Um Lugar Para Ficar

Um Lugar Para Ficar Deb Caletti




Resenhas - Um Lugar para Ficar


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Neyla 07/02/2013

Uma história forte, com tema atual e personagens que cativam. É assim que eu definiria Um lugar para ficar, livro que se tornou um dos meus queridinhos de 2012.
Clara conheceu Christian num jogo de basquete, na escola. Assim que o olhou, sentiu que era amor à primeira vista. Clara havia terminado, a pouco tempo, um namoro e encontrou em Christian tudo aquilo que sempre buscou. Bonito, educado e um tanto misterioso, foi impossível não se deixar envolver. Além do mais, ele sempre foi bastante carinhoso e não media esforços para mostrar o quanto a amava. O namoro floresceu e eles foram se entrosando cada vez mais. Até que Christian passou a mostrar um lado que ela não conhecia: o do ciúme.
Mais do que ciúme, Christian via o que não existia e passou a se tornar cada vez mais perigoso. Além de impedir a namorada de fazer algumas coisas, ainda a acusava injustamente de estar traindo-o. Não aceitando o fim do namoro, Clara vê-se obrigada a fugir do ex-namorado, indo com seu pai, um excêntrico escritor bestseller, para um lugar diferente onde possa reconstruir sua vida.
Apesar de o livro ter como foco principal o relacionamento dos dois jovens, outros personagens também têm o seu devido destaque. É o caso de Bobby Oates, pai de Clara, e de Anabelle Aurora, velha amiga e ex-professora de Bobby na faculdade. O laço que os une, o relacionamento de amor e cumplicidade que há entre ambos é uma das coisas que mais me agradaram no livro. Sem contar o clima de segredo que paira entre ambos, que torna a leitura ainda mais gostosa.
Narrado em primeira pessoa, os capítulos são intercalados entre passado e presente, o que torna a leitura muito mais agradável. Através das páginas, vamos conhecendo um pouco mais do relacionamento de Clara e Christian e do comportamento possessivo do mesmo. Gostei bastante da forma como a autora expôs um problema tão comum nos dias de hoje e o livro me tocou bastante.
Confesso a vocês que o tema ciúmes muito me interessou, afinal eu sou ciumenta e conheço pessoas que são extremamente ciumentas, tendo comportamentos muito parecidos com os de Christian. Não é fácil lidar com isso, a pessoa vê o que quer ver e muitas vezes acaba por provocar situações desagradáveis com seu (sua) companheiro (a). A história mostra bem isso, o que tornou a leitura ainda mais realista.
Delicado e muito sensível, Um lugar para ficar é um daqueles livros que, assim que tiver um tempinho, irei reler com todo prazer!
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Miloca 05/02/2013

Leia e comente em: http://colecionadores-de-historias.blogspot.com.br/2013/01/128-um-lugar-para-ficar-deb-calletti.html

No começo, achei a narrativa estranha, pois a personagem principal é a narradora e ela começa falando de um cara que conheceu; daí no capítulo seguinte ela muda para uma viagem que faz com o pai muito depois de ter conhecido o tal rapaz; no terceiro capítulo, ela volta a falar do tal cara e do seu segundo encontro com ele. Só no decorrer da leitura que entendi o padrão e o porquê deste.

Clara conheceu Christian em um jogo de basquete em que a escola dela estava jogando contra a dele e sentiu uma atração instantânea. No jogo seguinte, ela tentou seduzi-lo e passou a ele uma imagem de garota forte e provocativa, coisa que ela nunca foi. Eles se envolvem e começam a namorar.
Com o tempo, Christian – que parecia um rapaz doce e compreensivo – mostra sua verdadeira face. Ele é inseguro, controlador e extremamente ciumento. Clara para de sair com os amigos porque, apesar de algumas atitudes do namorado, ela o ama. Eles passam cerca de dois anos juntos e, nesse tempo, Clara começa a cansar das atitudes de Christian e até fica com medo em alguns momentos.
Ela termina tudo com ele, mas ele não a deixa em paz. Liga o tempo todo, manda e-mails, insiste. Por mais que Clara peça que ele pare e diga que acabou tudo, ele não desiste.
O pai dela, Bob Oates, é escritor de livros de suspense e tem um amigo na polícia que os aconselha a viajar para algum lugar distante e não contar a ninguém onde estão. É aí que eles alugam uma casa em Bishop Rock e vão passar o verão no litoral.
Lá, Clara arruma um trabalho no Farol com Sylvie Genovese, uma mulher irritada e solitária; ela conhece os irmãos Jack e Finn Bishop que fazem passeios de barco com os turistas e são rapazes tranquilos e brincalhões, totalmente diferentes de Christian. Clara conhece também Anabelle Aurora, poetisa e grande amiga de seu pai, que termina por assumir um pouco o lugar de mãe de Clara, já que a mãe dela morreu quando ela ainda era criança.

Um lugar para ficar trata da libertação de uma garota depois de um péssimo relacionamento. Fala de ser forte o bastante para conseguir mudar uma situação que está ficando insustentável, mesmo quando você ainda gosta da pessoa.
Assumo que no início, a leitura não me agradou muito, mas foi melhorando ao longo do livro, apesar de que – pela sinopse – eu tinha fantasiado algo bem mais sério, mas mais condizente com personagens mais velhos que adolescentes.
Os capítulos em que Clara fala de Christian não me agradaram muito, porque eu não tenho paciência para pessoas ciumentas demais e para mocinhas que ficam se enganando e tentando tapar o sol com a peneira. Apesar disso, os fatos descritos são bem realistas e passam um tipo de situação que acontece fora dos livros também.
Já os demais capítulos são mais descontraídos e gostei mais deles, pois mostram uma outra Clara, desconfiada das pessoas – é verdade, mas amadurecendo e se fortalecendo. Além de mostrar a relação dela com o pai e com outras pessoas sãs e legais.
Eu só gostaria de um final um pouco mais elaborado e não tão rápido, mas foi bom mesmo assim.
Então, leiam!
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Poetriz 27/01/2013

Um lugar pra ficar
Primeiramente tenho que elogiar o jeito da Deb narrar o texto, além do alternância entre o presente e flashbacks como que comparasse as situações que foi ótimo, como se houvessem duas histórias ao mesmo tempo, tenho que citar a narrativa. Que poética! Devo ter separado dezenas de citações!

Quanto à história, o pai de Clara rouba a cena em vários momentos. Com joguinhos de adivinhação, com desabafos, com um passado obscuro cheio de mistérios. Ele é na verdade o personagem central do livro, afinal é a vida dele que conduz toda a trama.

O relacionamento de Clara com Christian me pareceu bem verdadeiro. A gente quando está a fim de alguém fica cega, muda, finge não ver o que estava lá o tempo todo: os sinais. Sim, ele era obcecado por ela. Mas tem gente que não nos ama, que nos trai, que tem outro relacionamento, estava ali, o tempo todo. Mas a gente tem mania de ter esperança, de pensar que com a gente nunca vai acontecer.

Achei o tema diferente, é um novo ponto de vista criticando a moda dos vampiros protetores e “Greys” dominantes que andamos lendo. Porque todo mundo suspira por eles e diz “queria ter essa vida”, será que queria mesmo? Abandonar seus sonhos, seus projetos, sua independência pra se dedicar somente ao seu amado amante e senhor? Isso parece a história da minha avó, e ela não parecia muito empolgada enquanto contava isso aos netos.

Clara teve uma segunda chance: fugiu, virou outra pessoa, conheceu gente nova, meio que esqueceu o passado dela. Mas o passado todo mundo sabe, são fantasmas que ficam nos atormentando. E fantasma, as vezes, só existe mesmo na nossa cabeça.

Enfim, a narrativa do livro se destaca frente a história. E também pelo assunto pouco abordado sugiro a leitura, pois agrada.
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20/01/2013

O encontro de um lugar perfeito
Um lugar para ficar vai contar a história do amor obsessivo de Christian Nilsson por Clara Oates. A narrativa é em primeira pessoa e foca o ponto de vista de Clara em dois momentos de sua vida. Os capítulos são intercalados quando Clara nos mostra como conheceu Christian e começou a amá-lo e o momento presente, em que ela e o pai decidem partir para uma outra cidade durante o verão em busca de tranquilidade e distanciamento dos problemas causados por conta desse relacionamento.
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Viviane 18/01/2013

Resenha no Blog Razão e Resenhas
Um lugar para ficar

Essa história é contada por Clara uma jovem de 17 anos que se envolve em uma relação a princípio bem normal. Os capítulos são intercalados com os acontecimentos do passado, seu namoro com Christian e o presente, o verão em outra cidade com o seu pai, um escritor super bacana e "descolado". Clara é uma personagem cativante, durante toda a história ela parece estar relatando um segredo para você e fazendo comentários ou indagações do tipo: "você conhece essa sensação?", "sei que você já deve ter passado por algo parecido”, “Você entende essas coisas não é? A acomodação, ou a monotonia da acomodação?” É uma sensação de estarmos interagindo de fato com a protagonista, acho que todos que vão ler se sentirão assim também.
Durante a leitura me senti amiga de Clara, um pouco confidente, enquanto ela descreve a sua relação com Christian, desde o momento em que se conheceram até o momento que ele se transforma de um cara perfeito em um cara completamente controlador e obsessivo. Essa mudança não é abrupta ou repentina, Christian dá sinais o tempo todo de ser um garoto melindroso e inseguro e ao mesmo tempo ciumento e psicótico (mas como muitas meninas apaixonadas Clara não dá atenção a esses sinais), o que faz com que Clara mude seu comportamento para não despertar ira em seu namorado. Ela deixa de ser ela mesma, porque acha que sua segurança e autoconfiança é que são culpados pelas atitudes do namorado. E ele faz questão de minar sua confiança, de nublar o amor dos dois com desconfianças absurdas e cretinas, eu fiquei irritada com as coisas cretinas que ele falava e discutia com Clara.
Bobby (pai) e Clara vão passar o verão numa cidade a beira mar e bem longe de Christian, ela ainda vive com medo mas consegue trabalhar seus sentimentos, consegue um emprego temporário e faz novas amizades. Os cenários são escritos de forma agradável, a autora não é minusciosa nos detalhes mas nos envolve nas ondas das praias, nos cheiros e lugares.
O livro se trata de um assunto sério, relações opressoras são mais comuns do que pensamos, infelizmente, porém é bem light. Afinal é literatura juvenil e a autora não precisou apelar com descrições fortes para passar a mensagem.
Outra coisa que achei muito legal e que me deixou muito confortável foi Clara não ficar choramingando escondida embaixo de edredons seu relacionamento catastrófico. Quando chega a pacata cidadezinha praiana em que vai morar com seu pai ela conhece Finn, um rapaz que vive com a família e trabalha passeando com turistas no barco da família. Ela se deixa envolver, não fica se escondendo de novas emoções, isso é muito estimulante. E Finn, oh! céus, ele é um fofo muito delicioso *.*
A história também envolve outros acontecimentos além do relacionamento de "Clara e Christian", "Clara e Finn" , ela envolve segredos e fantasmas que precisam ser revelados, entendidos e perdoados. Segredos que podem revelar o passado de seu pai e sua mãe, já falecida.
Como é um livro sobre comportamentos e revelações não posso detalhar demais sem dar spoiler, então desculpem se minha resenha deixa algum ponto solto, mas a intenção foi aguçar a curiosidade de vocês, não contar o livro todo.Óbvio.
Recomendo simplesmente pelo fato de que podemos tirar lições valiosas sobre como lidar com pessoas possessivas, como pequenos sinais podem ser valiosos na hora de conviver com um namorado, ou namorada. Muitas vezes vamos mudando para nos adaptar aos nossos parceiros e nem percebemos, e isso nunca é saudável.

Visitem e sigam o blog: http://vivianeblood.blogspot.com.br/2013/01/resenha-um-lugar-para-ficar-deb-caletti.html
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Mari M. 12/01/2013

Resenha by Devorando Livros (http://livros-devorados.blogspot.com/)
Esse livro se trata de Clara, uma adolescente insegura e tímida, como muitas. Porém, em meio à um jogo (não me recordo de quê) seus olhos se cruzam com os de um estranho do outro lado da arquibancada. Depois do jogo os dois se encontram, e a paixão não é só instantânea, como recíproca. Clara, pela priemira vez, tem atitude. É ela que toma a iniciativa com o desconhecido; Christian. A relação dos dois começa fervendo. O amor é verdadeiro e belo.

Até o momento em que ele começa à se mostrar ciumento.

O ciúmes que Christian sente não é comum. Acusa-a de olhar outros, de flertar e coisas do tipo. No início, a menina tenta contornar a situação. Porém, ao longo do tempo, acaba se sentindo engaiolada. Começa à mentir. Medir o que lhe conta ou o que emite. Então se toca do quão errado tudo está; do quão obsessivo é seu namorado. Porém, como continuar essa situação? O que fazer para que tudo termine bem? Esse livro mostra que (mentiras) "segredos podem nos destruir"

Sinceramente, esse não foi um livro que me agradou muito. Uma boa história, diferente de tudo o que já li: bem menos clichê e inovadora. Ainda sim, a forma como é contada não me agradou. Você talvez goste, mas não faz meu tipo. Deixem-me dizer; o fato principal, que eu penso que deveria ser o elemento que causaria suspense que é saber "como assim o passado a persegue" é revelado logo no começo - e também durante a sinopse. O que me fez ter menos vontade de ler. Além de ser contado em forma de flash backs. Sim, aquele lance de ir e voltar no tempo. Tem também uns detalhes de revisão, como o "Kkkk" no meio da fala de um personagem, que me incomodou profundamente (para começar, já não simpatizo com essa rizada)

Apesar de mal aproveitado, é bom para passar o tempo. Certos personagens secundários dão uma graça ao livro; como o Pai de Clara ou a irmã de Finn.
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stsluciano 03/01/2013

Aproveitando o tamanho, li “Um Lugar Para Ficar” logo após ter terminado “Bem Mais Perto”, da Susan Colasanti, em uma campanha pessoal para relaxar um pouco mais, neste período que voltei a estudar para concursos. Tem funcionado, estou conseguindo manter certa rotina, e ainda não me sinto sobrecarregado*.

Mas “Um Lugar Para Ficar”, apesar de falar de amor, está bem longe de ser tão “fofinho” quanto o livro da Colasanti. Aqui, começamos com Clara contando como conheceu Christian, em um jogo de basquete no ginásio do colégio, e em como se sentiu atraída e decidiu arriscar e chamar sua atenção. No capítulo seguinte vemos ela partindo em pleno verão com seu pai, um famoso escritor, para um destino que ela ignora.

Não é muito difícil adivinhar que algo deu errado, mas conforme vamos lendo o texto, que alterna a narrativa a cada capítulo, com Clara contando em um passagens de seu relacionamento com Christian, e, no seguinte, seu verão exilada em uma cidade costeira com seu pai, vamos sentindo uma sombra crescer dentro dela e acompanhamos seu desespero.

A sinopse entrega boa parte do trunfo do livro, que é justamente falar sobre relacionamentos possessivos. Já que é assim, posso dizer que Christian, que no começo do namoro é um cordeiro vai, com o passar do tempo, deixando um lobo faminto sair de dentro de si. Analogia batida, eu sai, mas ela se aplica perfeitamente ao caso.

Quem olhasse de fora, não perceberia que algo de errado estaria acontecendo. Christian parecia ser carinhoso e preocupado com Clara, estava sempre presente e agia de modo que nada em seus gestos delatassem o ciúme obsessivo que trazia dentro de si, vendo situações nas quais ela paquerava abertamente com qualquer um que passasse e chegando ao extremo de conferir a quilometragem do carro de Clara para se certificar de que ela havia, realmente, ido aonde tinha dito que iria.Óbvio que, quando ela reclamava, ele se dizia arrependido, que iria mudar e que ela não contasse à ninguém, para que ele não se sentisse humilhado.

Nunca tive relacionamentos obsessivos, então não consigo entender uma relação de dependência como a formada entre o casal. Mesmo sabendo que algo estava errado – apesar de nem sempre ter consciência da magnitude do problema – Clara se sente culpada e faz de tudo para agradar ao namorado, para que uma crise não venha. Ela passa a usar o tipo de roupa que ele exige, a não conversar com quem ele não quer, e, o que acho o pior de tudo, se policiar quanto ao que vai dizer.

Tudo bem que ela estava entorpecida pelo amor que sentia, e, mais um cliché, ninguém escolhe por quem se apaixonar, mas acho que temos de ter consciência o bastante para escolhermos não sofrer. Pode soar como egoísmo, e talvez seja, mas acho que é o melhor a se fazer em casos como este. A dificuldade em Clara não reconhecer a situação parece coisa de novela, mas não é preciso ir longe para tomar ciência da realidade: quantos casais se matam por aí? Não é uma notícia incomum, e quem desejar ter um jantar indigesto é só sintonizar em qualquer programa policial de começo de noite para conferir.

Outro ponto que a autora menciona e que achei de suma importância é a completa inutilidade de mandados de segurança, medidas restritivas e afins. Como diz a autora, decisões judiciais são feitas para serem levadas a termo por cidadãos em pleno uso de suas faculdades mentais. Um sujeito louco que quer te matar não vai ficar longe temendo um papel assinado por um juiz. E vem à minha cabeça a inutilidade de leis que pouco fazem para afastar os agressores e permitirem que as vítimas prossigam com sua vida. A autora também menciona que mandados de segurança só fazem com que o agressor fique ainda mais bravo. Concordo. Aqui, no Brasil, quantas mulheres foram agredidas e até mesmo mortas por seus companheiros mesmo depois da sanção da Lei Maria da Penha. É um grande passo? Não, é, na verdade, algo tão óbvio que dá vergonha de viver em um país que levou tanto tempo para enxergar isso. Será que ela funciona mesmo? Será que ela, ou o Estado como um todo, pode garantir alguma coisa a alguém que precise de proteção? NÃO!

Mas o livro não fica só nisso. A mãe de Clara falecera quando ela era pequena, então seu pai sempre estivera ao seu lado. Neste exílio forçado, tanto ela como seu pai tem de lidar com alguns aspectos do passado, assim como reaprender a amar. Para tanto, a autora cria um cenário perfeito, uma cidadezinha à beira-mar, veleiros, um farol antigo.

Esta mistura de ambiente agradável e tensão funcionou bem. “Um Lugar Para Ficar” é um bom livro de final de semana, e ainda trata de um tema relevante. Vale a pena ler.

Resenha publicada originalmente aqui: http://www.pontolivro.com/2012/11/um-lugar-para-ficar-resenha-082.html
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Leitora Viciada 01/01/2013

Um livro jovem que me surpreendeu. Devido à sinopse, confesso que esperava pouco da trama. Portanto nunca se deve julgar um livro pela capa/sinopse/título. Mais um excelente trabalho da Novo Conceito, sempre acumulando elogios sobre a qualidade gráfica e editorial.

A começar pela capa escolhida, imagem perfeita. A jovem de costas num litoral tranquilo, de cabeça baixa e com apenas os pés no mar observando o leve movimento da água. Um momento que deveria ser de puro relaxamento.
Simboliza toda a angústia e dúvidas da protagonista, que apesar de serem conflitos pessoais e familiares, existe uma forte ligação com o mar e com o local para onde ela e o pai se escondem: uma pacata cidade litorânea, rodeada de histórias de fantasmas.
O título também se enquadra bem porque a protagonista busca literalmente por um lugar para ficar, um local seguro e tranquilo.

São vinte e cinco capítulos quase sempre se alternando entre o presente e o passado recente de Clara, a responsável pela narrativa. No começo não gostei muito da forma como Clara conta a história, no entanto logo nos primeiros capítulos passei a achar interessante.
Ela coloca notas no rodapé, não como as explicações comuns de livros e sim observações sobre sua própria narrativa, com justificativas e detalhes; e algumas brincadeiras para quebrar o gelo.
Enquanto lia o presente, tinha curiosidade em como tudo chegou ao extremo. Desejava saber o porquê dela e o pai estarem fugindo do ex-namorado. Também fiquei empolgada com o que ocorria durante essa viagem, que foi mais que uma fuga e esconderijo: Foi uma busca interior, por respostas, um retorno ao passado de ambos.
E quando lia o passado, ficava cada vez mais alarmada com os fatos enfrentados por Clara, em como um simples relacionamento se modificava lentamente e se tornava algo negativo, sufocante e quase sem saída. Como uma bola de neve que rola, cresce e derruba tudo pelo caminho.

A ironia de tudo é que Clara sempre foi a boa moça nos relacionamentos anteriores. Sempre foi a namorada certinha, bem comportada e controlada. Quando ela resolveu ser ousada, escolheu logo um rapaz problemático - detalhe desconhecido, até porque ele aparentava ser normal e muito correto, nada bad boy. Pelo contrário, ele era charmoso e educado. A respeitava e possuía um jeito estrangeiro exótico e atraente. Um verdadeiro cavalheiro.
Clara age de forma intimidadora e inédita ao investir no rapaz que ela conheceu num jogo de basquete. Ela se sente poderosa ao perceber que pode ser a dominadora da relação, sensual e decidida. É ela quem toma a iniciativa.
Ela só não esperava que justamente por ela iniciar o relacionamento agindo de uma forma diferente das anteriores traria problemas.

Christian é muito ciumento e controlador. E por ela tê-lo abordado e demonstrado o interesse por ele, Christian pensa que Clara é promíscua, o que achei um total absurdo!
Entre uma gentileza e outra ele explode de ciúmes infundados. Por mais que Clara tenha olhos apenas para ele e demonstre seu amor, ele está cego e a vê muito mais poderosa e se sente inseguro. Sempre com receio de ser traído, rejeitado ou abandonado, seu controle e violência sobre Clara crescem ao ponto dela e seu pai fugirem para outra cidade. Férias forçadas.

Mas será apenas esse o problema? Existem mais segredos entre pai e filha que os levam para uma cidade tranquila, afastada e com um litoral magnífico. Moradores simples que vivem do mar e de forma simples. Alugam uma casa na praia, mas será toda essa descrição e afastamento realmente seguros para Clara?

Numa cidade onde lendas e histórias de fantasmas e aparições sobrenaturais, incluindo de piratas e espíritos suicidas, os fantasmas que realmente assombram Clara e seu pai são muito reais. A verdade do passado, a história da família, o ex-namorado perseguidor e moradores dessa cidade - uma mistura que pode trazer segredos à tona e muitas dúvidas à Clara.
Ela se sente coagida, com medo, pânico e muitas perguntas e lembranças despedaçadas. Enquanto reconstrói sua autoestima, espírito e coração, ela tenta montar um quebra-cabeças que falta muitas peças. Ela percebe que essas peças estão justamente ali, naquela cidade que antes ela nem sabia que existia. Peças no passado, escondidas por várias pessoas e talvez até pelo próprio pai.

Clara conhece pessoas novas, velhos conhecidos do pai, um rapaz interessante, amigos e um mundo diferente. Entre um chá e outro, ela carrega o seu celular com medo de atendê-lo e ao mesmo tempo como segurança para avisar que está em risco, caso algo aconteça. As chaves do carro sempre no bolso, fechaduras e travas sempre fechando o carro e a casa, uma lembrança de uma corda e um sapato perdido.

O pai antes era forte, excêntrico, animado e seguro. Porém começa a desmoronar perante a situação e às memórias e segredos. Ele também enfrenta fantasmas, que vão muito além do mar ou lendas. Fantasmas que pesam cada vez mais e tentam afundá-lo.
Clara fica ainda mais perdida, pois percebe que ela e o pai estão presos à cidade e a fantasmas verdadeiros.
O pai parece até mesmo omisso em certo momento, se preocupando com seus próprios problemas. Mentiras e dores do passado o estão derrubando e quem perde com isso é Clara, que passa a ter de levantar a autoestima do pai e buscar ajuda com pessoas de fora.

As personagens são apresentadas de forma simples e se tornam complexas, embora não sejam muito carismáticas.
Gostei da responsável pelo farol, seu cão e da poetisa. Já o novo amor de Clara, o jovem marinheiro, não se destaca, justamente por ser normal, um bom rapaz e não uma caricatura como as demais personagens.
A trama parece infantil e com andamento lento, porém acelera e mostra mais que segredos revelados; mostra as diversas formas que o amor pode assumir.
Existe o leve terror psicológico, pois Clara está nitidamente traumatizada e permanece em alerta permanente, não relaxa e tem medo de tudo (e nada). Ela luta contra isso, mas o passado a persegue. Não apenas o ex-namorado obsessivo, mas segredos de família e dos pais.
Existe um pouco de ação, embora não seja nenhuma aventura incrível.
O romance está presente. Não é chato nem entediante, nem arrebatador, é apenas comum e natural. Justamente para causar contraste em relação ao relacionamento anterior. Clara encontra um novo amor, porém estará preparada para entrar em um novo relacionamento de forma sadia ou os fantasmas também assombrarão a moça mudada?

É o tipo de livro que aborda o tema com simplicidade e naturalidade, mas está cheio de mensagens nas entrelinhas. Eu achei a última página fabulosa, não exatamente pelo desfecho em si, mas sim pela mensagem deixada pela autora.
Eu adoro ler histórias assim, que no começo são sem pretensão de prender a atenção do leitor e, no entanto, se transformam e se desenvolvem de forma altamente atraente. Nem todo leitor notará isso: as mensagens por trás do texto.

O enredo é realista, embora possa não agradar a todos a forma como é desenvolvido. Aborda um problema muito mais comum que se imagina: Mulheres que se enrolam em um relacionamento negativo, não enxergam o perigo disso e acham que tudo é apenas exagero, imaginação ou uma fase que vai passar e ser superada. Que tudo voltará ao normal. E não volta. Ainda mais quando o sujeito realmente possui problemas psicológicos.
No caso de Christian, ele se faz de vítima, mas ataca. Finge estar sofrendo, mas sufoca. Ele é o típico psicopata: Se finge de bom moço, ninguém jamais desconfiaria de atitudes violentas ou terríveis por parte dele; é inteligente, educado, culto e aparentemente normal, mas se transforma para conseguir o que deseja - que no caso é manter Clara como um objeto seu, só seu. Ele age por impulso, não mede consequências, embora sempre contorne a situação a seu favor.

Muitas pessoas pensam que um psicopata é sempre um serial killer, assassino, estranho antissocial, criminoso, etc., enquanto na verdade muitos deles são pessoas aparentemente comuns, ponderadas, tranquilas e carismáticas. São gentis, caridosas e amigas.
Christian é assim: contido e discreto, mas um rapaz como qualquer outro. Ele não precisa necessariamente matar Clara para acabar com a vida dela! Afinal, ela é o item valioso dele, ela pertence a ele, no mundo irreal criado pela mente perturbada dele. Então ela a quer, mesmo que a machuque, mesmo que se machuque.
O leitor pode até se perguntar: "esse Christian é mesmo perigoso?" Bem, coloque-se no lugar da Clara e então avalie. Não pense como um leitor, pense em como mulheres perseguidas sentem medo. Pense nos pais de jovens que passam por isso. Lembre-se de notícias de assassinatos e violência contra mulheres, no suicídio de apaixonados que não aceitam um término.
Quantas mulheres não sofrem com relacionamentos destrutivos assim e permanecem presas e coagidas por muito tempo? Quantas demoraram a perceber que o perigo é real, está muito além de uma cena de ciúmes?

Gostei da abordagem do tema, sem exageros para chocar. A exposição do assunto é discreta. São acontecimentos na vida de uma moça que tenta esquecer e se livrar de um ex-namorado perseguidor.
Não espere uma aventura fantástica com cenas de ação intensa nem dramas familiares de se fazer chorar.
Não é spoiler, mas um aviso: o livro é um leve drama, não terror ou policial. Então não espere que Christian saia matando todos no caminho ou explodindo tudo para encontrar Clara. No entanto, ele é muito perigoso e inconsequente.
O livro é mais simples que um thriller de perseguição; é realista e cumpre o seu papel no alerta às mulheres sobre as consequências de um falso amor. A história poderia ter um desenvolvimento mais frenético, porém acho que a ideia da autora foi exatamente mostrar como esse tipo de situação pode ser sólida e não apenas histórias de filmes e livros ou lendas urbanas.
Quem ama dá liberdade ao companheiro, não o prende só para si.
O uso de um casal jovem foi bom, e tratar desse assunto com ar jovial também foi uma boa escolha. Isso serve para mostrar que adolescentes também podem ter relacionamentos doentios.
O final não é fantástico. Tem algumas surpresas, mas como eu já expliquei, é realista e simples. Uma história muito comum (embora perigosa) da vida real.
Rafael 01/01/2013minha estante
Parece ser um história muito boa, deve ser uma ótima leitura... Parabéns pela resenha


Jairolenz 04/01/2013minha estante
Este livro pode ter uma pegada leve, mas prova que violência contra a mulher é errada e que relacionamentos doentios e obsessivos de nada servem, o contrário o que muitos best-sellers querem mostrar como 50 Tons de Cinza.
Sua resenha está impecável.




Mari 29/12/2012

Boa tarde, meus queridos!

Esta será a última resenha do ano. Dia 31 vou fazer um post especial dos melhores livros que li no semestre, não serão apenas 10, não consigo. A novidade ficará por conta dos 10 piores que li no semestre.

Mas vamos a resenha de hoje: UM LUGAR PARA FICAR da DEB CALETTI (Ed. NOVO CONCEITO).

SINOPSE: O relacionamento de Clara com Christian é intenso desde o começo e diferente de tudo o que ela já havia experimentado. No entanto, o que começa como um grande afeto rapidamente se transforma em obsessão, e já é muito tarde quando Clara percebe que as coisas foram longe demais e que Christian está disposto a fazer de tudo para ficar ao seu lado. Então, Clara parte da cidade e Christian fica para trás. Ninguém sabe onde ela está, mas, mesmo assim, Clara ainda luta para se livrar do medo. Ela sabe que Christian não vai permitir que ela suma tão facilmente. Não importa para onde ela vá, nunca será longe o bastante...


Sou obrigada a começar dizendo que não sei se super indico ou não o livro. Em um primeiro momento ele me agradou imensamente, gostei de imediato dos problemas de relacionamentos de adolescentes fugirem do comum e serem um pouco mais sérios, gostei de todo o mistério que cerca a personagem principal sobre a morte de sua mãe, gostei das atitudes firmes de Clara, porém, em muitos momentos, achei a história um pouco forçada.

A forma que a autora escolheu para narrar o livro, alternando o passado e o presente de Clara, foi fantástica. Quando eu estava morrendo de curiosidade para saber mais sobre o passado da garota, ela interrompia e voltava ao presente; e quando eu estava me deliciando com as novidades, expectativas e prazeres desse, ela voltava ao passado, com uma narrativa mais densa, triste, melancólica...

Explorar o abuso do sentimento de posse e ciúme no personagem de Christian foi uma idéia fabulosa, mas foi justamente nessas partea que achei alguns momentos forçados. Claro que adolescentes podem se tornar ciumentos, possessivos, etc, mas achei a medida exagerada para idade do personagem. Creio que DEB seria ainda mais feliz em seu livro se tivesse colocado personagens um pouco mais velhos e tivesse explorado ainda mais uma personalidade mais agressiva em Christian, que devido à idade e experiências na vida, teria mais motivos para se desenvolver e se mostrar da forma que é.

O pai de Clara, um famoso escritor, é quem nos encanta no livro, porém em alguns momentos o achei bastante submisso à situação que a filha vivia. Mudar de cidade só para fugir de um adolescente com personalidade agressiva me parece exagerado, por isso digo que a história seria mais verossímil se as personagens tivessem mais idade.

É por isso que fico numa avaliação de meio termo quanto ao livro. Acho que cada um tem que ler para tirar as próprias conclusões. Não posso dizer que amei de paixão nem que odiei ao extremo. Realmente me encontrei em uma situação difícil de avaliar, acredito que os autores precisam URGENTE sair dessa coisa se explorar o universo adolescente e partir para relacionamentos mais maduros que possam ser aprofundados para que assim pareçam mais reais.
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Liliana 23/12/2012

Um Lugar Para Ficar
Por mais que a sinopse sugira uma trama previsível, "Um Lugar Para Ficar" se mostra sólido e envolvente.
A autora varia entre passado e presente para explicar a situação de Clara e explora muito seus sentimentos. O leitor se vê angustiado, aprisionado e sufocado, procurando a liberdade e a paz exatamente como a protagonista.
Sim, 'envolvente' é uma boa palavra pra descrever.
Thicy 03/01/2013minha estante
Eu ainda não li o livro, mas já tive boas recomendações, então assim que der, pretendo lê-lo!


Sabrina Piano 03/01/2013minha estante
Ganhei esse livro em uma promoção, e estou louca pra começar a leitura, já que me apaixonei por uma resenha que li dele, de inicio não dava nada pela capa do livro, mas depois que li essa resenha me apaixonei completamente.


Maristela 05/01/2013minha estante
Esse é outro livro que deixei para ler nesse ano. Acho que a capa não tem nada a ver com a história e sinceramente, sugere outro título. Espero que o conteúdo seja realmente bom, pois sua resenha está ótima.


Amanda 05/01/2013minha estante
Estou louca pra ler esse livro a dias, e ainda mais agora com a sua resenha!kkkk. Tomara que eu goste do conteúdo!


Rafael 09/01/2013minha estante
Li várias resenhas sobre o livro, me interessou bastante a trama, pretendo ler o livro para matar minha curiosidade sobre a história...


Andressa Pécora 13/01/2013minha estante
Vejo falar desse livro em vários lugares e então me despertou um interesse de lê-lo. Parece bastante bom!


Kelry 15/01/2013minha estante
È bem interessante, gosto da autora.


Gable_GM 17/01/2013minha estante
Dizem ser maravilhoso, estou ansiosa pela leitura.


Fernanda @condutaliteraria 18/01/2013minha estante
Já vi falar muito bem do livro, e o que me chamou a atenção é que além do romance tem suspense e eu gosto de leituras assim.


Deyse 24/01/2013minha estante
Só li comentários positivos sobre esse livro. Acho que é o tipo de livro leve, para se ler em uma tarde, do tipo perfeito para as férias.


Jully 24/01/2013minha estante
Imaginei que o livro focasse mais na parte da obsessão, mas acho que me enganei, pela sua resenha parece ser bem mais leve... me interessei (:


Jully 24/01/2013minha estante
Imaginei que o livro focasse mais na parte da obsessão, mas acho que me enganei, pela sua resenha parece ser bem mais leve... me interessei (:


Paty 30/01/2013minha estante
A capa desse livro nunca me atraiu muito, ao ler a sinopse achei que seria uma estoria meio comum, apesar da parte obsessiva, mas ao ler sua resenha fiquei curiosa para ler, não pela historia em si, mas para conhecer Bob, o pai de Clara, porque ele me parece um homem sábio e hilário.


stehremohi 01/02/2013minha estante
Estou muito ansiosa por esse livro, a história me chamou a atenção. Quando você pensa que é um romance, vemos que a história vai se transformando num suspense, e parece ser aquele tipo de suspense que nos deixa com o coração na boca. Quero muito ler.


Jean 01/02/2013minha estante
Gosto muito dos livros que conseguem envolver seus leitores, e os autores que tem a maravilhosa habilidade de fazer nos sentirmos iguais aos personagens, apesar de nao gostar muito de romances, este livro parece ótimo!




Milla 18/12/2012

www.amorporclassico.com
Clara e Christian se conheceram num jogo de basquete e desde o primeiro olhar ela tinha certeza que tudo seria intenso com ele.

Me senti envolvida pela forma que a autora escreveu e conduziu a trama. Narrado em primeira pessoa, Um lugar para ficar conta a história desse casal, que podia ter um relacionamento saudável e bonito, mas que foi se tornando um jogo de ciúmes e mentiras.

O começo do namoro foi perfeito, Christian era atencioso, presente e dedicado, mas aos poucos ele começou a dar sinais de sua verdadeira personalidade ciumenta, possessiva e obcecada e quanto mais ele prendia Clara, mais ela omitia coisas e fugia dele até chegar ao ponto de mudar de cidade com seu pai.

Alternando capítulos entre momentos do namoro e essa nova fase na vida de Clara, a autora nos presenteia com uma história bastante verossímil.

A princípio, temos a impressão de Clara ser ingênua e exagerada, mas ela é apenas uma adolescente começando a experimentar o amor e Christian é um bom namorado; ela se sente poderosa porque ele mostra o quanto é dependente dela, mas logo isso se torna uma forma de manipular a garota e é ela que se torna submissa a ele, às suas crises e agressões verbais.
Aos poucos, percebemos os prejuízos que este relacionamento deixou para Clara emocionalmente, afinal seu humor tornou-se tão instável quanto o de Christian, e ela fica tão adaptada ao jeito obcecado e possessivo dele, que seu próprio comportamento muda, ela fica assustada, irritadiça.

Em Bishop Rocks, uma ilha cheia de mistérios e histórias de fantasmas, ela tenta se reconstruir ao lado de seu pai, que também guarda muitos segredos.

Gostei demais do livro, fui cativada pelos personagens, por experiência própria sei que o mundo está cheio de Christians (pessoas dominadoras, obcecadas, manipuladoras) e Claras (objetos dessa obsessão e que se tornam vítimas, submissas e têm sua subjetividade roubada). Fiquei satisfeita de verdade com o enredo e o desfecho. Recomendo que leiam para descobrir onde pode ser um lugar para ficar.

Infelizmente, encontrei alguns errinhos [português e digitação] nesta edição :/
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thainá 17/12/2012

Me decepcionei
Mais resenhas em: http://livrosechocolates.wordpress.com/

Clara e seu pai se mudam durante o verão para Bishop Rock, uma cidadezinha a beira mar.Eles fazem isso na tentativa de afastar Christian e sua perseguição.Lá Clara conhece Finn por quem ela acaba se apaixonando e contando toda a história problemática do seu ultimo relacionamento e como ele ainda a persegue; Finn acredita que a culpa não é dela e que uma hora Christian simplesmente irá desistir disso.Porém não é bem isso que acontece e tudo acaba deixando Clara com mais medo de que Christian a encontre e tente fazer algo contra Finn.

A autora faz um grande alarde sobre a obsessão de Christian com relação a Clara, mas você passa o livro inteiro esperando que alguma coisa de realmente grave aconteça.Quer dizer, ele persegue ela, liga sem parar e tem um ciumes doentio, mas durante toda a leitura eu fiquei esperando por um ponto alto no qual eu diria "Ah, agora eu entendo o medo dela" mas isso não aconteceu.

Uma coisa que me chamou mais atenção do que o namoro e termino do casal foi o relacionamento entre a Clara e o pai dela.Ele é o tipo de pessoa que sempre tem algo útil a dizer e consegue ser engraçado quase que o livro inteiro, e também é bonito de se ler o quanto eles confiam um no outro.A mãe de Clara morreu quando ela ainda era um bebê, então os dois são tudo o que restou da família e isso faz com que eles sempre estejam se ajudando e se preocupando um com o outro.

O livro não funcionou pra mim.A unica coisa boa foi o desenvolvimento do relacionamento pai e filha, e o final foi decepcionante assim como o livro todo.
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Envenenadas 07/12/2012

Resenha Envenenada
Clara achou que tinha o controle de tudo quando se aproximou do misterioso Christian em um jogo de basquete, o que ela não imaginava é que começar uma relação assim iria leva-lá para um mundo de ciúmes e obsessão. Ele completava sua vida, passavam horas juntos, planejavam ir para mesma faculdade até o momento que ele mostrou-se ciumento, a ponto de ser violento, por causa de um simples cartão de visitas de um mecânico.
Disposto a ajudar-la a livrar-se desse doentio relacionamento, seu pai, um renomado escritor, faz as malas e a leva para Bishop Rock uma pequena cidade litorânea. Fugir apenas afastou Clara de seus amigos e do contato físico com Christian, pois ela não consegue dar um passo sem pensar nas reações que ele teria, afinal foram meses de controle em cada ação para não despertar o lado triste e possessivo dele.
A relação dela com Christian acabou no momento em que ela decidiu fazer as malas e deixa-lo para trás, já o relacionamento dele com ela nunca acabou mesmo distante ele insistia em provar que ainda existia um vinculo entre eles.
“Força de vontade é, supostamente, uma característica boa, uma versão mais determinada e insistente da determinação e da persistência…força de vontade e obsessão, elas estão lado a lado. Fingem ser estranhas uma à outra, porém se encontram secretamente, à meia-noite.” (pág. 137)
É em Bishop que Clara vai descobrir segredos de seu pai que envolvem sua vida tanto quanto a dele. Eles vão descobrir que o amor está sempre disposto a lhe dar uma segunda chance de ser feliz, sem controles e sem medo.
“Fui até a sala, desapontada por aquele momento na cozinha ter terminado e desejei continuar eternamente nos braços dele. Não é certo como alguns momentos duram tão pouco. São tão breves e, no entanto, a gente fica na miserável aula de matemática por 50 minutos, que são os mais longos da sua vida (…)Mas um beijo doce termina rapidamente.” (pág. 185)
Um lugar para ficar é, narrado em primeira pessoa, repleto de ações reais, fazendo-nos sentir como é difícil para uma pessoa lidar com a obsessão e o ciúme de alguém que de alguma maneira ela amou/ama. Deixo recomendada a leitura para quem quiser fugir dos temas do momento e ter uma leitura super agradável.
Beijos,
Equipe Envenenadas pela Maçã

http://asenvenenadaspelamaca.blogspot.com.br/2012/08/um-lugar-para-ficar-da-novoconceito.html
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Leticia 06/12/2012

Um Lugar para Ficar
O livro da autora Debcaletti, é narrado pela personagem principal Clara, chamada pelo seu querido e inseparavél pai de Clara Pea.
Clara conta sobre seu tribulado relacionamento com Chistian e como um relacionamento com grande afeto pode se tornar alvo de pavor.
Clara junto com seu pai são obrigados a tomar uma importante decisão e que deixa Chistian conturbado.
Mais o que Clara não esperava é que fosse descobrir segredos sobre seu passado indiretamente.
Para a jovem uma nova vida se iniciava, mais o difícil é deixar para trás situações que ela fora a protagonista.

Na minha opinião faltou mais argumentos, a personagem fica grande parte do livro narrando algo que no final não acontece, e o livro terminou de uma maneira "sem graça"
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