Anezka 09/03/2013
Eu nunca gostei muito de romances, porque eles são todos, basicamente, variações de uma mesma estória criada por Shakespeare no século XVI. Nem preciso comentar que está velho e cansativo, pelo menos para mim.
Silver Linings Playbook é um romance, mas um romance diferente. Você tem o mocinho, que não é um príncipe e não faz tudo certo e, inclusive, pode ser considerado um criminoso, mas que, na verdade, faz tratamento mental. E você tem a mocinha, que não é uma dama, não se comporta "direito", não é delicada (como todas as mulheres são em romances) e não é uma princesa, mas é uma mulher que já enfrentou dificuldades na vida e passa por uma fase difícil de depressão. Não é o casal dos sonhos dos românticos, mas eles formam algo muito mais próximo do casal real, que encontramos na vizinhança e que formamos/vamos formar um dia.
Mas o que eu gostei mesmo no livro foi a narrativa em primeira pessoa, pela voz de Pat. A narrativa é inocente e tão honesta que eu chegava a sentir uma certa tristeza quando percebia algo que ele não percebia.
Em uma palavra, esse livro é encantador.