Gehenna: The Final Night

Gehenna: The Final Night Ari Marmell




Resenhas - Gehenna: The Final Night


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Shaftiel 02/04/2013

Um desperdício
A série de livros de RPG Vampiro: a Máscara foi uma das mais importantes da década de 90. Gerou uma geração de jogadores influenciada por um estilo de jogo e mitologia que somou diversas peculiaridades ao hobby. Houve diversos romances para o cenário, muitos ruins, alguns bons, outro como Gehenna: the Final Nights, simplesmente um desperdício de potencial. O livro deveria ser um fechamento de todo o cenário, utilizando personagens icônicos para descrever os proféticos últimos momentos dos vampiros.
O personagem principal é Beckett, vampiro do clã Gangrel, fanático por coletar dados sobre a história dos vampiros para tentar entender o que ocorre na sociedade desses seres imortais. Tentando se abster das intrigas da Jyhad, a eterna batalha dos anciões, ele busca se redimir com um antigo parceiro que um dia acabou aprisionado em uma das buscas que o grupo fazia para entender as manipulações dos antediluvianos, os vampiros milenares fundadores dos clãs. Durante essa missão, Beckett encontra um personagem curioso, um ancião também aprisionado junto com o amigo que passa a segui-lo pelo mundo para entender o que aconteceu com a humanidade e os vampiros.
Aos poucos Beckett percebe que as coisas estão mudando rapidamente. Uma maldição começa a afetar os vampiros. Os poderes só podem ser mantidos pela Diablerie, o ato de tomar o sangue e a alma de um outro imortal, matando-o durante o processo, obviamente. Devido aos crimes, as seitas vampíricas começam a se desfazer. Outros personagens icônicos são descritos nesse caos como a Lasombra Lucita, agora uma líder do Sabá.
O livro é até bem escrito e interessante, mas perde ao não aproveitar melhor o momento dramático das Noites Finais para de fato explicar muitos dos mistérios deixados ao longo dos anos. A maior parte do enredo às vezes parece falar de uma simples disputa entre alguns vampiros e a obsessão de Beckett durante todo o caos. Falta algum chamativo para demonstrar melhor a força por trás dos antediluvianos, os mistérios do fim das seitas e seus altos círculos, as reais intenções de outros personagens icônicos. De repente, tudo perde um pouco da importância. As desculpas são várias: mostrar que mesmo nesses momentos os vampiros ficam em seus pequenos jogos, que deixa-se pro leitor e para os jogadores concluírem seus cenários. Bobagens. Isso o leitor pode fazer quando e como quer. O que todos queriam ler de fato era uma boa história fechando boa parte das pontas soltas e mistérios deixados após dez anos acompanhando e desenvolvendo histórias no mundo do Sabá e da Camarilla.
Um dos fatores interessantes são as descrições do amigo de Beckett (só existem duas opções desde o início do que ele pode ser). O restante simplesmente é decepcionante no que se deve à revelar mistérios do cenário. Sempre que Beckett está próximo disso, algo falha e tudo dá errado. Não leia como um romance de fechamento, mas simplesmente como mais uma dentre as muitas histórias de Vampiro: a Máscara.
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