Mateus 28/06/2010
Sou um grande amante de autores com imaginação sem limites. Eu mesmo sou assim, às vezes crio histórias totalmente absurdas. Em Fim Medonho, porém, a imaginação do autor vai ao extremo, levando o livro ao surrealismo. Em certas partes, não sabia se ria, se ficava calado, se chorava. Na minha opinião, esse é o grande erro do autor. Parece que Ardagh, em certas partes, levou o livro aonde não deveria ter levado, tornando-o um pouco forçado.
Mas apenas nisso o autor erra. No resto, deparamos com um grande misto de risadas e diversão. Fim Medonho é como uma mistura de Alice no País das Maravilhas com Desventuras em Série. De Alice, o livro pegou toda a loucura e maluquice de seus personagens, pois todos são totalmente tresloucados (não é a toa que os personagens se chamam tio Jack Maluco e tia Maud Maluca). De Desventuras em Série, vemos o grande humor negro de Snickety (algumas semelhanças são bem óbvias: a grande camaradagem do narrador com o leitor, a explicação de certas palavras, o receio na hora de dizer "enquanto isso...").
Ao começar a ler o livro, logo pensei: quantas tolices e infantilidades, nunca vi tantos absurdos juntos. Mas quanto mais lemos, mais vamos nos adaptando ao modo do autor escrever a história, e mais vamos gostando. E todos que o lerem vão dar grandes risadas, pois é difícil não rir com as doiduras de tia Maud Maluca e seu arminho empalhado.
Descobri que vai ser lançado o filme de Fim Medonho, e para minha grande satisfação, Eddie Dickens será interpretado por Freddie Highmore. Ele sem sombra de dúvidas fará um excelente trabalho como em todos os seus outros filmes. Então que venha o filme, e que venha os outros livros da trilogia.