Cinquenta Tons Mais Escuros

Cinquenta Tons Mais Escuros E.L. James




Resenhas - Cinquenta Tons Mais Escuros


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Jessica 25/07/2014

Impossivel.
Eu seriamente tentei ler esse livro, juro. Mas simplesmente não dá!É intragável, é ridículo, obsceno querendo ser sexy, é vulgar quando quer ser sensual, é horrível. O Mr.Grey é psicopata, doentio, o verdadeiro namorado que bate em alguém por ciúmes que quando vemos na tv odiamos mas nos livros (a minoria eu espero) acha atraente. A Anastasia é submissa, não tem vontade própria (ao não ser quando é pra implorar por sexo), se sente rebaixada na presença dele. É uma vergonha a autora ter se baseado em Crepúsculo, com uma historia de amor tão pura como a de Edward e Bella e fazer uma baixaria como essa. É grotesco, eu ODIEI. A autora não teve o minimo de senso na hora de escrever esse livro, acho que ela o fez assistindo filmes pornos, pois a historia em si (até a parte que eu li) é tão rasa, que é uma perplexidade o livro ter se tornado tão famoso e ter feito a cabeça de tantas meninas como fez. Acho livros que tem cenas ''quentes'' muito legais, eu gosto de ler cenas assim, não vou bancar a hipócrita e muito menos a moralista, mas lendo a primeira cena de sexo desse livro eu me senti envergonhada tanto pela autora como pelos fãs, é vergonhoso para a historia da literatura um livro desse ter sido publicado, sem mais.
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jessica 18/11/2020

Romantico
O livro 2 da série 50 tons de cinza é menos picante do que o Primero volume, porém mais voltado ao romantismo do casal. Uma ótima leitura.
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Carol 11/01/2015

E o desastre continua...
Sinceramente, ando com medo de ser perseguida pelas fãs enlouquecidas dessa trilogia, mas como gosto não se discute...

Cinquenta Tons Mais Escuros trata-se da continuação do Best-seller Cinquenta Tons de Cinza. Nesse livro, Anastasia Steele continua a lidar com o seu amor por Christian Grey e todos os seus tons escuros, enquanto cada vez mais, ela descobre a história que constrói esse homem.

Devo dizer desde já que eu não gostei. Calmaaaa!!!! eu vou me explicar...

Quando eu li o primeiro livro, eu me senti completamente frustrada com a falta de qualidade da escrita. A autora era muito prematura, tinha uma narrativa inconsistente e sua falta de "pratica" comprometeu a qualidade do livro. Veja bem, não tenho nenhum preconceito com esse universo BDSM, mas a maneira como ela colocou os seus personagens, o modo como ela inseriu Ana nesse mundo... não me convenceu. No segundo livro, eu vi uma melhora. Embora o começo do livro fosse tão frustrante quanto o outro com sua narração corrida e apressada, a autora conseguiu desacelerar um pouco... até que desacelerou de vez. As narrações ficaram maçantes! Eram duas paginas de Anna dizendo como Christian era perfeito, e lindo, e dela... Meu deus! a garota realmente precisava de uma terapia! E. L. James teria economizado umas 200 paginas se tivesse sido mais concisa com o seu texto, não prolongando suas narrações.

Outra coisa que me incomodou foi a falta de ação. Sim, o livro é menos parado do que o primeiro, mas os problemas que surgem são tão insignificantes! eu terminei o livro esperando pelo clímax, que obviamente não aconteceu. A autora devia economizar na narração e caprichar um pouco nos problemas inseridos na trama, por que sinceramente, os empecilhos que ela criou não me convenceu, os motivos dos personagens não me convenceu, e eu descobri que aquela Ana pode ser mais chata do que eu imaginava.

Além disso, eu não gostei do desenvolvimento de Christian. Ele passa de magnata sádico e masoquista, para um cachorrinho possessivo, ciumento e assustado. Além, é claro, da falta de personalidade de Anastasia. Várias vezes, no decorrer da leitura, eu vi ela se contradizer. Primeiro ela dizia que não queria ser bancada, mas não se importava de ganhar um carro, dizia que não admitiria que Christian lhe dissesse o que fazer, mas o obedecia feito um cachorrinho. Sinceramente autora, vamos ter um pouquinho de ordem, sim? desenvolva bem o seu personagem antes de colocá-lo em uma história para ele não ser uma idiota bipolar!

Enfim! Eu notei, como no primeiro, que o que a autora criou foi um universo que ela queria para ela. O fato de Ana ser tão linda, e TODO MUNDO querer comê-la! Pelo amor de deus!

Ela apenas refletiu o seu desejo de ser desejada, na personagem! Criou um homem lindo, poderoso, que a idolatra e que a protege... enfim, o homem que "toda" a mulher quer! e não é bem assim! Bons personagens tem personalidade e opinião, são bem construídos, o que não foi o caso nesse livro. Acho que agora descobri o segredo de tanto sucesso... ela criou um universo onde a mulher é linda, ovacionada, desejada, e onde tem um homem lindo, rico, poderoso que só tem olhos para ela...

Minha conclusão? continuou com apenas uma estrela. A autora perdeu a oportunidade de amadurecer seus personagens, criou uma trama digna da sessão da tarde - com exceções, claro - e o fim foi decepcionante. Jura? aquilo é um fim? Para aqueles que gostaram, que bom, mas eu continuo com a minha opinião: falta bom senso e profissionalismo para a autora, pois o livro continua abaixo da qualidade de verdadeiros Best Sellers.
S. T. 17/06/2015minha estante

"Enfim! Eu notei, como no primeiro, que o que a autora criou foi um universo que ela queria para ela. O fato de Ana ser tão linda, e TODO MUNDO querer comê-la! Pelo amor de deus! "

+1




Alice 13/04/2021

Muito bom.
Nossa, que livro bom.
Cheios de altos e baixos, revelações e adrenalina. Simplesmente adorei! A leitura flui e assim fica muito bom de ler. A Anastasia evoluiu muito e fiquei extremamente feliz com isso.

?Dessa vez, sem regras. Sem castigos. E chega de segredos.?
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Mariinorberto 23/04/2021

Esse é melhor do que o primeiro, mas ainda esperava mais, estou enjoada desse casal, massss vou terminar a trilogia
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Ju 29/12/2012

Cinquenta Tons Mais Escuros... ou seriam mais chatos?
O ponto mais importante a ressaltar sobre este segundo volume da série é: Christian não fode duro mais. Ele agora faz amor lenta e carinhosamente. Aff!

Depois de looongos quatro dias de seu rompimento com o multimilionário, maníaco por controle, sadomasoquista, deus grego de olhos de cinza, Crhistian Grey, Ana está desolada, magra e abatida. Ela não come, não dorme, só chora. Mas eles voltam a se encontrar para ir à exposição de José_ aquele amigo da Ana que tentou lhe roubar um beijo quando estava bêbada, e que ela como uma boa menina perdoou. Enfim, eles vão à exposição_ de helicóptero, claro(!), uma vez que Chriatian é muito humilde, e depois que ele compra todas as fotos de Ana que estavam expostas, eles vão ter a tão esperada conversa, onde Grey diz como ficou arrasado (sem ironias) por ela tê-lo deixado e que ele está disposto a tentar um relacionamento normal.
(...)
Ouvi muita gente dizer que esse livro tem menos sexo que o primeiro. Devo ter lido o livro errado, só pode. Porque eu não aguentava mais ver a Ana explodindo em orgasmos. Sério: já tava ficando chato. E mais chato ainda, era ter que aguentar ela o tempo todo se perguntando se poderia ou não ficar com Christian, se ela era capaz de satisfazer todas as suas necessidades_ leia-se prazer na dor alheia. Outro também que irritou nesse livro foi o Christian, o tempo inteiro dizendo Ana não me deixe, eu não sei viver sem você. Deu pra entender na primeira vez que ele falou. Não precisa ter repetido isso nas outras 400 páginas.

Aliás, a repetição é o grande pecado de E. L. James em Cinquenta tons mais escuros, esse e também criar falsas expectativas no leitor. Tem umas partes que poderiam ser bem emocionantes na narrativa, como uma ex-submissa problemática que está perseguindo Ana, não fosse o fato de que de repente a emoção é cortada. Você lê, lê, esperando acontecer alguma coisa e não acontece nada. ¬¬

Gostou? Leia a resenha completa aqui>>>http://entrereaiseutopias.blogspot.com.br/

Diana 13/01/2013minha estante
Nossa é exatamente isso! Estou na página 203 mas já me esforçando para não desistir.

"Porque eu não aguentava mais ver a Ana explodindo em orgasmos" (2)




spoiler visualizar
Crys Leite 04/09/2012minha estante
Eu adorei e estou ansiosa pelo terceiro. Quando ele desaparece, dá um aperto no coração,eu no lugar dela ficaria desesperada também. O pedido de casamento dele é muito fofo, depois vem as flores, o anel, adorei.




Bella 07/08/2013

E.L, are you a virgin, or what!
Quando todo mundo estava falando de como esse livro era incrível, eu me animei demais pra ler, e também me apaixonar por Cristhian Grey, mas seriously.. O livro é tão amador, tão sem nexo, tão superficial, que eu me segurei pra não tacar ele na parede.

Sinceramente, li, esperando ter novas idéias, e só consigo me perguntar se a escritora é uma tia solteirona gorda e virgem. Sem ofensas.
Marcia Leão 12/09/2013minha estante
kkkkkkk verdade !!! Este livro é chato demais, um conto de fadas dos tempos atuais bem ruizinho..




gabspetineli 23/08/2021

ok, o segundo livro dessa trilogia, conseguiu ser melhor que o primeiro, mas deixa de ser cômico de tão estranho que é
mas depois dele não vou nem ler o terceiro
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Nêssa 06/11/2015

50 TONS MAIS ESCUROS
Após ler o primeiro livro, muitas coisas ficaram pendentes, e eu realmente queria saber o desenrolar dos fatos; e esses devo admitir que de certa forma me surpreenderam... Quem podia imaginar que o Grey do primeiro livro pudesse mudar tanto? Esse é um bom ponto.

Após a separação dramática no fim do livro anterior, Grey e Anastácia tentaram seguir suas vidas, porém eles não foram bem sucedidos nessa tentativa! Sim, Grey e Anastácia voltaram a ficar juntos, e então questões, medos, esclarecimentos e sentimentos vieram à tona, a relação entre os dois foi mudando gradativamente, e assim aos poucos, Anastácia se via envolvida num mundo novo, assim como Cristian.

Cara... Ela experimentou tantas coisas novas! Cristian proporcionou momentos inesquecíveis pra Ana Steele, ela por sua vez não sabia o que AQUELE HOMEM havia visto nela, mas mesmo assim ela se entregou de corpo e alma, movida por um sentimento forte que ela não podia ignorar.

Os dois juntos, a cada instante se viam enfrentando incontáveis obstáculos de diferentes naturezas para ficarem juntos, no fim desse livro pelo menos eles conseguiram, mas pelo que li, eles ainda terão muito o que enfrentar... Agora só lendo o ultimo livro da triologia pra saber!
Carpe diem !
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Eugene.Silva 14/07/2021

Ao contrário do primeiro livro, esse foi espetacular, mostrou a evolução do casal.
O que dizer sobre Christian? Ele evolui muito desde o primeiro livro, isso foi mostrado com todos os detalhes em 50 tons mais escuros, mostrou como ele aparentemente está apaixonado por Anastasia, como ele lidou com seus problemas. Anastasia ele se tornou uma mulher forte, independente, e apesar de tudo lida com seus problemas. Nossa simplesmente perfeito, ganhou meu coração, fora que o fim do livro da vontade de ler o próximo, amei 5 estrelas, favoritado
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Baconzitas 07/11/2012

mimimi
Todo mundo critica a trilogia dos 50 tons porque caiu no gosto popular, virou modinha. De toda a baboseira que falam por aí, eu só concordo que são livros mal escritos, isso é fato. Porém, trata-se de uma história envolvente, que nos prende e é uma leitura bem tranquila, excelente para passar o tempo. Assim como Crepúsculo, apesar de eu gostar, não falo que são "livros bons"; são histórias legais. Eu tenho vergonha de dizer que gosto de Crepúsculo ahahaha Não vou bater no peito pra gritar EU LI CINQUENTA TONS DE CINZA porque isso é idiotice também; uma história legal e boa para passar o tempo, simples.
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Joy 08/08/2021

Ótimo livro, sou apaixonada por ele, fala de romance,e te ajuda a perceber a real beleza que a dentro de cada pessoa. Super recomendo a trilogia toda.
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Gislaine 26/06/2013

Continua ruim
"Minha opinião não mudou muito desde o primeiro, como comentei a autora continua a dar detalhes de mais e comentários que sempre tem em todos os capítulos (como ele pode me afetar tanto, como posso resistir a ele) poderia diminuir já que a própria deixou claro as características de Grey e o que provoca nas mulheres, então não seria diferente com "coitadinha a Ana Steele”, resumindo a leitura seria menos cansativa se desse uma diminuída na enrolação e em detalhes insignificantes é duro ler a mesma coisa varias vezes fica Tedioso e cansativo e também previsível, sempre que tem um fato novo devido a tantos detalhes e tanta enrolação sabemos onde vai terminar, a única surpresa pra foi à reação de Leila, por outro lado Anastásia continua muito passiva muito bobinha parece que tem uns 16 anos, não aguento mais ela, em pensa que compararam a historia com crepúsculo que nem é tão ruim assim, um livro para adolescentes atende a expectativa dos mesmos, mas cinquentas tons não tem como ter sido escrito para maiores de 18 anos, este livro é escrito para "jovenzinhos" que ao contrario de Stephenie Meyer que soube contar a historia E L James não soube, não aproveitou a história como devia devido o essencial da historia ser muito bom deveria ter sido melhor escrito e E L James poderia ter deixado o livro com uma cara mais adulta, ate agora não entendi a adoração por este trilogia, apesar de muitos comentarem que o segundo livro é o melhor (meu deus) a história tenta sim melhorar, mas não o faz, não é bem contada e a escrita de E L James não muda (não sei se é a tradução) então fica a mesma MERDA! Bom é isso essa é minha OPINIÃO, então não critiquem só respeitem. ;)
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atargino 02/11/2012

Cinquenta Tons de Cinza e a “salada de frutas literária” (Fifty Shades of Grey and “literary fruit salad”)
Resenha do blog "Antes do amanhecer...": http://blogantesdoamanhecer.blogspot.com.br/

Sou uma declarada amante da literatura, principalmente dos clássicos. Contudo, leio sobre diversos temas e autores atuais e, atiçada pelo “bichinho da curiosidade”, acabei lendo os dois primeiros volumes de Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey), de E L James. Não vou ser repetitiva e criticar a má desenvoltura literária da autora. Quero chamar a atenção para questões ainda não tão exploradas por outros críticos literários.

Confesso que nunca li a trilogia Crepúsculo e muito menos assisti a qualquer uma de suas adaptações para o cinema. No entanto, pelo que li por aí, Cinquenta Tons de Cinza e sua sequência, Cinquenta Tons Mais Escuros (Fifty Shades Darker) e Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed), são baseados (fanfiction) na saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer. Todavia, ouso dizer que a trilogia Cinquenta Tons é inspirada em muitos outros textos.

Em minha opinião, a autora (ausente de criatividade e cansada da mesmice) fez uma verdadeira “salada de frutas” ao misturar tudo quanto é livro e filme em sua “obra”. Anastacia Steele (protagonista de Cinquenta Tons de Cinza) é a constatação de uma donzela virgem em busca de seu príncipe encantado - o que nos remete aos contos de fadas. Christian Grey (protagonista e par romântico de Anastacia) completa a ideia da fantasia ao ser descrito como um verdadeiro cavalheiro: abre portas de carro, deixa a dama passar à frente, socorre-a de perigos e cuida dela como um pai. Enfim, o príncipe encantador e mítico.

Não pude deixar de notar, todavia, a semelhança da sequência de Cinquenta Tons com os romances açucarados que li em minha adolescência. Muitos aqui devem se lembrar dos livros vendidos em bancas de jornal Sabrina, Júlia e Bianca (não me recordo se havia outros) que retratavam mulheres apaixonadas por belos homens. Nestes romances, quando o enlace amoroso finalmente acontecia, também havia cenas de sexo descritas com bastante sutileza: um seio à mostra aqui, outro ali, uma mão aqui, outra acolá... – e isso era o que as adolescentes da época liam de pornográfico até então. Lembro-me, inclusive, que os livros passavam de mão em mão entre minhas amigas e eram lidos escondidos de nossas mães.

Pois bem, voltando para os Cinquenta Tons, nunca havia lido algo que me fizesse relembrar de tantas outras coisas que li ou assisti anteriormente. Já na primeira cena sadomasoquista entre Anastacia e Christian, tive outro flashback ao lembrar de um filme que assisti há alguns anos. Secretary (2002), com James Spader e Maggie Gyllenhaal, conta a história de um advogado perturbado e sádico que se vê diante de uma garota que ele descobre ser masoquista (eis então a combinação perfeita!). Aliás, não apenas a questão sadomasoquista é perceptível entre os Cinquenta Tons e Secretary.

Em Cinquenta Tons, Anastacia acaba por entrar numa nova realidade recém-formada da faculdade de Letras. Já em Secretary, Lee Holloway (a protagonista) acaba de sair de um sanatório e está prestes a começar uma nova vida. Ambas, portanto, anseiam e projetam por viverem novas experiências. Lee então arranja um emprego de secretária num escritório de advocacia (eis o porquê do nome do filme) e Anastacia numa editora. Como fazia muito tempo que assisti ao filme, achei por bem revê-lo para realmente constatar as coincidências... e encontrei muitas outras!

Anastacia e Lee são garotas ingênuas que pouco sabem a respeito da vida e possuem um amigo declaradamente apaixonado por elas. José é amigo de Anastacia; ele se declara e até tenta beijá-la depois de praticamente deixa-la bêbada na comemoração da formatura. No entanto, ela é “salva” por Christian. Em Secretary Peter é amigo de Lee; eles namoram, transam e até ficam noivos, mas Lee foge e vai atrás do advogado, que é o seu chefe e por quem está apaixonada. Aqui temos então os amigos apaixonados das protagonistas: Peter e José.

Pensar sobre Peter e José me fez lembrar da bíblia. Peter, ou Pedro traduzido para o Português, era um dos apóstolos e José, como todos sabem, era o pai de Jesus. Nesse contexto ainda temos Christian (Cinquenta Tons), que pode ser traduzido como “cristão”. Pedro e José eram cristãos e Christian poderia ser considerado, numa singela analogia, o suprassumo dos dois (nossa, será que estou viajando?). Principalmente quando nos deparamos com a incansável repetição de quanto Christian é jovem, lindo, rico e poderoso.

Ademais, há outro detalhe que ainda não mencionei. O nome do advogado em Secretary é E. Edward Grey (sim, isso mesmo que vocês leram!). Esse era um detalhe do qual não me recordava e tomei um susto ao ler a inscrição na placa do escritório de advocacia em uma das cenas. Que incrível coincidência o nome do advogado remeter aos dois personagens dos livros que dialogam entre si, pois “Edward” é o protagonista de Crepúsculo e “Grey” o de Cinquenta Tons. Entrei em choque e até dei uma pausa no filme para entender melhor aquela sinapse.

Outra cena em Secretary que chama a atenção é quando Lee imagina estar indo ao encontro de Mr. Grey (o advogado) e ele está à frente de uma parede vermelho-sangue que se abre e os leva para um jardim cheio de flores idênticas às que ele cultiva. Nesse jardim, na imaginação de Lee, eles se permitem aos prazeres do sexo. Tal cena remete ao “quarto de jogos” de Christian em Cinquenta Tons - descrito por Anastacia como o “quarto vermelho da dor” -, local destinado aos prazeres do sexo sadomasoquista (e sim, outra coincidência...).

Confesso que, por um breve momento enquanto revia o filme, pensei que Cinquenta Tons talvez não passasse de um plágio, mas não de Crepúsculo, como alguns dizem, e sim de Secretary! Claro que num tom mais moderno, com laptops, smartphones, carros luxuosos, jatinho, helicóptero, muitas cenas de sexo, amor ingênuo e muito, muito dinheiro.

Diante disso, e afastando a ideia de plágio, cheguei à conclusão de que tudo era uma verdadeira “salada de frutas literária”. E L James, autora de Cinquenta Tons de Cinza, parece ter se inspirado em todo esse conteúdo, seja cinematográfico (embora valha dizer que Secretary também é baseado em um livro e isso é mencionado no início do filme) ou livresco para compor a sua trama, apimentando-a e trazendo-a à contemporaneidade.

Essa nova visão literária do sexo parece estar agradando. Não à toa, os livros da autora estão entre os mais vendidos nos EUA e também aqui no Brasil. Contudo, nada disso é novidade. Sempre houve literatura sadomasoquista, romântica, sensual, bíblica e a de contos de fadas. O que a autora precisou fazer foi apenas juntar tudo isso numa sequência de livros para um público carente de pornografia atualizada e pego de surpresa por toda essa mistura. Bom, e ela se deu bem, pois está milionária...

Será esse então o segredo do sucesso de um livro? Uma “salada de frutas literária”, e por vezes repetitiva, porém revestida de uma nova linguagem? Ou será que os leitores é que necessitam de uma nova postura crítica em relação àquilo que leem?

22/10/12
Aline Targino – licenciada em Letras pela Uerj.
Marilia 03/01/2013minha estante
Também fiz essa comparação.


atargino 11/01/2013minha estante
Olá Marilia! Obrigada pelo seu comentário!

A impressão que tenho tido nos últimos tempos é de que há muita gente esquecida por aí. Não sei se os tempos modernos, com tanta informação, a influência sobre o que leem, veem ou escutam acaba se evaporando rapidamente. Dia desses assisti um vídeo no qual um blogueiro apresentava versões de músicas idênticas (ou quase) gravadas por músicos diferentes e famosos em sua maioria. No entanto, muita gente nem se deu conta. Por isso, não é de surpreender como o romance, que nada mais é do que uma cópia dos antigos livretos romanescos, está fazendo tanto sucesso.

Realmente há muita carência de uma literatura mais apimentada que misture um pouco de romance, o que em parte acabou sendo o segredo do sucesso da trilogia Cinquenta Tons de Cinza. Acredito, também, em certo glamour dado à trilogia que ajudou-a a ser um best seller, pois os livros que lemos quando adolescentes como Sabrina, Júlia ou Bianca eram vendidos em bancas de jornal, diferentemente do Cinquenta Tons.... Outro detalhe é a estética como o material impresso, a capa e a formatação. O investimento nessa área também é importante e, inclusive, a versão original (em Inglês) ganhou capa dura recentemente. Sem contar as caixas box que até dão um charme aos livros.

No mais, a crença de que tudo que vem de fora é melhor, acaba por menosprezar nossa riquíssima literatura. Há textos eróticos muito bons e escritos com qualidade. Infelizmente é uma pena que nossa cultura é tão desvalorizada.

Enfim, para quem curte um romance leve, que não necessite de grandes abstrações, bem como um toque de pornografia, vale a leitura de Cinquenta Tons de Cinza.




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