Cinquenta Tons de Liberdade

Cinquenta Tons de Liberdade E.L. James




Resenhas - Cinquenta Tons de Liberdade


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Fernanda 09/12/2012

http://superbookaholic.blogspot.com.br/2012/11/resenha-cinquenta-tons-de-liberdade-de.html
E é isso, acabou gente. 'Infelizmente, vai deixar saudade!' pra alguns e 'Demorou! Já vai tarde!' para outros haha, antes de começar a resenha, tenho que falar duas coisinhas:


1) Livro indicado para maiores de 18 anos.
2) Essa resenha deve conter spoilers dos dois primeiros livros.

Bem, como romântica incurável, o que eu mais gostei na trilogia é que em Cinquenta Tons tudo começa com a história do BDSM e depois tudo vai se tornando romântico, e falou em romance eu gosto xD Vamos pra resenha:

Em Cinquenta Tons de Liberdade, Ana e Christian começam de fato a viver como um casal. Assim como o segundo, não tem uma grande trama central, no começo nós vemos todas as flores e os corações que a Ana sempre quis em uma lua de mel perfeita, bem, tão perfeita como pode ser, com um marido super controlador hehe. Uma diferença na narrativa no começo é que ela se divide entre o presente e uns flashbacks, de uns momentos do casamento deles, entre outros.

"-Você valeu a espera, Sra. Grey. - Ele ergue meu queixo com a ponta do dedo, abaixa-se e me beija com ternura.
-Você também. - Sorrio. - Mas acho que eu trapaceei. Nem esperei tanto tempo por você.
Ele ri.
- Sou um prêmio tão bom assim?
- Christian, você é um prêmio de loteria, a cura para o câncer e os três desejos que o Aladim pediu ao gênio: tudo isso junto." Página 267

Depois, o que nós vemos é a convivência deles, com direito a muitas brigas graças ao lado dominante e controlador do Christian, que evolui bastante nessa trilogia, mas sempre nos mostrando que luta contra demônios e nem sempre consegue dominá-los, o dominador Grey estava a mil em várias passagens, ele me chateou um pouco com os os impulsos controladores em toda a sua glória, também há os desentendimentos em virtude da falta de comunicação do casal. Por mais que muita gente deteste a Ana, inclusive eu :p acho ela uma versão mais irritante da Bella (peço desculpas aos fãs), ela cresceu, achei interessante a forma como ela contornou os impulsos do seu marido e eu a perdoei com as justificativas para as suas atitudes, quase sempre frutos das atitudes de Christian.

Eu acho que o grande foco acaba sendo a redenção do Christian, um homem que passou por todos os traumas que ele passou, que vivia atormentado, que queria curar as suas feridas e precisava de ajuda pra isso.E o amor incondicional da Ana, que se entregou completamente por ele e se empenhou em compreendê-lo desde o começo (comigo não seria igual, com a minha paciência, não chegaríamos ao casamento haha). Ana enxerga Christian como ele é, ela é a primeira mulher a se importar de fato com ele, e por isso ela ganha seu respeito, sua admiração e seu amor (tô cafona hoje hein? haha).

"Eu prometo ser seu porto seguro e guardar no fundo do meu coração nossa união e você - sussurra ele, a voz rouca. - Prometo amá-la fielmente, renunciando a todas as outras, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, não importa o rumo que nossa vida tomar. Eu a protegerei e a respeitarei, e confiarei em você. Partilharei das suas alegrias e tristezas, e a confortarei quando preciso. Prometo cuidar de você, apoiar suas esperanças e seus sonhos e mantê-la segura a meu lado. Tudo o que é meu passa a ser também seu. Dou-lhe minha mão, meu coração e meu amor a partir deste momento, até que a morte nos separe.
As lágrimas enchem meus olhos. Vejo seu rosto se suavizar enquanto ele me olha."

Achei esse livro mais romântico que o segundo, continua mal escrito, não se iludam, mas isso eu já esperava e eu acho que vocês também, o super misterioso passado do Christian é revelado mas eu acho que ainda podia ter sido mais desenvolvido. Como aconteceu no segundo, em alguns momentos eu achei que estava lendo mais do mesmo. Em outros, a leitura fluiu bem, e para os que gostam de ação e tensão, há alguns momentos de suspense, perseguição de um psicopata desenfreado, sequestro e tiros.

O final é excelente para a história, me senti no final de uma novela hehe, sério, mas gostei muito. Ahh! Eu estou mais que feliz em dizer a vocês que a deusa interior e o subconsciente da Ana quase não deram as caras nesse livro. Entretanto, tinha “Sr. Grey e Sra. Grey” pra todos os lados (não se pode ter tudo né?).

“Minha querida Sra. Grey (ênfase no minha)”
— Christian Grey

Não me arrependo de ter lido toda a trilogia, ela não é perfeita, longe disso, mas eu me diverti bastante, e é engraçado ver a Ana aos poucos aceitando o contrato proposto lá no começo, depois do primeiro e introdutório livro, que foi de fato o mais sofrível dos três, acho que vou sentir saudade do Christian sim, mas acho que a autora deve ficar com certeza só nos três livros. Ahh! e ênfase nos extras que são passagens narradas pelo Christian, a melhor parte de todo o livro :)

Foi um romance (sim, romance) onde eu torci pelos personagens e me irritei com eles, e no final me despedi, como todo final de trilogia. Agora é ver o que nos espera no filme ;)
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Mandy 12/06/2022

Meio nhe.
Sem muita história. Bom já não esperava muita coisa mesmo, mas msm assim fiquei um pouco decepcionada.
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Lis 10/10/2021

Liberdade
Esse livro foi maravilho!
Todas as autodescobertas. Foi incrível!
Mas ainda acho o segundo livro melhor.
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Paula.Gabryela 29/04/2022

Esse final mais o epílogo
O livro em si e bom. Mas o final e um dos melhores momentos tanto para Christian como para Anastasia. E esse epílogo então, não deixa a desejar. Maravilhoso!
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Bruna 23/06/2016

Me perguntando...
...como pode haver gente que morre por esse livro. Sério. Estou fazendo uma resenha com falta de palavras suficientes pra expressar o quanto isso aqui é RUIM! Nada faz sentido, a autora tenta criar um 'suspense' que acaba parecendo novela infantil... mal começa, e na página seguinte, pronto, resolveu, tá todo mundo feliz de novo, vamos continuar com a melação. O primeiro livro me deu um fiozinho de esperança de que no geral, a história poderia ser boa se fosse bem explorada. Mas a autora acabou de estragar o resto. Enfim... não sou contra a leitura, porque assim como eu, para ter opiniões as pessoas devem ler, e não se basear pelos outros (afinal, tem quem goste!) e, principalmente, porque devemos ler, não importa o que seja. Ler é muito precioso =)

Mas essa trilogia é uma desgraça... hahaha
:*
Daii 01/08/2016minha estante
amei sua resenha haha


Raissa 06/09/2016minha estante
Disse tudo. Concordo ?


Any 11/11/2016minha estante
Nossa, concordo. Também tive dificuldades pra resenhar "isso". Oooo histórinha sem graça.




maria costa 30/12/2021

gostei
acho um livro muito fofo quebra um pouco o clima dos primeiros livros só que é isso não tenho oq falar
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Tanisa.Helena 25/05/2022

Arrependimento...
Meu arrependimento é por ter demorado tanto tempo pra ler esse livro. Tentei por 3 vezes e só consegui finalizar agora, pois achava que o picante do livro mudava para romance meloso.
Que tristeza finalizar essa história, queria mais, muito mais. Leitura deliciosa.
Scarllet 25/05/2022minha estante
Amooooo




Sara 11/05/2022

Cinquenta tons de liberdade, surpreendente.
Surpreendida? Sim estou.
Este livro foi muito diferente dos outros dois.
A autora mudou bastante a estratégia dela, o livro está em uma vibe bem mais romântica, com flash backs e detalhista. A questão central também mudou bastante, o clímax foi surpreendente, está com um q de ação com drama também que foi muito bom.
A Anastácia foi uma surpresa de várias formas, os dois personagens foram muito brm desenvolvidos no decorrer da estória e amadureceram muito, o que é esperado e ótimo de se ver. Sobre as partes HOT do livro, devo dizer que de novo fiquei supresa, a autora soube mostrar sutilmente mas com bastante clareza a evolução deles no sexo, muito mais íntimos mas claro, como sempre sensuais e pronfundos. Muitas coisas aconteceram neste livro que deixaram a estória muito mais interessante, porém tudo bem desenvolvido e organizado que prendem o leitor. O fim foi esperado e satisfatório, com certeza agradou seu público.
Vale a pena chegar até aqui pessoal. Leiam!
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Danielle 27/09/2020

De todos os livros eu achei esse o mais longo da série, principalmente porque da para perceber que em algumas cenas a autora acaba se alongando, o que eu achei meio desnecessário, mas que não deixou o livro cansativo como costuma acontecer com muitos livros.
Nesse livro começamos a ver um lado um pouco mais humano do Christian que não víamos nos outros livros. Sentimos que ele está um pouco mais solto e mais leve em comparação aos outros que ele parecia meio retraído.
O que podemos notar nesse livro final também é o amadurecimento da Anna do primeiro livro para o último. Ela parece uma nova pessoa, que sabe exatamente o que quer e que fará de tudo para conseguir. Deixou a timidez de lado e acabou se tornando mais mulher, aquela menina tímida ficou para trás.
O livro não deixa pontas soltas, ele tem um final perfeito que não faz com que queiramos mais, ele termina exatamente onde ele tem que terminar.
Uma análise final dessa série é que ela tem seus altos e baixos. É um romance adulto bem meloso, que para alguns é melhor nem chegar perto e que mostra uma parte mais light do sadomasoquismo. Ele tem seus momentos de vergonha, mas de um todo não é um livro ruim, é um livro realmente muito bom, que vale a pena ler se você curtir um água com açúcar.
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May 17/02/2014

O melhor cinquenta tons
Nesse as cenas não se justificavam somente pelo sexo - No terceiro volume senti 'algo mais', toda a possessividade do Christian motivada pelo amor e sentimento de proteção, sua vulnerabilidade em relação a Ana. A teimosia da Ana para alguns assuntos, suas "besteiras", me pareceram justificáveis pq era uma mulher que se apaixonou por um homem de personalidade tão difícil, e que estava tentando se encontrar nessa relação tão conturbada... Os amigos e demais familiares do casal tiveram uma maior participação na trama e eu amei isso (rs)
Enfim, uma história que vai me deixar saudades E.L. misturou romance, suspense, ação, erotismo e não se perdeu em momento algum nesse livro, o final, com algumas memórias do Cristian é comovente, e nos deixa querendo mais...
Para mim o final teve o desfecho perfeito, e o livro cumpriu com sua meta de me entreter e me fazer suspirar na medida certa...
#Recomendo
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Lare 02/08/2020

Link: http://www.maisquelivros.com/2018/02/resenha-cinquenta-tons-de-liberdade-el.html?m=1

Christian Grey e Anastacia Steele finalmente chegaram ao altar, após muitos conflitos e obstáculos vividos pelo casal, conseguimos enxergar o processo de amadurecimento entre ambos. É claro que essa nova fase não os livrará da necessidade de se adaptar há um novo estilo de vida, agora eles precisarão aprender a ceder para construir esse casamento de forma que nada possa separa-los.

Diferente dos demais livros da série, Cinquenta Tons de Liberdade começa de forma um pouco mais lenta. Inicialmente somos remetidos às lembranças de Ana que durante a lua de mel, relembra pontos importantes de seu casamento. Eu esperava que a autora se aprofundasse mais na história da união dos dois, já que esse é um momento bem esperado pelos fãs da trilogia, no entanto, E.L. James optou por enxugar essa parte da história e nos dar vislumbres dos acontecimentos através de flashbacks, o que serviu para matar um pouco da nossa curiosidade.

Porém, assim como em qualquer casamento, nem tudo serão flores no caminho do Sr e da Sra Grey. Christian continua maníaco por controle, o que por vezes faz nossa protagonista sentir-se sufocada. Mas engana-se quem acredita que Ana irá se submeter aos caprichos de seu Cinquenta Tons, pelo contrário, teimosa como sempre, ela não se deixará levar pela vontades de Christian, o que gerará muitos desentendimentos entre o casal, mas também os fará crescer nessa nova fase do relacionamento.

- Não é suficiente que eu tenha me casado com você? ? Minha voz é quase um suspiro. Ele apenas pisca, registrando o horror no meu rosto. Aonde isso vai nos levar? O que mais eu posso fazer? -Não foi isso o que eu quis dizer ? fala ele, ríspido, e passa a mão pelo cabelo, que acaba por cair em sua testa. ? O que você quis dizer? Ele engole em seco. ? Quero que o seu mundo comece e termine em mim ? diz ele, com expressão franca. 


Além de focar no desenvolvimento do casal, a autora também focou em incluir um pouco de suspense a trama. Jack Hyde está de volta à espreita de Ana e Grey, e fará de tudo para garantir que sua vingança seja cumprida. E é justamente o aparecimento de Hyde na trama que torna a história mais eletrizante e nos faz roer as unhas até saber o que de fato irá acontecer com os Grey.

Entre tantos acontecimentos e uma notícia inesperada, o relacionamento de Ana e Grey é colocado à prova, e dúvidas sobre o amor e a lealdade do marido começam a surgir. Em meio a decisões equivocadas e a descoberta de que Mr. Robinson novamente entrou em cena, as certezas de Ana são abaladas como nunca antes, será que esse casamento terá forças para manter-se firme? Só lendo para saber...

Como eu disse anteriormente, Cinquenta Tons de Liberdade embora tenha algumas reviravoltas e um pouco mais de ação do que os volumes anteriores, o foco principal aqui é o amadurecimento do casal e a capacidade para lidarem com a vida a dois quando tudo em volta começa a ruir.

Embora muitos rotulem a série como uma abordagem puramente sexual e rasa, minha opinião é completamente contrária. Cinquenta Tons é uma obra sobre redescoberta, traumas, amor e principalmente a transformação que esse sentimento tão puro é capaz de promover no ser humano.

? Você fez meu mundo virar de cabeça para baixo. ? Ele fecha os olhos, e, quando os abre novamente, vejo que estão tomados pela emoção. ? Meu mundo era organizado, calmo e controlado. Aí você entrou na minha vida, com essa sua boca afiada, a sua inocência, a sua beleza e a sua coragem discreta? e todo o resto, tudo antes de você simplesmente ficou bobo, vazio, medíocre? nada.


Em meio ao desenrolar da trama, sofri, chorei e me emocionei com esses personagens que cresceram tanto pessoal e profissionalmente, em especial Christian que possuía tantos traumas e aos poucos foi permitindo que Ana alcançasse seus fantasmas para enfim trancá-los no passado. Terminei a obra com o coração leve e com a certeza de que a história desse amor imperfeito em tantos aspectos, certamente entrou para a minha lista de favoritos.
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Zuccari 28/02/2013

Cinquenta tons de sensacionalismo
Sempre fui da opinião de que, para criticar algo com propriedade, você precisa ter argumentos que fundamentem sua crítica. É preciso conhecer o objeto alvo da crítica para construir sua argumentação de modo que ela seja coerente e bem fundamentada. Não é uma questão de estar certo ou errado, e sim de possuir argumentos consistentes ou não. Essa minha opinião se estende aos livros. Critico, positiva ou negativamente, apenas aqueles que li.
A trilogia "Cinquenta tons de cinza" se tornou um sucesso literário contemporâneo, majoritariamente entre o público feminino, e muitos creditam esse sucesso ao fato de que, supostamente, na sociedade atual, as mulheres se sentem mais livres para falar sobre sexo devido à sua, também suposta, emancipação social e o livro em questão, tachado de romance erótico, dá a elas a oportunidade de ler, discutir e até mesmo aprender sobre o tema que, há alguns anos atrás, era um tabu entre elas. Mais que isso, alguns acreditam que o próprio livro é um instrumento de libertação feminina dos grilhões da opressão sexual. Tanto a autora, E. L. James, quanto as suas leitoras fervorosas, ao lerem, repassarem e discutirem sobre o livro estariam contribuindo para a emancipação da mulher ao falarem abertamente sobre um assunto tão polêmico. Pois bem, resolvi ler a trilogia para descobrir se essas conjecturas eram coerentes. Mas antes de criticar os livros e as opiniões citadas sobre eles, vamos à um breve resumo da estória de Cinquenta tons.
Anastasia Steele é uma estudante de Literatura de 21 anos, tímida, viciada em livros clássicos e virgem. Um dia, Anastasia vai no lugar de sua amiga Katherine Kavanagh entrevistar o grande empresário Christian Grey para o jornal da faculdade. Grey fez doações a faculdade de Anastasia e é, apesar de jovem, o dono de um vasto e rico império empresarial. O que a jovem Ana não sabe, mas logo descobre, é que Grey possui uma faceta, ou melhor, cinquenta facetas, que esconde do mundo. Ele é praticante de sadomasoquismo e a quer como sua submissa, com direito a contrato, limites rígidos e termo de confidencialidade. Porém, as coisas não ocorrem como o planejado por nenhum dos dois, eles acabam se apaixonando e Anastasia descobre que há muito mais coisas sobre Christian, principalmente em relação ao seu passado, que ela desconhece. Ao longo de toda essa trama, está o sexo. Convencional, masoquista, para todos os gostos. À primeira vista, a estória parece interessante e desperta a curiosidade, mas ao ler os livros pode-se perceber problemas que fatalmente o rebaixam a uma literatura regular.
Primeiramente, as personagens. As figuras retratadas no livro de E. L. James foram fracamente construídas. Não possuem profundidade psicológica, os diálogos entre elas são rasos e as atitudes extremamente previsíveis. Até mesmo as cenas de sexo, que seriam o ponto alto do livro, em determinado momento se tornam enfadonhas tamanha a previsibilidade e superficialidade das personagens. Ligado a isso, está a narrativa pobre da autora. Com uma estória clichê, personagens vazios e uma narrativa arrastada, James não é capaz de prender o leitor, pelo menos, não o leitor crítico. O livro é, na verdade, uma fanfic* da saga Crepúsculo. Não entrarei numa discussão sobre a qualidade literária da saga, apenas tenho a intenção de apontar que, tendo se inspirado na estória da saga escrita por Stephenie Meyer e em seus personagens, a autora parece ter transferido para a sua própria estória os mesmos erros cometidos por Meyer apontados por muitos críticos, que também se referem a pobreza e superficialidade da narrativa e das personagens.
Em segundo lugar, o propósito do livro. Me parece que a proposta inicial da trilogia é ser apenas um romance erótico voltado ao público feminino. Porém, como tudo que envolve sexo, foi criada pela mídia e pelos leitores toda uma representação simbólica acerca do desígnio da estória. Jorraram críticas inflamadas sobre a qualidade e relevância dos livros, exaltações a respeito da importância destes para as mulheres e sua libertação sexual, etc. Todavia, é preciso olhar além dessas opiniões do senso comum e procurar analisar qual o impacto real desta estória na sociedade. Olhando de maneira objetiva, existe sim um impacto porque existe uma mobilização social sobre esse assunto. Pessoas leem os livros, opinam, contra ou a favor, debatem, etc. Mas a questão é, o quanto disso é realmente relevante para a sociedade como um todo? Quero dizer, no que de fato toda essa mobilização em torno de um romance fictício contribui para nós? Alguns dizem que é uma forma de libertação da mulher que é sexualmente oprimida há séculos. Bem, isso pode ser facilmente objetado. A protagonista se envolve em um relacionamento com um homem controlador, ciumento, que a quer no papel de escrava sexual e reluta em aceitar que ela possa ter um trabalho, independência, uma vida além do relacionamento entre eles. Este breve quadro retrata um típico cenário machista que ainda hoje perdura na sociedade. Pois então, o que há de feminista e libertador em uma estória na qual a protagonista se apaixona por um machista que tenta mantê-la sob o seu domínio, posição que ela aceita de bom grado como se fosse um favor que ele presta a ela, o retrato de uma mulher submissa? Alguns diriam então que é a questão do sexo e do prazer feminino serem tratados tão livremente ao longo de suas páginas que fazem com que Cinquenta tons faça tanto sucesso e contribua para a libertação da mulher. Novamente, um grave equívoco. A protagonista, antes de perder a virgindade com Grey, jamais havia se tocado ou tido algum tipo de experiência sexual mais avançada com outra pessoa. O que há de libertador nisso? Ela só passa a aceitar sua sexualidade quando se coloca no papel de submissa de Christian, satisfazendo seus desejos. E isso, é liberdade? Não é porque o sexo é tratado incansavelmente ao longo das páginas de Cinquenta tons que o livro pode ser considerado como um instrumento na luta contra a opressão sexual. A luta feminista tem sido dura ao longo dos anos, e pretende-se que a mulher descubra sua importância, seu papel social, compreenda que, mais importante do que o que a sociedade diz que é ser mulher, é ser livre para escolher ser o que quiser, lidar com seu corpo à sua própria maneira e tomar suas próprias decisões sem precisar de um homem ou de quem quer que seja para mostrar a ela quem ela pode ser e aonde ela pode chegar.
No mais, acho que o livro é exatamente aquilo que se propõe ser, um romance erótico. Nada mais, nada menos. De má qualidade, porém, comprovadamente agradável o suficiente para conquistar milhões de leitoras ao redor do mundo. Não é minha intenção afirmar que a trilogia de E. L. James é algum tipo de apologia mascarada ao machismo. Tudo depende de quem lê e como esse leitor recebe e processa a mensagem lida. Logicamente, a trilogia está igualmente longe de ser um instrumento real para a emancipação feminina. Porém, se a estória de Anastia Steele contribui de alguma forma para que as mulheres se sintam mais livres e confortáveis em lidar e falar sobre sua sexualidade, que seja. Alguns tons a mais na vida não fazem mal a ninguém.



*Abreviação do termo em inglês fan fiction, que significa "ficção criada por fãs". São contos ou romances que fazem referência ou são apenas inspirados em filmes, livros, séries e coisas do gênero, criados por fãs.
Cami 13/05/2013minha estante
Sua resenha está realmente muito boa, você escreve muito bem!!
Concordo com você, o livro é apenas o que se propõem que seja: um romance erótico (muito fraquinho por sinal e com muitos erros gramaticais).




Bia Trindade 11/05/2014

Retardada
Assim como nos dois livros anteriores continuo achando Anastácia retardada -_-
Karen 04/03/2021minha estante
Anastasia é boba mesmo, lembro que quando li na primeira vez achei adorável... a minha segunda leitura destruiu um monte de coisa kkkkkkkk


Bia Trindade 04/03/2021minha estante
Da primeira vez a gente passa batida pq tem aquela empolgação, da segunda já vai prestando mais atenção e percebe as falhas kkkk Hoje em dia tenho zero paciência.




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