Mateus 28/06/2010
Não tem mais como esconder: Philip Ardagh me conquistou. Por mais que no começo de Fim Medonho tenho achado a história extremamente infantl e surreal, agora, com Atos Assombrosos, estou gostando tanto que já sinto uma nostalgia antes mesmo de ter terminado a trilogia. Seu jeito de escrever é diferente de tudo o que já tinha visto antes: ao mesmo tempo que tudo é simples e corriqueiro, tudo é amalucado e sem noção. Ao mesmo tempo que é divertido e engraçado, é sério e melancólico. Tudo é totalmente imprevisível, e nunca sabemos o que irá acontecer em seguida. Se em um momento os personagens estão conversando amigavelmente em casa, no momento seguinte estão dentro de um caixão e logo depois voando em um balão.
Em Atos Assombrosos, as maluquices continuam: a casa de Fim Medonho explode por causa de um vasamento de gás, o Sr. Dickens fica surdo, tio Jack Maluco quer usar geléia como argamassa, tia Maud Mais Maluca Ainda dá banhos em Malcom (ou séra Sally, seu arminho empalhado), surge o grande escapólogo Zucchini, e como sempre, a vida de Eddie Dickens é virada totalmente de cabeça para baixo, sobretudo porque desta vez ele é feito de refém por bandidos escondidos no matagal.
Pelo que podem ver, o humor está reinante nesse livro mais do que nunca. As trapalhadas da família de Eddie Dickens não poderiam ser maiores, e já sinto como se o narrados fosse um amigo meu de dez anos atrás. Ele nos faz sentir extremamente à vontade, e foi isso o que mais me conquistou em seus livros. Pelo visto, as loucuras tendem só a aumentar (ou será piorar?), e não perco Tempos Terríveis por nada neste mundo.