adeus da Ed. Novo Conceito, passava por momentos não tão felizes na vida, então vocês já imagina o chororô em cada página lida...rs. Ainda mais por que ficava imaginando se estivesse acontecendo comigo o mesmo que estava ocorrendo na vida do pobre Aaron.

E quando escrevo pobre, lembro do que mais me chamou atenção nesta história, pois o personagem principal da trama não tem nada de atraente comparado com os heróis fictícios. Pois é, para mim o Sr. Aaron é um verdadeiro herói, principalmente quando o mesmo começa a falar e conviver com sua esposa Dorthy já morta.

A história começa já com a morte escancarada na cara do leitor, mas com a continuação da leitura vamos nos acostumando e gostando ainda mais de saber da história de vida do meu herói Aaron. Detentor de uma limitação no corpo Aaron "sofre" com a super proteção tanto de sua irmão quanto de sua mão.


O segundo capítulo foi o mais intenso do livro, pois é o momento que se explica a morte de Dorthy e não tem como não sentir pena de Aaron.

Em muitas partes da trama Aaron evita se questionar o por que daquilo acontecer (conseguir falar e ver sua amada depois de sua morte), até porque o mesmo não acreditava em Deus, mas agradecia a oportunidade de tê-la novamente por perto. Desta maneira, Aaron aproveitara cada milésimo de segundo ao lado da amada, pois se ela não aparece mais, ele nada poderia fazer.

Essa foi uma das poucas leituras que faço questão de não contextualizar na minha vida, pois só em pensar - já dá uma angústia danada...rs.

Espero que tenham gostado da minha leitura sobre o livro. E vocês, já tiveram a oportunidade de lê-lo? O que acharam?
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Jaqueline 18/09/2012

O começo do adeus conta a história de Aaron, um homem de meia-idade, trabalha em uma editora independente de sua família, e desde os dois anos vive com uma deficiência no braço e perna direita. Ele passa sua infância tentando viver sem ter que aturar a falação da sua mãe e irmã, que aparentavam acha-lo incapaz de fazer certas coisas, e ele acaba mostrando que é igual a todo mundo, independente de sua deficiência.

Então ele conhece Dorothy, uma médica louca por trabalho e nada organizada. Apaixonam-se, casam e levam a vida em diante da melhor forma possível, até que uma árvore cai em sua casa e acaba atingindo sua esposa, que não resisti e morre.

Aos poucos ele vai tentando superar, mas em certos momentos ele começa a ver Dorothy, e então passa a se perguntar se é possível isso, ou será que ela voltou para cumprir com sua missão?

Enfim, a leitura desse livro para mim fluiu muito bem, eu comecei e terminei de ler ontem, mas confesso que terminei com um vazio enorme. Não consegui entender onde a autora queria chegar.

A capa é bonita, mas em compensação não tem nada haver com a história.

Não estava com expectativas, então não me decepcionei, apenas achei um livro morno, mas a leitura é agradável então não perdi nada lendo-o.

Se forem ler não tenham nenhuma expectativa, por favor, caso contrário você correrá um sério risco de se decepcionar.
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