A Felicidade Conjugal / O Diabo

A Felicidade Conjugal / O Diabo Leon Tolstói




Resenhas - A Felicidade Conjugal / O Diabo


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Daniela.Tomé 26/07/2022

Uhmm
Comecei a ler recentemente as obras de Tolstoi e a escrita do autor é incrível.. me prende nas páginas, mas o conteúdo das obras é de fato enfadonha.. desconfortável.. personagens femininas são vilãs, sempre colocadas de forma pejorativa, algo que me incomoda muito na leitura das obras de Tolstoi. É interessante para quem começar a ler o autor, pesquisar um pouco sobre sua vida.. ajudará a interpretar de forma mais assertiva seus livros levando em conta que muitos de seus contos tem viés auto biográfico
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Carolina.Gomes 04/04/2021

O lado obscuro de Tolstói
Nesse livro cuja tradução é excelente, por sinal, temos duas obras de Tolstói que possuem cunho autobiográfico.

Felicidade Conjugal

Sob a perspectiva da personagem feminina, Tolstói trata do mito do amor romântico, as expectativas sobre a vida a dois, as insatisfações do ser humano e a transformação do amor após o casamento.
Há um tom melancólico e, talvez, pessimista na narrativa, porém os conflitos vividos por Marcha são muito reais e eu me dei conta de como deixamos de valorizar pequenos detalhes da vida em comum e tendemos a condicionar a nossa felicidade a um evento futuro e incerto.

O Diabo

Nesse conto, renegado por Tolstói e somente publicado postumamente, ele descreve, com maestria, o drama de consciência de Evguêni por sentir desejo e atração sexual fora do casamento. O personagem principal é juiz e algoz de si mesmo e vê, no objeto do seu desejo, a camponesa Stepanida, a personificação do diabo.

?Será possível que não consigo me dominar??, dizia para si mesmo. ?Será que estou acabado? Meu Deus! Ora, não existe nenhum Deus, existe é o diabo. E é ela. O diabo se apossou de mim. Mas eu não quero, não quero. É o diabo, sim, o diabo.?

Eu descobri que vou amar absolutamente tudo que Tolstói escreveu. Para mim, vale toda a constelação do skoob.
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Air 30/08/2010

Excelente! Primeiro Tolstói que li, e me surpreendi bastante, superou minhas expectativas. O livro te prende completamente, há muito tempo que eu não tinha uma leitura tão prazerosa. Recomendo.
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Marlo R. R. López 30/12/2009

Achei as duas histórias fascinantes. No entanto, senti uma afeição muito maior pela primeira, A Felicidade Conjugal, não apenas por ser a que aparece citada no filme Na Natureza Selvagem, mas por ser simplesmente aquela com a qual eu mais me identifiquei.

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
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@freitas.fff 11/08/2021

O moralismo e puritanismo de Tolstoi
É impossível falar de Tolstoi sem antes glorificar a sua narrativa e escrita. Isso já está longe de qualquer crítica. No entanto o que pode ocorrer é não identificação com seus temas. O que é o meu caso. Esse já é o terceiro conto que leio do autor e descobri sem pesos na consciência que não é pra mim.

Me incomoda a forma como ele desenvolve suas personagens, principalmente as mulheres, onde ao mesmo tempo em que as retrata, como figuras autênticas, também aponta as "falhas de caráter" e "desvios de conduta ética" como o preço para essa autênticidade. Assumindo seu papel óbvio de homem, hétero, branco, burguês e religioso do século retrasado. O que, claro, dá pra se entender, pelo contexto da época. Assim também decorre-se com seus personagens masculinos, tão quadrados, tão burocratas.

A personagem central deste conto é tão enfadonha e superficial que você cansa de ler ela, mesmo em um conto tão curto, como cansei com essa mulher. O chato foi descobrir que o autor queria mesmo passar a ela a sensação de cansaço. Quanto ao segundo conto apesar de se ter uma narrativa mais envolvente termina de forma não convincente, resumindo o desespero do personagem como uma luta pelos valores morais e éticos imaginários em que próprio autor o aprisionou.

Assim como iniciei a resenha, sua escrita é impecável, o seu nome consagrado tem todos os porquê's necessários pra válida-lo. No entanto, pra mim, o necessário são outros poréns. Mas esse não seria o livro dele que eu recomendaria, se esse for o seu primeiro contato, nesse caso, corra pra conhecer Ivan Ilitch!
Dayana.Trajano 15/08/2021minha estante
??????


Daniela.Tomé 24/07/2022minha estante
Achei legal você apontar essas características que ele dá para personagens femininos.. não vi nenhuma mulher observando isso é de fato é algo forte que me incomodou apesar do contexto histórico da obra




Icaro 21/05/2023

Gênio
Gênio sendo gênio. Duas pequenas histórias de um dos maiores gênios da literatura russa. A primeira da sua juventude, focada nos erros femininos. A segunda da sua maturidade, focada nos erros masculinos. Escrita impecável, realismo total. Um gênio da literatura.
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otxjunior 10/12/2020

A Felicidade Conjugal seguido de O Diabo, Leon Tolstói
Lembro a aula de literatura realista em que foi estabelecido que as obras desse movimento começam depois do casamento, o que contrasta com a escola romântica anterior em que o matrimônio formalizava o final feliz. Em A Felicidade Conjugal, Leon Tolstói constrói um prefácio até adocicado, que as revistinhas de banca viriam reproduzir insistentemente, onde os personagens se conhecem, decidem se casar e vivem muito bem obrigado os primeiros meses como cônjuges. Só para, após esse primeiro momento e perversamente, o autor povoar a vida dos pombinhos de angústias indistintas e culpas imateriais, à moda realista. Os estados psicológicos dos personagens, aliás, ganham reflexos no ambiente rural aristocrático da Rússia do século XIX. Perceba como o início de um novo ciclo do relacionamento coincide com a chegada da primavera, por exemplo.
A novela me remeteu a leituras recentes, como Madame Bovary, de Gustave Flaubert, sendo talvez menos pessimista e Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen, apesar da heroína russa apenas teorizar sobre equidade conjugal. Não obstante a curta extensão, é eficiente na discussão de seus temas e convence na humanidade de seus personagens.
Já O Diabo se destaca pela noção invertida, talvez pelas gerações posteriores, de compreender o desejo como prisão e o casamento, libertação. Numa trama em que o protagonista é levado à loucura pela consequência de uma infidelidade, ainda que meramente suposta, a mão pesada de Tolstói está presente. Com forte tom moralizante, observado em certo grau no texto que o precede nesta edição, e final trágico, O Diabo se afasta um pouco do realismo para o teatro clássico grego. E ainda arremata, em seus dois finais, com uma observação digna de coro: "Se ele estava mentalmente enfermo quando cometeu seu crime, então todas as pessoas são também doentes mentais; porém, mais doentes ainda são, sem dúvida, aqueles que veem nos outros sinais de loucura que não veem em si mesmos."
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Gustavocarpino 01/02/2010

Tolstói é fascinante...
Mesmo esses contos não sendo os melhores dele,segundo a opinião da crítica, mesmo assim gostei de ler.
A moralidade que ele impõe nos textos é algo que nunca vi em outro autor.
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Amanda2041 20/03/2024

Acho que temos um novo autor favorito??
Já faz um bom tempo que li esses dois contos/novelas, mas se tem uma coisa que posso assegurar é que são excelentes!

Tolstoi retratou as relações humanas e o que é ser humano com maestria! É impressionante como ele descreve bem nossos pensamentos e sentimentos internos, nossos defeitos principalmente...

Assim, não irei dizer nada sobre o livro, só leia porque são contos curtos, incríveis e de fácil leitura(linguagem simples mas mensagem pra refletir por dias)

Minha frase favorita:
"Não era em vão que ele dizia existir na vida apenas uma felicidade indiscutível: viver para outrem." ? Felicidade Conjugal
Giovana 20/03/2024minha estante
Aaaamo Tolstói tbm ?




Geci 11/04/2023

Felicidade Conjugal
Antes de tudo, preciso registrar que esse é meu primeiro contato com a escrita de Lev Tolstói. E acho que aconteceu no momento certo, de quando eu vinha de leituras pouco densas, com a mente descansada, pra conseguir absorver a beleza desse livro.

[ATENÇÃO: contém spoiler a partir daqui]

Felicidade Conjugal é um romance juvenil pequeno, de 128 páginas aproximadamente, mas que traz a imersão, o enredo e a profundidade de um livro de mais de 300 páginas. Foi publicada em 1859, e é muito curioso observar as camadas com tanta propriedade da história de um casamento em formação, sendo que foi escrito por um Tolstói ainda jovem e solteiro, bem como a escrita perspectiva feminina, já que o autor é homem.

Aqui acompanhamos a história de Mária (ou Macha – a grafia varia para cada edição), uma jovem de dezessete anos vivendo o luto da mãe ao lado de sua irmã mais nova Sônia, e sua governanta Kátia. Ao se ver órfã de pai e mãe, Mária começa a ter contato com um amigo antigo da família, Sierguei Mikhaylych, que é bem mais velho do que a protagonista, mas, que vem a se tornar o primeiro amor da jovem.

Apesar da pouca idade e da seriedade que um casamento apresenta, Mária é corajosa e convicta do que quer, e acaba conquistando a atenção de Sierguei, tomando muitas vezes a iniciativa em falas e ações. Vemos um casal em completa sintonia, o que, por muitas vezes durante a leitura, me fez esquecer a diferença de idade, pois ambos sem completavam de certa forma. A vida no campo parecia bastar para Mária, mas, ela começa a sentir a necessidade de estar na cidade, da casa da sogra, e ter uma vida a dois, só ela e seu marido.

Quando mudam do campo para a cidade, vemos um Mária diferente, como se a cidade tivesse “corrompido” a jovem, e esta desabrochasse tardiamente. Enquanto seu marido lida com questões de trabalho e deseja estar mais caseiro, Mária deseja viver na alta sociedade, em bailes e festas. Nem a maternidade lhe tira esse desejo, e, enquanto seu marido fica cada vez mais recluso devido ao falecimento de sua mãe, Mária se vê cada vez mais distante. Acompanhamos então o distanciamento do casal, onde vemos uma Mária deslumbrada, um Sierguei ciumento, e um relacionamento falido.

O final, em minha opinião, foi o desfecho ideal para esse enredo, e não consigo imaginá-lo de outra forma. Apesar de ser um romance, há uma certa crítica social quando Tolstói pinta a cidade como um lugar corruptível. Ao acompanhar o casal, também conseguimos perceber quando o ponto de ruptura começa a acontecer, e, de certa forma, isso nos faz refletir e trazer pro nosso cotidiano e nossos relacionamentos.

Nesse post dei uma pincelada muito rasa na obra, mas, certamente, este livro abriu meu horizonte e a vontade de ler mais títulos do autor.
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Paulo 29/04/2013

Uma novela e um conto
Muito interessante que a novela "A felicidade conjugal" tenha sido escrita em primeira pessoa, e da perspectiva de uma mulher. Isso por um autor russo que tinha 30 anos quando a publicou, em 1858.

Apesar de retratar costumes bastante distantes daquilo que vivemos em 2013, ou 155 anos depois, o fato é que a humanidade inerente aos personagens nos parece bem viva. Tolstoi é apurado nos detalhes que vão revelando cada sentimento.

É marcante o domínio do autor da construção do personagem Serguei a partir da visão da jovem narradora. Com ela, o leitor vai tendo sempre impressões distorcidas e provisórias, que são depois de algum tempo conferidas com as palavras do próprio Serguei, que parecem sempre surgir como respostas às hipóteses dela.

A narrativa parece lenta em razão do detalhismo psicológico, mas esse trabalho é bem costurado em cada cena, e é de impressionar como ele torna o leitor ávido para conhecer a continuação de uma história que, se fosse julgada pela sinopse, pareceria um tanto insossa.

A história dos personagens principais conduz a uma visão extremamente madura do relacionamento conjugal, e sem dúvida ainda hoje se prestará a sugerir reflexões a todas as pessoas que estão casadas há alguns poucos anos...

O conto “O diabo” é de um autor mais experiente: Tolstói já tinha 60 anos quando o escreveu, e ainda lhe deu um final diferente aos 80. Temos uma narrativa mais ativa, bem mais divertida e menos romântica. Vale a leitura também, uma vez que você já comprou o livro!

Veja também em meu blog:
http://beneficio-da-duvida.blogspot.com.br/2013/04/otimo-livro-de-tolstoi.html
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Marco459 26/02/2024

Muito bom
Foi meu primeiro contato com a obra De Tolstoi e li mais rápido que muitos outros livros porque realmente dá vontade de saber o que vai acontecer em seguida . Sua narração por vezes é mais detalhista , mas você consegue se imaginar sendo o personagem principal com todos seus problemas , angústias e responsabilidades (ou a falta dela).
Recomendo a leitura .
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Felibalex 29/03/2021

O gênio tolstoi
Esse livro é incrível. Os dois contos são perfeitos em sua grande diferença. Apesar dos dois tratarem sobre o amor, é nítido as diferenças entre eles. Em felicidade conjugal, tolstoi é novo e acredita fielmente na transformação do amor. Em o diabo, tolstoi já está mais velho e além da sua escrita mudar, a sua abordagem do amor também muda. É uma obra completa. Vale muito a pena a leitura. Super recomendado.
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