Duas vidas

Duas vidas Janet Malcolm




Resenhas - Duas vidas


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Biblioteca Álvaro Guerra 09/03/2022

Janet Malcom, jornalista americana da revista The New Yorker e autora de renomadas e polêmicas biografias, como o livro O jornalista e o assassino que faz uma reflexão sobre a complicada relação entre o jornalista e sua fonte, examina, com rigor de detalhes, a tumultuada vida do casal Gertrude Stein e Alice B. Toklas, que viveram na França e ali presenciaram a efervescência do Movimento Modernista. Durante a Segunda Guerra Mundial, ao lado de Picasso, Ernest Hemingway e outros artistas, Stein e Toklas permaneceram na França mesmo depois de as deportações já terem começado.


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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788577530625
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Evelize Volpi 09/05/2021

Esse livro me abriu as portas para saber mais sobre Gertrude Stein, uma das americanas amigas de Hemingway na Paris da Geração Perdida.
Muito interessante a leitura, são pessoas, escritores, artistas que viveram é conviveram com pessoas extraordinárias mas não deixam de ser seres humanos com erros e acertos.
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Mari SN 23/01/2010

Duas Vidas em Uma
Fiquei muito interessada em ler o livro por conta do argumento: como um casal de homossexuais judias passou pelos anos negros do nazismo em segurança. No entanto, o livro em si não me chamou muita atenção. Não é muito profundo, limita-se a narrar fatos e momentos da vida de ambas durante o período, sendo que esclarece que Gertrude sempre foi muito poupada e protegida por amigos influentes, enquanto sua companheira Alice permanece na sombra da escritora, como uma espécie de anjo da guarda. A sensação que me dá é que Gertrude não era tão forte nem tão brilhante quanto se supunha. Quanto à qualidade do livro, embora não seja muito detalhado, classifico como bem escrito.
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CrisValmont 22/01/2010

Os mistérios de duas mulheres
Entre a biografia literária e o jornalismo investigativo, livro destaca os enigmas das vidas da escritora Gertrude Stein e de sua companheira, Alice B. Toklas

Pablo Picasso pintou em 1906 o famoso retrato da escritora Gertrude Stein, hoje importante peça da galeria de arte moderna do Metropolitan Museum, de Nova York. A tela de tons escuros traça o corpo gordo de Gertrude, um lenço branco sobressai preso a um broche. O rosto não é o dela. É uma máscara.

Mais de um século depois, a máscara cubista que Picasso pôs em Gertrude ainda incomoda estudiosos, professores, jornalistas e seu imenso público leitor. Em seu mais recente livro, a jornalista da revista The New Yorker e escritora Janet Malcolm busca o verdadeiro rosto de Gertrude. Duas vidas - Gertrude e Alice, lançado pela Paz e Terra, é um pequeno libelo sobre os enigmas que ainda pairam na biografia de Gertrude e sua companheira Alice. Como um casal de judias e homossexuais sobreviveu aos nazistas? Por que elas permaneceram na França, já que, ambas americanas, poderiam ter voltado com segurança aos Estados Unidos? E por que Alice, mesmo 20 anos depois da guerra, continuava escondendo sua identidade judia, seja em textos, biografias ou entrevistas?

Na tela de Picasso, Gertrude está sentada em uma poltrona, em sua casa, em Paris, na mesma sala onde, no início do século 20, ela e Alice reuniam, em torno da lareira, artistas, pintores e escritores como Hemingway, Bracque, Matisse, o próprio Picasso e muitos outros. Era o início do movimento modernista. Nesse cenário, Janet Malcolm lembra que nos relatos pessoais da ocupação nazista o que está escrito diz muito pouco. É preciso ir além. “Biografias e autobiografias são um conjunto do que, no primeiro caso, o autor consegue descobrir e, no segundo, do que ele decide contar” afirma.

Gertrude e Alice viveram juntas mais de 40 anos. Um amor que atravessou décadas pontilhado com cenas de ciúme de Alice, que cuidava de Stein e também protegeu sua memória depois que ela morreu, logo após a II Guerra. Gertrude escreveu um livro que hoje é visto como uma obra-prima do movimento modernista, The making of americans. Mas o reconhecimento público como escritora veio com outro trabalho seu, A Autobiografia de Alice Toklas, onde ela utiliza a voz da companheira para contar (e exaltar) sua própria história. Alice, em seu Livro de Cozinha de Alice Toklas, puxa o fio da memória sobre sua vida com Gertrude. “A semelhança de tons entre os livros só faz aprofundar o mistério de quem influenciou quem”, conclui Malcolm.

Enigma

The Making Of Americans surgiu bem antes da guerra. Uma composição de 925 páginas e um texto considerado incompreensível. Janet Malcolm dedica toda a segunda parte de Duas vidas a um exame minucioso das interpretações feitas sobre esse livro. Há um grupo de “steinianos” – liderados por três professores de literatura – dedicados ao estudo. Um caminho para entender o seu estilo experimental e complexo pode ser as anotações que precederam o livro. Perdidos durante anos, um lote de cadernos com datas de 1902 e 1911 foi encontrado pelo professor de literatura Leon Katz em uma biblioteca de Yale. De posse dos cadernos, Katz conseguiu entrevistar Alice Toklas na década de 1960, e ouviu dela, conta-nos Janet, “segredos chocantes sobre sua vida com Gertrudes”. Para os estudiosos, lembra Janet, “boa parte da Stein que se encontra oculta nas biografias é revelada de forma mais clara nestes cadernos”. A pitada de suspense que a jornalista inclui em Duas vidas é a espera ansiosa pelos cadernos de Gertrudes e pelas anotações feitas durante a histórica entrevista de Alice. Leon Katz utilizou partes em sua tese de doutorado. Os textos inéditos, ele não mostra a ninguém e também adia a publicação indefinidamente.

Duas vidas, Janet Malcolm fica entre a biografia literária e o jornalismo investigativo. A edição traz inúmeras fotos das duas personagens principais. Alice e Gertrude na sala da casa em Paris, na casa de campo onde sobreviveram à II Guerra, ainda jovens e já velhinhas. Nas últimas fotos, ambas de cabelos curtíssimos, e as marcas masculinas que o tempo fixou em seus rostos. Diz a lenda que Stein gostou muito do retrato feito por Picasso. Mas reclamou: “Não se parece nada comigo!”. Ao que Picasso respondeu, digamos, profeticamente: “Um dia ainda vai parecer...”

By anosloucos.blogspot.com
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Norma Spagnuolo 02/07/2009

Podia ser mais ágil
Gertrude Stein não teve o reconhecimento que gostaria de ter tido como escritora, mas teve amigos interessantíssimos, além de talentosos, no mundo da literatura e das artes plásticas. Viveu numa época de efervescência cultural,onde a modernidade nasceu.O livro vale à pena como uma introdução à vida desta escritora americana mais conhecida por seu carisma e amizades do que por sua obra, mas Gertrud Stein e Alice B. Toklas mereciam um livro mais ágil.
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