O Piso-Rouxinol

O Piso-Rouxinol Lian Hearn




Resenhas - O Piso-Rouxinol


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Virginia 25/11/2023

O piso-rouxinol
Atualmente, o Japão exerce um grande fascínio no Ocidente, muito por conta dos animes e dos mangás que acabam por fazer grande furor neste lado do mundo. Mas, os animes e os mangás não explicam tudo: há algo nas tradições nipónicas, na sua beleza natural, nas suas cores e também na sua História que nos deixam fascinados. Lian Hearn brinca com esse nosso fascínio pelas terras nipónicas e constrói uma história fantástica e interessante.

Takeo foi criado entre os Ocultos, um povo que se esconde nas montanhas - alvo de todo o tipo de superstições por causa do seu isolamento. Quando o terrível senhor da guerra, Iida Sadamu, chacina todo o seu povo, Takeo é salvo pelo misterioso Otori Shigeru. Otori Shigeru também odeia Iida e, juntamente com Takeo, os dois planeiam a sua vingança contra o infame senhor da guerra. Há apenas um problema: para chegar a Iida, é preciso primeiro passar pelo famoso piso-rouxinol, um soalho que canta a cada passo.

Creio que devo iniciar esta minha crítica por mostrar o meu desagrado com a tradução do título para português de Portugal. A tribo dos mágicos não reflete em nada a história deste primeiro volume d'A saga dos Otori. A tradução para o português do Brasil é uma tradução muitíssimo mais adequada - O piso-rouxinol. Mas, porquê esta minha teimosia com título, perguntam-se vocês. Por uma razão muito simples: sem dar grandes spoilers, este piso-rouxinol - que canta a cada passo, frustrando quaisquer tentativas de furtividade - é central para a trama deste primeiro volume. Será que Takeo é capaz de o atravessar é a questão que permeia todo o livro, do início ao fim. Destarte, a atmosfera do livro é um tanto opressiva, no sentido em que sabemos que algo está para acontecer, mas desconhecemos o que seja e essa incerteza deixa-nos ansiosos.

O livro é narrado por dois pontos de vista - Takeo e Kaede. Takeo viveu uma vida de paz até ao momento em que todos os que amava foram brutalmente assassinados. A partir daí, o rapaz descobre a sua herança mágica e é atirado para o mundo da corte e da política. Neste primeiro volume, a jornada de Takeo é a uma de vingança, no entanto a sua vingança nuca toma as proporções cegas a que estamos habituados a ver na ficção. Hearn consegue alterar este paradigma ao introduzir Otori Shigeru na jornada do nosso protagonista, o qual torna-se numa presença amenizadora para o nosso protagonista (e também numa espécie de mentor). Kaede é a segunda protagonista do livro. Shirakawa Kaede é uma refém de alto valor, mantida sobre o controlo dos Seishuu. A jornada de Kaede neste livro segue uma via mais feminista, explorando o papel relegado às mulheres numa sociedade patriarcal, ao mesmo tempo que a personagem vai conquistando mais espaço e descobrindo como manobrar a política a seu favor.

Uma característica que marca todas as personagens secundárias é o facto de não sabermos em quem podemos confiar e isso torna-se palpável nas suas interações com os protagonistas. Contudo, a personagem que mais me fascinou foi, sem dúvida, Otori Shigeru. Hearn soube construir uma personagem misteriosa e cativante, deixando-nos a nós leitores e ao protagonista um tanto maravilhados com a sua presença. Em vários momentos do livro são feitas alusões ao seu passado, embora estas nunca sejam plenamente explicadas - apenas aguçando a nossa curiosidade em relação a esta personagem.

Como já foi dito, a atmosfera deste livro é opressiva e isso reflete-se na narrativa. Hearn apresenta-nos um mundo da sua criação, ao mesmo tempo que retira inspiração do Japão feudal e das figuras dos samurai. Nesse sentido, a autora prioriza as descrições feitas pelos olhos dos protagonistas e das sensações que isso lhes provoca. A autora não se apressa em apresentar-nos o mundo que ela criou, deixando a narrativa seguir ao seu ritmo, tendo como resultado final um livro viciante onde é impossível largar a página. Hearn aborda temas como a honra, a lealdade, o dever, o que é certo e o que é errado, no meio de lutas pelo poder. Dizer que estou curiosa para ler o próximo volume é um eufemismo.

Em suma, A tribo dos mágicos apresenta-nos a um universo fascinante, inspirado no Japão feudal, e a personagens cativantes.
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César Ricardo Meneghin 10/02/2021

Ótimo, porém deve ser lido com ressalvas.
História ótima. E muito fluida, mas você chega ao final e não percebe como foi rápido. O livro tem a delicadeza da cultura oriental. É aí entra as ressalvas. Alguns clichês ocorrem durante algumas cenas. Porém não diminuem em nada a força e a beleza da obra.
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Matheus 29/11/2020

Gostei muito do livro!
A história se passa no Japão feudal e achei muito bem escrita e elaborado
O jeito que a autora separou os capítulos intercalando o foco narrativo foi muito interessante
A linguagem não é difícil apesar de algumas palavras e a leitura foi bem fluida
Gostei bastante e recomendo
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barbs 09/11/2020

Um dos meus livros prediletos, a escrita da Lian é perfeita e a forma como o amor de Takeo e Kaede é descrita acaba com meu coraçãozinho.
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Denise 02/10/2020

O Piso Rouxinol
Esse ano de 2020 está sendo um ano de releituras pra mim. Eu adoro reler meus livros favoritos e confesso que alguns livros que li a anos atrás, tenho um pouco de medo de reler e pegar estrelas de volta ( risos ) porque eu mudei muito como leitora.

A Saga Otori eu li em 2012 e amei, sempre falo que só eu e a mãe da autora lemos esses livros (Skoob por favor, emojis please, aqui teria três rindo)

Agora aproveitei para reler e continuo achando uma história muito legal.
A trama passa no Japão Feudal cheio de guerras, intrigas, magia e um amor proibido, é claro.

As descrições dos lugares são tão perfeitas que a gente se sente transportado para aquele tempo.
Super recomendo para quem gosta de personagens fortes e de mergulhar numa história incrível.
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Patricia.Cunha 25/04/2020

Vale a pena
Gostei bastante deste primeiro livro e pretendo ler os outros em breve. Leitura fluida e gostosa.
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Claire 11/12/2017

Final Decepcionante
O jovem Takeo teve sua vida salva pelo nobre Otori Shigueru, e a partir dai, dedicou a ele sua vida, descobrindo muitas coisas sobre si, como sua verdadeira origem, suas habilidades místicas, seu poder. Shigueru viveu a grande guerra, há dez anos, na qual seu clã foi traído e derrotado, perdendo a maior parte do seu território, seu pai, e tendo tirado de si o direito de governar o clã, que era seu por direito.

Takeo cresce muito como personagem, e Shigueru é um homem encantador, honrado, corajoso, com um sorriso que faz com que todos o amem. Poucas coisas ainda lhe dão forças para continuar vivo, principalmente após o assassinato de seu irmão pelos Tohan.

Os Tohan são o clã vencedor da guerra passado, liderados por Lida Sadamu, homem perverso e mal, sem motivos mais profundos que o prazer na violência e a constante busca por poder. Ele odeia Shigueru a nível pessoal, por motivos que vão aparecendo no decorrer do livro.

A história toda caminhava para um final bom, tendo um desenvolvimento interessante. Há a protagonista, Kaede, uma moça de 15 anos que é refém de aliados do clã Tohan, e cuja participação na trama me surpreendeu satisfatoriamente. Apesar de ser criada com educação da nobreza, o que a deixa dependente de servos e com mentalidade mais estreita sobre o mundo, ela é corajosa e se esforça para compreender tudo o que acontece a sua volta, entre violência, assassinatos, conflitos, mentiras.

A questão é que, no final, o protagonista Takeo toma uma atitude tão absurda, mas tão absurda, que parece que o autor foi trocado nas últimas dezenas de páginas. Eu fui lendo e tentando negar aquilo, tentando dizer que não, não poderia ser, que eu deveria estar entendendo errado, mas foi exatamente o que aconteceu. Takeo pareceu virar outro personagem ao final do livro, indo contra TUDO aquilo que ele pensava e acreditava, sem um motivo forte o bastante para isso. Ele simplesmente abandonou toda a personalidade que construiu durante toda a história e agiu da maneira mais absurda possível, algo impensável e inimaginável, principalmente depois de tudo o que aconteceu.

Eu lamentei muito o livro ter tomado esse rumo, foi uma contradição ao próprio nome da saga, "Otori".

Mas... fazer o quê.
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Rafa - @espaco_dos_livros 23/02/2017

Bom
O livro é muito bom. A história super rica em detalhes sem ser cansativa é muito bem escrita. Pretendo ler a saga completa mas acho que tá faltando algo pra me conquistar de vez.
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Paulo.Monteiro 02/11/2016

Magico!!!!
Livro supriendente!!! Muito Lindo!!! Muito emocionante!!
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Mya 22/10/2016

"Explicações à parte, mas muito importantes. Não pude identificar em que época do Japão essa história supostamente se passa, mas pelo enredo muito provavelmente pode ser na época dos “Estados guerreiros” durante o séc. XVI, tempo marcado por intensas batalhas e disputas internas entre senhores de terra, que disputam além de mais espaço, poder. O Japão não era um país centralizado, mesmo tendo um imperador, que era mais um representante religioso do que político. Havia a existência dos chamados Xóguns, e dos daimyos (que são os senhores de terra), eram eles que realmente podem ser definidos como governantes e líderes. A maior parte da história do Japão é marcada por intensas guerras e rivalidades entre famílias, o que podemos conferir nessa história, pois temos as intrigas entre Iida Sadamu e a clã Otori."

Resenha completa no site da Armada de Escritores!!

site: http://www.armadadeescritores.com.br/2016/10/o-piso-rouxinol-saga-otori-vol01-lian.html
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Borges 17/02/2016

Muito bom!
História viciante, adorei ler o livro, lendo agora A Rede do Céu é Vasta. Parabéns para a autora.
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Ewerton.Carvalho 09/01/2016

A SAGA OTORI, O Piso Rouxinol.
No meio de uma luta entre clãs no Japão medieval uma criança se vê envolvida de maneira crucial, vindo a descobrir que tem a capacidade para alterar o resultado da guerra devido aos poderes que nem ele sabia possuir. LIAN HEARN fez uma excelente trilogia.
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sonia 20/08/2014

muito bom
Piso rouxinol é o nome dado a certos assoalhos feitos de madeira, de forma a ranger muito quando uma pessoa anda sobre ele, usado como alerta de segurança por pessoas em posição perigosa, correndo o risco de ser assassinada, ou por paranóicos de carteirinha.
A história relata as aventuras de um menino, que é salvo da morte e adotado por um rico viajante, que o leva a sua casa e o treina nas artes da guerra. Ora, à medida em que cresce, ele percebe que o tal viajante não poderia estar onde estava e agir como agiu por acaso; ele deveria estar à sua procura - porquê é o que o livro nos conta. Quem é este menino? e porque ele sendo preparado em artes marciais? Que relação existe entre o menino e seu salvador?
Boa trama. Original.

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
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