Nunca mais Rachel

Nunca mais Rachel Lisa Genova




Resenhas - Nunca Mais Rachel


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Paula 11/03/2013

Minha expectativa para Nunca mais Rachel era grande; Lisa Genova é a autora de Para sempre Alice, livro que me emocionou e que sempre recomendo para quem gosta de uma história tocante e com bastante drama. Esperava, por isso, uma obra igualmente sensível, mas confesso que me decepcionei um pouco. Aliás, tenho dois pés atrás com autores estreantes que fazem um sucesso enorme com um livro e causam expectativa para o próximo, essa que muitas vezes não é atendida.
Lisa Genova é, não só uma autora boa, mas uma especialista no assunto abordado no livro: negligência esquerda. Ela é phD em neurociência pela Harvard e só por isso já podemos esperar uma descrição perfeita dos sintomas da doença. A negligência esquerda é, basicamente, o ato do seu cérebro ignorar tudo o que está ao seu lado esquerdo. Ou seja, quando você enxerga o mundo ao seu redor, vê apenas o lado direito de tudo, mesmo sabendo que o esquerdo está lá.
Rachel, a persongem principal, é acometida pela Negligência após um acidente de carro e tem que abdicar da vida corrida que levava antes para tratar-se, mesmo sabendo que esse tratamento pode não dar resultado algum. Nesse contexto, é forçada a lidar com uma nova realidade, cuidando dos seus três filhos e tentando manter seu casamento estável com o marido. Conta, para isso, com a ajuda de sua mãe, que para mim foi o auge da história. Uma mãe que foi ausente na vida da filha durante anos e agora busca se reaproximar. Acredito que o que mais apreciei na obra foi a relação das duas sendo (re)construída ao longo do romance.
Fazendo uma análise pessoal da obra, percebi que Lisa Genova foi muito mais racional (por falta de uma palavra melhor) em Nunca mais Rachel. Deu ênfase no dia-a-dia da personagem e nas dificuldades enfrentadas por ela e não focou tanto assim no emocional. Talvez por isso eu tenha estranhado tanto; esperava chorar em cada página virada.
A história é boa, serve como uma lição para nos alertar que a vida é o que fazemos dela e também a forma com a qual nos moldamos às circunstâncias. Porém, sinto que faltou algo. Um livro que me distraiu, mas não me marcou de uma forma diferente.
Vale a leitura, mas sem grandes surpresas ou expectativas.
DIRCE 17/03/2013minha estante
Elucidativa.
Beijo grande.


Mari 26/11/2013minha estante
Para começar, gostaria de dizer que achei sua sinopse muito interessante e bem escrita.

Diferente de você, entretanto, eu simplesmente amei o livro. Considerei que o foco no dia a dia, nas dificuldades reais da personagem foram maravilhosos. Ela mostrou praticamente todas as fases... a negação, a revolta, a depressão, a conformação, a aceitação e a luta pela retomada de uma vida feliz mesmo não sendo exatamente igual a anterior. Falou também de superação pessoal e de perdão.
Para mim, o livro foi perfeito e me marcou muito. Afinal, não é preciso fazer chorar para marcar.


Paula 27/11/2013minha estante
Obrigada, Mari!
Com certeza, é até interessante perceber como é pessoal a forma que cada livro nos marca.
Obrigada pelo comentário!


Sol 20/12/2015minha estante
Péssimo livro.Não indico


Luciana 04/08/2017minha estante
Mto boa a sua sinopse.
Estou sofrendo do mesmo mal com o livro Dançando com as borboletas da Fabianne Ribeiro. O primeiro livro (Jogando xadrez com os anjos) foi ótimo, avassalador, chorei horrores e me fez refletir bastante. Na empolgação comprei a continuação do livro e vejo que a autora não trouxe o mesmo feeling, meio sem sentido a continuação, não acrescentou em quase nada...
Ainda assim, teimosa que sou, por sua sinopse vou ler Nunca mais Rachel e espero não me arrepender kkkk.


@xamalf 18/07/2022minha estante
Pretendo ler esse livro, Eu li Com Amor Anthony e me emocionei bastante.




@marcosmelhado 02/03/2022

A vida é um sopro
Nesse livro a autora nos apresenta uma protagonista viciada em trabalho, casada e com três filhos pequenos que sofre um acidente e vê sua rotina totalmente interrompida. Depois do acidente ela desenvolve uma síndrome chamada "negligência unilateral". Muito comum em quem sofre lesões cerebrais. A Rachel não consegue mais notar nada que fique do seu lado esquerdo. Não vê pessoas, objetos e nem movimenta o braço e a perna. É bizarro notar que a pessoa lesionada não tem noção nenhuma de que exista um lado esquerdo. Se tratando de um romance fundado sobre a doença a autora poderia ter sido bem piegas. Mas a história segue uma linha bem descontraída. A protagonista é muito divertida e a todo tempo reage com um tom bem irônico as suas limitações. O livro dá uma boa provocada quanto ao trabalho excessivo e as prioridades na vida. O final é bastante acelerado. Fico com aquela sensação de que o autor pensa “nossa preciso terminar isso" e estraga o ritmo da narrativa. No final das contas fica a reflexão do quanto a linha da vida é tênue.
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Kellen 04/06/2020

Muita expectativa para nada.
Meu segundo livro da autora, pois comecei com Para Sempre Alice. Confesso que a gente fica na expectativa de que seja tão perfeito como imaginávamos, mas não. Foi vago, podia muito bem ter sido escrito em 50 páginas. Pena, pois o assunto tem um potencial.
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Silmara 10/01/2015

“A figura no cartaz é de duas mãos, não uma. E as mãos não estão cerradas em punhos individuais, prontos para a batalha. Elas se apertam. É um aperto de mãos. E a palavra em letras vermelhas acima das mãos não é atitude. A palavra acima das mãos apertadas é gratitude, gratidão.
Começo a chorar, amando esse cartaz para o qual venho olhando de maneira completamente errada. “ Página 152

Os leitores sabem o que é Negligência Esquerda? Sabe as dificuldades diárias enfrentadas por quem convive com esta limitação? Como é o processo de reabilitação? Este livro, conta uma história, que responde a estas perguntas, sem precisarmos ler artigos da área médica.
A autora deste livro Lisa Genova é uma neurocientista, portanto, escreve com conhecimento do assunto. Nota-se pelos agradecimentos no início do livro, que o assunto foi pesquisado a fundo.
A personagem principal, como o nome do livro diz é Rachel, uma esposa, mãe e profissional bem sucedida que se desdobra para dar conta das inúmeras atividades diárias.
Entretanto, num momento de descuido, sofre um acidente, que deixa como sequela a Negligência Esquerda. É uma condição bastante comum em pacientes que sofreram lesão no hemisfério direito.
O livro conta em detalhes o passo a passo da reabilitação de Raquel, sua determinação, a luta contra sua deficiência, seus momentos de frustração, o relacionamento com sua família, o que nos leva a imaginar os sentimentos de quem na vida real passa por este processo e como a rotina de uma pessoa, de uma família sofre mudanças quando algo assim acontece.
Fui atraída pela capa, e ao ler algumas resenhas, me interessei pelo livro.
Recomendo o livro, pois além de lermos uma boa história, agregamos conhecimento. Nunca tinha ouvido falar de Negligência Esquerda. Sabemos que as pessoas que lesionam o cérebro muitas vezes ficam com sequelas, mas esta especificamente eu desconhecia.
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julia :) 26/09/2020

Muito impactante
Esse livro foi para mim uma leitura MUITO devagar mas que no final acabou valendo a pena. É um livro muito bem trabalhado na cabeça da personagem e a gente entende tudo que essa mãe e esposa passa no seu dia a dia. Recomendo pra quem quiser receber um lição de vida tão bonita quanto essa.
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marcilivros 07/01/2014

Inteireza de uma pessoa.... o que isto significa?
Como alguém conseguirá sentir-se inteira se não puder cumprir o que encontra-se colocado aqi nesta lista?
Você precisa ligar para Harvard antes do meio-dia, você precisa começar as revisões de desempenho do fim do ano, você precisa terminar o programa de treinamento da Business School para os associados de ciência, você precisa chamar o paisagista, você precisa mandar um e-mail para o escritório de Londres, você precisa devolver os livros atrasados para a biblioteca, você precisa devolver à Gap as calças que não serviram em Charlie, você precisa comprar comida para o Linus, você precisa pegar a roupa na tinturaria, você precisa comprar o jantar, você precisa marcar uma hora para Lucy no dentista para ver aquele dente, você precisa marcar uma hora para você no dermatologista para ver aquele sinal, você precisa ir ao banco, você precisa pagar as contas, não se esqueça de ligar para Harvard antes do meio-dia, de mandar um e-mail para o escritório de Londres...

É o que se fica pensando quando conhecemos Rachel Nickerson, 37 anos, esposa de Bobe, mãe de Charlie, 7 anos, que no transcorrer do livro recebe um diagnóstico de TDAH, Lucy, cinco anos, que adora vestir-se de princesa e Linus, que começa esta história com nove meses e costuma acordar às 5 da manhã.... Rachel é vice-presidente de uma firma de consultoria de Recursos Humanos e trabalha 80 horas semanais. O casal possui duas hipotecas para pagar e um padrão de vida que pode ser considerado invejável, mas suas rotinas são cruéis...

Após tocar seu despertador, Linus, Rachel começa sua corrida para dar conta de seus prazos, metas, objetivos, percentagens.... e só pára, em termos, de madrugada....

E-mails, telefonemas, resoluções rápidas para algumas questões, acontecem em meio a troca de fraudas, idas à escola ou a creche e... claro.... no trânsito, pois quando se está em uma fila, com chuva, nada mais produtivo do que fazer uma ligação para o trabalho com o objetivo de adiantar a agenda....

Mas... neste lapso de tempo algo acontece e nossa personagem sofre um acidente. Seu cérebro é atingido e então seu hemisfério direito, lesado, gera o que se chama de negligência esquerda, ou seja, ela não percebe nada do que esteja deste lado, inclusive seu corpo....

E agora, mudamos a pergunta do início deste texto: como sentir-se inteira quando não se está 100%? Mas, o que é sentir-se nesta condição? Isto é o que pode-se aprender nesta história, que oferece-nos momentos ímpares de risos, lágrimas, mas que faz-nos, acima de tudo, refletirmos sobre o que permitimos que o excesso faça conosco.... aqui, neste caso, o trabalho. Oportuniza-nos pensar sobre que sucesso desejamos obter e o que significa sentirmo-nos felizes, pessoal e profissionalmente....


Talita Fernanda 07/01/2014minha estante
Ual, Marcilene! Fiquei super interessada no livro!
Você realmente escreve muito bem! Parabéns!


Talita Fernanda 07/01/2014minha estante
Ual, Marcilene! Fiquei super interessada no livro!
Você realmente escreve muito bem! Parabéns!




Ferreira 31/05/2015

Dica
Você precisa ler todo o livro para gostar dele, dica para quem pretender abandona-lo .
Iácones 17/11/2016minha estante
Vou continuar minha leitura...




Zana 30/03/2016

Um testemunho do triunfo do espírito humano!
Rachel Nickerson vivia cada segundo de sua vida de forma acelerada. Era necessário que o dia tivesse mais de 24hs para conseguir equilibrar sua promissora carreira de vice-presidente de recursos humanos da Berkley Consulting e sua vida familiar. Seu marido Bob entendia perfeitamente, pois também viva sob a mesma pressão. Para o casal conseguir conciliar horários que permitissem dar a mínima assistência aos seus três filhos - Lucy, Charlie e Linus, tinham que decidir no jogo: "Tesoura corta papel. Papel embrulha pedra. Pedra amassa tesoura". Quem perdia no jogo teria que alterar seus horários para levar os filhos para creche, escola e atender as demandas urgentes. Geralmente Rachel perdia, e num dos raros momentos de sorte em que ganha no jogo sofre um acidente de carro a caminho do trabalho que lhe deixa com uma grave sequela, uma síndrome neurológica chamada Negligência Esquerda. A partir de então, a vida Rachel e de sua família nunca mais seria a mesma.

"Nunca mais Rachel" é um testemunho do triunfo do espírito humano sobre as limitações do corpo e adversidades da vida. Passar literalmente a ver e ter de se adequar a uma vida pela metade requer esforços inimagináveis para quem nunca sentiu na pele. "Olhe para a esquerda, examine a esquerda, vá para a esquerda", passou a ser o lema de sobrevivência de Rachel que precisou reaprender a se locomover, a ler, a controlar todo lado esquerdo inerte do corpo!

Algumas metáforas retratadas nos sonhos/pesadelos recorrentes vividos por Rachel antes do acidente, sugerindo que foi preciso Deus, o Universo, o Destino ou sei lá o quê acertar a cabeça de Rachel para ela finalmente abrir os olhos para os sonhos e detalhes significativos da vida que estava perdendo sob o peso de seu ritmo agitado de vida, sinceramente achei uma besteira. Se fosse esse o caso, então começaria a achar que Deus, o Universo, o Destino ou sei lá o quê seria um grande machista, porque senão teria que ter acertado também a cabeça do Bob, pois ele era igualzinho a Rachel.

Além da luta e superação da personagem e de sua família, o também bonito de se perceber foi que apesar do relacionamento e da vida loucamente acelerada do casal, Bob e Rachel se amavam e amavam os filhos. E mesmo que advinda de outra tragédia, a forma como uma segunda chance para o dar e receber perdão foi aproveitada entre mãe e filha. "Nunca mais Rachel" é um livro de fortes lições significativas. Recomendado.
Érica | @aquelacomlivros 30/03/2016minha estante
Cruzes, a mulher é tão azarada que até quando pensou ter tido sorte, era azar!
Zana, a sua resenha é tão boa que mesmo eu não gostando desse estilo, to querendo saber o que acontece...Ela consegue superar? O final é feliz?


Zana 30/03/2016minha estante
Verdade Érica desta sorte quero passar longe! Sim e sim... Vou enviar pra você ; )


Zana 30/03/2016minha estante
Oh, mas devo dizer que os sim's foram dentro da medida do possível.


Silvana Barbosa 30/03/2016minha estante
Uau !! Resenhão , Zana !!


Érica | @aquelacomlivros 31/03/2016minha estante
Obrigada Zana, querida! :*


Zana 31/03/2016minha estante
Resenhão? Humm obrigada Silvana você me conforta. Recentemente descobri que minhas resenhas desencorajam certos leitores, OMG!


Érica | @aquelacomlivros 31/03/2016minha estante
Hein?? Comássim???


Zana 31/03/2016minha estante
Entendi errado Érica, deve ter sido o orégano que fumei mais cedo ahuahua


Érica | @aquelacomlivros 31/03/2016minha estante
hahahahahaha...Já falei pra largar essa vida, Zana!!!


Silvana Barbosa 31/03/2016minha estante
Ah kkkkk




Bia de Carvalho 04/09/2016

Esse livro ficou em mim
Nunca tinha ficado tão íntima de um personagem como da Rachel, talves seja por ser mãe como ela, me identifiquei em muitas partes com tudo o que ela pensa.
Mas a maneira como a autora entra na cabeça dela é fantástica! Me senti angustiada, triste e feliz com cada obstáculo, perda e vitória dela.
Comecei a dar valor pra algumas coisas em minha vida e parei pra pensar coisa que não fazia há muito tempo.
Nota 10! Amei!
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Sheila 24/10/2012

Resenha: "Nunca mais Rachel" (Lisa Genova)
Neste novo romance de Lisa Genova (a mesma autora de "Para sempre Alice") Somos apresentados, já nas primeiras páginas, à sua protagonista Rachel Nickerson - ou melhor dizendo, aos sonhos que esta vem tendo já a algum tempo e que, passados alguns acontecimentos, passa a encarar como sonhos premonitórios, que vinham insistentemente lhe dizendo o que em hipótese alguma queria ouvir.

Afinal de contas, Rachel não possui tempo para ouvir algo tão trivial quanto um sonho: ela é vice-presidente de recursos humanos de uma conceituada empresa, trabalha mais de 70 horas por semana, esposa de Bob e mãe de três crianças, Charlie de 7 anos, Lucy de 4 e Linus com apenas 9 meses. Além do trabalho, precisa ver-se às voltas das roupas, comida, escola, creche, futebol, aulas de piano.

Além disso, a empresa de Bob vem sofrendo alguns cortes, e Rachel precisa mais do que nunca preocupar-se em manter o seu emprego, e mais, subir na carreira, já que ela e Bob possuem uma hipoteca para pagar, além de créditos estudantis por sua formação em Harvard. Apesar de mal ter alguns segundos para respirar, Rachel ama sua vida, mesmo que as vezes isso a faça sentir-se um pouco culpada quando pensa no tempo que falta para dedicar aos seus filhos.

"Essa é uma manhã surpreendentemente quente para a primeira semana de novembro ... sem dúvida por causa do tempo, o playground da escola está cheio de crianças alvoroçadas, o que não é típico pelas manhãs. Isso chama a atenção de Charlie e ele dispara.
- Charlie! Volte aqui!
Ele não parece me ouvir, mas as mães próximas a mim ouvem. Usando agasalhos de ginástica de marca, camisetas e jeans, tênis e tamancos, essas mães parecem ter todo o tempo do mundo para se demorar no playground da escola de manhã. Sinto a censura em seus olhares e imagino o teor geral dos seus pensamentos".

No entanto isto tudo esta prestes a mudar já que Rachel, em meio a um desses dias em que cada milissegundo conta, acaba capotando o carro em um dia de chuva por estar procurando seu telefone celular enquanto dirigia. De uma ex-aluna de Harvard bem sucedida e ascendendo na carreira, Rachel vê-se presa a uma cama de hospital, diagnosticada com algo que até então nunca ouvira falar: Negação esquerda, uma lesão que a impede de entrar em contato com toda a parte esquerda do mundo.

"Dr Kwon chega para dar uma olhada em mim antes de suas rondas.
- Como estava seu almoço? - pergunta.
- Bom. (...)
- E se eu lhe disser que há uma barra de chocolate no seu prato? - diz ele sorrindo.
Tenho que reconhecer que ele acertou na mosca. Chocolate é sem sombra de dúvida a isca certa para usar comigo. Mas não preciso de incentivo. Estou totalmente motivada. Não é que eu não esteja tentando ver o que ele vê.
- Não o vejo.
Talvez eu possa senti-lo. Passo a palma da minha mão em toda a superfície do prato limpo, branco. Não há nada. Nem um grão de arroz, nem um pedaço de chocolate.
- Tente virar a cabeça para a esquerda.
Olho fixamente para o prato.
- Não sei como fazer isso ... intelectualmente, compreendo que o prato tem um lado esquerdo, mas ele não faz parte da minha realidade. Não posso olhar para o lado esquerdo do prato por que ele não está lá. Não há lado esquerdo. Tenho a impressão de estar olhando para o prato todo. Não sei, é frustrante, não consigo descrevê-lo".

Agora, essa mulher extremamente independente e competitiva, terá que lutar contra si mesma e sua deficiência, que a impede não só de ver e perceber seu lado esquerdo - perna, braço, mão, olho - como o lado esquerdo de um quarto ou, até mesmo, do seu prato de comida. Sem prazos, respostas ou métodos que possam fazê-la retomar sua antiga vida, Rachel começará a trilhar a árdua estrada da reabilitação, não só de seu corpo, mas de toda essa vida onde caminhar até e geladeira passa a ser uma grande batalha.

Além disso, terá que lidar com o recente diagnóstico de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção - de seu filho Charlie e sua difícil relação com sua mãe, que reaparece em sua vida após quase 30 anos de ausência, reabrindo velhas feridas que Rachel considerava há muito cicatrizadas.

- "Você precisa começar a aceitar a sua situação.
- Hum. Você está falando sobre o meu jeans ou sobre alguma outra coisa?
Não é possível que ela, entre todas as pessoas, pense que vai me aconselhar a aceitar a situação. Quando foi que ela aceitou sua própria situação? Quando foi que ela me aceitou? De repente, e pára a minha surpresa, estou profundamente emocionada, como se todos os sentimentos complicados que já alimentei em relação à minha mãe estivessem repousando, sem serem examinados ou perturbados; como se ela tivesse acabado de soprar uma grossa camada de poeira sobre uma mesa no sótão, intocada durante trinta anos, lançando cada partícula de dor em turbulento movimento".

Uma história comovente, que nos faz pensar a respeito de para onde estamos indo em nossas vidas: como serão nossas escolhas? Quais são nossas prioridades? O que realmente nos faz feliz? O livro nos convida a descobrir, junto com Rachel, que as vezes só damos real valor às coisas quando as perdemos; e que, também algumas vezes, só poderemos perceber isso quando nosso bem mais precioso - a vida - é revirada de ponta cabeça. Recomendo.

Disponível em: http://www.dear-book.net/2012/10/resenha-nunca-mais-rachel-lisa-genova.html
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Daycir 17/09/2014

Identificação Completa.....
Rachel chegou aonde toda mulher bem sucedida deseja.
Bom emprego, uma bela família, um esposo amado e companheiro....uma bela casa, casa nas montanhas para momentos de lazer.....e aí vem a pergunta....quando desfrutar disso???? Como???? Onde achar o tempo para viver tudo o que sua carreira e dinheiro lhe proporcionaram depois de tanta luta???
É quando Rachel sofre um acidente que lhe rouba metade das suas possibilidades....(literalmente).
Impossível não nos colocarmos na pele de Rachel, mulheres emancipadas, modernas, trabalhadoras.....de repente, nos pegamos lutando e batalhando por espaços que não nos proporcionam mais prazer, só obrigações e responsabilidades.
Para ler e refletir.
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San... 05/02/2016

Uma narrativa bastante interessante sobre negligência esquerda, quando o cérebro ignora tudo o que está do lado esquerdo, basicamente como se não existe lado esquerdo. Confesso que nunca tinha ouvido falar dessa doença e que fiquei embasbacada. O enredo em si não é um dos melhores da autora, sendo, resumidamente, uma história de superação. Mas valeu a leitura, que me apresentou realidades que eu desconhecia.
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Flávia Mattos 26/03/2016

Lisa Genova escreve com maestria e intensidade sobre enfermidades.
Desde Para sempre Alice, fiquei curiosa com a forma tão detalhada e exemplificativa que trata as doenças apresentadas em seus livros.
Neste ela relata sobre Rachel, que após um acidente de carro, começa a sofrer com uma doença chamada "Neglicencia Esquerda" confesso que nunca ouvi falar, e que em determinados momentos d leitura, fiquei angustiada imaginando como seria ter essa doença, que te paralisa todo o lado esquerdo.

Recomendo.
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Michele.Acquafreda 15/07/2017

"Nunca mais Rachel" segue a mesma linha utilizada pela autora na escrita de "Para sempre Alice", nos dando a possibilidade de adentrar no mundo, pensamentos e sentimentos de pessoas que sofrem por algum tipo de deficiência. Na obra em questão, Lisa Genova se aprofunda em lesões cerebrais, mais especificamente Negligência Esquerda.
Rachel, personagem principal do livro, representa a vida da mulher no mundo atual, dividida entre crescimento profissional e tarefas diárias ligadas à família. Sente o peso da auto cobrança para atender todas as demandas que lhes são direcionadas, mas guarda este sentimento para si, tentando alcançar a perfeição em tudo o que executa. Essa rotina acelerada muda o rumo quando Rachel sofre um acidente e tem uma lesão cerebral, desencadeando Negligência Esquerda. Pequeno e importantes detalhes que antes passavam desapercebidos passam a ser essenciais em sua vida.
Além de trazer ao leitor a oportunidade de entender um pouco sobre a complexidade do funcionamento do cérebro humano, a autora traz algumas reflexões.
Quanto vale a sua vida? Você realmente vive ou apenas realiza atividades mecanicamente com o único intuito de alcançar algo que no fundo desconhece? Qual o seu poder de superação? O que é mais importante para você? E qual sua relação com o que vc julga mais importante?
Gostei da leitura. Indico para quem quer uma leitura rápida, com conhecimentos e curiosidades sobre o corpo humano e as interações com a medicina e, principalmente para quem precisa dar um novo olhar para sua vida.
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